FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN - FIS COORDENAÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA RELATÓRIO PARCIAL A EVOLUÇÃO DA LIDERANÇA AO LONGO DO TEMPO AUTORA: FABIULA FERNANDES DE SOUZA Rio de Janeiro Setembro/2012 FACULDADES INTEGRADAS SIMONSEN – FIS COORDENAÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Relatório Parcial apresentado em cumprimentos ao Projeto de Iniciação Cientifica – A Evolução da Liderança ao longo do Tempo da Faculdades Integradas Simonsen. Orientador: Professor Max William Coelho Moreira de Oliveira, Mestre em Engenharia de Produção. Rio de Janeiro Setembro/2012 Conteúdo Introdução ............................................................................................................................................ 4 Revisão da Literatura ............................................................................................................................ 5 Conceitos de Liderança .................................................................................................................... 5 Materiais e métodos: ........................................................................................................................... 7 Resultados Parciais Obtidos ................................................................................................................. 7 Teoria da abordagem clássica da administração .............................................................................. 8 Teoria clássica ................................................................................................................................... 9 Teoria das Relações Humanas ........................................................................................................ 11 Liderança como um fenômeno de influência interpessoal. ..................................................12 Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo. .................................13 Liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados. ....................................13 Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação.13 Teoria dos traços de personalidade: ......................................................................................13 Teoria sobre os estilos de liderança: .....................................................................................14 Teoria situacionais da liderança: ............................................................................................14 Teoria da Burocracia ....................................................................................................................... 15 Resumo Esta pesquisa abordou o processo da evolução da liderança ao longo do tempo, traçando um paralelo sobre os conceitos de liderança encontrados nas diversas teorias da administração desde que esta foi entendida como ciência, até os dias atuais a fim de chegar a uma definição do perfil ideal do líder nas organizações. As organizações buscam cada vez mais ganhar o mercado competitivo e com uma boa liderança servira de vantagens dentro de um mundo cada vez mais globalizado. A liderança é a capacidade de influenciar pessoas a cumprir suas metas fazendo com que a organização atinja seus objetivos. Os dados foram coletados através de pesquisas bibliográficas e os resultados foram apresentados em cada teoria da administração pesquisadas até o presente momento. Texto Introdução Diante de um mundo tão globalizado onde as barreiras comerciais tornaramse um empecilho tão pequeno, organizações buscam cada vez mais ganhar o mercado competitivo, desta forma as organizações criam estratégias que venham atrair mais consumidores, porém o problema é como criar estas estratégias. Sabese que, para criar algo precisa-se de criatividade e é visando isso que organizações empresarias em todo mundo buscam mais e mais recursos humanos competentes para a execução desta tarefa. Sendo assim a palavra que se encontra em constante foco no mundo empresarial chama-se liderança. E o que é liderança se não a capacidade de influenciar pessoas a fazer aquilo que devem fazer. Desde a antiguidade existem líderes, ou seja, pessoas que através de determinados atributos conseguiram guiar pessoas a um objetivo, a um ideal. Podemos observar isto na Bíblia quando Moisés liderou os hebreus na fuga do Egito até que se chegasse à terra prometida. Verificamos também na historia da humanidade através de um jovem chamado Alexandre que liderou as tropas gregas em várias batalhas transformando a Grécia em um dos maiores impérios da antiguidade, estes