Índice Mensagem do Presidente 02 O A g ro n e g ó c i o B r a s i l e i ro d e E x p o r t a ç ã o 06 O D e s e nvo l v i m e n t o M u n d i a l d a S u i n o c u l t u r a 10 A Suinocultura no Brasil 18 Pa í s e s I m p o r t a d o r e s 24 Desafio Setorial 32 APEX Brasil 34 Associados Abipecs 35 Mensagem do Presidente Um ano de desafios, vitórias e lições. O ano de 2003 foi marcado por acontecimentos que nos desafiaram sobremaneira. O baixo poder aquisitivo da população brasileira auxiliou para a queda de consumo da carne e produtos suínos no mercado interno. A implementação do sistema de cotas por parte da Rússia provocou a redução das exportações para aquele país, em 63 mil toneladas em comparação com o ano anterior. A partir do segundo semestre, com o fim da crise, passou-se a vivenciar melhores momentos seja para o produtor, seja para a indústria. Estamos atuando conjuntamente, produtores, indústria, os governos estaduais e o Governo Federal, no sentido de que se faça a Gestão da Cadeia de Produção Suína. O objetivo é ter uma visão antecipada das providências necessárias para a adequação da produção, as demandas dos atores da cadeia, que permitam o crescimento sustentado da suinocultura do Brasil. No mercado interno vamos intensificar ações para aumentar o consumo de carne suína in natura, mostrando ao consumidor brasileiro suas qualidades e o seu sabor. | Continuamos nossos esforços para que o Programa de Sanidade Suína seguisse seu curso no sentido de assegurar que a carne suína produzida no Brasil tenha a qualidade requerida pelos clientes e consumidores, tanto internos quanto externos. Relatório Anual 2003 Nossas exportações em 2003 foram de 491 mil toneladas, o que representou crescimento de 3,3% sobre o volume exportado em 2002. Os valores atingiram US$ 546,5 milhões, com um crescimento nas divisas da ordem de 13,5% sobre as exportações de 2002. ABIPECS As conseqüências só não foram mais danosas porque, a partir da crise iniciada em 2002, houve redução dos plantéis e a diminuição na oferta de suínos para abate, traduzindo-se em redução da produção para 2.700 mil toneladas contra as 2.872 mil produzidas em 2002. 02 Diretoria Pedro Benur Bohrer Gilberto Tomazoni Oscar José Ghizzi Luiz Carlos Mendes Costa Nildemar Secches Valdecir Pamplona Adroaldo Dartora Claudio Martins Presidente Vice-Presidente de Mercado Internacional Vice-Presidente de Mercado Nacional Vice-Presidente Administrativo e Financeiro Vice-Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente Diretor Executivo Com o apoio dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e das Relações Exteriores (MRE), vamos continuar nossos esforços para a abertura de novos mercados e assim consolidarmos a posição do Brasil como um importante player no trade internacional de carne suína. Nesta empreitada a ABIPECS conta com a Agência de Promoção de Exportações (APEX-Brasil) para apoiar as ações de marketing institucional no exterior, levando a dezenas de mercados a marca Brazilian Pork Meat. Relatório Anual 2003 | ABIPECS Esta articulação implica em uma sintonia fina no sentido de gerir a cadeia suína no Brasil, evitando assim, um eventual excesso de oferta no mercado e seus danos sobre os preços. Também inclui o estímulo ao aumento do consumo no mercado interno. 