Prof. Dr. Lucio A. Castagno
Otorrinolaringologia
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OTITE MÉDIA
 Otite média é a causa mais freqüente de consultas em
crianças, com 1/3 das consultas por enfermidade (EUA).
 25% das prescrições de antibióticos orais.
 Timpanocentese+TV e Adenoamigdalectomia são as
cirurgias mais comuns.
Patogênia da otite média
 Causa multifatorial.
 Sucessão de eventos.
 Fatores contribuites: disfunção da tuba auditiva,
infecção viral/bacteriana do ouvido médio, inflamação
nasal (IVARS, rinite alérgica, ou química).
 Maior incidência em meses frios, menores de 2 anos,
meninos, e baixo nível sócio-econômico.
OM: EPIDEMIOLOGY
 Peak incidence in the first two years of life (esp. 6-12





months)
Boys more affected girls
50% of children 1 yr of age will have at least 1 episode.
1/3 of children will have 3 or more infections by age 3
90% of children will have at least one infection by age 6.
Occurs more frequently in the winter months
OM: RISK FACTORS
 Upper Respiratory Infections
 Allergies
 Craniofacial abnormalities (cleft palate)
 Down’s Syndrome
 Passive smoking
OM: Classificação
 Otite média aguda (OMA)
 Otomastoitite
 Otite média secretora (OMS)
 Otite média crônica (OMC)
 OMC Colesteatomatosa
Tubotimpanite
viral/bacteriana
Disfunção da
tuba auditiva
Inflamação do ouvido médio
OMA
Otorréia
OMS
Retração timpânica
Atelectasia
COLESTEATOMA
OMC
Perfuração timpânica
OM: Complicações
Intracraniais
 Meningite
 Abcesso intracerebral
 Trombose do seio venoso lateral
Extracraniais
 Mastoidite
 Paralisia do nervo facial
 Labirintite
 Hipoacusia sensorineural
OM: Sequelas
 “Glue ear”
 Perfuração
timpânica
 Adessões
 Timpanosclerose
 Destruição ossicular
2a.Otite Média Aguda (OMA)
 Muito comum em crianças
 Pus na orelha média
 Bactérias da tuba auditiva e
rinofaringe
 DOR, FEBRE, e HIPOACUSIA
 Pode perfurar o tímpano,
drenando secreções (OMA
supurada)
Hiperemia timpânica
severa
Otite Média Aguda (OMA)
MT
normal
Hiperemia
timpânica severa
Otite média aguda
Streptococcus
Pneumoniae
20-40%
Hem.Influenza Moraxella catarral
15-30%
15-20%
(Vírus 20%)
B-lactamase 20%
50%
100%
OMA: Tratamento
Medicamentoso
 Analgesia e antibióticos


Paracetamol
Amoxicilina -> Amox+clavulanato
Cirúrgico
 Drenagem (miringotomia):
imunodeficientes ou menores de 2 anos
Otite Média Aguda
Prescrição inicial
1.
Amoxicilina (Novocilin) 875mg bid 10-14d
(Amox+clavulanato ou ciprofloxacino)
2. Nimesulida (Nisulid) 100 mg bid 10d
3. Paracetamol (Tylenol) 750 mg q6h prn
(@ Sinusite aguda bacteriana)
INDICATIONS FOR TYMPANOCENTESIS
 Toxic appearing child
 Failed treatment regimen with antibiotics
 Suppurative complications
 Immunosuppressed pt.
 Newborn infant in which the usual pathogens may not
be the case.
OMA Supurada
 Pus na orelha média causa hiperemia e abaulamento
do timpano com otalgia severa.
 A pressão rompe a membrana timpânica drenando
secreção pelo conduto auditivo (cessa a dor).
OMA: Otomastoidite aguda
 Extensão da otite para as células aéreas da
mastóide; agravamento da OM com riscos as
estruturas adjacentes
 Decorre de OMA não tratada ou associada a
colesteatoma
Mastoidite: sinais
 Prostação
 Hipoacusia
 OMA
 Entumescimento
doloroso na
mastóide (“abcesso
retroauricular”)
Mastoidite: Tratamento
 Urgência
 Hospitalização ?
