ISSN: 1981 - 3031 CONCEPÇÕES DE FORMAÇÃO NOS ESTUDOS SOBRE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA O ENSINO MÉDIO (2000-2010) MENDONÇA, Maria Eliane Ferreira de (CEDU-UFAL) [email protected] REIS, Rosemeire (CEDU-UFAL) [email protected] RESUMO O presente trabalho se desenvolveu a partir de uma pesquisa intitulada “Estudos sobre formação continuada de professores do Ensino Fundamental II, Médio no Brasil e em Alagoas (2000-2010): mapeamento, discursos produzidos e concepções de formação”, realizada pelo Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC), que teve por objetivo analisar as teses e dissertações de professores do ensino médio já mapeadas no banco da Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), sendo essa análise referente aos trabalhos sobre formação continuada enquanto processo de formação. A metodologia utilizada para essa análise trata-se de uma pesquisa documental, com enfoque tanto quantitativo, como qualitativo, tendo em vista o levantamento de dados realizado a partir do mapeamento dos trabalhos, e a análise quantitativa dos discursos sobre formação continuada presentes nesses trabalhos. Tomamos como referencial teórico para tal análise os escritos de Pérez-Gómez (2001) no que se refere a gênese do conhecimento profissional do docente: “prático artesanal”, “técnico-academicista” e “reflexivo. Partindo do pressuposto de que os autores pautam suas concepções no enfoque reflexivo, trouxemos para essa discussão Pimenta (2002), que faz críticas as ideias de D. Schön quanto ao uso generalizado do termo professor reflexivo. Pudemos perceber que os trabalhos analisados configuram-se numa perspectiva de formação continuada voltada para uma reflexão sobre a prática e uma formação que permita um desenvolvimento pessoal e coletivo do profissional. Concluímos afirmando a importância coletiva e pessoal desse projeto de iniciação à pesquisa, pois o mesmo nos trouxe subsídios teóricos no campo da formação continuada de professores do ensino médio, permitindo assim, finalizar o banco de dados proposto no início da pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: Concepções de formação continuada. Reflexão. Ensino Médio. 1 INTRODUÇÃO A pesquisa “Estudos sobre formação continuada de professores do Ensino médio Fundamental II, Médio no Brasil e em Alagoas (2000 – 2010): mapeamento, discursos produzidos e concepções de formação” coordenada pela Profª. Drª. Rosemeire Reis que está inserida em uma pesquisa maior denominada “A produção de dissertações e teses sobre formação de professores no banco de teses do diretório da CAPES (2000-2010)”, sob a coordenação da Profª. Drª. Helena Coharik Chamlian, teve início no ano de 2012, sendo finalizada no primeiro semestre do ano de 2014. Os anos anteriores (2012-2013) destinaram-se a realização de um mapeamento no banco de dados da CAPES referente aos trabalhos produzidos 1 ISSN: 1981 - 3031 durante os anos de 2000 a 2010 acerca dos trabalhos sobre formação continuada de professores do ensino médio a fim de produzir um “Estado da Arte” sobre formação continuada de professores. Esse mapeamento resultou na leitura de resumos de 85 trabalhos de mestrado e 16 de doutorado, divididos em cinco categorias: Estudo documental (5), Análise da prática de um professor (5), Análise da própria formação (10), Estudo da visão de professores sobre a formação continuada (18) e Análise de processos de formação (63). Destacam-se como referências para esse processo do projeto autores como: CHARLOT, 2006, FORMOSINHO, 2009 e GATTI 2008. Podemos destacar como objetivo central a análise dos discursos sobre formação continuada presentes nos trabalhos mapeados. Para esse processo foram analisados apenas os trabalhos referentes a “Análise dos processos de formação” que totalizam a análise de 63 trabalhos. Compreendemos “processos de formação” uma formação continuada em grupo, geralmente em parceria entre universidade e escola ou escolas de ensino médio. É uma proposta processual de formação continuada. Para realização desta pesquisa foi necessária uma abordagem bibliográfica, visto que, houve a necessidade de se pesquisar no bando de teses do diretório da CAPES trabalhos referentes a formação continuada produzidos nos anos 20002010. Sendo feito esse mapeamento foram destacados os resumos de todas as teses e dissertações encontradas