03 Finalizando, quero parabenizar associados, autoridades, clientes e consumidores, além de meus colegas de Conselho, Diretoria Executiva e funcionários, pela contribuição em 2003. Contribuição esta que, apesar das dificuldades no mercado externo manteve o Brasil na posição de quarto maior produtor e exportador mundial e a nossa suinocultura como um dos destaques da balança do agronegócio. Muito obrigado, Pedro Benur Bohrer Presidente O Agronegócio Brasileiro de Exportação As exportações brasileiras do Complexo Carnes em 2003 O Brasil conquistou um novo recorde nas vendas de carnes no mercado internacional em 2003. As exportações do complexo chegaram a US$ 4,1 bilhões, o que corresponde a um aumento de quase US$ 1 bilhão (31%) em relação a 2002. Este acréscimo nas vendas do complexo carnes também contribuiu com 17% do aumento das exportações brasileiras do agronegócio em 2003, que superaram em US$ 5,8 bilhões o resultado do ano anterior. O novo recorde do complexo também demonstra como foi bem sucedida a estratégia dos exportadores brasileiros que continuaram enfrentando, no comércio internacional, ambientes protecionistas em diversos grandes mercados. Volume (Tons.) Suína Frango Exportações Brasileiras de Carnes - 2003 491.487 3,0% 1.959.773 56,5% Peru 110.447 23,1% Bovina 800.519 3,2% Outras Carnes 104.514 14,2% Total Peru Suína Frango Outras Carnes Bovina Carne bovina As exportações brasileiras de carne bovina tiveram, em 2003, um aumento de 39% na receita, que foi de US$ 1,509 bilhão, e um incremento de 32% nos volumes, fechando embarques de 1,362 milhão de toneladas (equivalente carcaça). Com este resultado o Brasil superou a Austrália e tornou-se o maior exportador mundial de carne bovina. Isto apesar de ainda estarem fechados, para a carne in natura, grandes mercados como o dos Estados Unidos e do Japão. Relatório Anual 2003 | Fonte: ABIPECS / ABEF / SECEX / ALICE 3.466.740 ABIPECS Exportações Brasileiras de Carnes - 2003 06 Exportações Brasileiras de Carnes - 2003 Receita (US$ mil) Suína Exportações Brasileiras de Carnes - 2003 3,7% 546.534 Frango Peru Bovina Outras Carnes 1.798.953 43,8% 152.316 36,8% 1.509.733 13,3% 2,4% 97.808 Total 4.105.344 Fonte: ABIPECS / ABEF / SECEX / ALICE Peru Bovina Frango Outras Carnes Suína Carne de frango No ano passado o Brasil, além de um novo recorde, obteve um resultado histórico no setor avícola, tornando-se o maior exportador mundial de carne de frango em receita cambial. As vendas somaram divisas de US$ 1,8 bilhão, ou 29% acima do verificado em 2002. E os embarques, no total de 1,922 milhão de toneladas, tiveram um aumento de 20,6% na mesma comparação. O Brasil chegou ao final de 2003 ampliando em 22% a relação dos mercados para onde exporta carne de frango, uma lista que inclui 122 países. Carne suína Relatório Anual 2003 | ABIPECS As exportações de carne suína também bateram novo recorde em 2003. As vendas somaram US$ 546 milhões, com aumento de 13,5% em relação ao ano anterior. E os embarques totalizaram 491 mil toneladas, com um pequeno acréscimo, de 3,3%, na comparação com 2002. 07 Na verdade o desempenho do setor seria ainda melhor não fossem as restrições em função do sistema de cotas adotado pela Rússia, o maior mercado da carne suína brasileira. O Brasil, que exportou 313,9 mil toneladas para o mercado russo em 2003, terá de disputar com outros países uma cota de apenas 179,5 mil toneladas em 2004. Carne Suína (crescimento em US$ mil) 2000 2001 2002 2003 171.851 358.966 481.435 546.534 40% 109% 34% 13,5% O desempenho mundial da suinocultura A produção Segundo estimativas preliminares do USDA, em 2003 a produção mundial de carne suína cresceu 1,3% e chegou a 87,204 milhões de toneladas. Este crescimento relativo, segundo a mesma fonte, deve se repetir em 2004, quando a produção somaria 88,303 milhões de toneladas. A análise dos dados da USDA mostra que o incremento na produção mundial de carne suína continua concentrado na China, o principal produtor do planeta. Em 2003, segundo a USDA, a produção chinesa de suínos chegou a 44,1 milhões de toneladas, ou 50,6% do total no mundo. Quanto aos dois outros maiores produtores mundiais, a produção ficou praticamente estável. Nos 15 países da União Européia foram produzidas 17,8 milhões de toneladas em 2003, enquanto nos Estados Unidos o volume