são apenas alguns exemplos dentro de tantos outros de líderes que em suas épocas obtiveram êxito. Desde que a administração foi entendida como ciência, várias teorias surgiram sobre o líder ideal, sendo que tais conceitos evoluíram com o tempo chegando ao mundo contemporâneo onde muitas empresas possuem dificuldade em identificar o tipo de líder ideal. Sendo assim este projeto visa abordar a evolução do líder desde os tempos da administração cientifica até os dias de hoje para definir qual o perfil ideal do líder que atende as demandas atuais. Revisão da Literatura Conceitos de Liderança Vejamos o que alguns autores falam a respeito de liderança: De acordo com Bergamini (1994, p. 88) o conceito de liderança pode variar de autores e dentro das organizações podem ter alguns significados diferentes, "constata-se que a maior parte dos autores conceitua liderança como processo de influência de um individuo sobre outro individuo ou grupo, com vistas à realização de objetivos em uma situação dada". Segundo Maximiano: (2008, p.277) Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Liderança é a realização de metas por meio da direção de colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar uma finalidade especifica é um líder. O líder vai adaptar seus estilos de liderança e seus valores de acordo com a situação ou o grupo. Fiedler (apud BERGAMINI, 1994, p.52) afirma que: A liderança é, por definição, um relacionamento interpessoal, no qual poder e influencia são desigualmente distribuído de tal forma que uma pessoa seja capaz de dirigir e controlar os seus próprios. Em tal relacionamento, entre líder e seus membros, a personalidade do líder está pronta para determinar, em grandes parte, a medida em que ele pode influenciar o comportamento do seu grupo. Para Kwasnicka (1989, p.99) “A liderança estabelece objetivos, porém ao fazê-lo, leva em consideração o que já foi previamente determinado pela organização. Hemphill & Coons (1957, p.7) afirma que: “Liderança é o comportamento de um indivíduo quando está dirigindo as atividades de um grupo em direção a um objetivo comum”. Segundo Janda (1960, p.35) liderança é: “um tipo especial de relacionamento de poder caracterizado pela percepção dos membros do grupo no sentido de que outro membro do grupo tem o direto de prescrever padrões de comportamento na posição daquele que dirige, no que diz respeito à sua atividade na qualidade de membro do grupo”. Tannenbaum, Weschler & Massarik (1961, p. 24) afirma que a liderança é “uma influência pessoal, exercida em uma situação e dirigida através do processo de comunicação, no sentido do atingimento de um objetivo específico ou objetivos.” Liderança é ‘uma interação entre pessoas na qual uma apresenta informação de um tipo e de tal maneira que os outros se tornam convencidos de que seus resultados serão melhorados caso se comporte da maneira sugerida ou desejada’ (Jacobs, 1970, p.232). Stogdill (1974, p.411) estabelece que a liderança é “o início e a manutenção da estrutura em termos de expectativa e interação.” Para Katz & Kahn (1978, p. 528) Liderança é “o incremento da influência sobre e acima de uma submissão mecânica com as diretrizes rotineiras da organização.” Segundo Rouch & Behling (1984 p.46) liderança é “o processo de influenciar as atividades de um grupo organizado na direção da realização de um objetivo.” Liderança é a capacidade de influenciar um grupo de pessoas, fazendo com que esse grupo atinja resultados e se transformem em uma equipe, fazendo com que essa equipe alcance as metas estabelecidas pela organização. Materiais e métodos: A metodologia utilizada esta sendo realizada através de pesquisas bibliográficas, que permitem que se tome conhecimento de material relevante, tomando-se por base o que já foi publicado em relação ao tema e fazendo uso de fontes secundárias pois as esmas vem acompanhadas de manifestações críticas de interesses para o presente trabalho, de modo que se possa delinear uma nova abordagem sobre o mesmo, chegando a conclusões que possam servir de embasamento para pesquisas futuras. Até o presente momento foram pesquisados os diversos conceitos trabalhados nas teorias da administração, delimitando-se o conceito temporal em que cada tipo de liderança surgiu investindo-se em literaturas consagrados que existem dentro das mesmos conforme as seguintes linhas de pensamento a saber: Teoria da Administração Cientifica, Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas e Teoria da Burocracia. Como se trata de um relatório parcial esta autora explorou os dados e informações coletados até então