afim de produzir uma ficha descritiva através do programa Access 2000. Além da uma produção quantitativa realizada através de gráficos referentes aos resultados obtidos dos trabalhos mapeados. Dos 63 trabalhos mapeados encontramos apenas 38 completos, foi realizado, a partir desses trabalhos, uma abordagem qualitativa no que se refere aos objetivos, metodologia, concepções de formação, resultados e referenciais teóricos presentes nos trabalhos, Para tal análise foi utilizado como referência os três enfoques propostos por Pérez-Gómez (2001) no que se refere a gênese do conhecimento profissional do docente: “prático artesanal”, “técnico-academicista” e “reflexivo. Categorizamos os trabalhos a partir desses enfoques. Partindo do pressuposto de que os autores pautam suas produções numa visão de reflexão, trouxemos Pimenta (2002) para auxiliar nessa análise, tendo em vista que ela faz críticas ao uso generalizado do 2 ISSN: 1981 - 3031 termo professor reflexivo, o qual é proposto inicialmente por D. Schön Destacamos que para a realização da análise dos discursos sobre formação continuada presentes nos trabalhos referentes à análise de processos de formação, houve a necessidade de leitura dos trabalhos completos, tendo em vista que nas produções quantitativas realizadas nas pesquisas que antecedem a essa foram utilizados apenas os resumos do trabalho. Dessa forma, realizamos uma nova pesquisa no diretório da CAPES, em sites de busca da internet e no site (IBICT) Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia para encontrar os trabalhos completos. Dessas buscas dos 63 trabalhos mapeados, referentes a análise de processos de formação, encontramos apenas 38 trabalhos completos. 2 DESENVOLVIMENTO Destacamos como primeiras informações da análise realizada a partir dos resumos dos trabalhos categorizados como processos de formação referentes ao ensino médio alguns dados referentes às metodologias, temas e principais referências adotada pelos pesquisadores em suas produções. No que se refere às metodologias utilizadas podemos destacar uma predominância da pesquisa qualitativa, tendo em vista que encontramos 25 trabalhos referentes a esse tipo de pesquisa e ainda, sete produções realizadas a partir de um estudo de caso que também se utilizaram dessa metodologia e dois outros trabalhos que usaram uma metodologia quantitativa e qualitativa respectivamente. Outros três trabalhos foram realizados a partir da pesquisa-ação, seis utilizaram um acompanhamento de um grupo de estudo/reunião para realização do seu trabalho, quatro produções usaram da metodologia baseada na realização de curso de formação e cinco optaram por uma pesquisa bibliográfica. Destacamos como procedimentos mais utilizados entre os autores: entrevistas, questionário, observações e análises. 11 trabalhos não permitiram, através do resumo, verificar o procedimento metodológico utilizado na pesquisa. Referentes aos principais temas abordados surgiram temas como: formação continuada (19), formação de professor (16), profissão professor (2), subjetividade (2), inovações curriculares (1), ensino médio (7), concepção de professor (1), meio ambiente (3), educação matemática (2), prática docente (2), desenvolvimento 3 ISSN: 1981 - 3031 profissional (1), construções geométricas (1), políticas educacionais (5), violência escola (1) e homofobia (1). No que se refere aos principais referenciais teóricos utilizados pelos autores em seus trabalhos destacamos que poucos trabalhos citam essas referências em seus resumos, o que implica a necessidade de consultar o trabalho completo. Tendo em vista que o banco de dados da CAPES encontra-se em manutenção, não disponibilizando os trabalhos completos e alguns desses não foram possíveis de localizar em sites de busca na internet, não será possível destacar o referencial teórico utilizado em todos os trabalhos. Mas dos trabalhos completos e dos que apresentam apenas o resumo podemos destacar como referencial teórico: Nóvoa (14), Schön (11), Freire (9), Tardif (7), Pimenta (6), Sacristán (5), Vygotsky (4), Candau (4), Freitas (4), Zeichner (4), Cunha (3), Silva (3), Goméz (3), Dewey (3), Marin (3), Souza (2), Pontes (2), Canário (2) e Foucault (2). Os trabalhos que não podemos disponibilizar as principais referências utilizadas totalizam 20. Feita essa análise qualitativa dos resumos, partimos