chegou a 8,9 milhões. Desempenhos, aliás, segundo a USDA, que não terão alterações significativas em 2004. O Brasil continuou na posição de quarto maior produtor mundial de carne suína, com 2,7 milhões de toneladas em 2003, o que representou uma queda de 6% em relação ao ano anterior. O resultado refletiu, evidentemente, o impacto do sistema de cotas adotado pela Rússia, o maior mercado da carne suína brasileira. De acordo com nossas estimativas , a produção brasileira aponta para 2004 fortes sinais de estabilidade, permanecendo ao redor de 2,7 milhões de toneladas. Principais Países Produtores - 2003 15% 13% 2% 3% 10% 51% 21% 4% China 1% Suínos * Estimativa Aves Bovinos União Européia Peru Estados Unidos Brasil Canadá Outros Relatório Anual 2003 | 8% ABIPECS Evolução da Produção Mundial - 1994 - 2004* 10 Produção Mundial - Principais Carnes (em mil tons.) 1999 2000 2001 2002 2003* 2004** Suína 81.745 81.386 83.158 86.030 87.204 88.303 Frango 47.562 50.019 51.695 52.825 52.833 54.654 Bovina 49.612 50.085 48.958 51.033 49.789 50.047 Peru 4.734 4.758 4.847 4.924 4.894 4.942 Total 183.653 186.248 188.658 194.812 194.720 197.946 * Preliminar ** Previsão Fonte: USDA Produção Mundial - Principais Carnes - 2003 3% 25% Carne Suína Carne de Peru 45% Carne Bovina 27% Carne de Frango Produção Mundial de Carne Suína (em mil tons.) Relatório Anual 2003 | ABIPECS País 11 1999 2000 2001 2002 2003* 2004** China 40.056 40.314 41.845 43.266 44.100 44.938 União Européia 18.059 17.585 17.419 17.825 17.850 17.900 Estados Unidos 8.758 8.597 8.691 8.929 8.931 8.980 Brasil 1.834 2.556 2.730 2.872 2.698 2.700 Canadá 1.550 1.638 1.729 1.854 1.910 1.940 Rússia 1.490 1.500 1.560 1.630 1.705 1.760 Polônia 1.675 1.620 1.550 1.640 1.740 1.660 Japão 1.277 1.269 1.245 1.236 1.260 1.255 Coréia 950 1.004 1.077 1.153 1.153 1.200 Filipinas 973 1.008 1.064 1.095 1.145 1.175 México 994 1.035 1.065 1.085 1.100 1.110 Outros 4.129 3.260 3.183 3.445 3.612 3.685 81.745 81.386 83.158 86.030 87.204 88.303 Total * Preliminar ** Previsão Fonte: USDA / ABIPECS A importação O volume de importação mundial de carne suína exibiu, em 2003, uma queda significativa, de 4,3% em relação a 2002. Este resultado é explicado pela Rússia, segundo maior importador mundial. que na adoção de um sistema de cotas reduziu em expressivos 25% suas compras no mercado internacional. As importações autorizadas pelo Governo russo caíram de 800 mil toneladas em 2002 para 600 mil toneladas em 2003. Segundo as projeções da USDA, as importações mundiais terão nova queda, mas de 0,2%, no ano de 2004. As encomendas da Rússia ainda continuarão em queda, ficando em 530 mil toneladas, e as compras do Japão, maior importador mundial, permanecerão estáveis em 1,150 milhão de toneladas. Mas haverá uma compensação através de um incremento de 10% nas importações dos Estados Unidos. Importação Mundial de Carne Suína 1999 2000 2001 2002 2003* 2004** Japão 919 995 1.068 1.162 1.150 1.150 Rússia 832 520 560 800 600 530 Estados Unidos 375 439 431 485 567 624 México 190 276 294 325 335 345 Hong Kong 217 247 260 275 280 283 Coréia 156 174 123 155 155 160 Canadá 65 68 91 91 77 80 Austrália 28 45 38 55 70 75 China 43 50 58 60 56 70 União Européia 54 54 55 65 60 60 Taiwan 86 54 14 31 45 40 Outros 195 200 201 248 196 167 3.160 3.122 3.193 3.752 3.591 3.584 Total | * Preliminar ** Previsão Fonte: USDA Principais Países Importadores - 2003 18% Japão 32% Rússia 8% Estados Unidos 9% México 17% Hong Kong 16% Outros Relatório Anual 2003 País ABIPECS (em mil tons.) 12 13 A exportação O relatório da USDA indica que as exportações mundiais de carne suína tiveram um pequeno aumento em 2003, de 1,3%, chegando a 4,061 milhões de toneladas. Mais uma vez o desempenho do Brasil, quarto maior exportador mundial, foi superior à média mundial, já que os