Como apresentar um trabalho num Congresso Científico ELABORAÇÃO DE RESUMO Profa. Dra. Sabrina Abreu Instituto de Letras/UFRGS (Conforme indicado ao longo desta apresentação, partes deste seminário foram retiradas do livro: ABREU, S. Elaboração de Resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006.Série Iniciação Científica.) ESCREVER AO SABOR DA PENA “Esta frase me ficou na memória e nem sequer sei de onde ela veio. Para começar, não se usa mais pena. E depois, sobretudo, escrever à máquina, ou com o que seja não é um sabor. Não, não, estou me referindo a procurar escrever bem: isso vem por si mesmo. Estou falando de procurar em si próprio a nebulosa que aos poucos se condensa, aos poucos se concretiza, aos poucos sobe à tona [...].” Clarice Lispector (LISPECTOR, C. Aprendendo a Viver. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. p.178.) Assim como Clarice Lispector, Mario, o Quintana, sobre a “arte de escrever”, diz: “Antes de escrever, eu olho, assustado, para a página branca de susto.”* Mario Quintana - - Mas o que Lispector e Quintana têm a ver com a elaboração de um resumo? Tudo. Se pensarmos que “escrever [...] não é um sabor”- como diz Clarice - e que aquele que tem a tarefa de escrever um texto qualquer fica assustado diante da “página branca de susto”, como brinca Mario, podemos erroneamente acreditar que a “arte de escrever” é uma atividade penosa. Ao contrário, como os excelentes escritores sabem fazer, Mario e Clarice nos mostram que, antes de dominar a técnica de se usar este ou aquele instrumento para registrar o que pensamos, para se escrever um bom texto, precisamos procurar em nós mesmos “a nebulosa que aos poucos se condensa”, i. é, necessitamos refletir sobre o que queremos dizer, e dizê-lo da forma mais clara possível. *Publicado em Zero Hora, 30 de maio de 2005. E como podemos fazer isso? – Respeitando o princípio de cooperação conversacional. Em relação a esse princípio, Abreu (2006)* diz o que segue: “Segundo Grice (1982), todas as interações conversacionais são regidas por uma espécie de acordo firmado entre os interlocutores, chamado PRINCÍPIO DE COOPERAÇÃO. O autor considera que, para que se possa “conversar” a contento, é preciso que “cada parceiro se identifique temporariamente com os interesses conversacionais transitórios do outro” (p. 90), numa espécie de “esforço cooperativo mútuo” (p. 86).” * ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p.14. Série Iniciação Científica. Como esse princípio rege a elaboração de um resumo? LIVRO DE RESUMOS EMISSOR RECEPTOR AMBOS SITUAÇÃO COMUNICATIVA AUTOR DO RESUMO LEITOR DO RESUMO DEVEM RESPEITAR O PRINCÍPIO DE COOPERAÇÃO QUE “SE ESTABELECE ENTRE AQUELE QUE TEM ALGO A DIZER E AQUELE QUE SE DISPÕE A OUVIR” (Grice, 1982). E o que se tem a DIZER em um resumo científico? Devemos “dizer” resumidamente tudo o que fizemos em nossa pesquisa, a fim de que o leitor compreenda o que fizemos e por que o fizemos. -Mas, afinal, o que é um RESUMO? Segundo Abreu (2006)*, “A maioria dos livros sobre técnicas de redação, grosso modo, definem o texto resumitivo como aquele que apresenta: a) estrutura textual concatenada, isto é, que traz as idéias principais daquilo que se está resumindo; b) idéias dispostas em ordem lógica, ou seja, com uma relação lógica entre si; e c) formato que respeita um certo número de linhas ou uma quantidade de palavras previamente estipulada.” * ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p.17. Série Iniciação Científica. Assim, para que se possa escrever um bom resumo, devemos estar atentos: AO QUE É DITO, i.é, devemos sintetizar, de maneira ótima, tudo o que fizemos durante a realização da nossa pesquisa; A COMO É DITO, i.é, devemos respeitar a forma estipulada para registrar, em um pequeno espaço da “página branca de susto”, a nossa experiência científica. Partindo desse ponto de vista, esta apresentação está assim organizada: PARTE 1 O DITO, ou “Condensando a nebulosa” PARTE 2 COMO É DITO, ou “Respeitando os limites para o dito” PARTE 1 O DITO, ou “Condensando a nebulosa” Nesta parte, a questão-chave é: COMO ORGANIZAR AS MINHAS IDÉIAS ACERCA DA PESQUISA QUE REALIZEI? Em nossas interações conversacionais, com relação ao DITO, Grice nos aconselha a indicar a quantidade de informação a ser fornecida, expressar a veracidade dos fatos e dizer só o que é importante (1982, p.81-103). QUANTIDADE 1. Faça com que sua contribuição seja tão informativa quanto é requerido. 