G.7.14 - Formação de Professores (Inicial e Contínua) Curso de Sensibilização para Ciências e Inclusão: formação continuada de profissionais da educação básica em ciências associadas à inclusão educacional. Silmar Joriatti1*, Gustavo Henrique V. S. Alves2, Mariana S. Elysio1, Bianca S. Fonseca3, Enio Dias3, Lucianne Fragel-Madeira4 1- Estudante de IC do curso de graduação em Ciências Biológicas, UFF, Niterói/RJ *[email protected] 2- Estudante de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Biotecnologia - PPBI, UFF, Niterói/RJ 3- Pesquisador - Movimento Uniforme - INT - Rio de Janeiro - RJ 4 - Professora e pesquisadora do Departamento de Neurobiologia, UFF/ Niterói-RJ Palavras Chave: Inclusão, Formação de professores, Ensino de ciências. Introdução Um dos temas mais discutidos em ambientes escolares é Educação Especial com a perspectiva inclusiva. A adoção do conceito de necessidades educacionais especiais e do horizonte da educação inclusive implica mudanças significativas nas instituições de ensino básico, nos cursos superiores e na formação continuada dos profissionais da educação. Portanto, adaptações nos espaços e nos recursos são necessárias, não só na estrutura física das escolas, como também no desenvolvimento das práticas de ensino e aprendizagem e nas relações humanas, conforme preconiza a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Neste sentido, os cursos de formação continuada para profissionais da educação básica podem introduzi-los aos conceitos de educação inclusiva de modo mais participativo e instigante, facilitando o processo de aprendizagem, de conscientização e de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais ao processo coletivo de ensino. Com o objetivo de promover uma intervenção significativa no processo de ensino-aprendizagem e contribuir para a formação de educadores na área da educação inclusiva por meio de atividades lúdicoexperimentais estimulantes, especialmente no que diz respeito às estratégias, métodos de ensino e recursos necessários para o atendimento de alunos com necessidades educativas especiais, criamos o Curso de Sensibilização para Ciências e Inclusão. participação no Curso de Sensibilização para Ciências e Inclusão. Nesta análise também foi possível constatar que as neurociências, representada pelos conteúdos sobre os sistemas sensoriais, é um assunto deficitário na formação desses profissionais, agravando-se quando associado com as deficiências. Além disso, esses profissionais relataram que gostariam de ter tido mais contato com as neurociências, visto que esses conteúdos os ajudariam na prática docente e no desenvolvimento das potencialidades de seus alunos. Ao longo do curso os profissionais da educação básica salientaram que a realização das atividades práticas, após o conteúdo teórico, facilitaram o entendimento dos mesmos e sua correlação com as necessidades educacionais especiais. Conclusões Concluímos que o Curso de Sensibilização para Ciências e Inclusão apontou uma grande lacuna entre a formação dos profissionais da educação básica em relação as neurociências, especialmente quando associadas com necessidades educacionais especiais. Além disso, o curso cumpriu com sua proposta de sensibilizar os profissionais da educação básica para a aplicação do conceito das neurociências na inclusão escolar e melhoria dos recursos didáticos para trabalhar com estes alunos. Agradecimentos Resultados e Discussão O Curso de Sensibilização para Ciências e Inclusão foi realizado na Universidade Federal Fluminense e teve, como participantes, 40 profissionais da educação básica que trabalham com alunos com necessidades educacionais especiais dos municípios de Belford Roxo e Rio Bonito, ambos no Estado do Rio de Janeiro. A grade curricular foi dividida em aulas teóricas e práticas, cada uma com 20 horas, abordando a neurofisiologia dos sistemas sensoriais associados aos diversos tipos de deficiências, físicas ou cognitivas, além da legislação sobre a inclusão educacional no Brasil. O curso foi avaliado através de dois questionários abertos, o de expectativas e o de satisfação, contendo cada 10 perguntas abertas. A análise dos questionários mostrou que 100% dos profissionais entrevistados já trabalharam com indivíduos com necessidades educacionais especiais. Destes, 38% não tiveram formação em educação inclusiva na graduação e, preocupantemente, 10% nunca fizeram atividades de formação continuada para atuar com alunos com necessidades educacionais especiais até a FAPERJ, CAPES (Programa Novos Talentos), CNPq, Pró-reitoria de Extensão da UFF, Movimento Uniforme, Microdiz, Nikitprint 67ª Reunião Anual da SBPC