Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia Tema: PROPRIEDADES PERIÓDICAS DOS ELEMENTOS por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes Introdução A tabela periódica foi construída empiricamente, muito antes que fosse conhecida a estrutura do átomo. Nesta aula vamos explicar a periodicidade das propriedades (como raio atômico, potencial de Ionização e Afinidade eletrônica) dos elementos utilizando o modelo de Bohr adaptado para átomos multieletrônicos, onde a interação entre os elétrons é desprezada, mostrando que a estrutura da tabela esta relacionada à estrutura eletrônica dos átomos. 1. Confinamento do elétron e quantização O modelo de Bohr parte do modelo planetário (para simplificar sem órbitas elípticas), onde o átomo é formado por um núcleo denso, pequeno e positivo, e com as partículas negativas em órbitas circulares. Os elétrons se movem em certas órbitas sem irradiar energia, denominadas órbitas estacionárias. de Broglie sugeriu, inspirado na simetria da natureza, que o dualismo onda-partícula, até então reconhecido apenas no caso das radiações, era uma propriedade da material, em especial dos elétrons. Portanto, de Broglie atribuiu a uma partícula de momento p um comprimento de onda λ, dado por λ= h , p onde h é a constante de Planck. de Broglie observou que esta hipótese leva a quantização do momento angular do elétron (postulado de Bohr - 1913) e que esta quantização equivale a formação de órbitas estacionárias (postulado de Bohr - 1913). Agora as propriedades dos elétrons passam a ser descritas por uma função de onda Ψ, tipo senóide Ψonda = X(x) = A sen(kx). Com o elétron confinado, submetido a força de Coulomb (interação núcleo elétron), existem funções de onda apropriadas para sua descrição, tal que X(x=0) = 0 e X(x=L1) = 0. Assim, sen(kL) = 0, kL1 = n1π ⇒ k = n1π/L1, onde n = 1,2,3... Para uma partícula confinada, com três graus de liberdade independentes, teríamos Ψonda(x,y,z) = X(x)Y(y)Z(z) e, portanto, três números inteiros associados, n1, n2 e n3. Supondo que dentro da caixa a energia da partícula é exclusivamente cinética, teríamos Ec = mv2/2 = m2v2/2m = p2/2m E = px2/2m + py2/2m + pz2/2m Universidade Federal de Alfenas – Unifal 1 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes px=h/λ px=hk/2π= hn1/2L1 Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia λ=2π/k px2=h2n12/4L12 E(n1,n2,n3) = h2n12/8mL12 + h2n22/8mL22 + h2n32/8mL32 portanto, a energia e Ψonda(x,y,z) dependem de 3 números inteiros, n1, n2 e n3. 2. Os quatro números quânticos Na verdade, são quatro os números inteiros necessários para descrever o estado de um elétron confinado (preso ao núcleo). São eles: n, l, ml e ms. O quarto número está associado a uma propriedade intrínseca do elétron, sem paralelo clássico. Estes quatro números inteiros são conhecidos por números quânticos, respectivamente, número quântico principal, número quântico orbital, número quântico magnético e número quântico de spin. O conjunto, dos quatro números quânticos, define o estado do elétron. Com eles temos todas as informações necessárias para caracterizar o elétron. Portanto, existe no átomo apenas um elétron representado por um conjunto particular de números quânticos. Valores possíveis dos números quânticos para o elétron: n = 1, 2, 3, ... l = 0(ou s), 1(ou p), 2(ou d), 3(ou f), ... , n-1 ml = -l, -(l-1), -(l-2), ..., 0, 1, 2, 3, ... l ms = -1/2, +1/2 Um tratamento matemático mostrando a relação dos números quânticos foge do escopo de necessidade de um curso introdutório de química. O princípio de exclusão de Pauli, cuja demonstração não cabe aqui, diz que um elétron num átomo não pode ter os quatro números quânticos exatamente iguais a nenhum outro. Usaremos este princípio para determinar a quantidade máxima de elétrons em cada nível e subnível. 