CASO CLÍNICO; Febre Reumática Internato_ 6º ano Pediatria – Hospital Regional da Asa Sul Apresentação: Izabel Souto Coordenação: Drª Sueli R. Falcão www.paulomargotto.com.br Brasília, 21 de março de 2007 ANAMNESE ADMISSÃO NO PS Data da admissão: 27/02/10 Identificação: EBC; feminino; 10 anos; natural, HDA: Tia refere que há 1 mês a criança procedente e residente em Correntina-BA. começou a apresentar parestesia em membros inferiores com dificuldade de deambulação (“arrastava os pés e a sandália caia”). Há 15 dias parou de deambular e evoluiu com afasia e movimentos involuntários de todo o corpo, que cessam durante o sono. Funções esfincterianas preservadas. ANAMNESE Antecedentes pessoais Gestacionais: gestação sem intercorrências, nascida de parto normal, hospitalar, a termo; PN 3.500kg. Fisiológicos: desenvolvimento neuropsicomotor adequado para idade. Patológicos: nega patologias prévias; nega qualquer quadro infeccioso prévio; nega febre, artrite e artralgia. Mãe relata quadro semelhante no ano de 2008, porém de menor intensidade pois conseguia verbalizar, ainda que com dificuldade; não realizou tratamento hospitalar, houve melhora espontânea após 2 meses. Antecedentes familiares: Mãe: 38 anos, saudável. Pai: 42 anos, saudável. Irmãos: 19, 16, 16 e 13 anos saudáveis. ANAMNESE Hábitos de vida Alimentação: a mesma da família; pobre em frutas e verduras. Habitação: zona rural, casa de alvenaria, 6 cômodos, 7 moradores, água do rio, fossa séptica. Baixo nível socio-econômico. Animais domésticos: cachorro, aves, bois, porcos,cavalos. Tabagismo e etilismo: nega. Relata contato com triatomínio. EXAME FÍSICO (ADMISSÃO ) Ectoscopia: BEG, ativa e reativa, hipocorada +/4+, hidratada, eupneica, afebril. Peso: 22Kg Oroscopia: dentes cariados, amígdalas hipertrofiadas sem placas ou pontos de pus. Ap. Respiratório: murmúrio vesicular fisiológico sem ruídos adventícios. Ap. Cardiovascular: ritmo cardíaco regular, em 2 tempos, bulhas normofonéticas, sopro sistólico 2+/6+ em base esternal esquerda com irradiação para região infra axilar. Abdome: ruídos hidroaéreos presentes, depressível, indolor, sem massas palpáveis ou visceromegalias. Neurológico: presença de movimentos balísticos, não responde verbalmente, sem alterações em pares cranianos. Extremidades: boa perfusão, sem edema; lesões crostosas e descamativas em membros inferiores. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Febre reumática Cardite reumática Sopro a/e LES Encefalites virais Coréia familiar benigna CONDUTA Solicitado : hemograma, eletrólitos, ASLO, alfa-1-glicoproteina, PCR, radiografia de tórax, ECG. Prescrição: Benzetacil 1.200.000UI IM Haldol 1mg VO 12/12h Fenergam 0.45mg/Kg/d EXAMES COMPLEMENTARES (27/02/10) Hemograma: Hb12.7; Hct 38.8; Plaq 291.000; leu11.000; seg 56%; bast 03%: linf 27%; mono 05%; eos 09%. Na: 142 K: 4.8 Cl: 107 Ca ionizado: 10.2 Radiografia de tórax ECG RADIOGRAFIA DE TÓRAX RADIOGRAFIA DE TÓRAX ECG EXAMES COMPLEMENTARES (27/02/10) PCR: <0.32 mg/dl α- 1 glicoproteína ácida: 119 mg/dl (normal: até 4mg/dl) ASLO: 460 UI/ml ( normal: <333UI/ml) (normal: não dosável) Cintilografia cardíaca: “pesquisa negativa para cardite em atividade”. Alfa-fetoproteina: Imunoglobulinas : IgG, IgM, IgA, IgE_ EVOLUÇÃO (09/03/10) Criança evoluiu com melhora progressiva dos movimentos coreo-atetóicos consegue comer com mais facilidade, verbaliza algumas palavras, levanta da cama e senta na cadeira com alguma dificuldade, anda com pouca e sorri quando