CAPITALISMO, TRABALHADOR E A PSICANÁLISE: O PERVERSO
IMPLICITO NESSAS RELAÇÕES.
Tomando por base a psicanálise aplicada dentro das organizações, e utilizando-se de
autores que tratam dessa temática, objetivou-se com o presente trabalho identificar as
manifestações perversas nesses ambientes. Sabendo que a perversão sempre permeou as
práticas humanas, e pelo fato do homem estar nas organizações, invariavelmente essas
manifestações se apresentam nas relações de trabalho. A partir da década de 70, com as
várias mudanças sociais e o declínio do regime fordista, o sistema capitalista passou por
mudanças significativas no processo produção, em especial, a implementação de novas
tecnologias. Outros setores da sociedade também sofreram influências, as relações
humanas, os produtos e os padrões de consumo se modificaram e esses fatores
culminaram com um modelo denominado de flexibilidade. Diante de um ambiente
altamente turbulento e cercado por transformações rápidas, a flexibilização das relações
trabalhistas surge como uma conseqüência dessas mudanças econômicas, políticas e
culturais. Dessa forma, surgem novos padrões relacionais dentro das organizações e
com eles novos modos de expressão da perversão. A permissividade de
comportamentos que a flexibilidade proporciona justifica tais mudanças. Como
resultado do trabalho foi possível perceber cada vez mais a transposição de atitudes
perversas para as relações entre os indivíduos e também expressas dentro das
organizações, nas quais se constata um grande escamoteamento de suas reais intenções
para com os trabalhadores, uma vez que o lucro sempre será a meta do capitalista.
Palavras-chave: Perversão, Relações de trabalho, Flexibilização, Psicanálise aplicada.
André Henrique Scarafiz - Acadêmico do 5º ano de Psicologia da Universidade
Estadual de Maringá (UEM) – [email protected],
Rodrigo César Costa - Acadêmico do 5º ano de Psicologia da Universidade Estadual
de Maringá (UEM) – [email protected]
Thiago Ohara - Acadêmico do 5º ano de Psicologia da Universidade Estadual de
Maringá (UEM) – [email protected]
Marco Antônio Rotta Teixeira - Psicólogo. Mestre em Psicologia pela Universidade
Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" UNESP ASSIS. Doutorando em Psicologia
pela mesma universidade em cotutela com Universidade Paris 7 - Denis Diderot na UFR
Sciences Humaines Cliniques - Ecole Doctorale Recherches en Psychanalyse - Centre
de Recherches Psychanalyse et Médecine, na área de Recherches en Psychanalyse et en
psychopathologie. Docente-orientador de estágio do Departamento de Psicologia da
Universidade Estadual de Maringá(UEM/PR), na área de Psicologia do Trabalho. [email protected]
INTRODUÇÃO
Em meados da década de 70, com o declínio do regime fordista, o sistema
capitalista passava por mudanças significativas no processo de reestruturação produtiva,
que se baseava pela intensificação do uso de novas tecnologias aplicadas à produção.
Essas mudanças se expandiram também para o setor industrial, na vida social, nos
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processos de trabalho, nas técnicas do trabalho, nos produtos e nos padrões de consumo,
dando origem ao modelo denominado de flexibilidade.
Diante de um ambiente altamente turbulento e cercado por transformações
rápidas, a flexibilização das relações trabalhistas surge como uma alternativa para
minimizar a crise, causada pelas mudanças econômicas, políticas e culturais, que
provocou uma reestruturação nas organizações. Nessa nova forma de produção flexível
ocorrem transformações nas exigências de aptidões para o trabalho, substituindo a rotina
rígida e fixa por outra mais dinâmica.
Partindo desse ponto, o objetivo desse trabalho é pesquisar como se da à nova
configuração das empresas na contemporaneidade, assimilando a idéia de que, com as
mudanças no sistema produtivo, as empresas tiveram que se ajustar aos novos padrões
capitalistas, o que pode ter modificado as relações entre os indivíduos no trabalho,
criando um ambiente propício para as manifestações perversas.