para a análise dos trabalhos completos, mas destacamos que dos 63 trabalhos sobre processo de formação apenas 38 foram encontrados completos, dessa forma os 25 trabalhos restantes serão analisados a partir dos seus resumos. Por esse motivo optamos por realizar uma análise separada, iniciando pela análise dos trabalhos completos e em seguida dos trabalhos que dispõem apenas dos resumos. A análise dos discursos sobre formação continuada presente nos trabalhos mapeados será realizada a partir de três enfoques proposto por Pérez-Gómez (2001) no que se refere à gênese do conhecimento profissional do docente: “prático artesanal”, “técnico-academicista” e “reflexivo”. O enfoque artesanal refere-se a um conhecimento acumulado ao longo do tempo transmitido de geração para geração, seria um contato com a prática docente aprendida através de alguém que detenha experiência, se restringiria a uma experiência artesanal, descartando a produção de conhecimento teórico profissional. Dessa forma “o conhecimento, assim concebido, perde, enfim, seu valor de busca, criação e contraste crítico, e o profissional, sua margem de autonomia para propor uma atividade realmente educativa...” (2001, p. 185). O enfoque técnico-academicista pauta-se em um conhecimento restrito ao domínio de técnicas aplicáveis na prática, descarta-se também a criação de 4 ISSN: 1981 - 3031 conhecimentos, uma vez que, o conhecimento deriva de fora e é aplicado de forma mecânica, sendo assim “... aprendizagem acadêmica das técnicas pedagógicas é essencial para o desenvolvimento posterior de intervenções eficazes e fiéis ao modelo cientifico técnico planejado”. (2001, p. 187-188). E por fim, o enfoque reflexivo, que defende o conhecimento como processo de construção desenvolvido em cenários singulares, por isso não ser possível a aplicação exata de técnicas. Nesse enfoque o elemento fundamental é o desenvolvimento da reflexão, construída partir da própria experiência do profissional, onde ele possa fazer relação entre a teoria e prática, pois “o conhecimento profissional do docente emerge na e a partir da prática e se legitima em projetos de experimentação reflexiva e democrática no próprio processo de construção e reconstrução da prática educativa”. (2001, p. 190). A partir da compreensão desses enfoques abordados por Pérez Gomes faremos nossa análise, a fim de definir em qual enfoque as concepções de formação presentes nos trabalhos se classificam e que discursos testificam a presença desse enfoque. Pressupondo que os trabalhos pautam suas concepções baseadas em um enfoque reflexivo, trouxemos Pimenta (2002) para discutir a respeito do que seria esse professor reflexivo. A autora, em uma análise das concepções de D. Schön, faz críticas ao uso generalizado desse conceito, visto que “... a expressão “professor reflexivo” tomou conta do cenário educacional confundindo a reflexão enquanto adjetivo... com um movimento teórico de compreensão do trabalho docente.” (2002, p.18). O que Pimenta questiona é que tipo de reflexão tem sido realizada pelo professor, pois o que parece é que o professor tem se colocado como destaque no processo de mudanças. Nesse sentido as críticas feitas a Schön preocupam-se com o desenvolvimento de: ... “de um possível “praticismo” daí decorrente, para o qual bastaria a prática para a construção do saber docente; de um possível “individualismo”, fruto de uma reflexão em torno de si própria; de uma possível hegemonia autoritária, se se considera que a perspectiva da reflexão é suficiente para a resolução dos problemas da prática; além de um possível modismo, com uma apropriação indiscriminada e sem críticas, sem compreensão das origens dos contextos que a gerou, o que pode levar a banalização da perspectiva da reflexão.” (PIMENTA, 2002, p.22) A autora propõe uma formação profissional que valoriza a prática como momento de construção de conhecimento, através da reflexão que permita a esse 5 ISSN: 1981 - 3031 profissional responder às situações novas e de incertezas que possam surgir no seu dia a dia. D. Schön recebe críticas ainda, por possuir um enfoque “reducionista e limitante por ignorar o contexto institucional e pressupor a prática reflexiva de modo individual” (p. 22). O que Pimenta (2000) quer destacar é que o “saber docente não é formado apenas da prática, sendo também nutrido pelas teorias