pesquisados. Resultados Parciais Obtidos Teoria da abordagem clássica da administração A Teoria da administração cientifica teve como seu precursor Taylor ele visa à organização em termos de estrutura, forma e disposição das partes, e o interrelacionamento. Esta aumenta a produtividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional. A escola da administração cientifica tem ênfase nas tarefas (divisão do trabalho no nível operário), abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e existência de supervisores por especialidade. Também visava à divisão do trabalho para a execução da menor variedade de funções (administração funcional). Antes da administração cientifica o supervisor deixava ao critério de cada operário a escolha do método de execução de seu trabalho para encorajar sua iniciativa. Com a administração cientifica ocorre uma repartição de responsabilidade: A gerencia fica com o planejamento (estudo do trabalho do operário e o estabelecimento do método de trabalho) e a supervisão (assistência continua ao trabalhador durante a produção). Enquanto o trabalhador fica somente com a execução do trabalho a gerência pensa enquanto o trabalhador executa. Podemos verificar que na administração cientifica Taylor enfatiza o papel monocrático do administrador: "A aceleração do trabalho só pode ser obtida por meio da padronização obrigatória dos métodos, da adoção obrigatória de instrumentos e das condições de trabalho e cooperação obrigatórias. E essa atribuição de impor padrões e forçar a cooperação compete exclusivamente à gerência". Como as ideias de Taylor se desenvolveram em uma época que era explícita as expansões da indústria, junto vieram às linhas de montagens de Henri Ford (1863-1947) foi o maior divulgador e precursor da produção em massa e das linhas de montagem (fordismo), apesar de não ter sido o inventor da linha de montagem. Foi responsável por popularizar um produto, que na época eram destinados apenas a alguns poucos milionários: o automóvel., conforme diz Maximiano (2007, p.56). Os principais objetivos da obra administração científica são: 1) Substituição do empirismo para uma denominada ciência do trabalho; 2) Busca da cooperação entre os trabalhadores; 3) Seleção do perfil correto de cada indivíduo para cada função específica; 4) Divisão de trabalho e responsabilidade entre a alta administração e os demais trabalhadores (Maximiano, 2008). Tendo em visto o foco na liderança os objetivos de Taylor descritos acima, podemos estabelecer relação com a liderança, essa relação se torna mais explicita no item 4 onde é detalhadamente estabelecida a divisão do trabalho e as responsabilidades dos lideres e liderados. Verificamos ainda que a liderança praticada era a autocrática, pois os líderes planejavam e controlavam enquanto que os operários executavam de modo que os métodos estabelecidos pelos lideres eram as melhores maneiras de executarem a tarefa sem que houvesse questionamento quanto ao método aplicado. Teoria clássica O personagem mais importante que sistematizou e divulgou as ideias da teoria clássica foi o engenheiro Henry Fayol ele considerava a empresa um sistema racional de regras e autoridade e essa ideia aplicam-se a qualquer tipo de organização. Segundo Maximiano (2008, p. 73) os colaboradores de uma organização “necessitam de ordens para saber o que fazer, suas ações precisam de coordenação e suas tarefas precisam de controle gerencial.” Esse é o papel dos líderes na visão de Fayol. Administrar é planejar, organizar; executar; liderar e controlar. Sendo assim temos que a administração é um processo de tomada de decisão tal como a liderança diante de uma situação onde o líder tem a necessidade de tomar tais medidas a fim de alcançar os objetivos propostos. A liderança segundo Fayol pode ser relacionada com planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. O trabalho do líder consiste em tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir responsabilidades aos liderados. No comando o líder tem que manter os funcionários em atividade em toda a empresa, na coordenação o líder tem que reunir unificar e harmonizar toda a atividade e esforços, no controle o líder tem que cuidar para que tudo se realize de acordo com os planejamentos e as ordens. A teoria clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente, temos que a administração é um todo do qual a organização é uma das partes onde as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos específicos. Organização como função administrativa é parte do processo administrativo e significa o ato de organizar, estruturar, e alocar os