Através de pesquisas, referências bibliográficas, leituras de artigos e discussões,
o estudo será dividido em três focos: a) a organização das empresas b) a perversão c)
práticas perversas nas empresas. De fato, com as poucas publicações de artigos
relacionados ao tema, acredita-se ser de suma importância elaborar uma pesquisa sobre
o assunto, para assim compreender melhor as configurações das organizações, e as
relações entre seus membros.
A ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS
Com as transformações econômicas, sociais, culturais, políticas, tecnológicas, as
organizações de trabalho também estão mudando numa alta velocidade. Essas mudanças
tiveram como conseqüência para as organizações uma maior competitividade e um
aumento das exigências dos consumidores, e, com isso, exigiram e exigem dessas
empresas mudanças de paradigmas e uma reflexão sobre os modelos e técnicas
administrativas adotadas. Existe hoje uma forte e urgente necessidade de talentos e
competências humanas. Assim, no mundo moderno, as organizações precisam se
reestruturar sanando essas deficiências para poder acompanhar a forte mudança e
evolução.
Para um individuo estar pronto para atuar no setor empresarial, deve preencher
alguns requisitos necessários, que não são poucos, nem fáceis de alcançar, tais como:
melhoria constante de produtividade, criatividade, competitividade, capacidade rápida
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de aprendizagem e adequação de mudanças, entre outras. Devido a essas condições, as
significativas exigências e reinvenções empresariais provocam demissões em demasia,
pois o trabalhador tem sempre que estar se atualizando para se enquadrar à nova
dinâmica do sistema empresarial.
Para que uma empresa estabeleça suas metas, não satisfeita em apenas obter
lucratividade, e sim “obter lucro a fim de continuar operando ou produzindo produtos
cada vez mais e melhor” (CHIAVENATO, 2000, p.01) ela precisa de “operários” que
produzam muito. Necessita de indivíduos capazes de tomar iniciativas e de reagir o mais
rapidamente possível, provando leveza e flexibilidade frente aos acontecimentos
imprevisíveis, constantes e numerosos com os quais são confrontados. As empresas, nos
dias atuais, criam programas que geram bem-estar no individuo para que ele atinja
níveis cada vez maiores de produtividade e qualidade, como por exemplo, promoções,
prêmios, etc. Perceberam que o individuo que é melhor remunerado trabalha melhor,
assim o trabalhador procura aproveitar ilimitadamente as oportunidades apresentadas
para ele.
Recentes teorias sobre gestão de recursos humanos, disseminadas a partir da
década de 80 pelas economias capitalistas com grande poder de influência, tem como
objetivo orientar o comportamento e as relações humanas de maneira a maximizar o
potencial humano no ambiente de trabalho.
Com a criação de novas técnicas e programas que visam o melhor desempenho
dos empregados, a organização buscou engajar indivíduos cujos comportamentos são
adequados ao estilo da empresa ou, caso isso não se torne plenamente possível, ela agirá
para transformá-los, seja pelo trabalho, pela pressão do grupo, pela ideologia dominante
da empresa ou ainda pelos estágios de formação.
Nesse sentido, as organizações
contemporâneas utilizarão as mais variadas e sutis práticas de desenvolvimento e
gerenciamento de pessoas para moldar e/ou ajustar os profissionais em função dos
objetivos que precisa ou planeja alcançar, fazendo que o indivíduo se incorpore as
praticas da corporação, assumindo para si as características da empresa.
Os grupos tendem a manter-se juntos na superficialidade das coisas, evitando
questões difíceis, pessoais e partilhadas. Os grupos formandos nada mais são do que
meras farsas nas relações dentro da empresa.
