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Rio de Janeiro, 05 de Junho de 2013 - Número 4636
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Darby vira peça-chave no tabuleiro dos postos Ale
Qual é o futuro da Ale, talvez a mais cortejada distribuidora de combustíveis do Brasil? A resposta, que vale 6% de
market share, um faturamento anual de R$ 9 bilhões e mais de 1,7 mil postos, passa necessariamente por outra
pergunta: qual é o futuro do Darby Private Equity na empresa? Há mais de seis anos, quando comprou 23,5% da
distribuidora de combustíveis, a gestora norte-americana fixou o mês de dezembro de 2012 como marco para o início
do processo de desinvestimento. No entanto, quase meio ano se passou, e o Darby não se desfez sequer de um porcento
de sua fatia acionária. Muito pelo contrário. Segundo fonte ligada à Ale, os norteamericanos começam a dar sinais de
interesse em seguir na direção contrária. Em vez de tomar o rumo de casa, o Darby estaria disposto a servir de porta de
saída para os acionistas controladores, o grupo mineiro Asamar e a potiguar SAT, do empresário Marcelo Alecrim,
que, juntos, detêm o equivalente a 75% do capital. Numa estrada que resvala no hipotético e trisca no real, o private
equity pagaria à Asamar e à Sat os cerca de R$ 4 bilhões que, há dois anos, o Grupo Ultra não topou desembolsar pelo
controle da Ale. A partir daí, caberia ao próprio Darby pedalar o crescimento da Ale e mais à frente buscar um sócio
ou até um novo controlador para o negócio.
Este não é um jogo de soma zero ou um desenho de linhas retas. O grupo Asamar e o empresário Marcelo Alecrim
sabem, melhor do que ninguém, do potencial de crescimento da Ale, que deve ganhar mais 160 postos neste ano e, em
2014, bater a marca de R$ 10 bilhões de faturamento. Por que, então, vender agora uma participação que, mais alguns
quilômetros à frente, deve valer muito mais? Marcelo Alecrim e Asamar sabem também que, sai ano, entra ano, a
empresa tem exigido investimentos cada vez mais pesados. Da mesma forma, conhecem como poucos até onde a perna
da Ale pode ir. Por mais que inaugure uma fieira de postos, há algum tempo a distribuidora permanece estacionada na
mesma faixa de market share, sem conseguir tirar participação do trio de ferro do setor: BR, Ultra e Raizen/Shell. De
acordo com a mesma fonte, os controladores da Ale vêm pensando com seus botões se não seria a hora de abastecer o
bolso com combustível financeiro de altíssima octanagem, deixando para outro a tarefa de aditivar o negócio.
Laselva entrega algumas de suas páginas
Livros sobre reestruturação empresarial e private equities tornaram-se best sellers na Laselva. Ao menos entre os
próprios controladores da companhia. A família Laselva está disposta a entregar alguns anéis para não perder os
dedos, leiase vender parte do capital da rede de livrarias a um fundo de investimento - solução que evitaria a
transferência do controle e, no limite, até mesmo sua saída definitiva do negócio. Os acionistas da empresa já teriam
mantido conversações com o BTG Pactual e o Pátria Investimentos.
No ano passado, a Laselva chegou a ser procurada pela Saraiva - ver RR edição nº 4.422. No entanto, a família resiste
à ideia de colocar um epílogo na saga que começou a ser escrita há 66 anos pelo empresário Onofrio Laselva, não
obstante as tormentas financeiras enfrentadas nos últimos três anos. Só com a Infraero - boa parte de sua rede de
livrarias está instalada em aeroportos - a companhia foi obrigada a renegociar uma dívida de R$ 12 milhões. Procurada
pelo RR, a Laselva não retornou.
Preferida da Marinha
A cantora Emilinha era a preferida da Marinha, Marlene, da Aeronáutica e, agora, Gleisi Hoffmann é a "rainha" das
nações indígenas do Amazonas. Na sua Curitiba, então, são capazes de comê-la viva. A indianada detesta Gleisi até
quando ela estende a mão para o diálogo. Alguém de má-fé fez a cabeça dos silvícolas de que a louruda é quem
comanda o endurecimento do governo contra as ocupações de obras e obstruções de estradas. Em boa hora, o ministro
da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que é do ramo e tem mais instrumental para apaziguar os
ânimos, assumiu a interlocução com as lideranças indígenas.
Arrastão elétrico
Edison Lobão, só para não variar, deve ganhar a queda de braço com a Aneel. O ministro já teria o aval de Dilma
Rousseff para prorrogar automaticamente todas as concessões de distribuidoras de energia com vencimento em 2014.
Isso mesmo com os horrores operacionais elencados nos pareceres técnicos da Agência e a recomendação de que a
renovação de algumas licenças seja condicionada a um pacote de investimentos. Consultado, o Ministério de Minas e
Energia não quis se pronunciar.
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Baixa altitude
Por ora, a concessão do Aeroporto Viracopos, em Campinas, tem sido um peso nos ombros do Grupo Triunfo. Os
resultados estariam aquém do esperado e a conta dos investimento só faz crescer.
Benchmarking
Monetaristas de todas as matizes se preparam para vestir o luto. O PIB do Chile deve crescer menos do que o do Brasil
neste ano. Lá, mais do que cá, a queda do preço das commodities é o grande emagrecedor.
Minerva
O frigorífico Minerva prepara uma nova emissão de títulos no exterior, dentro do esforço hercúleo para alongar seu
passivo em moeda estrangeira. Em janeiro, o Minerva captou cerca de US$ 850 milhões para recomprar papéis com
vencimento em 2017 e 2019.
Energia
O fundo alemão Metropolis Capital planeja investir em energia renovável no Brasil. Até agora, só roeu osso duro. A
All Ore, uma aposta no setor de mineração, é uma tristeza só.
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