embarques de 2003, ao totalizarem 491 mil toneladas, exibiram um incremento de 3,3% em relação a 2002. A União Européia, maior exportador mundial, teve uma redução de 16% em suas vendas em 2003, embarcando 1 milhão de toneladas. Para 2004 as estimativas da USDA eram de uma nova redução nas exportações mundiais de carne suína, nos mesmos 1,3% verificados em 2003, o que representaria vendas de 4 milhões de toneladas. Exportação Mundial de Carne Suína País 1999 2000 2001 2002 2003* 2004** União Européia 1.390 1.470 1.235 1.194 1.000 960 Canadá 554 658 727 863 975 980 Estados Unidos 580 584 708 731 762 769 Brasil 87 127 265 476 491 350 China 75 73 139 225 300 300 Austrália 37 49 66 78 75 80 Hungria 131 143 118 125 90 80 México 53 59 60 61 60 60 Polônia 235 160 88 93 120 60 10 8 14 29 34 27 Coréia 113 30 41 15 14 20 Outros 45 50 78 118 140 316 3.310 3.411 3.539 4.008 4.061 4.002 Rep. Tcheca Total Principais Países Exportadores - 2003 13% União Européia 25% Canadá 7% Estados Unidos 12% Brasil 24% China 19% Outros Relatório Anual 2003 | * Preliminar ** Previsão Fonte: USDA / ABIPECS ABIPECS (em mil tons.) 14 O consumo O consumo mundial de carne suína aumentou 1,3% em 2003, chegando a 86,732 milhões de toneladas, de acordo com a USDA. Este desempenho é explicado pelo incremento no consumo da China, o maior mercado do mundo, que somou 43,836 milhões de toneladas em 2003. No Brasil, sexto maior mercado mundial, o consumo de carne suína, segundo nossa apuração, caiu 7,9% em 2003, ficando em 2,2 milhões de toneladas. Consumo Mundial de Carne Suína (em mil tons.) País 1999 2000 2001 2002 2003* 2004** China 40.024 40.291 41.764 43.101 43.856 44.708 União Européia 16.723 16.169 16.239 16.666 16.940 17.000 Estados Unidos 8.596 8.457 8.388 8.684 8.733 8.835 Japão 2.212 2.228 2.268 2.377 2.380 2.435 Rússia 2.321 2.019 2.119 2.429 2.304 2.289 Brasil 1.748 2.430 2.466 2.397 2.208 2.351 Polônia 1.484 1.544 1.487 1.587 1.640 1.660 México 1.131 1.252 1.299 1.349 1.375 1.395 Coréia 984 1.059 1.159 1.200 1.255 1.300 Filipinas 997 1.032 1.073 1.116 1.155 1.185 Canadá 1.063 1.047 1.081 1.073 1.026 1.035 Outros 4.435 3.489 3.441 3.660 3.860 3.711 81.718 81.017 82.784 85.639 86.732 87.904 Total Consumo “per Capita” - Carne Suína Dinamarca Espanha Rep. Tcheca Áustria Alemanha 13 9 58 53 59 55 60 57 67 69 Relatório Anual 2003 15 65 76 (países selecionados kg/habitante/ano) | ABIPECS * Preliminar ** Previsão Fonte: USDA / ABIPECS Brasil 1997 2003 A suinocultura no Brasil A moderna cadeia produtiva A suinocultura industrial brasileira exibe indicadores de produtividade do Primeiro Mundo. Esta eficiência pode ser medida pelo número de terminados/porcas/ano, que dobrou nos últimos vinte anos, chegando a 24 animais. Com apenas 160 dias de idade, chegam a pesar mais de 100 quilos. O início do progresso na suinocultura brasileira data de meados dos anos 70. O sistema de produção começou a ser integrado aos frigoríficos, modernizando a atividade do produtor ao industrial e rendendo frutos como altos índices de produtividade. O plantel de suínos em nosso país tem alimentação rigorosamente controlada, baseada em cereais de excelência e onde estão completamente excluídos aditivos ou reguladores. Os cuidados sanitários também são os mais rigorosos, incluindo ambientes higiênicos e que também atendem a todos os requisitos de conservação do meio ambiente. Este desempenho dos milhares de produtores também incluiu fantásticos avanços no setor da genética. Em sintonia com a demanda do mercado consumidor por uma alimentação mais saudável, foi enfatizada a introdução de animais produtores de carne magra. O resultado de todas estas iniciativas dos suinocultores brasileiros foi, portanto, a excelência em nutrição e sanidade que nosso produto passou a oferecer tanto no mercado interno quando no exterior. 