chamada. Eliminações fisiológicas. EVOLUÇÃO Exame Físico Ectoscopia: BEG, hipocorada(+/4+), eupneica, afebril, ativa e reativa. AC: RCR 2T sopro sistólico (2+/6+) em BEE, que irradia p/ região infra axilar; ictus normoinpulsivo em 4º EICE com linha hemiclavicular; pulsos cheios e simétricos, FC 80bpm. AR: MVF s/ RA; FR 18rpm. ABD: plano, RHA presentes, depressível e flácido, sem visceromegalias palpáveis. Ext: sem edema, boa perfusão; presença de lesões descamativas, algumas verrucosas em MMII. Neurol: Presença de movimentos coreicos em todos os segmentos corporais, desaparecem durante o sono; sorri; fala algumas palavras com dificuldade; reflexos tendinosos normais. PRESCRIÇÃO 1. 2. 3. 4. Dieta p idade Haldol 1,3mg 12/12h Fernergan 0,45 mg/kg/dia Ibuprofeno 10 ml VO de 6/6h S.O.S FEBRE REUMÁTICA Internato Pediatria _ Ala A Aluna: Izabel Souto Preceptora: Drª Sueli Conceito => Complicação inflamatória tardia, não supurativa de uma infecção das vias aéreas superiores causada pelo Streptococcus pyogenes (Bhemolítico do grupo A). Etiologia : Streptococus B- hemolítico do grupo A Coco Gram positivo Proteína M = antigenicidade. Subst. e enzimas liberadas pelo EBHGA: estreptolisina O e S; desoxirribonucleases; estreptoquinase; hialuronidase → Antigênicas PATOGENIA Via faríngea de infecção 1. Diferenças no potencial reumatogênico das “cepas cutâneas” e “faríngeas”. 2. Diferenças na resposta imunológica ao impetigo estreptocócico em comparação com a faringoamigdalite. Potencial reumatogênico → apenas estreptococos de determinados sorotipos relacionados à proteína M estão relacionados à FR. PATOGENIA 1. Reação auto-imune cruzada. Mimetismo molecular => antígenos do estreptococos (prot. M) e a miosina, troponina e queratina humanas. Anticorpos de reação cruzada => dirigidos contra diversos órgãos envolvidos na FR O processo de agressão: - Ação direta do anticorpo através de reações cruzadas; - Deposição tecidual de imunocomplexos PATOGENIA 2. Suscetibilidade genética - Familiares são mais suscetíveis Antígenos HLA DR4 e DR2. EPIDEMIOLOGIA Faixa etária → 5-15 anos (acompanha a epidemiologia da faringoamigdalite). Baixo nível socio-econômico Sexo feminino →predominância 3:1 (coréia ser predominante em meninas). Fatores de Risco 1) História prévia de FR → recidiva em 20% 2) Magnitude de resposta imunológica→ mensurada pelos títulos de anti-esteptolisina O. FASES DA FR 1. Faringoamogdalite _Duração de 5-7 dias. _O processo pode ser resolvido se houver tratamento eficaz. 2. Latente ou assintomática _Processamento das reações de caráter imunológico. _ Duração de 1-3 semanas. _Tornam-se positivos os anticorpos antiestreptocócicos. 3. Clínica _Sintomas gerais → palidez, adinamia, inapetência, febre. _Sintomas próprios da doença. 4. Cura/ Sequela _Paciente curado; _Cardiopatia valvar. QUADRO CLÍNICO 1. Poliartrite _Mais precoce e comum (60-80%) → entre 1-5 semanas após a infecção _ Poliarticular: grandes articulações periféricas _Assimétrica _Migratória → dura entre 24-48h em cada artic. _Reações inflamatórias locais _Transitória e não deixa sequelas. Cede com uso de analgésicos e antiinflamatórios (salicilatos) -> melhora importante em 24-48h. 2. Cardite - - - Processo inflamatório envolvendo endo, mio e pericárdio. Ocorre em cerca de 50% dos casos, sendo mais comum em crianças de menor idade e nos episódios de recidiva. Indica atividade reumática Diagnóstico a) Sopro cardíaco b) Aumento de área cardíaca c) Sinais e sintomas de insuficiência cardíaca d) Atrito e derrame pericárdico e) Taquicardia frequente, não relacionada a febre - - Endocardite e Valvulite Sopros _ 80% O tecido valvar torna-se edemaciado e amolecido, provocando regurgitação valvar. Principais sopros: 1º: Insufuciência mitral → holo ou protossistólico, de grande intensidade (3 ou mais +/6+), com irradiação para axila ou dorso. 