da educação” (p. 24). Essas teorias devem permitir que o professor compreenda os diferentes contextos que o cerca e que desenvolva uma criticidade em relação ao seu trabalho nesses contextos. ANÁLISE DOS DISCURSOS E CONCEPÇÕES SOBRE FORMAÇÃO Compreendendo os três enfoques apresentados por Perez Gómez, realizamos uma análise detalhada dos trabalhos completos, para facilitação dessa análise, tendo em vista a grande quantidade de trabalhos a serem analisados, categorizamos os trabalhos em quatro grupos: trabalhos em que os autores não apresentam uma definição explícita de formação continuada (4); trabalhos em que os autores apresentam uma definição de formação com base nas concepções de outros autores (6); trabalhos em os autores deixam explícito a definição de formação fundamentada em um modelo crítico e reflexivo (12) e os trabalhos que definem a formação continuada como espaço para o desenvolvimento da autonomia emancipação dos profissionais envolvidos (7). Dos 4 que trabalhos que não apresentam um conceito explicito sobre sua visão de formação continuada, podemos analisar a presença de algumas concepções e afirmações que nos remete o enfoque reflexivo: ... minha ideia inicial sobre o Grupo de Física Moderna era de que ele não seguisse o formato tradicional de um curso de capacitação, que em geral tem objetivos mais voltados à transmissão de conteúdos (ARRUDA, 2001, p. 201) ... como consequência, entendemos também ser interessante aprofundar nossa compreensão dos modelos de formação continuada centrados na reflexão da prática docente e na produção coletiva, no intuito de elaborar projetos coerentes com esses princípios. (LICATTI, 2005, p.150) Primeiro, que a formação docente, no âmbito escolar, não se dá no plano individual, é construída no coletivo das indagações, das afirmações e das problematizações. (VARGAS, 2006, p. 98) Um programa de educação continuada para professores deve levar em conta 6 ISSN: 1981 - 3031 o acompanhamento das experiências desenvolvidas que segundo Guimarães (2001), devem servir como indicadores dos momentos distintos, mas articulados entre si, no que diz respeito a formação de professores, que são: a mobilização inicial, os momentos de aprofundamento teórico, a reflexão sobre a prática com troca de experiências entre os educadores e a construção na sala de aula de novas práticas (CERVERA, 2009, p.52) Embora esses trabalhos não possuam uma concepção clara sobre formação, percebemos que a presença de expressões como: reflexão sobre a prática, novas práticas, não seguir modelos de transmissão de conteúdos, nos revela a existência de uma formação pensada como momento reflexão e construção da prática a partir de uma produção coletiva. Quando se destaca a preocupação em considerar as experiências trazidas pelos professores em sua trajetória de ensino, constatamos que a visão de formação proposta nesses trabalhos não busca desprezar os conhecimentos já adquiridos pelos professores, mas busca amplia-los e reconstruilos a partir de uma reflexão sobre esses momentos já construídos ao longo de sua trajetória enquanto educador. Os seis trabalhos que expressam sua concepção de formação apoiada na ideia de outros autores, trazem concepções que nos remete ao enfoque reflexivo, tendo em vista, que os autores apontados nos trabalhos propõem uma formação pautada na reflexão: Como salienta essa autora (Oliveira, 2003), é importante que os cursos desempenhem um papel mobilizador da reflexão sobre as ações e práticas dos professores e que incentivem os docentes a assumir o papel de sujeitos da sua formação, contribuindo, assim, para o seu desenvolvimento profissional. Concordamos com essa autora, uma vez que em nossos estudos pudemos constatar que o curso de formação continuada não surtiu muito efeito sobre a prática desses professores. (SANTOS, 2005, p. 102) Outro aspecto importante de ressaltar na capacitação de professores, de forma geral, é questão da “prática reflexiva”, esta surge no âmbito dos professores interrogarem suas próprias práticas de ensino, esta reflexão pode possibilitar a oportunidade de voltar atrás e rever as práticas e acontecimentos de sala de aula, contribuindo para O desenvolvimento pessoal e profissional do professor a partir de (OLIVEIRA &SERRAZINA, 2002). (HORNINK, 2006, p.24) 7 ISSN: 1981 - 3031 A formação não se constrói somente por