I ENCONTRO CIENTÍFICO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DO HOSPITAL PILAR 14 de março de 2008 “Sepse e Translocação Bacteriana” Eduardo E. Moreira da Rocha “ Sepse e Translocação Bacteriana ” 1) Conceito: Como se caracteriza na clínica ? 2) Os Principais Agentes Protetores: - Barreira Mucosa Gastro-Intestinal - Glutamina / Glutamato 3) A Profilaxia: - Nutrientes - Nutrição Enteral - Nutrição Enteral Precoce 4) A Implicação Clínica 5) Conclusão “ Sepse e Translocação Bacteriana ” 1) Conceito: Como se caracteriza na clínica ? 2) Os Principais Agentes Protetores: - Barreira Mucosa Gastro-Intestinal - Glutamina / Glutamato 3) A Profilaxia: - Nutrientes - Nutrição Enteral - Nutrição Enteral Precoce 4) A Implicação Clínica 5) Conclusão “ Sepse e Translocação Bacteriana ” “ A translocação é a passagem de bactérias residentes e vivas, da luz do tubo gastro-intestinal para os tecidos normalmente estéreis, tais como os gânglios linfáticos mesentéricos e órgãos internos.” - Berg RD, Garlington AW. Translocation of certain endogenous bacteria from the GI tract to the MLN and other organs in a gnotobiotic mouse model. Infect Immunol 1979; 23: 403 – 411. “ A translocação bacteriana passou a ter um conceito mais amplo, incluindo a passagem de partículas inertes e macromoléculas, tais como a endotoxina, através à barreira mucosa gastro-intestinal.” - Alexander JW. Nutrition and translocation. JPEN 1990; 14(5): 170S – 174S. - Van Leeuwen PA et al. Clinical significance of translocation. Gut 1994; 35(1 Suppl): S28 – 34. “ A translocação é o movimento de micro-organismos de origem na luz e através à barreira mucosa gastro-intestinal intacta, para os tecidos normalmente estéreis, onde esses podem diretamente causar a infecção ou estimular a resposta inflamatória, que causaria as lesões teciduais, a falência dos órgãos e o decesso.” - Steinberg SM. Bacterial translocation: what it is and what it is not. Am J Surg 2003; 186: 301–305. REFERÊNCIAS : Meyer J. et al. Differential neutrophil activation before and after endotoxin infusion in enterally versus parenterally fed volunteers. SGO 1988; 167:501-09. Deitch EA. Effect of starvation, malnutrition, and trauma on the GI tract flora and bacterial translocation. Arch. Surg. 1987; 122:1019-24. Border JR et al. The gut origin septic states in blunt multiple trauma (ISS = 40) in the ICU. Ann. Surg. 1987; 206(4):427-47. Deitch EA et al. Thermal injury promotes bacterial translocation from the GI tract in mice with impaired T-cell-mediated immunity. Arch. Surg. 1986; 121:97-101. Maejima K et al. Promotion by burn stress of the translocation of bacteria from the GI tracts of mice. Arch. Surg. 1984; 119: 166-71. REAÇÃO GERAL DE ALARME - Agressão ao Organismo Pancreatite Infecção Choque Trauma ESTIMÚLOS NOCICEPTIVOS Sistema Nervoso Fadiga Frio Sistema Endócrino CATECOLAMINAS GLUCAGON CORTISOL HIPERMETABOLISMO Perda de Peso Catabolismo Tecidual Balanço N2 Negativo Retenção Hidro-Salina REAÇÃO GERAL DE ALARME - SELYE, H : Stress in health and disease. Butterworth, Boston, 1976 SRIS / Mediadores Endócrino-Metabólicos e Imunes Pró – e Anti – Inflamatórios Pró-Inflamatórios Glucagon Catecolaminas Glicocorticóides IL-1 NFB IL-2 IL-6 IL-8; IL-12 FNT-; PAF; RLO2 INF-; CSF Mols. Aderência Eicosanóides-2 Óxido Nítrico (NO.) Leptina Anti-Inflamatórios Receptores de Seleção: “Toll-like Receptors – TLRs” TLR 2, 4, 5 e 1/6 + Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica HIPERMETABOLISMO . VO2 _ Insulina GH IGF-1 rFNTs rIL-6s IL-4 IL-10 IL-13 IL-15 Mols. Aderência Glutamina-GSH RLO2 GH – Hormônio de Crescimento; IGF-1 – Fator de Crescimento Insulina Símile; PAF – Fator Ativador de Plaquetas RLO2 – Radicais Livres Oxig.; CSF – Fator Estimulante