COMO SAIR DA CRISE?
Aloisio Araujo
FGV / IMPA
20/ 05 / 2009
ANTECEDENTES

POLÍTICA MONETÁRIA
– JUROS ABAIXO DO SUGERIDO PELA REGRA DE TAYLOR:
2002-2005

REGULATÓRIO
– TOLERÊNCIA COM INSTRUMENTOS FORA DO BALANÇO
(DERIVATIVOS - BANCOS COMERCIAIS)
– TOLERÂNCIA COM FINANCIAMENTO DOS BANCOS DE
INVESTIMENTO ATRAVÉS DE REPOS QUE FORAM DE
CUSTO BAIXO POR UM CERTO TEMPO MAS SE TORNARAM
VOLÁTEIS COM A CRISE, TERMINANDO POR DESAPARECER
– AGÊNCIAS CLASSIFICATÓRIAS DE RISCO (PROBLEMAS COM
VENDEDORES E COMPRADORES DE TÍTULOS)
ANTECEDENTES

FINANÇAS CORPORATIVAS
–
–

EXECUTIVOS FINACEIROS SUBESTIMARAM RISCOS DE
PORTIFÓLIO PROPOSITALMENTE (?), CAUSANDO PROBLEMAS
AOS ACIONISTAS DOS BANCOS E CREDORES
DIFICULDADE DE DISCIPLINAR OS EXECUTIVOS: É DIFÍCIL
FAZER UM TAKE OVER DE BANCO DEVIDO A RESTRIÇÕES
SOBRE PROPRIEDADE DE BANCOS (BANK ACT) E À ENTRADA
NO RAMO
PRESSÃO POLÍTICA
–
CONGRESSISTAS INTERFERIRAM PARA ACESSO DAS
CAMADAS MAIS POBRES AO FINANCIAMENTO HABITACIONAL,
RELAXANDO AS POLÍTICAS DA FANNIE MAE E FREDDIE MAC,
FHA, ETC.
CARACTERÍSTICAS DA CRISE

GRAVIDADE:
–
ESTIMATIVA DO CUSTO “SUBPRIME” (FMI):

ABRIL/2008: US$ 945 bilhões

NOVEMBRO/2008: US$ 1,4 trilhão

JANEIRO/2009: US$ 2,2 trilhões

ABRIL/2009: US$ 4,05 trilhões
CARACTERÍSTICAS DA CRISE
Projeção para Crescimento do Produto em 2009
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
Fonte:FMI
FMI
Fonte:
jul/08
out/08
Brasil
nov/08
Mundo
jan/09
EUA
abr/09
CARACTERÍSTICAS DA CRISE

ABRANGÊNCIA
CARACTERÍSTICAS DA CRISE

COMPLEXIDADE:
–
VÁRIOS FATORES
–
CRISE NO MERCADO IMOBILIÁRIO  DERIVATIVOS  ETC.
TRÊS INSTRUMENTOS

MONETÁRIO

FISCAL

REGULATÓRIO
CRISE DE LIQUIDEZ VS. CRISE DE SOLVÊNCIA

LIQUIDEZ:
–

SOLVÊNCIA:
–

TRATAMENTO: POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL
TRATAMENTO: REGULAÇÃO
EXPERIÊNCIA:
–
CRISE DE 1929: LIQUIDEZ E CORRIDA BANCÁRIA
POLÍTICA MONETÁRIA

PAÍSES DESENVOLVIDOS: JUROS PRÓXIMOS DE ZERO

BRASIL: AINDA HÁ ESPAÇO PARA REDUÇÃO DA TAXA DE
JUROS
–
PROBLEMAS COM MODELOS DE POLÍTICA MONETÁRIA QUANDO
TEMOS CHOQUES FORA DO USUAL
POLÍTICA MONETÁRIA
A. ARAUJO, R. C. SANTOS (2007)

METAS MENOS AMBICIOSAS PODEM CONTER A PRESSÃO
INFLACIONÁRIA?

