Execução Orçamental de novembro de 2014 Nos primeiros onze meses de 2014, de acordo com a informação da execução orçamental hoje divulgada pela Direção Geral do Orçamento (DGO), o saldo orçamental provisório das Administrações Públicas cifrou-se em €-6420 milhões, o que representa uma melhoria de €2765 milhões face a igual período do ano anterior, em resultado quer do aumento da receita em €1713,1 milhões quer da redução da despesa em €1052,4 milhões. Excluindo os juros, o saldo primário regista uma melhoria de €2952,7 milhões, fixando-se num excedente de €1253,7 milhões, contribuindo para este resultado também a redução da despesa primária (despesa excluindo os juros) em €1239,6 milhões. Em novembro, os pagamentos em atraso (dividas com mais de 90 dias) reduziram-se €12 milhões face ao mês anterior, o que traduz uma redução de €464 milhões face ao período homólogo, mantendo-se assim a tendência de redução dos pagamentos em atraso iniciada em 2011. Saldo Global da Administração Central Em novembro, o saldo global da Administração Central registou, em termos homólogos, uma melhoria de €882 milhões, sobretudo justificado pela redução da despesa em €805 milhões. Em termos acumulados até novembro, o saldo global registou uma melhoria de €1817 milhões. O excedente primário cifra-se em €339,4 milhões, o que traduz uma melhoria de €1740 milhões face ao valor registado em igual período do ano anterior. Receita Fiscal Entre janeiro e novembro de 2014, a receita fiscal líquida acumulada do Estado ascendeu a €33551,7 milhões, o que representa um crescimento de 6,2% e um aumento da receita fiscal cobrada de cerca de €2 mil milhões (€1966 milhões) face a novembro de 2013. Releva-se que o mês de novembro de 2013 já incluiu uma parte do efeito extraordinário resultante do Regime Excecional de Regularização de Dívidas (RERD), pelo que a evolução homóloga da receita em novembro de 2014 já reflete parte daquele efeito. Esta evolução consolida a tendência de crescimento da receita fiscal iniciada em 2013, superando o objetivo de crescimento previsto na segunda alteração ao Orçamento do Estado para 2014. Até novembro de 2014, a receita líquida acumulada dos impostos diretos cresceu 6,4% face a igual período de 2013 e a receita líquida acumulada dos impostos indiretos aumentou 6%, em termos homólogos. Em particular, a receita líquida acumulada em sede de IVA cresceu 7% e a receita líquida do IRS cresceu 9% face a igual período de 2013. Em conjunto, a receita de IVA e IRS superam em cerca de €1800 milhões a receita cobrada até ao mesmo período de 2013, o que corresponde a um crescimento global da respetiva receita de 7,9%, superando largamente o objetivo de crescimento fixado no OE 2014 para estes dois impostos. Esta melhoria evidencia a recuperação da atividade económica e a crescente eficácia das novas medidas de combate à evasão fiscal e à economia paralela no IVA e no IRS. Despesa da Administração Central A despesa consolidada da Administração Central registou, até novembro, um aumento 0,8% (2,5% até outubro), face ao período homólogo, o qual resulta, maioritariamente, reposição salarial integral ocorrida nas remunerações pagas entre junho e setembro, aumento da despesa com transferências para a Administração Local, da transferência 1 de da do da Contribuição do Sector Bancário para o Fundo de Resolução e dos encargos com pensões da CGA. As despesas com o pessoal aumentaram 2,2% em resultado, sobretudo, do aumento das remunerações na sequência da decisão do Tribunal Constitucional, do aumento da contribuição patronal para a CGA e ainda do pagamento de indemnizações no âmbito do PRMA. A desaceleração face ao mês anterior (8,9%) é explicada pela diluição do efeito infraanual do pagamento do subsídio de férias (o qual tinha sido pago, em 2013, em novembro). As transferências registaram um crescimento de 1,8%, em resultado da entrega da receita da contribuição sobre o sector bancário relativa a 2013 e 2014 a favor do Fundo de Resolução, do acréscimo das transferências para a Administração Local, na sequência do novo tratamento orçamental dado à participação dos municípios na receita de IRS que, em 2014, passou a figurar como receita e despesa no âmbito do subsector Estado, e da despesa com pensões e outros abonos da CGA. A despesa acumulada com juros e outros encargos decresceu 1,1%, dada a redução de encargos financeiros suportados pelas EPR, parcialmente compensada pelo aumento dos encargos com os empréstimos contraídos no âmbito do PAEF. O crescimento dos subsídios continua a ser explicado pelas medidas de política de emprego e formação profissional, enquanto a aquisição de bens e serviços apresentou um decréscimo de 3,7%. Outros Subsectores Até novembro, o saldo global da Segurança Social ascendeu a €391,3 milhões, menos €45 milhões que em igual período do ano passado. A receita registou um decréscimo de 1,1%, o qual foi justificado essencialmente pelo menor volume de transferências do exterior (-39,1%). Em sentido contrário, é de salientar o aumento da receita de contribuições e quotizações (3,1%). A despesa diminuiu 1,0% para o qual contribuiu a redução das ações de formação profissional com suporte no FSE (-12,2%) e das prestações com subsídio de desemprego e apoio ao emprego (-17,8%) parcialmente compensadas pelo aumento das prestações com pensões (3,0%). No que respeita à Administração Local, nos primeiros onze meses de 2014, regista-se um saldo orçamental positivo de €351,6 milhões, em resultado da redução da despesa (-10,6%) que mais que compensa a redução da receita (-2,2%). Excluindo o efeito do pagamento de dívidas de anos anteriores, no âmbito do PAEL, o saldo orçamental, em 2014, seria de €452,1 milhões, o que representa uma melhoria de €190,3 milhões face a igual período de 2013. A Administração Regional apresenta, até novembro de 2014, um saldo orçamental de €-298,2 milhões. Excluindo o pagamento de dívidas de anos anteriores, no âmbito do PAEF-RAM e a receita extraordinária da concessão da ANAM em 2013, o saldo orçamental da Administração Regional cifrar-se-ia em €4,6 milhões, o qual compara com um saldo de €31,6 milhões em igual período do ano transato. Lisboa, 23 de dezembro de 2014 PAULA CORDEIRO NUNO VAZ Assessoria de Imprensa Gabinete da Ministra de Estado e das Finanças Av. Infante D. Henrique, 1 1149-009 Lisboa, PORTUGAL TEL + 351 21 881 68 61 / + 351 21 881 69 37 FAX + 351 21 881 68 19 2