2º: Sopro de Carey- Coombs → semelhante ao sopro de estenose mitral; decorre do hiperfluxo através da valva mitral inflamada; mesodiastólico de baixa intensidade. 3º: Sopro de insuficiência aórtica → audível no foco aórtico acessório; protodiastólico; leve a moderada repercussão hemodinâmica. - Miocardite Subclínico (maior parte): Aumento da área cardíaca no Rx de tórax Queda na fração de ejeção no ecocardiograma - Sintomático → sinais e sintomas de insuficiência cardíaca. Obs: Suspeita-se de miocardite reumática em crianças ou adolescentes com ICC aguda de etiologia a esclarecer. - Diagnósticos diferenciais → miocardite viral e chagásica. - Histopatológico → nódulos ou corpúsculos de Aschoff - Patognomônicos da FR -80-50% dos casos de miocardite reumática -Ocorrem na fase tardia ou crônica. NÓDULOS DE ASCHOFF -LESÕES INFLAMATÓRIAS COM NECROSE FIBRINÓIDE CENTRAL, CERCADA POR HISTIÓCITOS MODIFICADOS, LINFÓCITOS E PLASMÓCITOS. Pericardite - 5-10%. Assintomática → derrame pericárdico no ecocardiograma ou atrito pericárdico na ausculta. - ECG→Supradesnível de ST côncavo em várias derivações Sintomático → Quadro clássico de pericardite aguda. 3. ERITEMA MARGINATUM - 10% - Características → Pápulas róseas ou vermelho-claras, de bordas bem delimitadas, serpinginosas; em abdome, tórax e dorso; fugazes e evanescentes, podendo ocorrer durante meses de modo intermitente. - Não deixam sequelas cicatriciais na pele. - Acompanha a cardite e/ou nódulos subcutâneos. - Pode ocorrer em farmacodemias, sepse ou idiopática. 4. NÓDULOS SUBCUTÂNEOS - < 5% - Características → pequenos, duros, indolores e móveis, com tendência a se agrupar; localizados nos relevos ósseos ou mergulhados no tecido celular subcutâneo nos locais de inserção dos tendões; duração de cerca de 1-2 semanas. - Etapas tardias da doença (associado a cardite). - Diagnóstico diferencial: artrite reumatóide e o LES. 5. Coréia de Sydenham - 20 % dos casos - - - - Sinal de doença reumática ativa Características → movimentos incoordenados, involuntários e sem finalidade, acometendo as extremidades, se agravam com a excitação, desaparecendo durante o sono; disartria; disgrafia. Agressão por auto-anticorpos aos neurônios dos gânglios da base (caudado e putâmen) Mais comum no sexo feminino (2:1) Associação frequente com manifestações psiquiátricas (labilidade emocional, TOC, irritabilidade) que podem presceder o quadro. - - - Precoce com artrite e cardite (30%) ou isolada, mais tardiamente. Negatividade da maioria das provas devido ao período de latência prolongado (1-6m) → exceção: mucoproteína e antidesoxirribonucleose B Autolimitada ( às vezes pode prolongar-se por meses e até cerca de 1-2 anos com períodos de melhora alternados com piora). Diagnóstico diferencial → LES, encefalites virais, intoxicações e coréia familiar benigna. ALTERAÇÕES LABORATORIAIS 1. Reagentes de Fase Aguda - Marcadores de atividade inflamatória reumática • • • Proteína C Reativa (PCR) Produzida pelo fígado em situações de inflamação sistêmica (infecções bacterianas e FR), não costumando ser dosado em situações normais. Positivo até a 2ª semana de FR