COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL Audiência Pública da para discutir a regulação do setor da Cadeia Produtiva da Cana-de-Açúcar no Brasil Proposta dos Produtores de Cana-de-Açúcar EDISON JOSÉ USTULIN PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE CANA-DE-AÇÚCAR DA CNA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR (milhões de ton); AÇÚCAR (milhões de toneladas) E ÁLCOOL (milhões de litros) 35.000 500.000 450.000 30.000 400.000 25.000 350.000 20.000 300.000 250.000 15.000 200.000 10.000 150.000 100.000 5.000 50.000 - 1975/76 1980/81 1985/86 1990/91 1995/96 2000/01 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 açúcar álcool Companhiai Nacional de de Abastecimento - Conab cana-de-açúcar PRODUÇÃO BRASILEIRA - CANA/AÇÚCAR E ÁLCOOL 2006 2015 % 425.999 681.425 59,96 Prórpia 318.754 542.007 70,04 Fornecedor 107.245 139.418 30,00 Quantidade de Unidades Industriais 367 449 22,34 Etanol - Mercado Interno (1.000 m 3) 14.226 34.634 143,46 Etanol - Mercado Externo (1.000 m3) 3.500 8.500 142,86 Açúcar - Mercado Interno (1.000 ton) 11.360 11.400 0,35 Açúcar - Mercado Externo (1.000 ton) 18.870 23.600 25,07 ATR TOTAL (milhão de ton) 64,18 113,5 76,85 Mix Açúcar - % ATR açúcar 48 32,4 -32,50 Cana-de-açúcar (em mil ton) Fonte: CNA VALORES NOMINAIS DAS SAFRAS 2003 A 2008: VALORES RECEBIDO PELA TONELADA DE CANA, CUSTO OPERACIONAL E TOTAL EM REAIS 50 45 40 35 30 25 20 2003/ 04 2004/ 05 2005/ 06 2006/ 07 P R EÇO D A C A N A Valores para o Estado de São Paulo para 145 Kg de ATR/ton; 85 ton./ha; com 5 cortes. Fonte: CONSECANA/SP * Projeção 2007/ 08 C U S TO TOTA L ma r ço/ 0 8 * PERFIL DO SETOR CANAVIERO BRASILEIRO • VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO (VBP) (ano de 2005) PRODUÇÃO PRIMÁRIA = R$ 16,80 bilhões PRODUÇÃO INDUSTRIAL = R$ 40,00 bilhões • PRODUTORES QUANTIDADE DE FORNECEDORES: 25 mil Centro-Sul 25 mil Norte-Nordeste 50 mil Total Brasil • EMPREGOS ATIVIDADE DIRETO INDIRETO TOTAL Cana Álcool Açúcar Total 510.915 50.867 51.226 613.008 109.797 421.580 395.990 927.367 620.712 472.447 447.216 1.540.375 Distribuição dos produtores de cana- de- açúcar São Paulo EXTRATO N. FORN SAFRA 2005 % %Acumulado CANA (t) % % Acumulado Menor que 2400 (t) 8964 68,4 68,4 7.666.321 12,9 12,9 De 2.401 a 8.000 (t) 2692 20,5 88,9 11.595.457 19,6 32,5 De 8.001 a 16.000 (t) 794 6,1 95,0 8.709.053 14,7 47,2 De 16.001 a 24.000 (t) 265 2,0 97,0 5.108.311 8,6 55,8 De 24.001 a 32.000 (t) 118 0,9 97,9 3.289.957 5,6 61,4 De 32.001 a 40.000 (t) 68 0,5 98,4 2.422.699 4,1 65,5 De 40.001 a 48.000 (t) 39 0,3 98,7 1.705.059 2,9 68,4 De 48.001 a 56.000 (t) 39 0,3 99,0 2.001.432 3,4 71,7 De 56.001 a 64.000 (t) 25 0,2 99,2 1.488.800 2,5 74,2 De 64.001 a 72.000 (t) 20 0,2 99,3 1.354.695 2,3 76,5 De 72.001 a 80.000 (t) 12 0,1 99,4 918.949 1,6 78,1 De 80.001 a 88.000 (t) 6 0,0 99,5 500.600 0,8 78,9 De 88.001 a 96.000 (t) 13 0,1 99,6 1.178.890 2,0 80,9 De 96.001 a 104.000 (t) 6 0,0 99,6 601.934 1,0 81,9 De 104.001 a 112.000 (t) 6 0,0 99,7 642.813 1,1 83,0 De 112.001 a 120.000 (t) 0 0,0 99,7 0,0 83,0 De 120.001 a 128.000 (t) 3 0,0 99,7 