Colônia; rFNTs – Receptor solúvel FNT-; rIL-6s – Receptor solúvel IL-6 SÍNDROME DE FALÊNCIA ORGÂNICA MÚLTIPLA VIA DE DESENVOLVIMENTO ESTÍMULOS NOCICEPTIVOS -Trauma, Queimadura - Anestesia, Cirurgia - Infecção, Sepse - Pancreatite - Fadiga, Frio Ativação do Sistema Endócrino-Metabólico e da Resposta Imune Inata Liberação de Hormônios e Metabolitos, Citocinas, Enzimas, Mediadores Lipídicos e Radicais Livres de O2 e N2 SÍNDROME DE RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA FALÊNCIA MÚLTIPLA DE ÓRGÃOS E SISTEMAS DECESSO “ Sepse e Translocação Bacteriana ” 1) Conceito: Como se caracteriza na clínica ? 2) Os Principais Agentes Protetores: - Barreira Mucosa Gastro-Intestinal - Glutamina / Glutamato 3) A Profilaxia: - Nutrientes - Nutrição Enteral - Nutrição Enteral Precoce 4) A Implicação Clínica 5) Conclusão “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Barreira Mucosa Gastro-Intestinal Morfologia Intestinal: - Barreira Mucosa Não Imunológica (Mecânica) Saliva, Acidez Gástrica, Sais Biliares e Peristalse Microbiota Intestinal (AGCC / Muco) Células Epiteliais Enterócito + Glicocalix (Muco, sIgA, etc.) Complexo de Junção Imunológica (Funcional) Tecido Linfóide Associado à Mucosa Intestinal (TLAMI) - Células Linfóides Agregadas e Não Agregadas (Placas de Peyer, Folículos e Nódulos linfóides – intestinos delgado / grosso – e os agregados linfóides do apêndice) (Linfócitos B/T – Intra-epiteliais, Plasmócitos e Macrófagos) - Imunoglobulina A de Secreção - sIgA “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Barreira Mucosa Gastro-Intestinal MUCOSA Junção Forte (JF) Contínua (Zônula Occludens) - Apical em forma de malha - Composição: ZO-1, ZO2 e ZO3 (Proteínas cinase-símile guanilato) Ocludina e Claudinas (Cingulina), f-actina SUBMUCOSA Epithelial Tissue, In: Cormach, DH Essential Histology, Philadelphia J. B. Lippincott Co., 1993, pg. 91 Lydyard PM, Grossi CE. Células, tecidos e órgãos do sistema imune. In: Roitt I, Brostoff J, Male D eds. Imunologia, 6a edição. São Paulo: Ed. Manole Ltda., 2003: 15 – 45. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Glutamina – Ações Protetoras Síntese de Glutamina COO H2N- CH CH2 CH2 COO Glutamato Glutamina sintetase +NH2 ATP ADP COO H2N- CH CH2 CH2 H2N- C O Glutamina Dr. Ewald Schlotzer/GANEPAO 2000 Neu J, Li N January 2007; 10 (1) : 75 – 79 Nos Estados de Agressão - Estresse “ Ultimamente a GLUTAMINA tem sido reconhecida por prevenir a translocação de micro-organismos e a produção dos mediadores inflamatórios a partir do intestino, após a estimulação pelos agentes pró-inflamatórios. ” “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Glutamina – Ações Protetoras - A proteção tecidual - expressão da Proteína do Choque Térmico (“Heat Shock Protein” - HSP); - Efeito anti-apoptótico; Mantém a celularidade nas Placas de Peyer; - Estimula as imunidades Pulmonar e Gastro-Intestinal; Fonte energética para as células epiteliais; - Mantém a integridade da Junção Forte inter-epitelial; - Anti-inflamatória - Atenuação da ativação do NF-κB / cinase de estresse; - ativação do PPAR-γ; - Atenuação da expressão das citocinas; Recupera a produção intestinal de IL-4 / IL-10 na NPT; - A preservação da função metabólica tecidual nos estados de estresse - Manutenção dos níveis de ATP seguindo-se a injúria das sepse e isquemia / reperfusão; - A preservação da função mitocondrial; - Anti-oxidante / atenuação da expressão da sintase induzida do NO - concentração GLUTATIÃO após o estresse; - Atenuação da sintase induzida do NO após a injúria das sepse e isquemia / reperfusão; - estresse oxidativo. PPAR-γ – Receptor-γ do peroxissoma proliferador ativado NO - Óxido Nítrico Neu J, Li N. Pathophysiology of glutamine and glutamate metabolism In premature infants. 