 Antibióticos IV (ceftriaxona)
 Mastoidectomia cirúrgica (quando refratária a
medicação)
2b. Otite Média Secretora (OMS)
 OMS = “Glue ear”,
OM com efusão, ou
OM serosa
Martelo
MT normal
Bolhas de ar
e secreção
Ausência de triângulo luminoso
Otite Média Secretora (OMS)
 Causada por disfunção da
Tuba Auditiva.
 Acúmulo de secreção no
ouvido médio.
 Sem DOR, sem FEBRE,
sem PROSTAÇÃO.
 Com HIPOACUSIA.
OM Secretora
 ”Silenciosa”; hipoacusia
 Autolimitada
 30-51% com culturas positivas:
Hemophillus influenza 14-25%
Moraxella catarrhalis 8-16%
Streptococcus pneumoniae 7-13%
OMS: Tratamento
Clínico
Resolução espontânea
Medicação
Cirúrgico
Timpanotomia e tubos de
ventilação; adenoidectomia?
OM Secretora: Trat.clínico
 Amoxicilina 875mg q12h 10 d
 Prednisona 20 mg qD 10-14 d
(c/redução gradual)
 Corticóide spray nasal (budesonide
q12h 3s)
Reavaliar resultado em 3 semanas
com: otoscopia, audiometria e
impedanciometria
Audiometria normal
Hipoacusia condutiva (CA<CO)
OMS: Miringotomia e tubos de
ventilação
Tubos de ventilação
Complicações
 Timpanosclerose (48%)
 Otorréia (12-40%)
 Atrofia/retração timpânica (28%)
 Perfuração timpânica persistente
 Granuloma
Sederberg-Olsen et al. 1989
Seqüelas dos TV
Timpanosclerose
Retração
Perfuração
Granuloma
2c. Otite Média Crônica (OMC)
 Perfuração da MT
 Ativa (com otorréia)
ou inativa
 Perfuração central é
“segura”
 Perfuração marginal
 colesteatoma
Otite Média Crônica (OMC)
PERFURAÇÃO MARGINAL
Perfuração timpânica
PERFURAÇÃO CENTRAL
OMC: Tratamento clínico
 Ciprofloxacino 500 mg q12h 14 d (Proflox)
 Ciprofloxacino otológico 4 gts q8-12h 14-20
d (Otociriax)
 Ceftriaxona 1g IM 3 dias ? (Ceftriax)
Avaliar resultado com otoscopia,
audiometria e tomografia
computadorizada de ouvidos
2d. OMC Colesteatomatosa
 Invasão da orelha média pela migração de epitélio
escamoso queratizinado do conduto auditivo.
 Otorréia crônica recorrente
 Potencial para :
 destruir óssiculos
 exposição do nervo facial
 erosão do canal semicircular lateral
 meningite
OMC colesteatomatosa
COLESTEATOMA
COLESTEATOMA resulta
da invasão do epitélio do
conduto auditivo para
dentro do ouvido médio,
através de uma perfuração
marginal. É GRAVE E
DESTRÓI AS
ESTRUTURAS ÓSSEAS DO
OUVIDO MÉDIO!
Colesteatoma: Classificação
 Congênito (raro)
 Adquirido
 primario (retração)
 secundário (implantação)
Disfunção da
tuba auditiva
Pressão
negativa OM
Retração da
pars flaccida
Retração enche-se de
restos epiteliais
Infecção
Erosão
óssea e
extensão
Fisiopatologia do colesteatoma adquirido primário
Colesteatoma
Colesteatoma: CT-scan
Colesteatoma: Complicações
 Mesmas da OMA e
otomastoiditis
 Insidioso
 Erosão óssea lenta
Paralisia facial D
Colesteatoma: Tratamento
 Conservador – microsucção e limpezas
 Medicamentoso – Amox+clavulanato e
ciprofloxacino otológico; ceftriaxona ?
 Cirúrgico – timpanomastoidectomia
Timpanomastoidectomia
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