ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS & MÉTODOS A Expressão OS&M foi criada pelo norte-americano Thomas W. Wilson, chegando ao Brasil em 1955. Em decorrência do crescimento das organizações, surgiram problemas estruturais de difícil solução: Desvios em relação aos objetivos previamente determinados; Defasagem de técnicas e processos. Tal constatação passou a exigir uma atitude de constante atenção aos anseios da sociedade, paralelamente à revisão e ao controle interno das organizações. Estudos científicos voltados para a elevação dos níveis de produtividade e de eficiência organizacionais concentraram-se no elemento fundamental do processo produtivo: o homem. Desse modo, constatou-se que deveriam ser criadas condições que lhe permitissem o máximo do seu rendimento físico e intelectual; condições capazes, principalmente, de mantê-lo satisfeito, por um lado, e motivado, por outro. Isso visava: criar organizações consistentes e mantê-las funcionando harmonicamente. ORGANIZAÇÃO • É a disposição dos recursos materiais, humanos e tecnológicos da empresa de maneira harmônica, de modo que o conjunto formado seja capaz de realizar um trabalho integrado, eficiente e eficaz, apresentando boa produtividade e boa qualidade a baixos custos, com o mínimo de riscos e de esforço humano. SISTEMAS • Conjunto de partes interativas e interdependentes que juntas formam formam um todo. Os sistemas caraterizam-se por ser compostos por: Meio Ambiente Insumos de Entrada PROCESSAMENTO Bens e Serviços Feedback ou Retroalimentação MÉTODOS • Representa a economia de esforços através do tempo para que haja a simplificação do trabalho, tendo como resultados diretos, o aumento da produtividade e a diminuição de despesas. Modelo de Relacionamento Cíclico e Teorias Organizacionais Abordagem Estruturalista e Escola das Relações Humanas Abordagem Sistêmica (Processos) (Pessoas) Foco atual no cliente Abordagem Contingencial (Tecnologia de Informação) INTERESSES COMPLEMENTARES DOS INDIVÍDUOS E DA SOCIEDADE ORIGEM DAS ATIVIDADES DO ANALISTA DE OS&M QUALIFICAÇÕES DO ANALISTA DE OS&M FUNÇÕES DO ANALISTA DE OS&M Monta e reformula estruturas organizacionais, visando eficiência e eficácia; Racionaliza e simplifica métodos de trabalho, processos e sistemas; Faz estudos de arranjo físico, de tempos e movimentos e de distribuição de trabalho; Elabora documentos referentes a normas e estruturas; Elabora, racionaliza e padroniza formulários; Efetua cálculos de lotação de pessoal; Elabora e mantém atualizados os manuais de serviços, guias de instrução e gráficos organizacionais (organogramas, fluxogramas, diagramas etc.); Implanta e controla métodos voltados para a elevação da produtividade Define atribuições e áreas de competência de órgãos e de pessoas; Introduz processos automatizados onde haja a necessidade e a disponibilidade de viabilizá-los. Domínio das propostas de Reengenharia e dos programas de Qualidade. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA TAREFA DE ORGANIZAR Analista de OSM X ANALISTA DE SISTEMAS Estudo das organizações por meio da análise de cada uma das atividades, a fim de criar procedimentos que venham a interligá-las de forma sistêmica. Analista de Processos Zela pelos processos internos e externos à empresa, melhorando a eficiência da cadeia produtiva Busca criar, implantar e melhorar os processos produtivos que vão suportar o negócio idealizado, agregando valor ao bem ou serviço produzido. Deste modo analisa a cadeia de valores. Tornou-se o ponto de ligação entre todos os profissionais que desempenham atividades ligadas ao negócio. Se preocupa em como fazer. Tem por responsabilidade entender as necessidades do usuário, seus problemas, suas dificuldades, e, através do projeto, desenho e programação de um sistema de informação, busca resolver todas elas. Se preocupa em como automatizar um processo ANALISTA DE NEGÓCIOS Busca as melhores oportunidades de negócio, analisando tendências, cria novos produtos e recria produtos existentes. O analista de negócios está sempre preocupado em encontrar novos caminhos para a empresa. Este profissional deve ter um bom conhecimento sobre tecnologia da informação. Se preocupa com o que fazer. AMBIENTE EXTERNO TENDÊNCIAS São as variações no ambiente externo, lentas ou rápidas, mas persistentes, que podem afetar de forma leve ou profunda os negócios ou atividades da instituição, de seus clientes, de seus fornecedores ou da sociedade em geral. TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO RÁPIDA Em um período de um a dois anos, já mostram variações significativas no ambiente. Elas costumam ser citadas com frequência em livros, revistas, jornais, conferências e palestras. Como exemplo no Brasil, temos: • Redução do emprego formal e aumento das ocupações informais; • Aumento progressivo do nível de escolaridade, com cada vez mais pessoas ingressando no ensino básico, médio e superior; • Maior intercâmbio comercial com os países do Mercosul; • Crescimento da ação efetiva de lobbies e pressões de organizações não governamentais, cobrando maior responsabilidade do Estado e das empresas em relação à proteção do meio ambiente; • Aumento da participação de capital europeu em investimentos no Brasil, principalmente da Espanha, Portugal e Itália; • Disseminação e popularização do uso de computadores pessoais, da Internet e do telefone celular; • Aceitação progressiva, pela opinião pública, das idéias de privatização de serviços públicos e de empresas estatais; • Aumento da preferência por candidatos éticos nas eleições, inclusive em cidades pequenas ou médias; • Crescimento da participação da mulher na economia, negócios, política e vida familiar e social. TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO LENTA algumas tendências só são perceptíveis numa escala de tempo mais dilatada, extrapolando, toda