PAPEL DA CREDIBILIDADE E DAS EXPECTATIVAS

META AMBICIOSA VS. META CRÍVEL

META EXCESSIVAMENTE BAIXA E ELEVADO GRAU DE
TRANSPARÊNCIA PODEM LEVAR A CRISE DE CONFIANÇA.
POLÍTICA FISCAL
Balanços Fiscais do Governo
1.0
0.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
-5.0
-6.0
-7.0
-8.0
2000
2001
2002
Economias Avançadas
Fonte: FMI
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Economias Emergentes e em Desenvolvimento
2009
2010
Mundo
POLÍTICA FISCAL
Evolução da Dívida/PIB - Brasil
60%
55%
50%
45%
40%
35%
30%
Fonte: Banco Central
INDICADORES MACROECÔNOMICOS
POLÍTICA FISCAL

PERIGO DE INFLAÇÃO FUTURA NOS PAÍSES
DESENVOLVIDOS?
–
LIMITE DO AUMENTO DA DÍVIDA/PIB? (CASOS DA
INGLATERRA E EUA)
–
DÉFICITS FISCAIS EXPLÍCITOS NO ORÇAMENTO E
IMPLÍCITO DEVIDO A EMPRÉSTIMOS CONTRA
GARANTIAS DE BAIXA QUALIDADE
–
JAPÃO ACABA DE TER SUA DÍVIDA RECLASSIFICADA
PARA BAIXO.
POLÍTICAS REGULATÓRIAS

POLÍTICAS MACROPRUDENCIAIS

REGULAÇÃO DO MERCADO DE BALCÃO

REGULAÇÃO HIPOTECÁRIA

NOVA LEI DE LIQUIDAÇÃO BANCÁRIA BRASILEIRA

REGULAÇÃO DE COLATERAL

MECANISMOS DE INTERVENÇÃO PARA INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS DE GRANDE PORTE
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
POLÍTICAS MACROPRUDENCIAIS

REGULAR REQUERIMENTO DE CAPITAL E LIQUIDEZ COMO
POLÍTICAS CONTRA-CÍCLICAS

CRIAR GATILHOS PARA AUMENTO DE REQUERIMENTOS
PRUDENCIAIS EM ESTADOS DA NATUREZA COM SUSPEITA DE
BOLHAS
–
–
–

EXEMPLO: PERÍODO DE EXPANSÃO ACENTUADA DE CRÉDITO
CASO DE SUCESSO: ESPANHA
O BRASIL, EM CERTO SENTIDO, É OUTRO EXEMPLO COM SUA
POLÍTICA DE COMPULSÓRIOS ELEVADOS, REDUZIDOS DURANTE A
CRISE ATUAL
DETECTAR QUANDO ESTAMOS NA PRESENÇA DE BOLHA
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DO MERCADO DE BALCÃO

BALCÃO
–
–

BOLSA
–
–

BENEFÍCIO: ATIVOS “TAILOR MADE”
CUSTO: RISCOS AGREGADOS GRANDES
BENEFÍCIO: CANCELAMENTO DE RISCOS (NETTING)
CUSTOS: PRODUTOS STANDARD
SUGESTÃO: EXIGIR REQUERIMENTOS DE CAPIAL
MAIORES E MAIOR TRANSPARÊNCIA PARA TRANSAÇÕES
EM BALCÃO. DESTA FORMA INCENTIVAMOS MAIOR
UTILIZAÇÃO DAS BOLSAS
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DO MERCADO DE BALCÃO
M. SEGOVIANO, M. SINGH (2008)

COMPONENTE IMPORTANTE NO MERCADO DE BALCÃO: RISCO
DE DEFAULT DA CONTRAPARTE

PARA MEDIR O RISCO DA CONTRAPARTE O COMPONENTE DE
“NETTING” É MAIS INFORMATIVO QUE O VALOR CONCEITUAL
(NOTIONAL VALUE) DO CONTRATO
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DO MERCADO DE BALCÃO
M. SEGOVIANO, M. SINGH (2008)
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DO MERCADO DE BALCÃO
M. SEGOVIANO, M. SINGH (2008)
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DO MERCADO DE BALCÃO
M. SEGOVIANO, M. SINGH (2008)
PODE-SE SIMULAR AS PERDAS NO MERCADO CAUSADAS PELA QUEBRA DE
PELO MENOS UMA (CENÁRIO 1) OU EXATAMENTE UMA (CENÁRIO 2)
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DO MERCADO DE BALCÃO
M. SEGOVIANO, M. SINGH (2008)
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO HIPOTECÁRIA

