GLIOBLASTOMA Prof. Dr. Luiz Fernando Bleggi Torres Departamento de Patologia Médica Universidade Federal do Paraná EVOLUÇÃO – 1906 www.hopkinsmedicine.org/hmn/W05/feature3.cfm www.jhu.edu/~jhumag/0400web/34.html EVOLUÇÃO – 2006 www.med.wayne.edu www.nslij.com História Biópsia TAC Estereotaxia RNM TAC Espectroscopia Fatores Preditivos Clínica Raio-X Cirurgia Conhecimento Médico 1950 1950 Imunohistoquímica 1980 Citologia do SNC 1980 Citogenética Biologia Molecular 1990 1990 Hibridização “in situ” Microarrays – Robótica – Terapia Alvo - Células Troncos 2006 Análise da prevalência das neoplasias do SNC em diferentes casuísticas 70 60 Cushing 1932/USA Grant 1956/USA 50 Katsura 1959/Japan Zulch 1965/W, Germ an Sano 1969/Japan 40 Shuangshoti 1974/Thailand Lana-Peixoto 1981/Brazil 30 Wen-qing 1982/China Logelholm 1984/Finland 20 Kepes 1984/China Torres 1988/Brazil 10 Glarner 1992/Sw itzeland Torres 1998/Brazil 0 Neuroepithelial Tum ours Meningiom as Schw annom as (adaptado de Bleggi-Torres et al., 1990) Banco de Patologia Tumoral de Curitiba (1990-2001) Distribuição por faixa etária 0 a 10 anos 11 a 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos 61 a 70 anos acima de 70 anos Não fornecidos 700 600 500 400 300 200 100 0 800 700 600 500 400 300 200 100 0 0a 10 anos 11 a 20 anos 21 a 30 anos 31 a 41 a 40 50 anos anos 51 a 60 anos 61 a acima 70 de 70 anos anos Banco de Patologia Tumoral de Curitiba (1990-2001) Prevalência dos principais tipos histológicos Neoplasia Meningeoma Astrocitoma Glioblastoma Schwannoma Astrocitoma anaplásico Adenoma de hipófise Craniofaringioma Meduloblastoma Ependimoma Oligodendroglioma Linfoma Hemangioblastoma Tumor primitivo neuroectodérmico Astrocitoma pilocítico Papiloma de plexo coróide Glioma misto Oligoastrocitoma Carcinoma de plexo coróide Cordoma Número de casos % do total Neoplasia 545 18,10886 Condrossarcoma 468 13,57292 Paraganglioma 463 12,21214 Astrocitoma gemistocítico 293 7,711096 Ependimoma anaplásico 199 5,652477 Ependimoma mixopapilar 187 2,791347 Hemangioma 89 2,651779 Angioma 108 2,581996 Neurinoma 73 2,128402 Neuroblastoma 77 1,639916 Neurofibroma 53 1,256106 Germinoma 44 1,011863 Meduloblastoma desmoplásico 33 0,94208 Neuroma 60 0,837404 Hemangiopericitoma 24 0,732729 Retinoblastoma 23 0,697837 Angiofibroma 29 0,662945 Oligodendroglioma anaplásico 25 0,628053 Pineocitoma 0,628053 Subependimoma Número de casos % do total 17 0,593161 22 0,558269 36 0,523378 27 0,453594 14 0,418702 15 0,418702 11 0,38381 10 0,348918 9 0,314027 9 0,314027 8 0,279135 8 0,279135 8 0,279135 7 0,244243 7 0,244243 5 0,174459 5 0,174459 5 0,174459 5 0,174459 Banco de Patologia Tumoral de Curitiba (1990-2001) Prevalência das neoplasias por linhagem celular 1400 1200 Astrócitos Meninge Nervo periférico Epêndima Oligodendrócito Micróglia Neurônio Plexo Coroide 1000 800 600 400 200 0 Neoplasias primárias Células neurogliais vaso neurônio oligodendrócito astrócito epêndima axônio Astrocitoma Oligodendroglioma Ependimoma Classificação da OMS (2000) • Astrocitomas de infiltração difusa – Astrocitoma Difuso variantes: fibrilar protoplasmático