acúmulo de cursos, de conhecimentos ou de técnicas, mas sim, através de um trabalho de reflexão e crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal (NÓVOA, 1995). (ROZINELI, 2007, p.16) ... entende-se que a formação continuada não pode ser entendida como um processo estanque, de momentos de aquisição de conhecimento adquiridos em cursos como assinala Freitas “de qualidade duvidosa” (FREITAS, 2002, p.148), ou para cumprir com programas de formação que, geralmente, são proporcionados por meio de multiplicadores (CALIXTO, 2008, p.19) Garcia (1999) afirma que esse tipo de formação permite o desenvolvimento de um profissional consciente de si próprio e compromissado com a sua escola e com a sua profissão, pois o professor constrói o seu conhecimento a partir da sua própria analise e reflexão, seja ela individual ou coletiva. (FREITAS, 2008, p.136) ...acreditamos que este procedimento pode oferecer maiores benefícios quando apoiado na concepção de Zeichner (1992), que afirma que a prática reflexiva, enquanto prática social, só pode ser realizada no coletivo, o que pressupõe a transformação das escolas em comunidades de aprendizagem, onde os professores possam se estimular mutualmente através da troca de experiências, de discussão teórica , da reflexão conjuntas, e também do estabelecimento de laços afetivos que conduzam a uma interação embasada em respeito e segurança. (SILVA, 2009, p. 20, 21) Os autores desses trabalhos analisados, apesar de se apoiarem em diferentes concepções e autores para retratar a importância de uma formação, propõem, através dos cursos de formação, desenvolver nos educadores um papel social que permita uma reflexão capaz de fazê-lo repensar sobre suas práticas vivenciadas em sala de aula e assim promover mudanças que contribuam na sua formação pessoal e profissional. Em continuação a análise dos trabalhos, destacamos 12 que deixam explícito sua concepção de formação pautada em um posicionamento crítico e reflexivo: ... os objetivos essenciais da formação continuada devem ser tais que não incorram neste exercício de alienação, mas sim que se respaldem pela necessidade de dar aporte ao professor para que faça da reflexão, da crítica e do questionamento adjetivos do seu próprio ser-estar docente. (OLIVEIRA, 2003, p. 30,) Os projetos de formação continuada docente, como venho afirmando, constituem importantes espaços de reflexão das práticas escolares... (GRANDOLFO, 2006, p.33) . os programas de educação continuada procuram suprir lacunas e oferecer aos professores oportunidade de reflexão sobre suas práticas (AMMIRABILE, 2007, p.94) ... o processo de formação, deverá estimular a formação de um profissional crítico, capaz de compreender os condicionantes históricos e sociais da educação, para então buscar novos caminhos para novas dimensões de 8 ISSN: 1981 - 3031 sua prática (CZEKALSKI., 2008, p.48) A formação continuada exerce um papel de destaque, especialmente pelo fato de proporcionar a reflexão sobre o processo ensino e aprendizagem. O professor precisa de uma boa dose de vontade e uma grande disposição para questionar, não só conteúdos, mas, sobretudo conteúdos de cunho afetivo e procedimental. (STEINMETZ, 2008, p.85) O trabalho de formação continuada constitui uma tentativa de construir novas concepções teóricas, ou seja, reformular conceitos, visando novos rumos na formação de professor voltada para uma perspectiva humana (TOMASONI, 2008, p.13) Sabemos que o processo de formação continuada de professores em serviço requer uma promoção contínua de diálogos, reflexões, por nós e por todos aqueles que, de certa forma, se sentem inquietos com os problemas que atingem a prática pedagógica, e acreditam que a formação continuada de professores em serviço possa enriquecer e fortalecer a ação educativa (CZEKALSKI, 2008, p.105) As atuais tendências dessa formação contínua apontam para a necessidade da prática reflexiva, a qual favorece a constante atualização e produção de novos saberes ao docente, por meio da reflexão sobre a ação, bem como a própria reflexão, conduzindo a uma postura crítica e autônoma. (ARAÚJO, 2008, p.11) ... apontamos que uma formação continuada baseada em uma Educação para além do ensino básico formal, uma Educação em Direitos Humanos deve estimular grupos sociais a refletirem sobre suas próprias condições de vida, os processos