Nos ambientes empresariais contemporâneos, não é difícil notar que a
necessidade de gerar resultados imediatos e de superar o desempenho dos demais
colegas de trabalho ultrapassa a barreira do bom-senso e dos afetos entre os
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trabalhadores, e atitudes desprezíveis são, muitas vezes, tomadas no sentido de alcançar
objetivos individuais a qualquer custo, ferindo a liberdade do outro.
A PERVESÃO
O termo perversão, que tem origem no latim perversione, designa o “ato ou
efeito de perverter-se, isto é, tornar-se mau, corromper, depravar, desmoralizar” (Em:
<http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=pervers%C3%A3o>. Acesso em: 09
de outubro de 2010.). A primeira definição, segundo Launtéri-Laura do termo surgiu em
1444 com o sentido de “retornar ou reverter” (LAURA, 1979, p.42). Somente no
século XIX que a palavra perversão apareceu no vocabulário da medicina, caracterizada
por uma degradação ou modificação para pior de uma função orgânica (Ibid, p.42).
Posteriormente, a perversão saiu do foco orgânico para ser definida como degeneração
ou loucura moral, e estabeleceu assim uma conexão com a sexualidade; a definição de
perversão é caracterizada como aberrações da conduta sexual.
Mesmo sendo visto como bizarro o comportamento do perverso, algumas
características perversas estão presentes em pessoas cuja sexualidade é normal. Freud
(1905) considera inadequado situar os comportamentos perversos apenas nos quadros
patológicos. O autor universaliza esses comportamentos a todos as pessoas – sãs ou
insanas. Para uma melhor distinção entre o normal e o patológico, Freud designa como
pertencente à patologia:
Se a perversão não se apresenta junto ao normal (meta sexual e
objeto) quando circunstâncias favoráveis a promovem e outras
desfavoráveis impedem o normal, senão que suplanta
{verdrãngen} e substituem ao normal em todas as circunstâncias,
consideramos legitimo quase sempre julga-la como sintoma
patológico; vemos esse ultimo, portanto na exclusividade e na
fixação da perversão. (1905, p.146-147)
Freud define as perversões como sendo ou “(a) transgressões anatômicas
quanto às regiões do corpo ou (b) demoras nas relações intermediarias com o objeto
sexual” (1905, p.142). As transgressões anatômicas são regiões do corpo destinadas à
união sexual que não pertencem ao aparelho sexual, ou seja, em vez de usar os genitais
para o ato sexual, procuram-se outras partes do corpo, como pro exemplo, a boca, os
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lábios, o ânus, etc. O fetichismo e fixações de alvos transitórios são também caracteres
perversos.
O fetichismo, segundo Freud, é caracterizado quando “o objeto sexual normal é
substituído por outro que guarda certa relação com ele, mas que é totalmente
impróprio para servir ao alvo sexual normal” (1905, p.145). A operação de construção
do fetiche se funda no deslocamento do interesse pelo pênis para outra parte do corpo.
Trata-se de uma formação defensiva inconsciente frente à angústia de castração, tendo
como função preservar a crença no pênis da mãe.
O fetichismo aparece como um tipo de perversão ligado a relação masculina
com a castração, negando essa realidade, esse “terror da castração”. Contra essa ameaça,
o sujeito pode reagir “contrafobicamente” (ASSOUN, 1994), recusando-a através da
instituição do fetiche, símbolo do pênis da mãe. Dessa maneira, o menino elimina a
diferença sexual, a falta. Outra explicação para o fetiche é exposta por Freud, que
define: “o fetiche é um substituto do pênis da mulher (da mãe) em que o menino outra
hora acreditou e que – por razões que nos são familiares – não deseja abandonar”
(1927, p.155).
Segundo Castro, o discurso perverso busca unificar a imago de si e retomar
experiência de onipotência desfrutada pelo “eu ideal (sentimento que sabe perdido por
sua confrontação com a castração), através da identificação com o falo do Outro”
(2003 p.11). O perverso precisa de quem lhe ateste o sucesso de sua recusa à castração.