INCLUSÃO DAS HIPOTECAS DE FORMA A DETERMINAR A
DIMINUIÇÃO DO VALOR PRINCIPAL “STRIP DOWN”

MAU ESTADO DA NATUREZA VERSUS RISCO MORAL

PERMISSÃO PARA MAIOR ALAVANCAGEM DOS INVESTIDORES
(M. WHITE, GEANAKOPLOS)

SUBSÍDIO DO GOVERNO / PLANO GEITHNER
(CRÍTICAS DE STIGLITZ E KRUGMAN)
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO HIPOTECÁRIA
MUDANÇA NA LEI DE FALÊNCIA PESSOAL AMERICANA
A. ARAUJO, B. FUNCHAL (2008):

INTERVENÇÃO NA DÍVIDA HIPOTECÁRIA (SOB CHAPTER 13)

DÍVIDA ACIMA DO VALOR DE MERCADO  “STRIP-DOWN” 
INCENTIVOS PARA EVITAR O DEFAULT

IMITANDO O CHAPTER 11 (CORPORATE BANKRUPTCY LAW)
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DE COLATERAL
A. ARAUJO, F. KUBLER, S. SCHOMMER (2008)
Distribuição da Renda e Riqueza nos EUA (2004)

Quartil
Renda Corrente
Bens Duráveis
1º
0,61
0,84
2º
0,22
0,12
3º
0,12
0,04
4º
0,05
0
Di, Z.X. (2007), “Growing Wealth, Inequality, and Housing in the
United States."
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DE COLATERAL
A. ARAUJO, F. KUBLER, S. SCHOMMER (2008)
%
Distribuição da Renda e Riqueza nos EUA (2004)
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
Renda Corrente
Bens Duráveis
1º
2º
3º
4º
Quartil

Di, Z.X. (2007), “Growing Wealth, Inequality, and Housing in the
United States."
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DE COLATERAL
A. ARAUJO, F. KUBLER, S. SCHOMMER (2008)
EQUILÍBRIO
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
REGULAÇÃO DE COLATERAL
A. ARAUJO, F. KUBLER, S. SCHOMMER (2008)
EQUILÍBRIO
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
MECANISMOS DE INTERVENÇÃO PARA INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS DE GRANDE PORTE

PROBLEMAS GRAVES:
–
“TOO BIG TO FAIL”
–
“TOO INTERCONNECTED TO FAIL”

TAXAR MAIS OS GRANDES BANCOS PARA CONPENSAR O EFEITO DE
MORAL HAZARD?  FORMA DE COMPENSAR A CONCENTRAÇÃO
BANCÁRIA EXCESSIVA

MECANISMOS DE LIQUIDAÇÃO BANCÁRIA FUNCIONAM BEM PARA
PEQUENOS BANCOS NOS EUA (FDIC) E EURORA, ATRAVÉS DE
PROCESSOS JUDICIAIS

PARA GRANDES BANCOS NECESSITAMOS DE INSTRUMENTOS DE
RESOLUÇÃO BANCÁRIA ESPECIAIS COMO RAET (CASO BRASILEIRO)
POLÍTICAS REGULATÓRIAS
MECANISMOS DE INTERVENÇÃO PARA INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS DE GRANDE PORTE

LEI DE RECUPERAÇÃO TIPO CAPÍTULO 11, QUE
FUNCIONA BEM PARA EMPRESAS, TALVEZ SEJA LENTA
PARA BANCOS

PROBLEMAS DE COORDENAÇÃO INTERNACIONAL

NECESSIDADE DE ACORDO S PRÉ-ARRANJADOS
(PREPACKAGED)
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