PÓS-GRADUAÇÃO EM METODOLOGIAS INOVADORAS APLICADAS À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA A INCLUSÃO DIGITAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE AÇAILÂNDIA: UMA TENDÊNCIA EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI. FAGNO DA SILVA SOARES Profª. MSc. Dulce de Almeida Torres A INCLUSÃO DIGITAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE AÇAILÂNDIA: UMA TENDÊNCIA EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI. PROBLEMA Refletir quanto ao processo de inclusão digital nas escolas públicas de Açailândia, buscando identificar equívocos e possíveis contradições existentes, podendo ser um ponto de partida adequado para intervenção da realidade estudada. Nesse sentido surgem alguns questionamentos que motivaram a elaboração/execução da presente pesquisa, a partir da seguinte problematização: @Quais as variáveis que interferem na implementação de políticas públicas de inclusão digital nas escolas públicas de Açailândia? OBJETIVO GERAL Analisar o processo de implementação de políticas governamentais de inclusão digital nas escolas públicas de Açailândia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1 Verificar a atual situação dos laboratórios de informática nas escolas públicas de Açailândia; 2 Analisar o uso de tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, elencando questões que possam nortear sua correta aplicação, buscando propor a construção de uma educação inclusiva; METODOLOGIA 1 Quanto ao objeto estudado: A pesquisa foi bibliográfica e de campo pois seguindo o viés dos teóricos em inclusão digital; 2 Quanto à forma de estudo do objeto: A pesquisa tem um caráter descritivo e explicativo evidenciando seus vários momentos que vai além da observação, registro, análise, descrição e classificação dos fatos possibilitando a interpretação dos fenômenos em estudo buscando seus determinantes. METODOLOGIA 3 4 O universo foi composto por docentes e discentes do Centro de Ensino Mary Dalva Castro; 5 A amostra foi composta por 55 pesquisados, entre discentes, docentes, e instrutor de informática escolhidos aleatoriamente com questionários de perguntas objetivas e subjetivas; Após a aplicação dos questionários realizou-se a análise e tabulação dos resultados tratados estatisticamente. Para evitar falhas nas perguntas elaboradas no questionário, fazer-se um pré-teste em 10% (dez por cento) do universo estudado. RESULTADOS E DISCUSSÕES DA PESQUISA DE CAMPO FIGURA 1 – Idade 9% Até 15 anos 15 anos ou mais 91% FIGURA 2 – Sexo 37% Masculino Feminino 63% FIGURA 3 – Tem computador em casa? 17% Sim 83% Não FIGURA 4 – Qual seu nível de uso da internet ? Nenhum 5,2 25,4 Pouco 28,8 Normal Muito 40,6 FIGURA 5 – Sabe usar o computador com facilidade ? Nenhum 5,2 25,4 28,8 Pouco Normal Muito 40,6 FIGURA 6 – Você sabe o que é PROINFO ? 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 93,2 6,8 Sim Não FIGURA 7 – Com que freqüência você faz uso do computador na sua escola? Não faço Até 2 vezes/semana 16% 84% FIGURA 8– Como você classificaria sua satisfação com relação ao acesso a internet na escola? 15,3 Muito satisfeito 6,8 Satisfeito 20,3 Pouco satisfeito 57,6 Insatisfeito 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 FIGURA 9– Como você classificaria a metodologia de aprendizagem aplicada pelo seu instrutor? Péssimo 12% 12% 22% Regular Bom Ótimo 25% 29% Excelente FIGURA 10– Com o uso do computador/internet você tem facilidade para acessar outras informações? 24% 76% Sim Não FIGURA 11– Você utiliza o laboratório de informática como ferramenta pedagógica? 80% 33% 67% 60% 40% 20% 0% Sim Não FIGURA 13– Recebeu alguma capacitação para a utilização do laboratório de informática? 0% Não 100% Sim 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% FIGURA 14– Como você classificaria sua satisfação com as condições do laboratório de informática? 25% 0% Insatisfeito Pouco satisfeito 75% Satisfeito FIGURA 15– Como você classificaria sua satisfação com as condições do laboratório de informática? 0% Insatisfeito 33% Pouco satisfeito 67% Satisfeito Muito satisfeito FIGURA 16– Qual a maior dificuldade no uso do laboratório? 75% Falta de manutenção dos equipamentos Disponibilidade de tempo 25% CONSIDERAÇÕES DAS ANÁLISES DOS QUESTIONÁRIOS Mesmo conectados à internet 24 horas e com um plano de aula, definido, o professor ainda não faz uso adequado do laboratório de informática como ferramenta pedagógica. Os fatores identificados para tal situação vão desde as barreiras naturais enfrentadas para absorção de novos conhecimentos, passando por um número inadequado de máquinas por aluno, o que acarreta em uma dificuldade pelo professor durante a aula. Vale salientar que o projeto também tem seu lado social com a comunidade local, onde o cidadão pode fazer uso do laboratório para serviços de utilidade social, por exemplo, acessar o site da Receita, do MEC, de bancos, ou seja, serviços oferecidos pelos governos que têm caráter social . PROPOSTA DE AÇÃO 1. 2. 3. 4. 5. 6. Sendo assim, indica-se abaixo algumas propostas que têm por fim colaborar com a adequação das propostas de inclusão digital adequando-as à realidade de Açailândia: Utilizar como base as duas escolas que já possuem equipamentos, reestruturando seus laboratórios; Criar um esquema de treinamento baseado em software livre para alunos e professores, como alternativa de diminuição de custos; Incentivar através de feiras e seminários o uso das ferramentas tecnológicas como ferramentas pedagógicas; Ampliar gradativamente o projeto existente, de cinco a dez escolas por ano; Criar um núcleo de formação municipal para reciclagem e recapacitação de professores, monitores alunos para a efetiva multiplicação no ambiente escola do uso da tecnologia da informação no processo ensino-aprendizagem; Estabelecer relação com o programa e-Proinfo, mecanismo capaz, ao mesmo tempo, de baratear e agilizar o processo de capacitação de mestres e alunos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados da pesquisa sugerem a necessidade, urgente, de políticas corretivas da dramática situação de desconhecimento das possibilidades das novas tecnologias e meios de comunicação colocadas à disposição de todas pela internet que é um meio de acesso a um novo mundo que, sem a compreensão dele, é impossível colher seus benefícios. Ao contrário: “A profissão fundamental do presente e do futuro é educar para saber compreender, sentir, comunicar-se e agir melhor, integrando a comunicação pessoal, a comunitária e a tecnológica.” (Moran, 1997)