3. Distribuição eletrônica Estável é algo inalterável e instável algo sujeito a transformação. Evidentemente que algo instável sobre transformações até alcançar a estabilidade. Com respeito à definição dos termos temos então que Instável → Estável. Agora podemos incluir uma hipótese física ao supor que estabilidade esta associada a um estado de menor energia, algo razoável tendo em vista que com muita energia o número de transformações possíveis é grande, Assim, Maior Energia → Menor Energia Portanto, se estamos interessados em determinar a configuração eletrônica de menor energia, estado fundamental, devemos acomodar os elétrons com a menor energia possível. No modelo atômico de Bohr podemos verificar que quanto menor o número quântico principal, n, mais negativa a energia do elétron na órbita e, portanto, mais estável o seu estado. Segundo o modelo atômico de Bohr (1913) teremos as expressões, em unidades atômicas, Universidade Federal de Alfenas – Unifal 2 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes En = − Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia 1 Z2 , para a energia da órbita. 2 n2 Dos valores possíveis de números quânticos apresentados no item anterior, verificamos que para o número quântico n, existem n valores possíveis de l, para cada l, 2l+1 valores de ml, e para cada ml, 2 valores possíveis de ms, assim, para o número quântico n podemos ter até 2n2 elétrons. n 1 2 3 4 5 Quantidade de elétrons, 2n2 2 8 18 32 50 Portanto, a distribuição eletrônica para o átomo no estado fundamental com número atômico 100 seria: 12 28 318 432 540 (Notação: nívelnúmero de elétrons por nível) No entanto, devido às interações dos elétrons, os estados com diferentes números quânticos orbitais não são degenerados e possuem energias diferentes, para átomos leves esta ordem crescente de energia é adequadamente dada pelo diagrama de Linus Pauling. Diagrama de Linus Pauling (≈ do diagrama ao lado para átomos leves) Diagrama de energia para átomos leves e pesados Linus Pauling (1901-1995) Utilizando o diagrama os elétrons são distribuídos entre os níveis (n=1,2,...) e subníveis (l,s,d,f,...) de energia conforme a orientação da seta, lembrando que o número máximo de elétrons por subnível é dado por 2(2l+1), onde l = 0(s), 1(p), 2(d), 3(f)... l Quantidade de elétrons, 2(2l+1) Universidade Federal de Alfenas – Unifal 3 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes 0(s) 1(p) 2(d) 3(f) 4(g) Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia 2 6 10 14 18 Portanto, a distribuição eletrônica para o átomo com número atômico 100 seria: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f12 (Notação: nível sub-nívelnúmero de elétrons por subnível) Algumas diferenças da seqüência prevista por Linus Pauling são observadas, no entanto, ela é adequada para o nível de discussão que pretendemos fazer. 4. Número atômico, número de massa, massa atômica, número de prótons, elétrons e nêutrons a. Número atômico, Z Z = número de prótons = número de elétrons (para átomos neutros) ≈ número de nêutrons ≈ A/2 b. Quadro de características dos prótons, nêutrons e elétrons Partícula Símbolo Carga, em C Carga, em ua Próton p1 + +1,16 x 10-19 +1 Nêutron n10 0 0 Elétron e0 -1,16 x 10-19 -1 *onde ua representa unidades atômicas e u unidade de massa atômica Massa, em g 1,66 x 10-24 1,66 x 10-24 1,66 x 10-27 Massa, em u 1 1 1/1000 Diâmetro, em m 10-18 10-18 ≈ 1Å/108 10-18 ≈ dnúcleo/103 ≈ dátomo/105 c. Número de massa, A A = número de prótons + número de nêutrons ≈ 2Z Desprezando a massa do elétron, podemos avaliar a massa atômica, em unidades de massa atômica por M ≈ A x 1u Usualmente o número de massa e o número atômicos são indicados, para um elemento, E, da seguinte forma AE Z d. Isótopos São átomos do mesmo elemento químico, portanto, com o mesmo número atômico (Z), mas com números de massa diferentes (A) e. Unidade de massa atômica, u Como referência para medida de massa, de átomos e moléculas, definimos a unidade de massa atômica, u, como 1/12 da massa do isótopo 12 de carbono (12C6). Como a massa de 1 mol deste isótopo é de 12g (medida experimental), teremos 1u = 1 12 g = 1,660 × 10− 24 g / átomos ≈ 10− 27 Kg / átomos , 12 A átomos onde NA representa o número de Avogadro, 6,02x1023, quantidade de átomos por mol. Assim, se um átomo de X tem massa de Mu, um mol destes átomos têm massa de Mu × A = M × 1u × A = M × 1,660 × 10−24 g / átomos × 6,023 × 10 23 átomos / mol ≈ Mg / mol . Universidade Federal de Alfenas – Unifal 4 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia f. Massa atômica, M A massa atômica, em unidade de massa atômica, é a média ponderada do número de massa dos isótopos, M (em u / átomo) = P1 A1 + P2 A2 + ... e M (em g / mol ) = M (em u / átomo ) × A , 100 onde NA representa o número de Avogadro (6,02x1023), u a unidade de massa atômica e Pi a abundância relativa (%) do isótopo de número de massa Ai. g. Íons São espécies carregadas, que ganharam ou perderam elétrons, por exemplo, através do atrito: E = En+ (cátion) + ne0E + ne0- = En- (ânion) onde E representa o átomo neutro de um elemento E. 5. Fenômeno de eletrização 6. Generalização do modelo de Bohr para átomos multieletrônicos Segundo o modelo atômico de Bohr (1913) teremos as expressões, em unidades atômicas, rn = n2 , para o raio da órbita, Z e En = − 1 Z2 , para a energia da órbita. 2 n2 (As unidades atômicas são tomadas de forma que a carga do elétron, massa do elétron e raio de Bohr tenham valores unitários. Lembre-se que 1 Å = 0,529 ua e 1eV = 27,2 ua.) Estas expressões foram obtidas para átomos hidrogenóides (com um único elétron). Para os átomos multieletrônicos vamos continuar usando estas relações, desprezando a interação entre os elétrons. Universidade Federal de Alfenas – Unifal 5 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia 7. Importância dos elétrons da última camada Hipótese: Segundo o modelo atômico de Bohr os elétrons nos átomos estão dispostos em camadas, com o núcleo no centro. Cada camada teria um número característico de elétrons e somente os da camada mais externa estariam envolvidos na combinação de um átomo com outros para formar agregados estáveis. Dada a importância dos elétrons de valência (da camada mais externa), os elementos são organizados na tabela periódica pelo seu número de elétrons na camada de valência. 8. Tabela periódica Os elementos na tabela periódica são agrupados segundo o critério de semelhança quanto às ligações e compostos formados. Tendo em conta que com a hipótese levantada, da importância dos elétrons de valência, associamos esta semelhança à estrutura eletrônica, e por sua vez ao número de elétrons na camada de valência. Assim, os grupos são formados de maneira a agrupar elementos com o mesmo número de elétrons na camada mais externa. Usando a distribuição de Linus Pauling, observamos que período 1 2 3 distribuição 1s2 2s22p6 3s23p63d10 Quantidade de colunas/elétrons de valência Máximo 2 (posso ter 1 ou 2) Máximo 8 (posso ter 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8) Máximo 8(representativos) + 10(transição) assim, Dimitri Mendeleev (1834-1907) 1 Coluna 1 2 13 14 15 16 17 18 Elétrons de valência 1 2 3 4 5 6 7 8 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Hoje vemos assim, é claro que na época do Mendeleev, 1869, criador da tabela na forma que conhecemos, sua construção foi baseada em outras ideias e informações, observando uma periodicidade das propriedades dos elementos (com períodos de 2, 8, 18 etc elementos). Na época, com a sua tabela, Mendeleev conseguiu prever a existência de elementos desconhecidos, inclusive fazendo estimativas de suas propriedades. Segundo nossa hipótese ao discutirmos ligação química devemos ter em conta o número de elétrons de valência, este número pode ser diretamente obtido da família que o elemento pertence, conforme o quadro ao lado. Universidade Federal de Alfenas – Unifal 6 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes 9. Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia Raio atômico, r O Li é o elemento de número atômico Z = 3, cuja distribuição eletrônica é dada por 1s2 2s1, portanto, o último elétron do Li, no estado fundamental, encontra-se no nível n = 2, assim, r ( Li ) = r2 = o 22 = 1,33au = 0,706 A . 3 (valor tabelado: 1,67 Angstron) É fácil ver que a medida que Z aumenta e n permanece constante (estamos percorrendo o período) o raio atômico diminui. Quando Z aumenta e n aumenta (estamos descendo a coluna), o efeito do n é mais significativo, pois aparece ao quadrado na expressão, portanto, o raio atômico aumenta. Apesar de um resultado quantitativo ruim, o modelo é adequado para explicar o comportamento qualitativo. 