18 Suinocultura Brasileira - 1997 - 2003 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2.237 2.281 2.312 2.461 2.663 2.871 2.486 20,4 22,4 23,5 32,3 34,9 37,7 34,5 1.540 1.699 1.834 2.556 2.730 2.872 2.698 13,0 18,3 19,3 19,4 21,1 21,6 20,9 1.481 1.617 1.748 2.430 2.466 2.397 2.208 Per Capita (kg/hab) 9,26 9,98 10,7 14,3 14,3 13,7 12,4 % da Produção 95,8 95,2 95,0 95,1 90,3 83,5 81,8 64 82 87 127 265 476 491 5 11 0,7 1 1 1 1 159,9 162,0 163,2 169,5 172,4 175,0 177,6 Matrizes Alojadas (M Nº de Matrizes) Produção / Abate (MM Cabeças) (M Toneladas) (MM Cabeças) Abate com SIF Consumo (M Toneladas) Exportações (M Toneladas) Importações (M Toneladas) População Brasileira (MM Habitantes) Produção em Toneladas 3.000 18% | 2.500 2.000 1.500 19 Destino da Produção Brasileira - 2003 mil tons Relatório Anual 2003 ABIPECS Fonte: ABIPECS/ABCS/ICEPA-SC. 1.000 82% 500 0 97 98 99 00 01 02 03 Consumo Interno Exportações Mercado Interno Abate de Suínos no Brasil com Inspeção Federal Estados - 2003 Cabeças Santa Catarina Participação % SIF Total 6.867.722 32,81 19,93 Rio Grande do Sul 4.525.847 21,62 13,14 Paraná 3.772.834 18,02 10,95 Minas Gerais 1.850.434 8,84 5,37 São Paulo 1.278.408 6,11 3,71 Goiás 917.474 4,38 2,66 Mato Grosso do Sul 819.784 3,92 2,38 Mato Grosso 421.501 2,01 1,22 20.454.004 97,71 59,36 477.586 2,29 1,39 Total c/ SIF 20.931.590 100,00 60,75 Outros c/ SIE e SIM 13.524.763 39,25 Total Geral 34.456.353 100,00 Sub Total Outros c/ SIF Fonte: ABIPECS 20 Participação % 01 - Sadia 3.903.553 11,33 02 - Perdigão 2.779.269 8,07 03 - Aurora 2.473.042 7,18 04 - Seara 1.602.908 4,65 05 - Riosulense 1.024.995 2,97 06 - Frangosul 723.859 2,10 07 - Sudcoop 368.051 1,07 08 - Pif Paf 362.411 1,05 09 - Cotrel 356.750 1,04 10 - Alibem 323.155 0,94 11 - Cosuel 314.197 0,91 12 - Palmali 278.381 0,81 13 - Intercoop 268.154 0,78 14 - Frig. Mabella 257.703 0,75 15 - Porcobello 246.979 0,72 16 - Saudali 177.307 0,51 17 - Cotrigo 155.491 0,45 18 - Castilhense 137.124 0,40 ABIPECS Empresa 19 - Cotrijuí 125.029 0,36 20 - Persa 122.628 0,36 21 - Coopavel 121.852 0,35 22 - Modelo / Salermo 101.408 0,29 23 - Agroavícola Rizzi 90.971 0,26 24 - Guarupal 56.657 0,16 25 - Frig. V. Mondelli 43.170 0,13 26 - Sino dos Alpes 9.617 0,03 Total Associados 16.424.661 48,00 Outros 18.031.692 52,00 Total Brasil 34.456.353 100,00 Relatório Anual 2003 Cabeças Abatidas | Ranking da Produção - 2003 - Associados Abipecs 21 Mercado Externo O desempenho em 2003 O Brasil alcançou novo recorde nas exportações de carne suína. A receita cambial somou US$ 546 milhões, o que corresponde a um aumento de 13,5% sobre 2002. E o volume embarcado foi de 491 mil toneladas, com um incremento mais modesto, de 3,3%, sobre o ano anterior. O resultado aumenta de importância considerando a ampliação de barreiras protecionistas contra o produto brasileiro em 2003, simbolizada pela adoção de um rígido sistema de cotas por parte da Rússia, nosso maior mercado. E, da mesma forma, o desempenho no período revela: - O sucesso da estratégia dos exportadores brasileiros na busca de novos mercados e da valorização de nosso produto; - O apoio constante dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Relações Exteriores nas negociações bilaterais pela ampliação dos mercados; e - A importância da presença institucional da APEX-Brasil nas ações de divulgação de nosso produto no mercado internacional. Exportação - Tons. Partic. % Santa Catarina 181.717 37,0 Rio Grande do Sul 118.051 24,0 Paraná 76.529 15,6 Minas Gerais 43.364 8,8 1.145 0,2 Goiás 26.441 5,4 Mato Grosso do Sul 43.305 8,8 Mato Grosso 160 0 Outros 775 0,2 491.487 100,0 Total Brasil Fonte: ABIPECS Relatório Anual 2003 | São Paulo ABIPECS Estados Exportadores - 2003 - Carne Suína 22 Exportação Brasileira de Carne Suína - 2003 X 2002 