recursos, definir os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer as atribuições e relações entre eles. Na teoria clássica temos a liderança centralizada onde a concentração de autoridade está no topo da hierarquia da organização. Fayol defendia a necessidade de um ensino organizado e metódico da administração de caráter geral para formar administradores. A teoria clássica pouco avançou em termos de uma teoria da organização, pois para Fayol a organização abrange o estabelecimento da estrutura e da forma, sendo portanto estática e ilimitada. A estrutura organizacional constitui uma cadeia de comando, ou seja uma linha de autoridade que interliga as posições das organizações e define que se subordina a quem, esta cadeia de comando também denominada cadeia escalar, baseia-se no principio da unidade de comando, que significa que cada empregado deve se reportar a um só superior. A estrutura organizacional é analisada de cima para baixo e do todo para as partes, ao contrario da administração cientifica. Surge a departamentalização na teoria clássica. A divisão do trabalho se dá em duas direções: Vertical: A autoridade aumenta na medida em que sobe na hierarquia da organização. Horizontal: Cada departamento ou seção passa a ser responsável por uma atividade especifica e própria (departamentalização), ou seja a divisão do trabalho no sentido horizontal que assegura homogeneidade e equilíbrio. Teoria das Relações Humanas Com o surgimento da escola de relações humanas a teoria da administração passa por uma evolução a ênfase agora passa a ser dada aos estudos de grupos informais, satisfação do empregado, tomada de decisão do grupo e estilos de liderança, ou seja valoriza-se as pessoas. A abordagem humanística da administração começou no 2º período de Taylor, porém só em 1930 é que recebeu enorme atenção nos Estados Unidos, devido as suas características democráticas. Na escola das relações humanísticas o foco do movimento recai mais sobre o grupo do que o individuo e mais sobre a democracia do que sobre a liderança autocrática. A teoria das relações humanas procura solucionar algumas deficiências da teoria clássica, segundo Kwasnicka (1989, p. 72) são eles: “Conformismo,objetivos obscuros, crescimento descontrolados, rigidez, especialização dos problemas e perda da motivação.” Elton Mayo é reconhecido como o Pai das relações humanas, por meio das experiências de Hawthorne e outras descobertas ele foi capaz de demonstrar que um tratamento respeitável e mais humano aos empregados trará muito mais benefícios para a organização ao longo dos anos. Com suas experiências Mayo deslocou o foco de interesses da administração da organização formal para os grupos informais e suas inter-relações, bem como dos incentivos monetários para os psicossociais. Mayo verificou que com a liderança democrática, os funcionários passaram a participar do processo de decisão e isso fez com que ele se sentissem motivados a ponto de aumentarem a produção cada vez mais. Segundo Mayo o líder deve ser treinado para desenvolver sensibilidade e percepção para compreender melhor as pessoas. [...] Entretanto, imaginava-se que na maior parte das vezes o tipo de liderança mais eficaz, seria aquele denominado democrático, no qual o subordinado teria ampla possibilidade de opinar sobre o próprio trabalho, contribuindo para o seu aperfeiçoamento, bem como estaria sujeito a um controle por resultados e nunca por supervisão cerrada. (MOTA, 2000, P. 24) A teoria clássica tratou superficialmente a liderança, pois a mesma enfatizou a autoridade formal ou seja considerava somente as chefias nos níveis hierárquicos superiores o que diferenciou da teoria das relações humanas que constatou que a liderança influência no comportamento das pessoas. O experimento de Hawthorne demonstrou a importância do grupo sobre o desempenho individual e então começou os estudos sistemáticos sobre a organização informal. Mayo diz que: O desempenho das pessoas depende muito menos dos métodos de trabalho, segundo a visão da administração cientifica, do que os fatores emocionais ou comportamentais. Destes, os mais poderosos são aqueles decorrentes da participação do trabalhador em grupos sociais. (MAXIMIANO, 2008, p.213). Tais experimentos fez com que os administradores reconhecessem que para a organização obter êxito seria necessário mudar as atitudes em relação aos trabalhadores, pois fazia- se necessário considerar o comportamento humanos. Segundo a Teoria das relações humanas, a função do líder é a de ajudar os liderados a atingir os objetivos da organização, mediante a cooperação entre os