históricos em que estão inseridos, ampliar a capacidade das pessoas identificarem violação de direitos (FILHO, 2009, p. 49) Para iniciar abordaram-se características de uma formação eficaz, tendo a escola como espaço privilegiado e trabalho coletivo como condição fundamental para pensar a respeito da ação educativa, se orientando por um movimento permanente e contínuo de ação e reflexão. (ALBERTIM, 2009, p.70) A formação continuada deve ser articulada com a formação inicial levando em conta o processo formativo integral do ser humano e uma contínua ressignificação de saberes, valores e atitudes. É nas atividades de formação continuada que se constrói um espaço de produção de novos conhecimentos, de troca de diferentes saberes, de reflexão crítica sobre a prática do professor. (SILVA, 2010, p.36) Assim, o docente deve refletir sobre sua formação, apoiando-se no contexto pelo qual poderá intervir para atingir os objetivos do ensino que são delineados pela emergência das questões cotidianas, ao mesmo tempo em que se fundamenta teoricamente motivado pela necessidade de compreender a natureza da sua prática (MOURA, 2010, p.40) Podemos perceber nesses trabalhos a presença clara do enfoque reflexivo, tendo em vista a constante presença das expressões reflexão da prática e reflexão 9 ISSN: 1981 - 3031 da ação, destacamos ainda, uma preocupação em desenvolver cursos de formação que permitam ao profissional momentos de reflexão e questionamentos sobre suas práticas, que buscam acima de tudo, romper com modelos de cursos tradicionais que visam apenas a transmissão de conteúdos. Destacamos ainda nessa análise, a preocupação em se pensar os objetivos dos cursos de formação continuada que atendam as questões cotidianas e singulares que permeiam os espaços escolares. Identifica-se também nesses trabalhos em demarcar o caráter de formação crítica, de análise do contexto sociocultural e não como foco apenas da reflexão do trabalho numa perspectiva individual. E por fim, destacamos sete trabalhos que buscam uma formação que promova a autonomia o desenvolvimento e emancipação dos educadores: ... percebo a necessidade de romper com este modelo único de formação, centrado na transmissão de conhecimentos... ou pela tradição pedagógica, que desconsideram a importância da reflexão sobre os saberes experienciais (COSTA, 2004, p.3) Pretende-se que a formação continuada não perca seu caráter de extensão da inicial, permitindo ao profissional da educação que não só reflita sobre a prática, mas que também proporcione novos meios de crescimento pessoal e profissional, proporcionando a construção do conhecimento e a interação com o coletivo (RIBEIRO, 2006, p.81) Passamos a uma postura potencialmente mais propicia ao desenvolvimento da autonomia docente, pois as situações que desencadeiam o processo de reflexão e análise crítica são próprias dos sujeitos envolvidos (USTRA, 2006, p.8) Para vivenciar esta experiência de ruptura da dominação, intrínseca às relações profissionais do professor e a sua formação, assim como a reflexão sobre a importância desta formação para a emancipação, conhecendo seus limites e possibilidades. (PAULA, 2007, p.45) ... entendemos que a proposta de formação aqui estudada contribui para a construção da autonomia didático-pedagógica dos professores e, assim, para um processo de não alienação do próprio trabalho (MORETTI, 2007,p.24) O processo formativo deve ser orientado para a formação de um profissional capaz de agir com autonomia, refletir sobre sua prática reestruturando-a e construindo-a, a partir das exigências complexas da tarefa de ensinar (ROCHA, 2008, p.95) Acreditamos também que o conhecimento desse contínuo pedagógicoandragógico contribuiu na postura do formador, que pôde propor uma transição adequada de uma aprendizagem direcionada para uma aprendizagem facilitada, isto é, uma aprendizagem reflexiva, propiciando ao professor participante desenvolver sua autonomia, em muitos momentos (JESUS, 2008, p.49) 10 ISSN: 1981 - 3031 Percebemos a clara preocupação dos autores em promover espaços de formação capazes de garantir a autonomia o crescimento profissional dos educadores, de forma que esses possam refletir sobre sua prática respeitando seus limites, que possam vivenciar momentos de troca de experiências em interação com o grupo. Esse pensamento de autonomia se contrapõe