Capítulo 2
MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO
2.1
2.2
2.3
2.4
Sistema financeiro nacional
Mercado financeiro
Meios de pagamento
Sistema de pagamentos brasileiro
Administração Financeira: uma abordagem prática (HOJI)
2.1
Sistema Financeiro Nacional
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Sistema financeiro nacional
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por
instituições que têm como finalidade intermediar o
fluxo
de
recursos
entre
os
poupadores
e
investidores e os tomadores de recursos.
O mercado financeiro é regulamentado e fiscalizado
principalmente pelo Banco Central do Brasil (BCB
ou Bacen) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
que estão subordinados ao Conselho Monetário
Nacional (CMN).
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Quadro 2.1 Sistema
Financeiro Nacional
(1/4)
Órgãos de Regulação e
Instituições
Fiscalização
Categoria
Instituições
Financeiras que
captam Depósitos
Banco Central
do Brasil
Demais
Órgãos de Regulação
e Fiscalização
Instituições
Financeiras
e
Categorias das
Instituições
Financeiras
a Vista
Conselho
Monetário
Nacional
(CMN)
Comissão de
Valores
Mobiliários
(CVM)
Superintendência
de Seguros
Privados
(SUSEP)
Secretaria de
Previdência
Complementar
Outros
Intermediários
ou Auxiliares
Financeiros
Entidades
Ligadas aos
Sistemas de
Previdência e
Seguros
Administração
de Recursos
de Terceiros
Sistemas de
Liquidação e
Discriminação
das
instituições
financeiras nos
sub-quadros
seguintes
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Quadro 2.1 Sistema
Financeiro Nacional
(2/4)
Instituições
Categoria
Instituições
Financeiras que
Instituições
Financeiras
Discriminação
Bancos Múltiplos com Carteira
Comercial
Bancos Comerciais
captam Depósitos Caixas Econômicas
a Vista
Cooperativas de Crédito
Demais
Instituições
Financeiras
Supervisão
BCB
BCB
BCB
BCB
Bancos Múltiplos sem Carteira
Comercial
BCB
Bancos de Investimento
BCB, CVM
Bancos de Desenvolvimento
BCB
Sociedades de Crédito,
Financiamento e Investimento
Sociedades de Crédito
Imobiliário
BCB
BCB
Companhias Hipotecárias
BCB
Associações de Poupança e
Empréstimo
BCB
Agências de Fomento
BCB
Sociedades de Crédito ao
Microempreendedor
BCB
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Quadro 2.1 Sistema
Financeiro Nacional
(3/4)
Instituições
Financeiras
Outros
Intermediários
ou Auxiliares
Financeiros
Entidades
Ligadas aos
Sistemas de
Previdência e
Seguros
Bolsas de Mercadorias e
de Futuros
BCB, CVM
Bolsas de Valores
CVM
Sociedades Corretoras de Títulos
e Valores Mobiliários
Sociedades Distribuidoras de
Títulos e Valores Mobiliários
Sociedades de Arrendamento
Mercantil
Sociedades Corretoras de
Câmbio
Representações de Instituições
Financeiras Estrangeiras
Agentes Autônomos de
Investimento
Entidades Fechadas de
Previdência Privada
Entidades Abertas de
Previdência Privada
BCB, CVM
BCB, CVM
BCB
BCB
BCB
BCB, CVM
SPC
SUSEP
Sociedades Seguradoras
SUSEP
Sociedades de Capitalização
SUSEP
Sociedades Administradoras de
Seguro-Saúde
SUSEP
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Quadro 2.1 Sistema
Financeiro Nacional
(4/4)
Fundos Mútuos
BCB, CVM
Administração
Clubes de Investimentos
CVM
de Recursos
Carteiras de Investidores
Estrangeiros
BCB, CVM
Administradoras de Consórcio
BCB
de Terceiros
Instituições
Financeiras
Sistemas de
Liquidação e
Custódia
Sistema Especial de Liquidação e
BCB
de Custódia  SELIC
Central de Custódia e de
Liquidação Financeira de
BCB
Títulos  CETIP
Caixas de Liquidação e
CVM
Custódia
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Autoridades monetárias
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN)
É o órgão supremo do Sistema Financeiro Nacional.
BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB OU BACEN)
É o órgão executivo central so Sistema Financeiro
Nacional.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)
É o órgão normativo e fiscalizador do mercado de
ações e debêntures.
2.1 Sistema Financeiro Nacional
INSTITUIÇÕES AUXILIARES DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
Algumas instituições atuam também como agente
auxiliar de normatização e fiscalização do SFN:
Banco do Brasil (BB).
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Caixa Econômica Federal (CEF).
ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA
Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Secretaria de Previdência Complementar (SPC).
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Instituições do sistema financeiro nacional
Algumas das instituições do SFN:
BANCOS COMERCIAIS
CAIXAS ECONÔMICAS
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO
BANCOS DE INVESTIMENTO
SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL
BANCOS MÚLTIPLOS
BOLSAS DE VALORES, DE MERCADORIAS E DE FUTUROS
2.1 Sistema Financeiro Nacional
Instituições não financeiras
Existem instituições não financeiras que exercem
papel importante para o desenvolvimento da
economia.
EXEMPLOS:
EMPRESAS DE FACTORING
ADMINISTRADORAS DE CARTÃO DE CRÉDITO
2.2
Mercado Financeiro
2.2 Mercado financeiro
Mercado financeiro
Em uma economia, de um lado existem os que possuem
poupança financeira e, de outro, os que dela necessitam.
A intermediação entre os dois lados ocorre no
mercado financeiro.
Figura 2.1 Mercado financeiro
Investidor
n
2.2 Mercado Financeiro
Para fins didáticos, o mercado financeiro pode ser
subdividido em quatro mercados:
a) Mercado monetário
b) Mercado de crédito
c) Mercado de capitais
d) Mercado de câmbio
Na prática, ocorre sobreposição entre os quatro mercados.
2.2 Mercado Financeiro
Mercado monetário
Neste mercado, são negociadas, basicamente,
operações de curto e curtíssimo prazos.
A política monetária do Governo é executada por
meio desse mercado, com a compra e venda de
títulos emitidos pelo Banco Central:
 BBC – Bônus do Banco Central
 NBC – Notas do Banco Central
2.2 Mercado Financeiro
Mercado de crédito
É o mercado principal onde os tomadores de
recursos se relacionam com os intermediários
financeiros, para suprir as necessidades de capital
de giro e as necessidades de financiamento de bens
e serviços.
Exemplos de operações de crédito:
 empréstimos para capital de giro
 descontos de títulos
 conta garantida
 adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC)
 repasse de recursos externos (Resolução nº 2.770)
 financiamento de importação
2.2 Mercado Financeiro
Mercado de capitais
A finalidade do mercado de capitais é a de financiar
as atividades produtivas e o capital de giro das
empresas, por meio de recursos de médio e longo
prazos.
Principais instrumentos de financiamento existentes
no mercado de capitais brasileiro:
a. ações;
b. debêntures;
c. notas promissórias (commercial papers).
2.2 Mercado Financeiro
Mercado de câmbio
No mercado de câmbio, são negociadas moedas
internacionais
conversíveis,
pelas
instituições
credenciadas pelo Banco Central.
Algumas das moedas estrangeiras mais negociadas
no mercado de câmbio brasileiro:





dólar dos Estados Unidos;
iene do Japão;
euro da União Européia;
libra esterlina da Grã-Bretanha;
franco da Suíça;
2.3
Meios de Pagamento
2.3 Meios de pagamento
Depósito em cheque
O cheque é um meio de pagamento bastante comum
entre os brasileiros. Às vezes, faz o papel de
instrumento de crédito.
Um cheque recebido de terceiros pode ser sacado
no banco do emitente ou depositado em banco onde
o favorecido é cliente.
A cobrança de cheque é feita pelo banco depositário
por meio de troca com outros bancos, num
processo denominado compensação de cheques.
2.3 Meios de pagamento
Compensação de cheques
A Compensação de Cheques e Outros Papéis ocorre
em um local denominado Câmara de Compensação,
onde se reúnem os representantes de diversos
bancos para fazerem a troca de cheques e outros
documentos compensáveis entre si.
