7º Encontro de Comunicação Marista Comunicação, identificações e imagem nas instituições educacionais Rudimar Baldissera UFRGS Noções norteadoras: comunicação x significação Toda comunicação pressupõe significação, mas nem toda significação pressupõe comunicação Comunicação como processo de construção e disputa de sentidos O mundo como reapresentação simbólica A cultura como comunicação Cultura como rede de significação (Geertz) - orientação; - prescrição/proscrição; - equilíbrio e estabilidade ao grupo; - referências sobre si e sobre o outro; Os códigos e idioletos Capacidade semiósica Domínio de códigos da outra força em relação – valores, crenças, padrões, desejos, necessidades, imaginário e outros; Relação de forças Saberes prévios – filtros conscientes/inconscientes Comunicação formal/oficial X informal/não-oficial O outro ativo – dialogismo e recursividade * o saber prévio; * a cultura do grupo x a da instituição; * os processos de seleção e combinação; * tensões, resistências e o desejo de pertencer ao grupo e o de entender a mensagem; * poder simbólico exercido; * as mediações (líderes, ideologias, cultura, imaginário); Identidade - o sujeito do Iluminismo - o sujeito sociológico - o sujeito pós-moderno (contemporâneo ?) Identidade O sujeito do Iluminismo: indivíduo centrado, único, coeso, dotado de capacidades de razão, de consciência e de ação Identidade O sujeito sociológico: “refletia a complexidade do mundo moderno e a consciência de que o núcleo interior do sujeito não era autônomo e autosuficiente, mas formado na relação com ‘outras pessoas importantes para ele’” (HALL, 2000, p. 11) Identidade O sujeito sociológico: a identidade costura o “sujeito à estrutura. Estabiliza tanto os sujeitos quanto os mundos culturais que eles habitam, tornando ambos reciprocamente mais unificados e predizíveis” (HALL, 2000, p. 12) Identidade O sujeito pós-moderno: “o sujeito previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não-resolvidas” (HALL, 2000, p. 12) Identidade x alteridade a noção de construção; relação; diferença; asséptica; eu sou o que o outro não é; comparação; exclusão; sujeito egocêntrico x sociocêntrico eu estou no outro que está em mim; sentido de complementaridade Das identidades às identificações - a multiplicidade de papéis (pessoas – personas); - a representação; as identificações; Identidade [...] como complexus de identificações, isto é, a identidade é a tessitura e a força que amalgama as várias identificações possíveis de um indivíduo-sujeito portanto, também de uma organização, cultura e sociedade. Sob esse prisma, a identidade somente é possível pelas relações, pelas presenças, ou seja, o ‘eu’ exige a presença do ‘outro’ para existir, para ter sentido. A identidade não é apenas diferença, exclusão, fechamento, organização, unidade, antagonismo, egocentrismo, mas também semelhança, inclusão, abertura, desorganização, multiplicidade, complementaridade e sociocentrismo (BALDISSERA, 2004, p. 104 ). Consistências [...] tessitura resultante de associações, resistências, sobreposições, misturas, imbricamentos e outras interrelações/interações que se realizam, consciente e/ou inconscientemente, no/pelo sujeito imerso no seu ambiente [...] Portanto, a identificação não consiste em puro subjetivismo, nem tampouco em absoluta determinação externa. Consistências identificatórias: -Possibilidade; -Temporalidade; -intensidade Consistências identificatórias: Possibilidade; Consistências identificatórias: -Temporalidade tendência ao momentâneo; tendência ao temporal; tendência ao permanente; Consistências identificatórias: -Intensidade alta; média; baixa; Imagem-conceito Imagem: mistificação de um termo - imagem física; - imagem-linguagem; - imagem-conceito. A construção da imagem-conceito: idealização de imagem lugar da oferta estratégias propositivas auto campo das tensões/disput as lugar da construção alter “A ‘imagem-conceito’ é um construto simbólico, complexo e sintetizante, de caráter judicativo/caracterizante e provisório, realizada pela alteridade (recepção) mediante permanentes tensões campo das dialógicas, dialéticas e recursivas, intra e entre uma tensões/disputas diversidade de elementos-força”. “Dentre os elementos-força estão as informações e as percepções sobre a entidade (algo/alguém), o campo das as competências, a repertório individual/social, tensões/disputas cultura, o imaginário, o paradigma, a psique, a história e o contexto estruturado. A construção implica Capacidade semiósica Domínio de códigos relação de forças Saberes prévios Comunicação formal/oficial X informal/nãooficial Paradigma Auto-imagem ideal Auto-imagem reconhecida Identidade Cultura/imaginário Alterimagens ideais Paradigma Imagens-conceito Cultura/imaginário Públicos-alvo Paradigma A construção da imagem-conceito é transcênica, ou seja, dá-se por vias que transcendem os cenários estrategicamente armados. O Nível de simpatia é diretamente proporcional ao grau de semelhança entre a ‘face’ visível da organização e/ou personalidade e a ‘face’ do próprio público Pela simpatia as diferenças são transformadas, alteradas na direção do idêntico Fluxos de estímulos não planejados Auto-imagem ideal Identidade Planejamento: – configurações significativas – mensagens – fatos Percepções Rede de circulação de estímulos – midiatizações, mediações Aferição de imagem – Repertório – competências – experiências –outras informações e associações – psique Alterimagens ideais Públicos-alvo Imagem-conceito obrigado! Rudimar Baldissera - UFRGS [email protected]