Tonelada US$ Mil 2003 2002 % 2003 2002 % Janeiro 39.718 16.663 138,36 36.949 20.577 79,56 Fevereiro 44.108 32.222 36,89 44.745 36.674 22,01 Março 32.610 33.874 -3,73 33.998 38.618 -11,96 Abril 26.414 36.152 -26,94 27.150 42.453 -36,05 Maio 49.651 35.976 38,01 53.142 38.806 36,94 Junho 42.308 31.891 32,66 43.375 36.073 20,24 Julho 39.924 39.475 1,14 42.433 38.742 9,53 Agosto 42.874 45.557 -5,89 45.654 41.362 10,38 Setembro 51.183 60.416 -15,28 59.129 55.820 5,93 Outubro 49.701 58.135 -14,51 64.872 54.195 19,70 Novembro 45.612 44.750 1,93 61.023 41.882 45,70 Dezembro 27.384 40.752 -32,80 34.064 36.233 -5,99 491.487 475.863 3,28 546.534 481.435 13,52 Total Fonte: ABIPECS Exportação Brasileira de Carne Suína - 2003 x 2002 23 27.384 40.752 45.612 44.750 49.701 58.135 51.183 60.416 42.874 45.557 39.924 39.475 42.308 31.891 49.651 35.976 26.414 36.152 32.610 33.874 44.108 32.222 39.718 16.663 Relatório Anual 2003 | ABIPECS Toneladas 2003 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2002 Exportação Brasileira de Carne Suína - 2003 x 2002 34.064 36.233 61.023 41.882 64.872 54.195 59.129 55.820 45.654 41.362 42.433 38.742 43.375 36.073 53.142 38.806 42.453 27.150 33.998 38.618 44.745 36.674 20.577 36.949 US$ mil 2003 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2002 Países Importadores de Carne Suína Brasileira 2003 Coréia do Norte Costa do Marfim Emirados Árabes Eslováquia Finlândia Gabão Gana Geórgia Granada Guiné Equatorial Haiti Hong Kong Iugoslávia Libéria Macedônia Nigéria Omã Paraguai Principais Clientes em 2003 (base = tons.) Rússia 2% 3% 8% 64% 12% Hong Kong | 11% Romênia Rússia Senegal Suíça Trinidad e Tobago Turquia Ucrânia Uruguai Uzbequistão ABIPECS Belarus Bermudas Brunei Bulgária Cabo Verde Camarões Cazaquistão Cingapura Congo Argentina Cingapura Uruguai Outros Relatório Anual 2003 África do Sul Albânia Angola Antilhas Holandesas Argentina Armênia Azerbaijão Bahamas Bahrein 24 Os compradores Rússia O principal comprador da carne suína brasileira reduziu em 17% suas compras, que totalizaram 314 mil toneladas. A participação do mercado russo nas vendas brasileiras, que era de 80% em 2002, quando nossas exportações cresceram 150%, reduziu-se para cerca de 64% em 2003. A Rússia, que em 2003 importou um total de 600 mil toneladas, segundo o USDA, para 2004 fixou suas compras de carne suína no mercado internacional em 450 mil toneladas. Relatório Anual 2003 | ABIPECS Hong Kong 25 As compras do segundo maior cliente da carne suína brasileira cresceram 16% em 2003. Os embarques somaram 57,7 mil toneladas, que corresponderam a 11,7% do volume total exportado. Em 2002, o mercado de Hong Kong tinha uma participação de 10,5% nas exportações brasileiras de carne suína. Argentina A recuperação econômica de nosso vizinho e parceiro de Mercosul, com o aumento do poder aquisitivo da população, resultou em um crescimento de 181% nas exportações para aquele mercado. O volume embarcado foi de 37,7 mil toneladas, contra 13,4 mil toneladas no ano anterior. Em conseqüência, a participação da Argentina entre os compradores da carne suína brasileira passou de apenas 3% em 2002 para 7,7% em 2003. Exportação de Carne Suína por Destinos - Comparativo 2003 X 2002 (volume em toneladas) Destinos Meia-carcaça Cortes Total 2003 2002 % 2003 2002 % 2003 2002 % 0 0 - 37.736 13.424 181 37.736 13.424 181 45 14 221 57.652 49.862 15 57.697 49.876 16 125.217 208.058 -39 188.723 169.041 11 313.940 377.099 -16 0 0 - 9.379 6.606 41 9.379 6.606 42 3.305 0 - 4.849 26 18.550 8.154 26 31.261 Albânia 20 0 - 3.817 1.811 110 3.837 1.811 111 Bulgária 0 0 - 2.302 681 238 2.302 681 238 Cingapura 0 0 - 15.311 6.739 127 15.311 6.739 127 Geórgia 1.855 186 897 2.103 500 320 3.958 686 476 Outros 3.667 483 659 35.506 18.432 92 39.173 18.915 107 134.109 208.741 -35 357.378 