ao enfoque técnicoacademicista, em que a autonomia é “interpretada como uma fonte geradora de ruídos e distorções subjetivas que subtraem clareza, racionalidade e eficácia ao processo.” (GÓMEZ, 2001). Podemos então, afirmar a presença do enfoque reflexivo nos discursos dos pesquisadores e em suas análises em relação aos processos de formação continuada, tendo em vista, a importância de se pensar o contexto em que o educador está inserido. Partiremos agora para a análise dos 25 resumos dos trabalhos que não conseguimos baixar por completo, por isso enfatizamos que muitos resumos trazem poucas informações, dificultando assim, compreender qual a concepção de formação que estar por traz do discurso do autor, mas pudemos perceber através dessas analise que oito autores trazem as concepções de formação como algo processual, onde os professores devem refletir a sua própria prática, partindo do pensamento de Perez Gómez trata-se de enfoque reflexivo na ação, onde os professores devem adquirir seus conhecimentos a partir da suas experiências e que a formação continuada deve levar em consideração o ambiente onde esses professores estão inseridos, deve ser ainda, espaços que promovam ao professor repensar suas práticas, que busquem uma ruptura dos métodos tradicionais que só se adquire novos conhecimentos através de curso de capacitação, onde enchem a cabeça dos professores com novos assuntos afim de deposita-los em seus alunos, a formação continuada tem que valorizar a experiências que os professores já trazem consigo, e também valorizar o cotidianos em que os professores estão ensinando, partindo do pensamento de Schön (1983) o professor deve refletir a sua ação pedagógica. Para confirmação dos resultados de nossas análises destacamos alguns trechos presentes nos resumos no que se refere aos cursos de formação: “a reflexão crítica constitui o ponto central das novas tendências de formação dos professores”; “organização de espaços coletivos, para debate e reflexão”; “processo de reflexão dos professores sobre a 11 ISSN: 1981 - 3031 sua prática pedagógica”; “comprometimento com uma prática reflexiva”; “que favoreçam a reflexão crítica dos professores”; “formação contínua de professores, em uma perspectiva reflexiva”; “possibilitando momentos de reflexão coletiva”; “a formação continuada para professores pode e deve ser um instrumento de reflexão”; “favorecer momentos de estudo e reflexão”. No entanto, destacamos que 17 resumos trazem a concepção de formação continuada através de um curso de capacitação, que segundo Gómez trata-se de um enfoque academicista, onde os professores recebem conhecimento de especialistas para depois transmitirem para seus alunos. É uma visão de formação continuada centrada em uma capacitação para melhorar os conhecimentos dos professores. Apesar da divisão que realizamos para analisar os trabalhos, tendo em vista não conseguimos localizar todos os trabalhos completos, enfatizamos que os trabalhos, ainda que em alguns implicitamente, apresentam em seus escritos uma visão de formação baseada na reflexão, a constante presença de expressões como: reflexão sobre a prática; reflexões sobre as ações e prática reflexiva, nos ajudam a reforçar essa afirmação. Apesar de identificarmos 17 resumos que apresentam um conceito de formação objetivando espaços de capacitação, enquadrando-se assim, no enfoque academicista, não podemos de fato comprovar esta afirmação, visto que, não analisamos os trabalhos completos, destacando também a pouca quantidade de informações para testificar a presença desse enfoque. Dessa forma, podemos afirmar que os discursos produzidos pela maioria dos pesquisadores deixam explícita uma visão de formação que permita romper com os modelos de formação que buscam apenas a mera transmissão e reprodução de conhecimento e que não levam em consideração as experiências e práticas dos docentes adquiridos em sua trajetória profissional. Por isso é preciso elaborar “uma cultura profissional crítica que se desenvolve, não mediante a aprendizagem mecânica e a reprodução rotineira, mas mediante o contraste reflexivo...” (GÓMEZ, 2001). É preciso ainda, levar em conta o contexto em que os cursos de formação continuada estão inseridos, pois esses cursos devem atender as necessidades dos educadores e reconhecer a importância de se considerar as experiências e 12 