374.643 0,6 83,7 De 128.001 a 136.000 (t) 2 0,0 99,7 265.844 0,4 84,1 38 0,3 100,0 15,9 100,0 Maior que 136.001 (t) Total Fonte: Orplana/2005 13110 100,0 - 9.417.361 59.242.819 100,0 Distribuição dos produtores de cana de açúcar da Região Nordeste. SAFRA 2005 Faixa de Produção Nº Fornecedores Percentual (%) Até 1.000 tons 17.432 86,8 De 1.001 a 5.000 tons 1.852 9,2 De 5.001 a 10.000 tons 531 2,6 Acima de 10.000 283 1,4 Total 20.098 100,0 Fonte: União da Lavoura Canaviera Nordestina - Unida PROPOSTA DE AÇÕES PARA A PRODUÇÃO CANAVIEIRA BRASILEIRA 1. Regulação do setor sucroalcooleiro e canavieiro: É necessário a formação de um órgão regulador para o setor sucroalcooleiro e canavieiro. Tal instituição visa a regular produção de canade açúcar e seus derivados, de forma a compatibilizar a produção e mercados, proporcionando aos produtores preços remunerativos.,bem como, regular as relações entre fornecedores e industriais com relação a metodologia e a formação dos preços e a forma de pagamento da cana-de-açúcar. 2 Melhorar a proporção de representatividade do fornecedor: a - Para as novas unidades industriais: que os recursos de financiamento de agencias oficiais (BB, BNDES, FCO, FNE) sejam disponibilizados desde que estejam em conformidade comEstatuto da Lavoura Canavieira b - Para as unidades industriais já existentes criar programas que estimulem no mínimo de 40% de cana de fornecedores. c - O Selo Social só será concedido as unidades industriais que cumprirem o Estatuto da Lavoura Canavieira. 3 - Fortalecimento do Modelo de remuneração da matéria-prima (cana-de-açúcar), o Consecana. a - Revisão dos índices e dos coeficientes da fórmula utilizada para remuneração da matéria-prima pelo Modelo Consecana b - Levantamento dos custos de produção (industria de açúcar e de álcool e da lavoura de cana): c - Criação do Consecana Nacional: A proposta de criação de um Consecana nacional 4 - Cota americana: Transferir para os produtores independentes de cana os benefícios contidos na concessão da cota americana para as unidades industriais 5 - Cumprir as sugestões do Grupo de Trabalho Interministerial do Setor Sucroalcooleiro da Região Nordeste (Decreto de 21 de outubro de 2004): O Grupo técnico realizou reuniões no Nordeste para levantar os problemas da região relacionadas aos pequenos produtores de cana que resultou em um relatório da Presidência da República. 6 - Programa de verticalização da lavoura canavieira: Tal programa visa a aumentar a renda dos produtores com a agregação de valor à matéria-prima. O que se pretende é que com financiamentos apropriados e incentivos para que os produtores independentes de cana ou associados em c ooperativas possam instituir pequenas destilarias de álcool. 7 - Preços Mínimos para a tonelada de cana-de-açúcar: A inclusão da cana-de-açúcar na Política Geral de Preços Mínimos (PGPM) para os produtores independentes (fornecedor) entre na PGPM de acordo com os levantamentos de custos regionais Fim EDISON JOSÉ USTULIN PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE CANA-DE-AÇÚCAR DA CNA Contato: 61 2109 1400