tipo de MAS. Como eu disse, é manobra de guerra. Não pode haver desobediência sob nenhuma hipótese. Eu garanto que, se o governo fosse “macho” para fazer cumprir essa regra, norma ou lei, chamem como quiserem, estaríamos poupando a vida de muitos brasileiros, evitando e economizando nos caros e longos tratamentos e nas aposentadorias por invalidez”. E não é que o Luiz, no seu radicalismo, está certo? Se quisermos mesmo ganhar esta guerra, temos que usar da força bruta para chegarmos à razão. Aquela conversa ficou na minha cabeça. Naquela mesma tarde, achei na internet um estudo da Confederação Nacional de Municípios, datada de 2009, apresentando uma estatística tenebrosa. Só em 2008, no Brasil, tivemos 57 mil mortes, calcula-se a ocorrência com o mínimo de 156 mortes de acidentes de trânsito por dia. Isso, segundo os cálculos da Confederação, dá uma média de seis brasileiros mortos por hora. Em 2007, foi um ano de pico. Foram 183 mortes por dia, o que dá uma média de 7,6 pessoas mortas por hora. E tem mais: em 2009, só de janeiro a junho, a pesquisa com dados registrados no DPVAT, foram 26.807 pedidos de indenização por morte. Há esperança que a Lei 11.705/08, que endureceu as penas para os condutores que dirijam sob a influência de álcool, possa ser um fator de diminuição dessas mortes. Temos que colocar mais calor humano nos números frios das estatísticas. Observem, são oito brasileiros mortos por hora, 24 horas por dia. Sabemos que nada mudou nesse quadro, e as mortes estão aumentando com o aumento da frota. Com absoluta certeza, a “chiadeira” virá dos que lucram com isso. Da indústria automobilística, dos sindicatos dos trabalhadores que querem o emprego de seus filiados, independente de quem vai ou está morrendo e todos que estão atrelados nessa cadeia de produção. O correto será o governo ter postura, envergadura e, principalmente, coragem para tomar uma decisão dessas. Estou inteiramente a favor e partidário da teoria do Luiz. Antes que recebamos a notícia de irmos ao necrotério reconhecer um filho, o pai, ou outro ente querido, devemos exigir que o governo, pelo menos uma vez na vida, seja sério e competente para salvaguardar a vida de sua gente. E você, o que acha? 37