2. Não faça sua contribuição mais informativa do que é requerido. QUALIDADE 1. Não diga o que você acredita ser falso. 2. Não diga senão aquilo para que você possa fornecer evidência adequada. RELAÇÃO 1. Seja relevante. O DITO = síntese do trabalho científico Um trabalho científico reflete o que se disse no projeto de pesquisa, o qual, entre outras partes*, apresenta: problema, justificativa, objetivos, referencial teórico e metodologia. Problema de pesquisa - geralmente surge de um tema controverso, ainda não satisfatoriamente abordado ou respondido, que se torna objeto de pesquisas científicas.** Justificativa - é a exposição da causa, das razões por que o tema eleito é pertinente na área de conhecimento.** Objetivo - é aquilo que se pretende alcançar ou solucionar em relação ao tema escolhido.** Referencial teórico - é o conjunto de obras especializadas que já trataram do tema da pesquisa.** Metodologia - é o conjunto de procedimentos e diligências estabelecidas para a realização da pesquisa.** *Furasté apresenta outros elementos para a formulação de um projeto de pesquisa. No entanto, em função dos objetivos desta apresentação, só estão listadas as partes imprescindíveis para a proposição do resumo. Para maiores detalhes sobre as partes de um projeto científico, veja Furasté (2002, p. 27-31). ** Adaptado de: ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p.21-22. Série Iniciação Científica. Sintetizando “o que deve ser dito”... Em suma, precisamos reduzir o conteúdo do trabalho científico que estamos desenvolvendo a partir de um plano de redução das partes. Como vimos, com base no projeto inicial da pesquisa, no texto resumitivo não pode faltar: o assunto que abordamos na pesquisa; a exposição das razões por que o assunto é pertinente; o que se pretendeu alcançar em relação ao assunto escolhido; o referencial teórico em que o assunto discutido se insere; e os procedimentos metodológicos adotados. E COMO DIZER? PARTE 2 COMO É DITO, ou “Respeitando os limites para o dito” Nesta parte, a questão-chave é: COMO DIZER, COM APENAS 300 PALAVRAS, TUDO O QUE FIZ NA MINHA PESQUISA? Em nossas interações conversacionais, com relação a COMO É DITO, Grice nos aconselha a dizer de MODO claro o que queremos dizer e dizê-lo de maneira ótima (1982, p.88). MODO - Supermáxima: - Seja claro! Evite obscuridade de expressão. Evite ambigüidades. Seja breve (evite prolixidade desnecessária). Seja ordenado. Orientações do SIC para elaboração do resumo O resumo deverá conter breve introdução sobre o assunto, descrição dos materiais e métodos utilizados, síntese dos resultados (parciais ou finais) e conclusões. O espaço destinado ao resumo corresponde a 1800 caracteres ou a 300 palavras, na proporção de um texto de 20 linhas em editor padrão (fonte Times New Roman, tamanho 10). <http://seberi.propesq.ufrgs.br/propesq2005/index.php> Partes do resumo O resumo, então, é estruturado a partir de “partes” definidas numa progressão lógicosemântica, quais sejam: objetivos (o quê, para quê, qual o ponto de partida?); métodos (como?); resultados (o que encontramos?); e conclusões (qual o ponto de chegada?). No seu resumo, cada uma das partes que constitui o resumo deve estar no texto de forma equilibrada, a fim de que todos os aspectos de sua pesquisa possam estar contemplados.