10. Dificuldade na definição do raio atômico, r de Broglie sugeriu, inspirado na simetria da natureza, que o dualismo onda-partícula, até então reconhecido apenas no caso das radiações, era uma propriedade da matéria, em especial dos elétrons. Portanto, de Broglie atribuiu a uma partícula de momento p um comprimento de onda λ, dado por λ= h , onde h é a constante de Planck. Agora as propriedades do elétron passam a ser descritas por p uma função de onda ψ. Em 1927 a hipótese de de Broglie foi confirmada experimentalmente (difração de elétrons). A função de onda ψ está associada ao elétron no átomo. Segundo a interpretação de Born a probabilidade de encontrar o elétron num volume dr ao redor de r é dado por r r r P(r ) = ∫ψ (r ) 2 dr τ Assim, o raio atômico seria tal que P90(r*)=90% ou P99(r*)=99%? Obviamente que r*99>r*90. 11. Potencial de ionização, I O potencial de Ionização é a energia necessária para retirar um elétron do átomo, Li + I = Li+ + e. Considerando a distribuição eletrônica do elemento no estado fundamental e excitado, Li : 1s2 2s1 e Li+ : 1s2, teremos I = E Li + − E Li = 1 32 = 1,13au = 30,6eV . (valor tabelado: 5,39eV) 2 22 O modelo explica adequadamente que o potencial de ionização é sempre positivo. Universidade Federal de Alfenas – Unifal 7 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes a. Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia Periodicidade Na (Z=11): 1s2 2s2 2p6 3s1 Na+ : 1s2 2s2 2p5 1 112 I= = 6,72au 2 32 Be (Z=4): 1s2 2s2 Be+ : 1s2 2s1 I= 1 42 = 2,00au 2 22 Assim, quando percorremos o período (Li para Be) o potencial de ionização aumenta (previsão coerente com os dados experimentais). Quando descemos na família (Li para Na) o modelo prevê que potencial de ionização também aumenta, o que não é correto quando observamos os dados experimentais. b. 2º potencial de ionização Na (Z=11): 1s2 2s2 2p6 3s1 Na2+ : 1s2 2s2 2p4 1 112 I =2 = 13,44au 2 32 O modelo explica corretamente que o 2º potencial de ionização é sempre maior que o primeiro. 12. Afinidade eletrônica, A A afinidade eletrônica é a energia envolvida no processo no qual um átomo ganha um elétron, He + e = He-. Considerando a distribuição eletrônica do elemento no estado fundamental e excitado, He : 1s2 e He- : 1s2 2s1, teremos A = −( E He − − E He ) = 1 22 = 0,500au . 2 22 O modelo prevê que a afinidade eletrônica é sempre negativa, o que está em desacordo com os dados experimentais. F (Z=9): 1s2 2s2 2p5 Cl (Z=17): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 1 92 = 10,1au 2 22 1 17 2 A = (−1×) − = 16,1au 2 32 A = (−1×) − Universidade Federal de Alfenas – Unifal 8 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes A = (−1×) − O (Z=8): 1s2 2s2 2p4 Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia 1 82 = 8,00au 2 22 Assim, quando percorremos o período (O para F) a afinidade eletrônica de ionização aumenta (previsão coerente com os dados experimentais). Quando descemos na família (F para Cl) o modelo prevê que a afinidade eletrônica também aumenta, o que não é correto quando observamos os dados experimentais (que não são muito claros em mostrar uma tendência). 13. Número atômico efetivo, Zef O número atômico efetivo é uma forma simples de levar em consideração no modelo atômico de Bohr as interações entre elétrons e o seu efeito. Portanto, o modelo atômico de Bohr deve estar subestimando o raio atômico. Evidentemente que isto também possui um efeito sobre a energia do elétron. Para corrigir isto podemos usar dados experimentais do potencial de ionização e calcular o Zef, a partir do Zef podemos estimar um novo valor para o raio atômico. Potencial de ionização (experimental) → Zef → r (nova estimativa) 14. Classificação dos elementos em Metais e Ametais Baseado nos itens 11 e 12 dividimos a tabela periódica em duas regiões: Metais (cinza), com elementos de pequeno potencial de ionização e alta afinidade eletrônica, que perdem elétrons facilmente; e Ametais (sem cor), com elementos de grande potencial de ionização e pequena afinidade eletrônica, que ganham elétrons facilmente; 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 15. Falhas do modelo atômico de Bohr Universidade Federal de Alfenas – Unifal 9 Tema: Propriedades periódicas dos elementos, por Prof. Dr. Nelson H. T. Lemes Curso Introdução à Química / 1º Período de Farmácia A teoria proposta por Bohr não foi capaz de lidar com átomos de mais de um elétron e explicar as intensidades das emissões atômicas. Anexo Dados de r, I e A Universidade Federal de Alfenas – Unifal 10