2007; 10(1): 75 – 79. Wischmeyer PE. Glutamine: role in gut protection in critical illness. 2006; 9(5): 607 – 612. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” 1) Conceito: Como se caracteriza na clínica ? 2) Os Principais Agentes Protetores: - Barreira Mucosa Gastro-Intestinal - Glutamina / Glutamato 3) A Profilaxia: - Nutrientes - Nutrição Enteral - Nutrição Enteral Precoce 4) A Implicação Clínica 5) Conclusão “ Sepse e Translocação Bacteriana ” LUME INTESTINAL Profilaxia Hormônios Nutrientes Secreções GI MØ Genton L et al. JPEN 2005; 29(1): 44 – 47 Ikeda S et al. Ann Surg 2003; 237(5): 677 – 685 Kudsk KA. Am J Surg 2003; 185(1); 16 – 21 Coëffier M et al. Cytokine 2002; 18(2): 92 – 97 Fukatsu K et al. Arch Surg 1999; 134(10): 1055 – 1060 Wu Y et al. Ann Surg 1999; 229(5): 662 – 668 MAdCAM-1 L-Selectina 4β7 Integrina ICAM-1 SANGUE “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Profilaxia A nutrição enteral, além de ser a fonte preferencial de substratos, é, provavelmente, o estímulo primário para a resposta proliferativa do epitélio da mucosa que recobre o tubo gastro-intestinal. Wilmore DW. Metabolic Support of the GI Tract. Cancer 1997; 79:1794-1803 “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Profilaxia Mochizuki H, Trocki O, Dominioni L, et al. Mechanism of Prevention of Postburn Hypermetabolism and Catabolism by Early Enteral Feeding. Ann. Surg. 1984; 200(3): 297 - 310 “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Profilaxia Moore FA, Moore EE, Poggetti R, et al. Gut bacterial translocation via the portal vein: a clinical perspective with major torso trauma. J Trauma 1991; 35(5): 629 – 636. Introdução: Os estudos em animais caracterizam a translocação bacteriana via a veia porta como o principal fator da patogênese da falência múltipla orgância (FMO) pós-agressão; Pacientes e Métodos: - n = 20 pacientes (13 – Trauma fechado; 7 – Trauma penetrante), no 5º dia pós-operatório, com idade ± 34 anos: - Indicação: Laparotomia de emergência e risco confirmado de FMO; Resultados: - Oito (2%) de 212 culturas de sangue portal ; Sete – Contaminação; - Uma cultura = sangue sistêmico (total, 212) Estafilococo aureus no 5º dia Pac. c/ pneumonia estafilocócica; - Primeiras 48 h Sem detecção de endotoxina nos sangues portal ou sistêmico; - Fração C3a do complemento Fator de necrose tumoral Concentrações idênticas nos sangues portal e sistêmico Interleucina-6. Sem diferenças significativas daquelas dos pacientes com FMO CONCLUSÃO: Neste estudo clínico prospectivo não ficou confirmada a bacteremia portal ou sistêmica, no período de 5 dias pós-agressão, apesar da eventual incidência de 30% de FMO. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Profilaxia “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Profilaxia A ação do Sistema Imune Comum às Mucosas, em uma Rede Integrada de Tecidos, tem como finalidade exacerbar a resposta imunológica sistêmica, atenuar a reação inflamatória e proteger o organismo dos diversos Agentes Nociceptivos Agressores. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” 1) Conceito: Como se caracteriza na clínica ? 2) Os Principais Agentes Protetores: - Barreira Mucosa Gastro-Intestinal - Glutamina / Glutamato 3) A Profilaxia: - Nutrientes - Nutrição Enteral - Nutrição Enteral Precoce 4) A Implicação Clínica 5) Conclusão “ Sepse e Translocação Bacteriana ” A Implicação Clínica Macrófagos Ativados - Células de Kupffer - Histiócitos A TB é um fenômeno fisiológico do organismo humano e mantém os macrófagos hepáticos e esplênicos estimulados e ativados: - Invasão sistêmica de produtos agressores a a partir do tubo GI Pronta Resposta Imune A TB pode ocorrer nas situações clínicas com lesão direta da mucosa GI: - Nas doença de Crohn e Colite Ulcerativa em atividade, na presença de ulceração mucosa; - Na Colite Pseudomembranosa; - Nas enterite Actínica e Mucosite GI pósquimioterapia; - Na enterocolite necrotizante dos neonatos. Billiar TR, Curran RD. Kupffer cell hepatocyte interactions: A brief overview. JPEN 1990; 14(5 Suppl): 175S – 180S. Neu JS, Li N. Pathophysiology of glutamine and glutamate metabolism in premature infants. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2007; 10(1): 75 – 79. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” A Implicação Clínica “ Atualmente, o foco de interesse experimental está na ressuscitação do tubo gastro-intestinal, porque esse órgão é visto tanto como o canário do organismo, isto é, o ÓRGÃO SENTINELA nos estados que alteram os aportes de O2 e substratos metabólicos, assim como o motor da falência de múltiplos órgãos e sistemas. ” Träger K et al. Gastro-Intestinal Tract Resuscitation in Critically Ill Patients. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2001; 4(2): 131-35. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” A Implicação Clínica • As evidências atuais mostram que as expressão e ativação dos receptores seleção-símile (“Toll”LR), são especialmente estimuladas no tubo gastro-intestinal; • Provavelmente pela presença fisiológica contínua da Microbiota Comensal Intestinal Indígena (MCII), saudável e diversificada, para manter a normalidade e a função do epitélio intestinal: •A simbiose co-evolutiva benigna que a MCII mantém com o hospedeiro, pode ser malignamente subvertida por patógenos invasivos em situações de inflamação sistêmica aguda; • Os TLR2 e TLR4 dos enterócitos diferenciam ambos os tipos de micro-organismos e são essenciais na manutenção da homeostase intestinal (Padrão Molecular Associado ao Patógeno). Harris G et al. Role of Toll-like receptors in health and disease of gastrointestinal tract. World J Gastroenterol 2006; 12(14): 2149 – 2160. Alverdy JC et al. The impact of stress and nutrition on bacterial-host interactions at the intestinal epithelial surface. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2005; 8(2): 205 – 209. Rakoff-Nahoum S et al. Recognition of commensal microflora by toll-like receptors is required for intestinal homeostasis. Cell 2004; 118(6): 229 – 241. Microbiota Intestinal Fatores de Manutenção do seu Equilíbrio Inibidores: Estimulantes: 1) A Barreira Ácida Gástrica 1) Agentes terapêuticos neutralizantes da secreção ácida gástrica 2) A válvula Íleo-Cecal 2) As aminas vasopressoras 3) A ação de limpeza da motilidade intestinal 4) O muco, a sIgA, os produtos do metabolismo bacteriano (ácido lático) e os sais biliares 3) Os agentes terapêuticos opiáceos 4) Os nutrientes administrados pela via parenteral ou os de absorção jejuno-ileal Escassez de nutrientes no colo Alverdy JC et al. The impact of stress and nutrition on bacterial-host interactions at the intestinal epithelial surface. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2005; 8(2): 205 – 209. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” A Implicação Clínica 2006; 9(5): 607 – 612. A Permeabilidade Intestinal Modelo Experimental: Pseudomonas Aeruginosa - Específica SEPSE DE ORIGEM INTESTINAL - Síntese PA-I Lectina / Adesina (Proteína Citoplasmática) - Produtora clássica de invólucro BIOFILME protetor - Utiliza o sistema secretório TIPO III (Via Transcelular) - Apresenta citotoxinas potentes e letais – EXOTOXINA A - Indutora rápida de defeito grave na FUNÇÃO DE BARREIRA DO EPITÉLIO INTESTINAL Permeabilidade Paracelular - Defeito PATOLÓGICO na PERMEABILIDADE DANO ESPECÍFICO p/ O HOSPEDEIRO - Atua no ceco de mamíferos ( Receptores – Bact. / Motilidade) Alverdy JC et al. Influence