267.122 33 491.487 475.863 3 Argentina Hong Kong Rússia Uruguai África do Sul Total Cingapura O resultado das vendas em 2003 confirmou as análises otimistas sobre o potencial deste país asiático. Foi diretamente influenciado pela recuperação econômica da vizinha Argentina, e ampliou em 42% as compras de carne suína do Brasil. Nossas exportação passaram de 6,6 mil toneladas em 2002 para 9,3 mil toneladas em 2003. Outros Mercados A análise deste capítulo evidencia o sucesso da estratégia do setor em buscar mercados alternativos e diversificar as vendas no mercado internacional em 2003. As vendas para outros mercados somaram 39,1 mil toneladas, com um crescimento de 107% em relação a 2002. Para a África do Sul, por exemplo, as exportações brasileiras eram de apenas 26 toneladas em 2002 e somaram 8,1 mil toneladas em 2003, com um crescimento relativo de 31,2 mil por cento. | Uruguai Relatório Anual 2003 Em 2003, a participação de Cingapura nas vendas brasileiras correspondeu a 3%. ABIPECS Os embarques totalizaram 15,3 mil toneladas, contra 6,7 mil toneladas em 2002, o que corresponde a um incremento de 127%. 26 27 28 Empresas exportadoras As empresas associadas da ABIPECS foram responsáveis por 93% de nossas vendas externas. As 5 maiores exportadoras concentram 73% das vendas brasileiras de carne suína no exterior. Exportação de Carne Suína por Empresas - 2003 (kg líquido) Total Volume % 12.437.025 2,53 75.088 0,02 302.333 0,06 Cooperativa Central Agropecuária Sudoeste - SUDCOOP 8.254.315 1,68 Cooperativa Central Oeste Catarinense Ltda. - AURORA 51.243.848 10,43 Cooperativa dos Suinocultores de Encantado Ltda. - COSUEL 7.162.461 1,46 Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda. - COTRIJUÍ 2.862.932 0,58 34.475.840 7,01 3.921.918 0,80 Frigorífico Porcobello Ltda. 14.595.583 2,97 Frigorífico Riosulense S.A. 47.336.145 9,63 Guarupal Comercial Ltda. 3.292.812 0,67 Palmali Industrial de Alimentos Ltda. 9.462.835 1,93 66.792.872 13,59 95.400 0,02 2.976.508 0,61 104.566.432 21,28 Seara Alimentos S.A. 88.101.708 17,93 Outros 33.531.003 6,82 491.487.058 100,00 Alibem Comercial de Alimentos Ltda. Coop. Regional Castilhense de Carnes e Derivados Ltda. Cooperativa Agropecuária Cascavel Ltda. - COOPAVEL Frangosul S.A. Agro Avícola Industrial Frigorífico Mabella Ltda. Persa Indústria e Comércio de Carnes e Derivados Ltda. Rio Branco Alimentos S.A. Sadia S.A. Relatório Anual 2003 | ABIPECS Perdigão Agroindustrial S.A. 29 Total Desafio Setorial Da mesma forma será essencial a ampliação de nossa estratégia de diversificação dos destinos de nossas exportações. Estratégia, aliás, que já começou a render frutos em 2004. | A conjuntura indica que nossa tradicional articulação com os órgãos de Governo, notadamente o MDIC, o MAPA e o MRE, será fundamental ao longo de 2004 na busca de redução destas barreiras para as vendas em 2005. Relatório Anual 2003 O sistema de cotas adotado pela Rússia, o maior mercado da carne suína brasileira, deve reduzir nossas exportações de 491 mil para 330 mil a 350 mil toneladas em 2004. ABIPECS Comércio exterior 32 Relatório Anual 2003 | ABIPECS Mercado interno 33 O impacto negativo das restrições no mercado russo destaca a importância de toda a cadeia da suinocultura, desde a produção até a exportação, estar permanentemente articulada para evitar excessos de oferta. Da mesma forma, continua presente na estratégia da Abipecs a realização de esforços para que seja ampliado o consumo interno de carne suína. O consumo per capita no Brasil está em 12,4 quilos, bem abaixo da média dos principais países consumidores. Informações setoriais O sistema de informação setorial implantado pela ABIPECS, sinalizando periodicamente a situação das variáveis de nosso mercado, demonstrou sua eficácia. A cadeia da suinocultura, de posse das