A relação do pervertido com a lei, a proibição e a função paterna aparece como
determinante: “tudo acontece no pervertido como se ele devesse, antes de mais nada,
sem cessar, transgredir uma lei, como se tivesse, além do mais, de substituir por ela a
lei do seu desejo” (AULAGNIER-SPAIRANI; ROSOLATO 1967, apud PÉQUINOT,
1992, p.94). O ato perverso não é a atuação de uma fantasia de desejo que seria
inconsciente, pelo contrário, busca erradicar o desejo, já que este implica a castração.
A respeito de outras maneiras de manifestações da perversão, como o sadismo e
o masoquismo, Lacan enfatiza que tanto o sádico como o masoquista se oferecem como
instrumento do gozo do outro, na forma de objeto. A diferença entre o sadismo e o
masoquismo é que, enquanto o segundo se exibe abertamente como objeto, o primeiro
faz esse papel a nível inconsciente. O sádico ignora que trabalha para “um Deus
obscuro, não castrado, como seu fetiche negro” (1962-1963, p.12). No sadismo, o
objetivo de provocar o sofrimento do outro é bem mais evidente do que no masoquismo.
O desejo do sádico é submeter o outro e provocar sua angústia.
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Freud nos coloca algumas características do sadismo e do masoquismo:
[...] o conceito de sadismo oscila, na linguagem corriqueira, desde
uma atitude meramente ativa ou mesmo violenta para com o objeto
sexual até uma satisfação exclusivamente condicionada pela
sujeição e maus tratos a ele infligidos. Num sentido estrito,
somente esse ultimo caso extremo merece o nome de perversão. De
maneira similar, a designação de ‘’masoquismo” abrange todas as
atitudes passivas perante a vida sexual e o objeto sexual, a mais
extrema das quais parece ser o condicionamento da satisfação ao
padecimento de dor física ou anímica advinda do objeto sexual.
(1905, p.150).
O desempenho do pervertido, para que seja bem sucedida, necessita de um
parceiro que assuma a culpa, o fracasso, que tenha virtudes, valores, pois o discurso do
perverso precisa da lei, e um dos seus traços é desafiá-la.
PRÁTICAS PERVERSAS NA EMPRESA
A empresa trazendo ao seu apogeu os valores do capitalismo racional e
instrumental, que se pauta na aplicação de técnicas novas no sistema de produção,
contribui enormemente para a primazia da técnica sobre o humano, e tenta fazer de cada
indivíduo um manipulador perverso que não se interessa pelo outro, a não ser que
favoreça a satisfação dos seus desejos. As empresas, em suma, convertem as pessoas em
meros produtores e consumidores, transformando as relações sociais em relações entre
mercadorias. As estratégias financeiras têm como objetivo utilizar o sujeito que acredita
ser em grande parte autônomo, para “superexplorá-lo e aliená-lo” (ENRIQUEZ, 2006
p.06). Muitas pessoas transformam-se em utensílios manuseados pelos dominantes no
alto de sua potência. Estes últimos tornam-se cada vez mais perversos porque têm o
gosto, sem limites, pelo poder.
Eugene Enriquez nos aponta duas formas da presença de perversão nas
empresas: “Uma forma ativa, na qual o perverso utiliza, com gula, os demais para
torná-los dependentes e submissos, e contribuir a sua própria servidão e humilhação, e
uma forma passiva, a apatia”. (Ibid p.06).
O apático é um individuo que não sente nenhuma emoção. “É insensível, e vêem
os demais como “coisas” abstratas, que podem, portanto, ser eliminadas física ou
psiquicamente, se necessário” (Ibid, p.06).
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Algumas situações específicas na organização podem contribuir para o
surgimento do perverso, como: desconfiança e competição exagerada; criação de
exigências de metas sem qualquer critério de razoabilidade e bom senso,
supervalorização das estruturas hierárquicas; processos de reestruturação organizacional
sem transparência e com ameaças generalizadas.