aguda Influência de antiinflamatórios Primeiro marcador a subir e a normalizar -> não serve para acompanhar a evolução da FR. - - VHS Segundo reagente de fase aguda a se elevar Atinge: 50-100 mm/h Normaliza antes do término da atividade reumática Influências → hipoalbuminemia, anemia, hipergamaglobulinemia. - Mucoproteínas Alfa-1-glicoproteína e alfa-2-macroglobulina Últimos marcadores a se elevarem (após 1-2 semanas) - Reagentes da fase aguda mais confiáveis para acompanhar a atividade da FR - Vantagens _Normalizam apenas com o término da atividade inflamatória reumática. _Não sofrem influência dos efeitos dos salicitados, AINES e corticóides. Normal: até 4 mg/dl - Obs: Também se elevam nas infecções bacterianas sistêmicas, no LES e na artrite reumatóide. 2. Provas Imunológicas o • • Anticorpos antienzimas estreptocócicas: Antiestreptolisina O (ASLO) • 80% (elevado quando > 333 Todd) • Traduz estreptococcia recente e não FR Anti DNAse B => mantém-se elevada por longos períodos, podendo por isso ser positiva nos casos de coréia. • Anti-hialuronidase Imunoglobulinas → FR aguda= elevação IgG e IgA Anticorpos Anticardiolipina → Cardite aguda e coréia pura 3. Outros exames - • Leucocitose neutrofílica até 20.000m³ Anemia normocítica hipocrômica (inflamatória) Leve aumento de transaminases TGO ECG → distúrbios de condução → BAV 1º grau ou aumento do intervalo PR O eletrocardiograma deve ser solicitado em todos os pacientes com suspeita de FR e repetido para registrar o retorno à normalidade. Radiografia de tórax: Pericardite → alargamento do mediastino, agudização do ângulo costofrênico e aumento da área cardíaca. Ecocardiograma Lesão orovalvular Pericardite e derrame pericárdico Cintilografia cardíaca → distinguir entre doença cardíaca reumática crônica inativa e cardite. DIAGNÓSTICO Clínico Exames laboratoriais -> sustentam o diagnóstico do processo inflamatório e da infecção estreptocócica. Critérios de Jones (modificados em 1992): “padrão ouro” para o diagnóstico do primeiro surto da FR . A divisão dos critérios em maiores e menores é baseada na especificidade e não na frequência da manifestação. CRITÉRIOS DE JONES DIAGNÓSTICO: 2 CRITÉRIOS MAIORES OU 1MAIOR E 2 MENORES Critérios Maiores Cardite Artrite Coreia de Sydenham Eritema marginado Nódulos subcutâneos Critérios Menores Febre Artralgia Elevação dos resgentes de fase aguda (PCR, VHS) Intervalo PR prolongado no ECG Critério Obrigatório Evidência de infecção pelo estreptococo do grupo A por meio de cultura de orofaringe, teste rápido para EBGA e elevação dos títulos de anticorpos (ASLO) CRITÉRIOS DA OMS (2004) PARA O DIAGNÓSTICO DE FR (BASEADOS NOS CRITÉRIOS DE JONES MODIFICADOS) Categorias diagnósticas Critérios Primeiro episódio de febre reumática.* 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores + evidência de infecção estreptocócica anterior. Recorrência de febre reumática em paciente sem doença cardíaca reumática estabelecida. 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores + evidência de infecção estreptocócica anterior. Recorrência de FR em paciente com doença cardíaca reumática estabelecida Dois critérios menores mais a evidência de infecção estreptocócica anterior.