* * Adaptado de: ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p.27. Série Iniciação Científica. Objetivos* Aqui você deve dizer, clara e exatamente, o que fez, que metas foram estabelecidas para a pesquisa. Diga também, de forma genérica, qual objetivo devia ser alcançado. Exemplo: EFEITO IN VIVO DO ÁCIDO L-PIROGLUTÂMICO SOBRE PARÂMETROS DE ESTRESSE OXIDATIVO EM CÉREBRO DE RATOS JOVENS. Bernardo Remuzzi Zandoná, Carolina Didonet Pederzolli, Katia Bueno Deckmann, Caroline Paula Mescka, Bethânia Andrade Vargas, Mirian Bonaldi Sgarbi, Carlos Severo Dutra Filho (orient.) (UFRGS). •Problema/Objetivos: O ácido L-piroglutâmico (PGA) é o principal intermediário do ciclo g glutamil, que está relacionado à síntese e degradação da glutationa. Altos níveis de PGA no líquido cefalorraquidiano, sangue e outros tecidos ocorrem na deficiência de glutationa sintetase (GSD), erro inato do metabolismo de caráter autossômico recessivo. Essa desordem é clinicamente caracterizada por anemia hemolítica, acidose metabólica e disfunção neurológica severa. No entanto, os mecanismos do dano neurológico permanecem ainda não esclarecidos. Estudos prévios realizados em nosso laboratório mostraram que o PGA in vitro diminui a capacidade antioxidante cerebral, porém não afeta a lipoperoxidação. No presente estudo, investiga-se o efeito da administração aguda de PGA sobre parâmetros indiretos de lipopeproxidação e estresse oxidativo com o objetivo de avaliar o efeito do PGA in vivo sobre os mesmos. * Adaptado de: ABREU, S. Seminário In:<http://www.ufrgs.br/propesq/> temático: elaboração de resumo. Propesq – 2003 e 2004. Métodos* Aqui você deve indicar como executou sua pesquisa, i.é: se foi uma pesquisa qualitativa, de que maneira você coletou e analisou os dados qualitativos (observação/entrevistas, etc.); ou se foi uma pesquisa quantitativa, de que maneira coletou os dados. Apresente em linhas gerais o método utilizado para a execução da pesquisa. Exemplo: Metodologia - Foi administrada a dose de 1, 0 g/kg de peso corporal de PGA a ratos de 15 dias de vida. Uma hora depois de terem recebido a injeção, os ratos foram mortos por decapitação e o cérebro foi isolado, homogeneizado e centrifugado. O sobrenadante foi então utilizado para as medidas do potencial antioxidante total (TRAP), da quimiluminescência e das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS). *Adaptado de: ABREU, S. Seminário temático: elaboração de resumo. Propesq – 2003 e 2004. In:<http://www.ufrgs.br/propesq/> Resultados* Aqui você deve dizer quais resultados como você analisou esses resultados. encontrou e Os resultados de sua pesquisa devem ser organizados de acordo com a proposta metodológica de seu trabalho. Exemplo: Resultado: O TRAP foi significativamente reduzido e o TBA-RS foi aumentado. Ao contrário, a quimiluminescência não foi afetada pelo PGA. Esses resultados mostram que a administração aguda de PGA diminui as defesas antioxidantes não-enzimáticas e estimula a lipoperoxidação em cérebro de ratos jovens. *Adaptado de: ABREU, S. Seminário temático: elaboração de resumo. Propesq – 2003 e 2004. In:<http://www.ufrgs.br/propesq/> Conclusão* Aqui você deve apresentar uma conclusão lógica, na qual devem constar as questões fundamentais de sua pesquisa. Os objetivos propostos foram alcançados? Se não o foram totalmente, em que nível não o foram? Seja breve, conciso e coerente. Conclua de forma relevante, enfatizando os resultados. Se possível, descreva opções para futuras pesquisas. Exemplo: Conclusão: Esses resultados indicam um possível envolvimento do estresse oxidativo na neuropatologia da disfunção neurológica presente nos pacientes afetados pela GSD. (BIC). *Adaptado de: ABREU, S. Seminário temático: elaboração de resumo. Propesq – 2003 e 2004. In:<http://www.ufrgs.br/propesq/> E, se .... a pesquisa ainda não apresenta resultados? O que fazer?* Informe o estágio em que se encontra a pesquisa. Se for o estágio final, você pode expor uma síntese dos resultados alcançados, mas, se for um estágio inicial ou em andamento, você pode apontar as questões que pretende abarcar, relatando os resultados parciais da pesquisa. a pesquisa não é experimental? O que fazer?