informações necessárias para a tomada de decisões, pôde ajustar a produção à demanda. Isto ajudou a evitar uma queda abrupta da remuneração do setor. Para 2004 a proposta é aprimorar ainda mais o sistema, inserindo nele dados econômicos sobre o mercado de carnes e produtos suínos. APEX-Brasil Compete à APEX-Brasil a execução de políticas de promoção de exportações, em cooperação com o poder público, com o objetivo de inserir novas empresas exportadoras no mercado internacional, ampliar mercado e, em conseqüência, gerar emprego e renda. Em 2003, por iniciativa do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, a agência ganhou mais autonomia e poder político, o que contribuiu para ampliar ainda mais a eficiência no apoio ao setor exportador. Em parceria com a APEX-Brasil a ABIPECS desenvolve ações de promoção comercial que incluem participação em feiras e envio de missões comerciais ao exterior, apoio a missões comerciais e veterinárias de países importadores e o desenvolvimento de produtos de promoção comercial. Abaixo, algumas iniciativas de 2003 onde a ABIPECS teve o apoio da APEX-Brasil: Eventos Internacionais Expo Abras 2003 / Sial Mercosul 2003 15 a 18 de setembro de 2003 - Rio de Janeiro/Brasil Número de exibidores: 850 empresas Número total de visitantes: 46.000 Estande ABIPECS : visitação aproximada de 1.000 pessoas | Fihav - Feria Internacional De La Habana 02 A 09 de novembro de 2003 - Havana/Cuba Número de exibidores: 620 de 52 países Número total de visitantes: aproximadamente 200.000 pessoas Estande ABIPECS: visitação aproximada de 2.000 pessoas Relatório Anual 2003 Anuga 2003 11 a 15 de outubro de 2003 - Colonia/Alemanha Número de exibidores: 6.006 empresas Número total de visitantes: 168.000 de 150 países Estande ABIPECS: visitação aproximada de 1.200 pessoas ABIPECS 12th World Food Moscow 2003 23 a 26 de setembro de 2003 - Moscou/Rússia Número de exibidores: 1.150 empresas Número total de visitantes: 51.479 pessoas Estande ABIPECS: visitação aproximada de 1.200 pessoas 34 Relatório Anual 2003 | ABIPECS Associados Abipecs 35 Agro Avícola Rizzi Ltda. - FRIGORIZZI [email protected] Alibem Comercial de Alimentos Ltda. [email protected] Cooperativa Agropecuária Cascavel Ltda. COOPAVEL www.coopavel.com.br Cooperativa Central Agropecuária Sudoeste. SUDCOOP www.frimesa.com.br Cooperativa Reg. Castilhense de Carnes e Derivados Ltda. [email protected] Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda. COTRIJUÍ www.tchecotrijui.com.br Cooperativa Tritícola de Getúlio Vargas Ltda. COTRIGO www.cotrigo.com.br Cooperativa Tritícola Erechim Ltda. COTREL www.cotrel.com.br Cooperativa Central Oeste Catarinense Ltda. AURORA www.frigorifico-aurora.com.br Cooperativa dos Suinocultores de Encantado Ltda. COSUEL www.dalia.com.br Excelsior Alimentos S/A. www.excelsior.ind.br Frangosul S/A Agroavícola Industrial www.frangosul.com.br Frigorífico Ceratti S/A. www.ceratti.com.br Frigorífico Industrial Vale do Piranga S/A. www.saudali.com.br Frigorífico Mabella Ltda. www.mabella.com.br Frigorífico Porcobello Ltda. www.porcobello.com.br Frigorífico Riosulense S/A. www.pamplona.com.br Frigorífico Vangélio Mondelli Ltda. www.mondelli.com.br Guarupal Comercial Ltda. [email protected] Independência Alimentos Ltda. www.independencia.com.br Indústria de Alimentos Modelo Ltda. www.salermo.com.br Intercoop Integr. Coop. Médio Norte Est. MT Ltda. [email protected] Palmali Industrial de Alimentos Ltda. www.palmali.hpg.ig.com.br Perdigão Agroindustrial S/A. www.perdigao.com.br Persa Ind. e Com. de Carnes de Derivados Ltda. www.persanet.com.br Rio Branco Alimentos S/A. www.pifpaf.com.br Sadia S/A. www.sadia.com.br Seara Alimentos S/A. www.seara.com.br Sino dos Alpes Alimentos Ltda. www.senfter.com.br Relatório Anual 2003 | ABIPECS Associados Abipecs 36