gemistocítico – Astrocitoma anaplásico (maligno) – Glioblastoma variantes: glioblastoma de células gigantes gliossarcoma • Astrocitoma pilocítico • Xantoastrocitoma pleomórfico •Astrocitoma sub-ependimário de células gigantes GLIOBLASTOMA Mais agressiva (OMS grau IV); 50-60% dos tumores astrocitários. Acomete adultos; hemisférios cerebrais. Patologia: Astrócitos pouco diferenciados, proliferação vascular e necrose Progressão maligna de um astrocitoma de baixo grau ou astrocitoma anaplásico (glioblastoma secundário) curta história clínica, sem evidência clinico-radiológica de uma lesão precursora menos maligna (glioblastoma primário) (Scherer, 1940; Kleihues e Cavenee, 1997). Gaspareto et al. Arq Neuropsiquiatr. 2003 Jun;61(2B):468-72 GLIOBLASTOMA GLIOBLASTOMA GLIOBLASTOMA Progressão – Glioblastoma Secundário Kleihues & Cavenee, 2000 Astrocitoma Astrócito precursor Astrocitoma anaplásico OMS II •Mutação do gene p53 •Perda do cromossomo 17p •Expressão excessiva de PDGF/PDGFR •Perda do cromossomo 22q OMS III •Desreg. da via do p16 •Amplificação do gene CDK4 •Perda do 19q •Expressão de fatores angiogênicos e moléculas associadas à invasão Glioblastoma Astrócito normal OMS IV •Perda do cromossomo 10p e 10q (MMAC1/PTEN) •Amplificação do gene do receptor de EGF. Progressão – Glioblastoma Primário Kleihues & Cavenee, 2000 Glioblastoma Astrócito precursor OMS IV Amplif/Super Expr EGFR Amplif/Super Expr MDM2 Deleção p16 e Mutação PTEN Alteração RB LOH 10p e 10q GLIOBLASTOMA Fatores preditivos: Fatores preditivos controversos: secundários menos agressivos O único consenso acerca da sobrevida: ressecção completa da lesão confere uma maior sobrevida. Os índices proliferativos não apresentam correlação com a sobrevida. Prognóstico reservado. Busca por modelos experimentais NG97: Morfologia in vitro Cultura tecido Schenka, A. – Unicamp, 2005 Microscopia de contraste de fase Dupla população (constante): Células redondas Células fusiformes/ “dendríticas” Grippo et al, 2001. NG97: Morfologia in vivo Grippo et al, 2001. GFAP Tumor original (400X) Células NG97 (400X) p < 0,0001 (2) % GFAP+ 100 80 60 40 20 0 Xenotransplante (400X) Tumor original Células Xenotranspl. Estudo Imunohistoquímico Tissue microarray : simultâneo e comparativo em todas as amostras dos 44 tumores em dois níveis de corte Bleggi-Torres LF, Gugelmin ES, Cunha IW, Soares FA – Brain Pathology 16(1), S108, 2006 Vim x400 Ki67 x400 Ki67 x400 GLut x400 *p=0,006 Bleggi-Torres LF, Gugelmin ES, Cunha IW, Soares FA – Brain Pathology 16(1), S108, 2006 Gliomas – Etiologia x Tratamento Célula tronco neural (Neural Stem Cell – NSC) 3 sub-grupos moleculares: Pró-neural – expressa marcadores de NSC = melhor prognóstico (Notch pathway) Mesenquimal – expressa marcadores de MSC = prognóstico ruim (Akt pathway) Angiomatoso – expressa marcadores proliferativos = prognóstico ruim (Akt pathway) Phillips, H et al. – Cancer Cell 9(3):157-73, 2006 Houillier, C et al. Cancer 106(10):2218-23, 2006 Temozolomide (Temodal, Temodar) – agente alquilante + radioterapia (casos novos) Mutter N et al. Expert Rev Anticancer Ther. 2006 Aug;6(8):1187-204