* A sua pesquisa também tem objetivos, método de trabalho, resultados e conclusões. Comente-os. * ABREU, S. Seminário temático: elaboração de resumo. Propesq – 2003 e 2004. In:<http://www.ufrgs.br/propesq/> Em síntese, Dito: o que se disse no projeto de pesquisa? problema/objetivo (o quê? para quê?) metodologia (como?) Dito: o que mostrou a execução da pesquisa? resultados (o que encontramos?) conclusões (qual o ponto de chegada?) resumo Seja ordenado! Seja claro! Seja breve! Como é dito? Dando o toque... Os comentários que seguem objetivam ilustrar alguns casos de composição de resumo comumente encontrados no Livro de Resumos do SIC. Os casos são: CASO 1 – ÊNFASE NA METODOLOGIA CASO 2 – ÊNFASE NO PROJETO, E NÃO NA PESQUISA DO BOLSISTA Para ilustrar os casos 1 e 2, utilizei resumos fictícios, conforme se observa a seguir; para exemplificar uma provável solução para o caso 2, utilizei um exemplo colhido do Livro de Iniciação Científica da UFRGS/2005. Caso 1 – ênfase na metodologia AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA COMPUTACIONAL PARA EXTRAÇÃO AUTOMÁTICA DE PALAVRAS (COMO?) Utilizamos um sistema computacional, construído para a extração automática de palavras no ambiente Windows. Cada fonte documental foi preparada separadamente para a testagem, gravadas em arquivos .txt. Estas fontes foram selecionadas de amostras representativas dos variados tipos de textos disponíveis na web. Inicialmente, consideramos como equivalentes os documentos que continham o mesmo número de caracteres. (COMO?) Testamos o sistema computacional perante a introdução de filtros gramaticais específicos para palavras nucleares, que, ao final da pesquisa, serão somados aos filtros aleatórios introduzidos durante cada passo da testagem. (COMO?) Realizamos simulações para determinar como o sistema se comporta em relação ao tamanho da fonte documental que contém dispositivos gráficos de diferentes natureza e assim poder determinar de que forma signos não-verbais afetam a estabilidade de um sistema deste tipo. Comentário Para um leitor leigo, este resumofictício exige grande esforço para o seu processamento. O problema da pesquisa e seus objetivos não estão postos. Além disso, nota-se que os resultados e a conclusão não constam do texto. Neste tipo de caso, recomenda-se que os autores pontuem no início do resumo o problema da pesquisa e o objetivo. Caso 2: ênfase no projeto, e não na pesquisa do bolsista PROJETO: A AVALIAÇÃO DA COGNIÇÃO HUMANA: TESTES EM QUESTÃO O presente projeto teve início em julho de 2006 e situa-se na área de xxxxxxx, na linha de pesquisa “xxxxxxxx", tendo como pressuposto teórico o Modelo Organizacional da Mente Humana no que se refere à classificação das imagens simbólicas. Este projeto tem os seguintes objetivos: verificar a compreensão de imagens simbólicas a partir da aplicação de testes cognitivos que envolvam a percepção visual, a olfativa e a auditiva; comparar os valores obtidos nos testes para cada habilidade testada. As questões que norteiam a pesquisa são: a) Quais as diferenças de escores encontradas nos resultados da aplicação dos testes examinados?; e b) Qual a correlação entre os testes de percepção auditiva, visual e olfativa no que se refere aos escores das habilidades específicas? Neste projeto, serão observados 2.800 sujeitos, oriundos de 36 comunidades de Porto Alegre, e que tenham completado a educação básica. Até o presente momento, foram realizadas 25 testagens nos anos de 2003, 2004 e 2005. A pesquisa justifica-se na medida em que possibilita analisar o comportamento cognitivo dos sujeitos e permite verificar se os testes são eficientes para a aferição do desenvolvimento das habilidades cognitivas envolvidas na decodificação de imagens simbólicas. Comentário Ao invés de tratar do trabalho de pesquisa, apresenta-se o projeto de pesquisa. Assim, restam perguntas ao final da leitura desse resumo-fictício. Entre elas: - Qual a participação do bolsista de iniciação científica no projeto? - Qual foi a pesquisa efetivamente desenvolvida por ele? Para se mencionar o projeto maior, do qual a pesquisa do bolsista faz parte, é preciso localizar claramente a contribuição do bolsista para o projeto. Vejamos uma forma de solucionar esse tipo de problema. Solução para o caso 2 CONTOS E NARRATIVAS FEMININAS EM CÍNTIA MOSCOVICH* O projeto de pesquisa intitulado “Para a identificação de uma teoria do conto brasileiro contemporâneo” desenvolve-se a partir da necessidade de se estabelecer uma teoria sobre o conto contemporâneo no Brasil. Nesse sentido, são realizados