Empathy: Its ultimate and
proximate bases
Stephanie D. Preston,
Frans B. M. de Waal
Antonio Mauricio Moreno
• O conceito de empatia
– Contribuições da filosofia, teologia, psicologia social,
psicologia do desenvolvimento, teorias da personalidade,
etologia e neurociência;
– Não há consenso;
– Grande conjunto de dados empíricos.
EINFÜHLUNG, traduzida como “empathy”, por
Titchener.
Literalmente, significa “sentir de dentro” (feeling into).
Significa o processo no qual o observador projeta-se para
o interior do objeto que ele percebe.
• Um rato albino vê outro rato albino suspenso por uma
corrente; pressiona uma barra para que ele volte para o
chão... (Rice & Gainer, 1962);
• Um rato vê outro rato recebendo choque e não pressiona
a barra que terminaria o choque... (Rice, 1964);
• A resposta de um rato que termina o choque em outro
rato é mais provável se havia experiência com choque
(Church, 1959);
• Chimpanzés emitiam uma resposta que fornecia menos
comida, se a outra resposta causava choque em outro
chimpanzé (Masserman et al. 1964)
• Em geral, um indivíduo (Sujeito), diante de um
indivíduo da mesma espécie (Objeto), em situação
de sofrimento:
• Apresentará sofrimento (distress);
• Tentará terminar o sofrimento desse outro indivíduo (mesmo que
isso implique correr riscos);
• Fatores que tornam mais prováveis essa resposta:
•
•
•
•
Familiaridade com o objeto;
Similaridade;
Experiência com a situação de sofrimento;
Saliência do estímulo;
• Modelo Percepção-Ação
(Perception-Action Model – PAM)
Os processos empáticos:
- podem ser correlacionados a processos do sistema
nervoso;
- são adaptativos;
- ocorrem entre as espécies.
Segundo o Modelo de Percepção-Ação, o processo
de empatia:
“estabelece que a percepção do estado do objeto
automaticamente ativa, no sujeito,
representações desse estado ou situação, e que a
ativação dessas representações automaticamente
inicia ou gera respostas somáticas ou
autonômicas associadas, a menos que sejam
inibidas”.
• Causas próximas, causas distantes (Ernst Mayr)
- Causas próximas (proximate causes): governam as
respostas do indivíduo (e seus órgãos) a fatores
imediatos do ambiente.
- Causas distantes (ultimate causes): são responsáveis
pela evolução da informação genética de cada
indivíduo.
• Causas Distantes da Empatia
- A percepção seleciona elementos no ambiente que
requerem ou sugerem um resposta do sujeito.
- Em espécies sociais, o sujeito deve responder aos
indivíduos com os quais mantém vínculos para atender a
objetivos pessoais;
Sistema nervoso pronto a responder com empatia.

Reciprocidade

Inclusão (Inclusive Fitness)
•
Causas Próximas da Empatia
-
Percepção e Ação: compartilham o mesmo código de
representação no cérebro (Allport, 1987; Prinz, 1987, 1992, 1997;
Rizzolatti & Arbib, 1998);
-
Neurônios-espelho (di Pelligrini et al., 1992): possivelmente,
codificação do estado mental do outro; evidência de que
representações de percepção e ação são compartilhadas
Estudo usando Tomografia por Emissão de Pósitrons- PET):
1) Observar um ação com o intuito de imitar essa ação;
2) Planejamento dessa ação;
3) Execução dessa ação;
Mesmas áreas ativadas (córtex pré-frontal dorsolateral bilateral e
área motora pré-suplementar);
• Neuroanatomia da empatia
– O ambiente natural é complexo e requer a ativação de
processos muitos variados;
“Uma vez que representações compartilhadas são redes neurais
interconectadas, não há um lugar no cérebro onde estas
existam”
Desordens na empatia
”(...) são caracterizadas por falhas na concepção de estados mentais,
expressão de emoções e verbalização de estados emocionais
causadas por disfunções em áreas cerebrais que dão base à empatia
(ver Gillberg, 1992)”.
– Na sociopatia: menos respostas autonômicas comuns diante do
sofrimento do outro;
• Autismo:
– falha na coordenação das atividades com o cuidador, que
supostamente regulam e organizam as emoções (e.g. Brazelton
et al. 1974; Deboer, 1979; Gable & Isabella, 1992; Levine,
1990; Stern, 1974, 1977):
– Menor probabilidade de sorrir em resposta ao sorriso da mãe ou
combinar contato visual com sorrisos (Dawson et al. 1990;
Kasari et al. 1990);
• Autismo:
– Diminuição de células (Purkinje) no cerebelo;
– Cerebelo: “importante em atividades motoras que requerem dos
sujeitos coordenação física e mental com estímulos externos,
incluindo processos sociais e emocionais (ver Courchesne,
1997)”;
• Comportamentos que sugerem psicopatia são observados em outros
animais, principalmente cães e chimpanzés (Lilienfeld et al. 1999).
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