As Câmaras de Compensação são agrupadas por
regiões geográficas.
2.3 Meios de pagamento
Reserva e ADM
Na linguagem do mercado financeiro, o termo
reserva (de reserva bancária) representa o dinheiro
líquido e certo.
O termo ADM tem origem no cheque administrativo
e representa o estado de “quase dinheiro”. Os
recursos em ADM transformar-se-ão em dinheiro
após a finalização da compensação.
A reforma do Sistema de Pagamentos Brasileiro, em
2002, reduziu a quantidade transações financeiras
possíveis por meio de cheques.
2.3 Meios de pagamento
Multiplicador bancário
D
M = 
E
Onde:
M = multiplicador bancário;
D = depósito inicial; e
E = encaixe voluntário.
(equação 2.1)
2.3 Meios de Pagamento
Depósito compulsório
O Banco Central utiliza o depósito compulsório para
inibir o crescimento indesejado do multiplicador
bancário e regular o nível de expansão monetária.
M1 = B x M
( equação 2.2 )
Onde :
M1 = meios de pagamento em seu sentido mais líquido;
B = base monetária (dinheiro emitido pelo Banco Central e
colocado no mercado);
M = multiplicador bancário.
2.4
Sistema de Pagamentos Brasileiro
2.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro
Sistema de Pagamentos Brasileiro
Sistema de pagamentos é um sistema que realiza a
transferência de fundos, processando e liquidando
os pagamentos entre pessoas físicas, empresas,
instituições financeiras, governo e banco central.
A última grande reforma do Sistema de Pagamentos
Brasileiro (SPB) ocorreu em 22 de abril de 2002, com
a finalidade de proporcionar maior confiabilidade ao
sistema financeiro.
2.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro
Sistemas de liquidação
Os
sistemas
de
liquidação
exercem
papéis
importantes na liquidação de diversos instrumentos
financeiros (dinheiro em espécie, cartões de débito
e de crédito, cheques, títulos, derivativos, moedas
estrangeiras etc.).
Os sistemas de liquidação podem ser agrupados em
dois grupos:
a. Sistemas de liquidação de transferências de
fundos interbancárias;
b. Sistemas de liquidação de títulos, valores
mobiliários, moedas estrangeiras e derivativos.
2.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro
SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO DE TRANSFERÊNCIAS DE FUNDOS
INTERBANCÁRIAS
 Sistema de Transferência de Reservas (STR);
 Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP);
 Serviços de Compensação de Cheques e Outros
Papéis (Compe);
 Câmara TecBan (TecBan).
2.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro
SISTEMAS DE LIQUIDAÇÃO DE TÍTULOS, VALORES MOBILIÁRIOS,
MOEDAS ESTRANGEIRAS E DERIVATIVOS
 Sistema Especial de Liquidação e Custódia
(Selic);
 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC);
 Central de Custódia e Liquidação Financeira de
Títulos (Cetip);
 BM&F Câmbio;
 BM&F Derivativos.
2.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro
Fluxo de transferência de fundos
Empresa
Devedora
A
100
Banco
A
Central
de
Liquidação
Empresa
Devedora
B
200
Banco
B
Figura 2.2 fluxo de transferências de fundos.
100
200
Banco
C
100
200
Empresa
Credora
C
2.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro
Fluxo de recursos no Sistema de Liquidação
Empresa
Devedora
A
100
Banco
A
Central
de
Liquidação
Empresa
Devedora
B
200
Banco
B
100
200
Banco
C
150
100
200
150
Banco
D
150
Empresa
Credora
C
Empresa
Credora
D
Figura 2.3 Fluxo de recebimentos e desembolsos no
sistema de liquidação
2.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro
Prazos de liquidação
 TED (transferência eletrônica disponível):
imediato
 DOC (documento de crédito): dia seguinte (ou
após, dependendo da praça do favorecido)
 Cheque (pagamento): no mesmo dia (ou após,
dependendo da praça de pagamento do cheque)
 Depósito em cheque: dia seguinte (ou após,
dependendo da praça de pagamento do cheque)
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2.1 Sistema Financeiro Nacional