vários estudos de obras de contistas brasileiros pertencentes às três últimas décadas do século XX. Este estudo tratará especificamente da análise da obra “O Reino das Cebolas: contos & narrativas” da autora gaúcha Cíntia Moscovich, publicada em 1996. A metodologia segue a mesma linha do projeto: princípios da teoria do conto e narratologia. Os resultados serão incorporados aos demais já alcançados, com vistas à publicação final de uma antologia crítica. * RIVA, A. F.; MOMBACH, C. e BITTENCOURT, G.N. da S. (orient.). CONTOS E NARRATIVAS FEMININAS EM CÍNTIA MOSCOVICH. (UFRGS) In: Livro de Resumos do XVII SIC, UFRGS, 2005. Comentário Neste resumo, vemos claramente que o trabalho do bolsista é tratar “especificamente da análise” de um determinada obra num conjunto de obras de contistas brasileiros. Aqui, mesmo que inserida num projeto maior, a pesquisa do bolsista de iniciação científica tem visibilidade. *Dando a dica... O título do resumo é adequado? DICA: evite títulos longos e rebuscados. O resumo tem o número de palavras, de linhas ou de caracteres determinado? DICA: use a ferramenta do Word ‘Contar Palavras’. O resumo está no formato indicado? DICA: verifique o tipo e o tamanho da fonte. * Adaptado de: ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p. 57-60. Série Iniciação Científica. *Dando a dica... O resumo está organizado de acordo com as partes essenciais da pesquisa (objetivo, métodos, resultados, conclusão)? DICA: procure palavras-chave que localizam as partes do resumo. As partes essenciais receberam tratamento equivalente à sua relevância ao longo do texto? DICA: equilíbrio entre as partes é fundamental. * Adaptado de: ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p. 57-60. Série Iniciação Científica. *Cuidando do português... Utilizei palavras e frases concisas para expressar as idéias? DICA: conte o número de frases de seu resumo. As palavras são adequadas ao que quero expressar? DICA: verifique se há palavras vagas ou que expressam o genérico; consulte dicionários. A grafia das palavras está correta? DICA: em caso de dúvida, consulte um dicionário ou um guia ortográfico. * Adaptado de: ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p. 57-60. Série Iniciação Científica. *Cuidando do português... Respeitei as regras de concordância? DICA: veja as regras para a correta concordância verbal e nominal. Ex.: O escore de escala e a medida resultam[...] Utilizei palavras estrangeiras? DICA: palavras estrangeiras devem ser destacadas no texto. Ex.: insight ou “insight” Utilizei siglas? DICA: siglas devem ser grafadas com maiúscula. Ex. Movimento dos Sem-Terra (MST) Respeitei a regência dos verbos e dos nomes? DICA: há excelentes dicionários de regência verbal e nominal. m caso de dúvida, consulte-os. Ex.: [...] necessitou-se de[...] * Adaptado de: ABREU, S. Elaboração de resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. p. 57-60. Série Iniciação Científica. Evite: grande quantidade de referências bibliográficas; termos técnicos não-traduzidos ou siglas; gráficos, fórmulas e tabelas; abreviaturas e referências a números e tabelas. períodos longos ou períodos com estruturação muito complexa (i.é, entrecortadas por explicações intercaladas, com inversões na ordem sintática). Por fim, vale relembrar as máximas de Grice: • Seja relevante! • Seja claro! • Seja breve! Referências ABREU, S. Elaboração de Resumo. Porto Alegre: Editora da UFRGS/PROPESq, 2006. Série Iniciação Científica. ______ Seminário temático: elaboração de resumo. Propesq – 2003 e 2004. In:<http://www.ufrgs.br/propesq/> ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR6028. Comissão de Estudos de Documentação. Normas brasileiras de documentação. Rio de Janeiro: maio 2003. GRICE, H.P. Lógica e conversação. In: Dascal, M.,(org.) Fundamentos metodológicos da lingüística. Campinas: ed. do Autor, v.IV, p.81-103, 1982. (Trad. Geraldi, J.W. de Logic and Conversation. In: Cole& Morgan, 1975, p.41-58). FURASTÉ, P. A. Normas técnicas para o trabalho científico, que todo mundo pode saber, inclusive você: explicitação das normas da ABNT. 11. ed. – Porto Alegre: s.n., 2000.