of the critically ill state on host-pathogen interactions within the intestine: Gut-derived sepsis redefined. Crit Care Med 2003; 31(2): 598 – 607. Winzer K et al. The P. Aeruginosa lectins PA-IL and PA-IIL are controlled by quorum sensing and by RpoS. J Bacteriol 2000; 182: 6401 – 6411. A Permeabilidade Intestinal “ A sepse de origem intestinal ocorre com maior facilidade, quando patógenos com PERFIL ESPECÍFICO DE VIRULÊNCIA estão presentes nos ESTADOS CATABÓLICOS PROLONGADOS e ativados por ESTIMULANTES DO LUME INTESTINAL (Ecossistema), a expressarem TRAÇOS DE VIRULÊNCIA no HOSPEDEIRO SUSCEPTÍVEL ” - A intensidade da EXPRESSÃO DA VIRULÊNCIA BACTERIANA, é estimulada pelo ECOSSISTEMA INTESTINAL LOCAL e suprimida na CIRCULAÇÃO SISTÊMICA (Translocação Bacteriana). Komatsu S et al. Gastroenterology 1997; 112: 1971 – 1978 Terra RM et al. World J Surg 2000; 24: 1537 – 1541 Alverdy JC et al. Ann Surg 2000; 232: 480 – 489 Slauch JM, Camilli A. Methods Enzymol 2000; 326: 73 – 96 Raymond DP et al. Ann Surg 2001; 233: 549 – 555 Alverdy JC et al. Crit Care Med 2003; 31(2): 598 – 607 “ Sepse e Translocação Bacteriana ” AUTOINDUTOR (acil-homoserina-lactona) Coagulação PA-I A Implicação Clínica Pseudomonas aeruginosa - Exotoxina A - Elastase “Estímulos” do lume intestinal >105ufc - detecção de quorum ↑ pH ↑ osmolalidade ↑ redox ↑ norepinefrina actina ocludina ZO1, 2 GTPase Rho Tirosina cinase ALVERDY JC et al – Importância clínica da permeabilidade intestinal – Sepse de origem intestinal redefinida. Crit Care Med 2003; 31(2): 598 – 607 GalNAc Galactose Mannose Fucose Microbiota Intestinal Comunicação “lingüística” bacteriana • As bactérias capacidades de comunicação complexas = detecção de quorum, sinalização quimiotáxica e troca de plasmídios com organização própria cooperativa Formação de Colônias: altamente estruturadas e com elevado poder de adaptação ambiental; • Propriedades: Rede transdutora de sinais e plasticidade genômica; • Finalidade: - Manter a comunicação lingüística coletiva detecção da densidade populacional e o tipo de micro-ambiente local, para as várias ações adaptativas específicas; - Manter a reserva energética, afim de modular a atividade contínua dos genes de exacerbação da virulência; • Estímulos para a adaptação: - As modificações no pH e na composição de nutritentes; - A disponibilidade de O2 e as alterações no estado redox luminal (PO2 / PCO2); • Conclusão: A impressionante habilidade desses micro-organismos atuarem como grupos sociais inteligentes pela comunicação por vias solúveis (Ex.: Acil-homoserina lactona) célula célula. Alverdy JC et al. The impact of stress and nutrition on bacterial-host interactions at the intestinal epithelial surface. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2005; 8(2): 205 – 209. Ben Jacob E et al. Bacterial linguistic communication and social intelligence. Trends Microbiol 2004; 12(8): 366 – 372. Alverdy JC et al. Influence of the critically ill state on host-pathogen interactions within the intestine: Gut-derived sepsis redefined. Crit Care Med 2003; 31(2): 598 – 607. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” A Implicação Clínica • Ainda não foi identificada a causa do início e/ou do estímulo às bactérias a penetrarem ou transpassarem o enterócito do hospedeiro; • A pressão para translocar através o epitélio intestinal Ambiente luminal extremamente desfavorável ou representa um evento aleatório do tipo transbordo, no processo infeccioso Virulência exacerbada do micro-organismo; • A bacteremia exclusiva Evento de baixo potencial pró-inflamatório; Wischmeyer PE. Glutamine: role in gut protection in critical illness. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2006; 9(5): 607–612. Alverdy JC et al. The impact of stress and nutrition on bacterial-host interactions at the intestinal epithelial surface. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2005; 8(2): 205 – 209. Alverdy JC et al. Influence of the critically ill state on host-pathogen interactions within the intestine: Gut-derived sepsis redefined. Crit Care Med 2003; 31(2): 598 – 607. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” A Implicação Clínica • Uma concentração várias vezes menor de P. Aeruginosa do que a da TB fisiológica Induz maior letalidade quando administrada intra-cecal do que intravenosa SRE altamente eficaz; • A capacidade do micro-organismo de aderir e induzir alterações no epitélio da mucosa intestinal É um potente determinante de mortalidade; • A liberação de citocinas a partir da mucosa intestinal, induzida por bactérias Estimula a inflamação sistêmica pela aderência e invasão dos patógenos intestinais e/ou em resposta à transposição dos produtos bacterianos, através a barreira danificada do epitélio intestinal. Wischmeyer PE. Glutamine: role in gut protection in critical illness. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2006; 9(5): 607–612. Alverdy JC et al. The impact of stress and nutrition on bacterial-host interactions at the intestinal epithelial surface. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2005; 8(2): 205 – 209. Alverdy JC et al. Influence of the critically ill state on host-pathogen interactions within the intestine: Gut-derived sepsis redefined. Crit Care Med 2003; 31(2): 598 – 607. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Parsek, Matthew R. and Greenberg, E. Peter (2000) Proc. Natl. Acad. Sci. USA 97, 8789-8793 Copyright ©2000 by the National Academy of Sciences “ Sepse e Translocação Bacteriana ” A Implicação Clínica Alverdy JC et al. The impact of stress and nutrition on bacterial-host interactions at the intestinal epithelial surface. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2005; 8(2): 205 – 209. “ Sepse e Translocação Bacteriana ” 1) Conceito: Como se caracteriza na clínica ? 2) Os Principais Agentes Protetores: - Barreira Mucosa Gastro-Intestinal - Glutamina / Glutamato 3) A Profilaxia: - Nutrientes - Nutrição Enteral - Nutrição Enteral Precoce 4) A Implicação Clínica 5) Conclusão “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Conclusão (1) A translocação bacteriana (TB) é conceituada e especificamente descrita na prática, mas será que realmente ocorre com a implicação clínica ? Os principais agentes protetores endógenos contra a TB são a Barreira Mucosa Intestinal e a Glutamina Glutamato, que mantêm basicamente o equilíbrio fisiológico protetor entre a mucosa e a submucosa, e as estrutura e função da Junção Forte; As evidências experimentais e clínicas mostram que a presença dos nutrientes no lume intestinal, as NE e NE precoce, a resposta inflamatória sistêmica e que a bacteremia via portal e sistêmica não está confirmada; O intestino é um Órgão Produtor de Citocinas nos estados de estresse; “ Sepse e Translocação Bacteriana ” Conclusão (2) A TB é um fenômeno fisiológico normal e mantém os macrófagos hepáticos / esplênicos estimulados e ativados contra as agressões do lume intestinal; A presença da MCII e as suas interações com os receptores TLR2 e TLR4 são essenciais na manutenção da homeostase intestinal; A TB derivada do tubo GI, é de baixo potencial pró-inflamatório, provavelmente não ocorre via sistêmica (portal) e a simples aderência dos patógenos virulentos ao epitélio intestinal é mais passível de eclodir a Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica; A TB patológica e agressiva não ocorre efetivamente nos estados de estresse e logo não pode causar uma Implicação Clínica exuberante.