ISSN: 1981 - 3031 conhecimentos já construído, descartando assim, a possibilidade de propor técnicas capazes de se aplicar a qualquer contexto, pois o “ensino é uma atividade complexa, a qual se desenvolve em cenários singulares, claramente determinada pelo contexto, com resultados sempre em grande parte imprevisíveis...” (GÓMEZ, 2001). Esses espaços de interação entre os educadores promovem a construção individual e coletiva de saberes que devem ser adaptados ao contexto individual de cada participante. Podemos afirmar que as concepções sobre formação continuada presentes nos trabalhos refletem um discurso pautado na importância de se propor cursos de formação que promovam espaços de reflexão da prática e das ações, garantindo a autonomia e o desenvolvimento profissional e pessoal dos educadores. Por isso, afirmarmos que esses trabalhos fazem parte do enfoque reflexivo. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A possibilidade de trabalhar em um projeto de pesquisa permitiu um crescimento individual e profissional, expandir os conhecimentos adquiridos em sala de aula e nos garante aperfeiçoar saberes, ainda, fragmentados e que necessitam de um aparato teórico. Os dois anos de pesquisa traz sem dúvidas, grandes contribuições pedagógicas para o campo educacional, mas especificamente para os estudos de formação continuada, uma vez que nos permitiu um mapeamento e análise de dez anos de trabalhos realizados nesse contexto de formação. O projeto nos permitiu ainda, uma aproximação com o campo da pesquisa, que muitas vezes não é possibilitado no currículo da graduação. Referindo-se aos resultados das análises dos trabalhos, podemos destacar a forte presença do enfoque reflexivo nos discursos dos autores sobre formação continuada, visto que, pudemos identificar em seus escritos a preocupação de se pensar esses cursos de formação como extensão dos cursos de formação inicial, que rompam com os modelos de cursos de formação tradicionais que desprezam os saberes já existentes e se propõem a inserir novos saberes e técnicas aplicáveis a qualquer situação. O que se busca é reconstruir esses saberes em um longo processo de reflexão sobre as práticas já vivenciadas. Percebemos ainda, a importância de considerar o contexto em que esses cursos estão envolvidos, para 13 ISSN: 1981 - 3031 assim, fugir de técnicas que desvalorizam as singularidades existentes em cada espaço escolar. Identificam-se na maioria do trabalho o enfoque de refletir sobre a prática para superar o enfoque academicista, mas identifica-se também em menor quantidade que tratam da formação continuada que buscam superar a perspctiva um individual que pode acabar culpabilizando os próprios profissionais da educação pelas dificuldades encontradas em seu trabalho. Enfatizam a reflexão que relaciona o cotidiano do trabalho da escola com as condições sociais, econômicas e históricas que interagem com as possibilidades e limites de repensar e de ter autoria individual e coletiva no trabalho educativo. Concluímos afirmando a importância coletiva e pessoal desse projeto de iniciação à pesquisa, pois o mesmo nos trouxe subsídios teóricos no campo da formação continuada de professores do ensino médio, permitindo assim, finalizar o banco de dados proposto no início da pesquisa. REFERÊNCIAS PÉREZ-GÓMEZ, A. I. A cultura institucional. In: A cultura escolar na sociedade neoliberal. Porto Alegre: Artmed, 2001. PIMENTA, S. G. Professor Reflexivo: construindo uma crítica. In: Professor Reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002, p. 17-52. REFERÊNCIAS DOS TRABALHOS ANALISADOS ALBERTIM, M. M. Leitura na perspectiva formador-formando: uma experiência com o Programa Ensino Média em Rede. 2009. 247 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Educação). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. 2009. ALVES, W. F. A formação contínua e a batalha do trabalho real: um estudo a partir dos professores da escola pública de Ensino Médio. 2009. 243 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade de São Paulo, São Paulo. 2009. AMMIRABILE, R. D. Ensino Médio em Rede: propostas de leitura na percepção de professores do ensino médio. 2007. 150 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Católica de Santos, São Paulo. 2007. ARAÚJO, R. A. de. 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