MEMÓRIA
Foi durante muito tempo associada apenas à
conservação do passado, mas considera-se
hoje que está subjacente a todas as funções
psíquicas e comportamentos.
Dá-nos o sentimento da identidade pessoal.
Permite-nos realizar múltiplas tarefas no
quotidiano (memória do saber-fazer).
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1. Noção de memória – é o processo cognitivo que
envolve as seguintes fases:
 Aquisição / codificação – entrada da informação e
formatação da mesma num determinado código.
 Retenção /armazenamento – registo da codificação no
sistema mental no qual é armazenada e conservada de
forma mais ou menos permanente para posterior
utilização. (Retenção da informação).
 Recuperação – a recordação propriamente dita, que
consiste na extracção de um traço mnésico, de entre
todos os que foram armazenados.
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2. Tipos de memória
 2.1 Memória sensorial – é pelos sentidos que as
informações entram no sistema da memória. As
entradas sensoriais são armazenadas durante
fracções de segundo.
 Tipos de memória sensorial: visual, auditiva, olfativa,
táctil, gustativa.
 A memória visual ou icónica – permite-nos
percepcionar o movimento, quando vemos um filme,
pois retemos durante um curto espaço de tempo as
imagens, ligando os diferentes fotogramas.
 A memória auditiva ou ecóica – permite-nos
compreender o que ouvimos, relacionando os vários
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sons.
 Os materiais ou elementos existentes na
memória sensorial ou são perdidos ou, se
prestarmos atenção, são processados no
armazenamento a curto ou a longo prazo.
2.2 Memória a curto prazo - é o material da
memória a curto prazo que fornece a
informação sobre a qual se desenvolve a
aprendizagem, o raciocínio, a imaginação, etc..
Os elementos mais significativos são enviados
para a memória a longo prazo.
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•A duração da memória a curto prazo não
excede UM MINUTO.
Permite a codificação, no máximo, entre 2
a 7 itens (números, palavras, imagens,
sons).
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2.3. Memória a Longo Prazo
 Contém dados que têm origem na memória a
curto prazo.
 Permite-nos ler, reconhecer trajectos, identificar
pessoas conhecidas, recordar episódios da
infância, ...
 A sua duração é ilimitada.
 A sua capacidade é ilimitada.
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3. Memória e Esquecimento
O esquecimento não é uma lacuna da
memória, como uma doença; pelo
contrário, é porque esquecemos que
continuamos a reter, afastando materiais
que não são úteis ou necessários.
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3.1. Factores que explicam o
esquecimento
3.1.1. Desaparecimento e alteração do traço
mnésico – desaparecimento do traço fisiológico
registado no cérebro (engrama) devido à
passagem do tempo.
3.1.2. Deformação dos conteúdos retidos,
devido à atribuição de significados inexactos,
devido às fantasias que temos, ...
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3.1.3. Interferência de novas aprendizagens:
 Inibição proactiva – influência negativa da
aprendizagem anterior sobre a nova informação.
Por exemplo, o novo número de telefone não
consegue ser retido, devido à presença na
memória do número antigo.
 Inibição retroactiva – a nova informação tem
um efeito negativo sobre a informação antiga.
Por exemplo, o antigo número de telefone não
se consegue recordar, devido à utilização do
novo número.
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3.1.4. Esquecimento e motivação
inconsciente
 Segundo Freud, o sujeito esquece acontecimentos
traumatizantes ocorridos, ou seja, inibe as recordações
dolorosas, mantendo-as recalcadas no inconsciente.
 Um grande número de episódios ocorridos na infância
são esquecidos devido aos traumas inerentes à
sexualidade infantil – amnésia infantil.
 Actos Falhados – pequenos esquecimentos que
atravessam o nosso quotidiano
(palavras, nomes,
datas, ...) relacionados com motivos inconscientes.
 Só através do tratamento psicanalítico, o indivíduo torna
consciente o material “esquecido”, ou melhor, recalcado.
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