‡ Coreia de Sydenham. Não é exigida a presença de Cardite reumática de início insidioso. outra manifestação maior ou evidência de infecção estreptocócica anterior. Lesões valvares crônicas da CRC Não há necessidade de critérios adicionais para o diagnóstico de CRC. 1) Considerando-se a raridade de outras etiologias para a coréia, sua presença implica no diagnóstico de FR, mesmo na ausência dos outros critérios ou da comprovação da infecção estreptocócica anterior; 2) Na cardite indolente quando o paciente procura o médico, as alterações cardíacas podem ser a única manifestação, e os exames de fase aguda, assim como os títulos de anticorpos para o estreptococo, podem estar normais. TRATAMENTO 1. Erradicação do S. pyogenes _Todo paciente com FR _Objetivo: 1)Prevenir a recorrência da FR 2) Impedir transmissão para contatos próximos _Não interfere no curso, nem diminui a incidência de FR. Penicilina G benzatina, IM, dose única 1200000 U -> adulto 60000 U -> criança menor de 25kg _ Alternativas Penicilina V oral: cr -> 250mg VO 8/8h por 10 dias. Eritromicina (alérgicos à penicilina) 2. Tratamento de Poliartrite, Febre e Sintomas Gerais Antiinflamatórios -> escolha: salicilatos (AAS) _Crianças => 90-100mg/kg/dia _Adultos 3g/dia ÷ 4 tomadas/dias Obs: Dose plena até que cessem todos os sinais inflamatórios -> reduzida para 2/3 de dose até que os marcadores inflamatórios se normalizem (2-4 sem). Observação: Como a resposta de artrite aos salicilatos é muito rápida, recomenda-se esperar alguns dias antes de administrar salicilatos ou AINE’S para que o padrão da poliartrite possa se manifestar e ajudar no diagnóstico. 3. Tratamento da Cardite Reumática - Cardite moderada ou grande: Prednisolona 1-2mg/kg/dia VO ÷ 3-4 tomadas (adultos até 60mg/dia) por 2-3 meses => reduzir progressivamente (adicionar AAS 75mg/kg/d durante a redução) -> Acelera a resolução dos sinais e sintomas da cardite. Cardite leve -> Salicilatos 4. Tratamento da Coréia 1. Medidas Gerais => ambiente tranquilo, evitando estímulos luminosos. Medicações sedativas: Obs: Como os movimentos coréicos são resultado de disfunção dopaminérgica induzida pelo processo auto imune, baixas doses de neurolépticos, tais como haloperidol, parecem diminuir a severidade dos movimentos coréicos. 2. Haloperidol => Crianças, 0,5 a 6 mg/dia associado ao Fenergam (evitar efeitos colaterais parkinsoniformes do haloperidol). Ácido Valpróico => 20 a 40 mg/kg/dia, de 6/6 horas Fenobarbital => 5 a 7mg/kg/dia, de 12/12h Clorpromazina => 1 a 3mg/kg/dia, de 8/8h PROFILAXIA Primária -Erradicar S. pyogenes da orofaringe Penicilina G benzatina 1.200.000 U IM (600.000 U na criança < 25kg) Penicilina V oral Eritromicina Azitromicina Cefalexina PROFILAXIA Secundária _Evita novos episódios de FR (alta recorrência principalmente nos primeiros 5 anos) Penicilina G benzatina 1.200.000 U IM 21/21 d (600.000 U na criança < 25kg) Penicilina V oral 250mg 12/12h 10d Eritromicina Sulfadiazina DURAÇÃO DA PROFILAXIA (DIRETRIZES) FR sem cardite FR com cardite + Lesão valvar residual Mínimo 5 anos Pelo menos até a idade de 21 anos Mínimo 10 anos Pelo menos até idade de 25 anos Até os 40 anos ou por toda a vida Após cirurgia valvar Por toda a vida FR com cardite, sem doença valvar residual PROGNÓSTICO O principal fator determinante do prognóstico é a cardite reumática, já que as outras manifestações não deixam sequelas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 2. 3. BEHRMAN, R. et al. Nelson: Tratado de Pediatria. 16ª ed, Rio de Janeiro, 2002; pág 798 a 802. Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico, tratamento e prevenção da febre reumática; Sociedade Brasileira de cardiologia, 2009. KNUPP, S. Reumatologia pediátrica. 2ª ed.Sâo Paulo: Revinter, 2001; pág.365 a 382.