mesmos. Segundo Motta (2000, p.24) “O tipo de liderança mais eficaz seria a democrática, no qual o subordinado teria ampla possibilidade de opinar sobre o próprio trabalho,contribuindo para o seu aperfeiçoamento”. Mayo com seus experimentos teve o mérito de demonstrar a existência de líderes informais que atendia as necessidades das organizações, mantinham o controle do grupo e cumprirem as normas, colaborando para que o grupo passe a atuar como um grupo social coeso e integrado. Chiavenato (2004, p.122) afirma que “o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é liderar.” A teoria das relações humanas visualiza a liderança sob alguns aspectos tais como: Liderança como um fenômeno de influência interpessoal. Liderança é uma relação onde o líder procurara produzir intencionalmente o comportamento que deseja no liderado. Liderança como um processo de redução da incerteza de um grupo. O grupo escolhe como líder uma pessoa que lhes possam dar orientações na hora de escolher as melhores soluções para poder ajudar a empresa a atingir sua meta, e isto é uma redução de incerteza do grupo, pois os funcionários passam a ter uma pessoa para ter apoio. Sendo assim o líder é um tomador de decisão ou o que ajuda o grupo a tomar a melhor decisão e a liderança é um conjunto de ações que ajudam a empresa a caminhar em direção aos seus objetivos. Liderança como uma relação funcional entre líder e subordinados. A liderança é uma função que irá suprir a necessidade em determinadas situações e consiste em uma relação entre o individuo e o grupo. Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação. Conforme endosso de Chiavenato: Liderança é o processo de exercer influência sobre pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos em uma determinada situação. A liderança existe em função das necessidades existentes em determinada situação, ou seja, da conjugação de características pessoais do líder, dos subordinados e da situação que os envolve. Trata-se de uma abordagem situacional. O líder é a pessoa que sabe conjugar e ajustar todas essas características. Assim, não há um tipo único e exclusivo para cada situação. (Chiavenato, 2004, p.145). A teoria das relações humanas classificou a liderança em três grupos a saber: Teoria dos traços de personalidade: O líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o diferencia das demais pessoas,este apresenta características marcantes de personalidade através das quais consegue influenciar as demais pessoas. Em suma um líder deve evidenciar atributos como confiança, ousadia, flexibilidade e ter visão do futuro para que possa ter a miníma condição de sucesso. Teoria sobre os estilos de liderança: A liderança é estudada em função do comportamento do líder em relação aos seus subordinados. Aqui a teoria visa àquilo que o líder faz, ou seja, o seu estilo de comportamento para liderar. Nesta encontramos três estilos de liderança: autocrática, liberal e democrática. A autocrática o líder impõe suas ordens onde a ênfase se dá no líder; a liberal o líder deixa o grupo tomar as decisões ênfase nos subordinados e a democrática o líder e seus subordinados tomam a decisão juntos ênfase no líder e subordinados. Teoria situacionais da liderança: A liderança deve se ajustar de acordo com a situação. Segundo Chiavenato (2004, p.125) Na prática, o líder utiliza os três processos de liderança,de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar uma decisão, como sugere a maneira de realizar certas tarefas: ele utiliza a liderança autocrática, democrática e liberal. O desafio da liderança é saber quando aplicar qual estilo, com quem e em que circunstâncias e atividades. Conclui-se que a teoria das relações humanas abriu novos horizontes à teoria da administração, pois esta verificou que o sucesso da organização depende diretamente das pessoas e o meio como são tratadas e gerenciadas. O administrador deve saber liderar, comunicar, motivar e conduzir as pessoas ou seja o sucesso da organização está na liderança. Neste contexto, a liderança esta voltada para as pessoas buscando de forma respeitosa, amigável e confiante atingir os objetivos da organização Teoria da Burocracia Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, foi o criador da Sociologia da Burocracia. A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos anos 40, em função principalmente do conflito entre as teorias clássicas e das relações humanas. A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. Weber se preocupou mais com a organização formal. Segundo esta teoria a organização é vista como uma unidade social grande e complexa, onde se integram muitos grupos sociais e sua ênfase está na analise das organizações. Esta caracteriza o homem organizacional. Chiavenato (2004, p. 300) afirma que: A burocracia surgiu como uma resposta criativa a uma era radicalmente nova e constitui durante muito tempo a organização ideal para os valore e necessidades da era vitoriana que se caracteriza pela permanência, estabilidade e quase ausência de mudança. O principio da hierarquia Os cargos obedecem a uma hierarquia de importância e essa hierarquia é conhecida pelos elementos que os diferenciam. Esses elementos são o poder do mando e o valor da remuneração atribuído ao cargo. Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema. Baseando nas informações já citadas, podem-se dividir as organizações burocráticas em duas categorias: Organização burocrática rotineira – Possui atividades repetitivas e são praticamente imutáveis, tende a seguir as regras estabelecidas, a qual corrompe o nível de motivação dos colaboradores; Organização burocrática complexa – O problema se agrava na liderança e motivação, pois falta liberdade à inovação e à criatividade. Weber define a Burocracia como um tipo de poder suficiente para a funcionalidade eficaz das estruturas organizacionais, ou seja a organização é eficiente por excelência e para atingir essa eficiência a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como os objetivos deverão ser efetuados. A Característica principal esta na racionalidade do ponto de vista das atividades desempenhadas na organização. Na Burocracia, a liderança se dá através de regras impessoais e escritas numa estrutura hierárquica. Há uma divisão sistemática do trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cada participante, os meios de obrigatoriedade e as condições necessárias. Cada participante passa a ter o seu cargo específico, as suas funções específicas e a sua específica esfera de competência e de responsabilidade. Cada participante deve saber qual a sua tarefa, qual é a sua capacidade de comando sobre os outros e, sobretudo, quais são os [imites de sua tarefa, direito e poder, para não ultrapassar esses [imites, não interferir na competência alheia nem prejudicar a estrutura existente. Assim, as incumbências administrativas são altamente diferenciadas e especializadas e as atividades são distribuídas de acordo com os objetivos a serem atingidos. Existem chefes não burocráticos: indicam e nomeiam os subordinados, estabelecem as regras, resolvem os objetivos que deverão ser atingidos. Geralmente são eleitos ou herdam sua posição, como por exemplo os presidentes, os diretores e os reis. Esses chefes (não burocráticos) da organização desempenham o importante papel de estimular a ligação emocional e mesmo irracional dos participantes com a racionalidade. A identificação com uma pessoa, um líder ou um chefe influi psicologicamente, reforçando o compromisso com a organização (imagem concreta/ “afetuosa”). A ausência ou morte de um chefe não burocrático da organização o único indivíduo perante o qual as identificações são pessoais, e não burocráticas provocam uma crise, a chamada crise de sucessão, que geralmente é acompanhada de um período de instabilidade. O líder burocrático necessita de algumas características tais como: Personalidade bastante flexível, com alta resistência à frustração, capacidade de adiar as recompensas e um permanente desejo de realização. Um líder deve-se aculturar e se enriquecer de conhecimentos científicos que o permitam transformarem a liderança da arbitrariedade na liderança da consciência e da ciência. Os processos motivacionais e de liderança requerem comprometimento com o próximo, com sua vida, dentro ou fora da organização. Referencia Bibliográfica BERGAMINI, C. W., Liderança – Administração do Sentido (1O ed.), S. P., Editora Atlas S. A., 1994. FIEDLER, F. E., A theory of a Leadership effectiveness, N. Y., Mc-Graw-Hill Book Company, 1967. JANDA, K. F., Towards the explication of concept of leadership in terms of concept of pawer, U. S. A., Human Relations, 1960. JACOBS, T. O., Leadership and exchange in formal organizations, Alexandria, VA: Human Resources Organization, 1970. KATZ, D. & Kahn, R. L., Psicologia Social das Organizações, S. P., Editora Atlas S. A., 1966. MAXIMIANO, Antônio César Amaru, Teoria Geral da Administração. Da Revolução Urbana a Digital. São Paulo,: Atlas,2008. MOTA, Fernando C. P. Teoria Geral da Administração. Uma introdução. São Paulo; Pioneira, 1998. Chiavenato, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 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