Tudo isso, de certa forma, contribui para que haja um grande distanciamento
entre as pessoas no local de trabalho, um individualismo exacerbado, capaz de
desencadear problemas à saúde mental do trabalhador.
Eugene Enriquez descreve a respeito das organizações serem produtoras de
indivíduos perversos:
[...] podemos afirmar que a criação das grandes organizações (que
precisam de uma divisão do trabalho impulsionada e uma
coordenação exata do tempo) que a generalização das ciências e das
técnicas, que a transformação progressiva, em nossa sociedade, de
relações sociais em relações de dinheiro e mercadorias foram
criadoras de indivíduos que se situam numa posição perversa, ou
permitiram a tais sujeitos encontrar na estrutura social conteúdo com
o qual satisfazer suas pulsões. (1990, p.42)
No contexto do trabalho, o exercício do poder em nome da organização, pode ser
compreendido como uma espécie de censura sobre o trabalhador, assim a vontade de
gozo do mestre capitalista busca sua hegemonia. Seu discurso configura-se por
mandamentos ou demandas em que as condições de trabalho não são negociáveis,
transformando assim os desejos da organização do trabalho, implicada sobre trabalhador
que esta sob a constante ameaça de desemprego. Basta um mínimo de
instrumentalização dos sujeitos, com a conseqüente redução de suas capacidades
criativas, para que a relação perversa se instale, na medida em que eles passam a
emprestar seus corpos, seus nomes, para o gozo de outro, no caso, da empresa.
Dessa forma, a perversidade é encorajada por práticas organizacionais danosas
(corrosão de valores éticos essenciais) que acabam por desconsiderar o outro,
promovendo um verdadeiro extermínio psíquico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da análise das novas práticas organizacionais que procuram estimular os
trabalhadores para produzir mais pela empresa, pode-se observar que esses métodos
aparentemente inofensivos, acabam por escamotear a real intenção da empresa: obter
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lucro. Assim compreendendo a perversão como um interesse em usufruir do outro em
benefício próprio, nota-se que a relação estabelecida entre a empresa e o trabalhador
esta pautada na alienação do homem frente ao processo produtivo.
Pensando dessa forma, observa-se que as práticas organizacionais almejam dar
conforto, e liberdades para o trabalhador, para que este aumente a produção e a empresa
alcance seus objetivos. No entanto, o trabalhador vive em constante pressão para
produzir intensamente, rivalizando com outros na mesma situação, esquecendo-se de
que ele é, assim como o outro, um ser desejante.
REFERÊNCIAS
ASSOUN, P-L. Le fétichisme. Paris: Presses Universitaires de France. 1994.
CASTRO, S. L. S. Aspectos teóricos e clínicos da perversão. Rio de. Janeiro, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciamento com as pessoas. São Paulo: Atlas, 2000.
ENRIQUEZ, Eugène. Da Horda ao Estado. Psicanálise do Vínculo Social. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
ENRIQUEZ, Eugène. O homem do século XXI: sujeito autônomo ou indivíduo
descartável. In: RAE electron. Jun 2006, vol. 5, no. 1. Acesso em: 09 de outubro de
2010.
Disponível
em
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-
56482006000100011&script=sci_arttext>.
FREUD, S. (1927) Fetichismo. In___ Obras completas. Rio de janeiro: Imago, 1996,
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__________. (1905) Os três ensaios sobre a sexualidade. In___ Obras completas. Rio
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__________. (1905) Tres ensayos de teoría sexual. In___ Obras completas. Buenos
Aires: Amorrortu, 2003, Vol. VII.
LACAN, J. (1962/1963) O seminário, Livro 10: A angústia. Rio de Janeiro: Zahar.
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LANTERI-LAURÁ, G (1979). A leitura das perversões. Rio de Janeiro: Zahar. 1994.
PÉQUINOT, C.D. A psicopatologia da vida sexual. São Paulo: Papirus, 1992.
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