uma geração. Embora tão importantes quanto as anteriores, elas raramente são citadas na grande imprensa, no rádio ou na TV. São debatidas apenas em ambientes científicos e acadêmicos ou surgem de análises de levantamentos estatísticos ou censitários. Podemos citar: • Maior expectativa de vida; • Aumento da temperatura média do planeta, com elevação dos níveis dos mares; • Esgotamento progressivo das reservas minerais, de hidrocarbonetos e do potencial de geração hidrelétrica; • Redução do índice de natalidade; • Aumento do consumo de drogas entre os jovens e adolescentes; • Integração progressiva das linhas de intercâmbio comercial com os países da América Latina; • Mudanças culturais, de velhos paradigmas, de hábitos, de crenças e de atitudes consagradas, em relação a uma série de aspectos da vida pessoal, familiar, profissional, religiosa ou política. Cada uma dessas tendências, tanto as rápidas como as lentas, devem ser acompanhadas e medidas, se possível, avaliando seu impacto sobre o ambiente externo da organização. Atenção especial deve ser dada às tendências lentas, por serem elas as de mais difícil percepção. Pois, quando forem finalmente percebidas pelo grande público ou pela imprensa, já pode ser muito tarde para que se tome alguma providência em relação a elas no âmbito das organizações. DESCONTINUIDADES São mudanças bruscas no ambiente da organização, que ocorrem em curtíssimo espaço de tempo, como uma revolução, uma explosão, um terremoto, um choque de trens ou a morte repentina de alguma pessoa muito importante. Da mesma forma que as tendências, as descontinuidacles podem impactar, positiva ou negativamente, as atividades da organização. Como exemplos podemos citar : • A assinatura de um grande contrato por um concorrente • A compra ou venda de alguma das empresas do setor, ou a fusão de duas ou mais delas • A aprovação e promulgação de uma lei, de um decreto ou equivalente • Uma declaração de guerra ou a assinatura de um tratado de paz • Uma invenção ou a descoberta de algo novo ligado ao setor • A mudança ou a aprovação de algum padrão nacional ou mundial que passe a regular as atividades da empresa, de seus clientes ou fornecedores • Mudanças no comando político do país, Estado, Município ou setor • Privatizações ou estatizações • Catástrofes, terremotos e inundações: acidentes, explosões e sabotagens • Mudanças bruscas de regimes cambiais ou monetários ou de taxas de juros e mudanças de políticas governamentais. O EFEITO GATILHO Normalmente a tendência varia lentamente, sem provocar ganhos ou perdas perceptíveis, no entanto ao atingir um certo valor crítico, é capaz de deflagrar um processo de ruptura, de quebra, provocando uma descontinuidade. Essas mudanças podem gerar grandes oportunidades ou grandes perdas para o setor e para a organização. A esse fenômeno chamamos de efeito gatilho. Na análise das tendências, lentas ou rápidas, é necessário identificar quais delas podem gerar rupturas ou descontinuidades. Portanto, deve-se avaliar qual é o seu valor crítico que pode disparar o gatilho. Deve-se avaliar também o grau de importância que a descontinuidade potencial terá na modificação do ambiente. Como exemplo de tendências com efeito gatilho, podemos citar: • Tendência: crescimento progressivo do preço de petróleo no mercado internacional; • Valor crítico: valor do preço do petróleo que viabiliza investimentos em alguma fonte alternativa de energia; • Descontinuidades: decisão de investidores de iniciar novos empreendimentos para obtenção ou geração de energia. •Outro exemplo: • Tendência: aumento progressivo do número de pessoas que têm acesso à Internet com capacidade mínima, disposição e confiança para fazer transações comerciais por computador; • Valor crítico: número de adesões à Internet a partir do qual se viabilizam novos investimentos no setor; • Descontinuidades: fechamento ou redução de lojas convencionais ou de agências bancárias CATALISADORES, OFENSORES, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS O resultado do exame sistemático dos fatores ambientais que causam impacto ou que podem influenciar as atividades da organização pode ser mapeado sobre um quadro esquemático, onde, o eixo horizontal traz a dimensão tempo (fatores atuais e fatores futuros), enquanto o eixo vertical apresenta o tipo de impacto para a organização (positivos e negativos). Positivo CATALISADORES OPORTUNIDADES Impacto Negativo OFENSORES AMEAÇAS Atual Futuro Tempo CATALISADORES • Afetam positivamente as atividades da organização, por exemplo: a opinião pública favorável às atividades da organização; a opinião dos consumidores de admiração e de fidelidade a uma marca usada pela organização e as barreiras ou restrições legais que impeçam ou dificultem a entrada de novos competidores, de novos produtos ou serviços. OFENSORES • São fatores externos atuais que afetam negativamente as atividades da organização. Como exemplos de ofensores, podemos citar: legislação desfavorável aos negócios ou atividades da instituição; chegada ao mercado de produtos ou serviços similares, muito mais baratos que os oferecidos pela empresa e mudança de hábitos do público-alvo, originando demanda por novos produtos ou serviços, diferentes dos oferecidos pela empresa. OPORTUNIDADES • São fatores externos previsíveis para o futuro que, se ocorrerem, afetarão positivamente as atividades da empresa. Exemplos de oportunidades são o aumento da terceirização ou subcontratação; digitalização de processos e automatização, barateando os serviços ou produtos e uso progressivo da Internet como meio de comércio eletrônico. AMEAÇAS • São fatores externos previsíveis para o futuro que, se ocorrerem, afetarão negativamente as atividades. Entre os exemplos de ameaças estão: o uso progressivo da Internet como meio de comércio eletrônico; projeto de lei, em estudo no Senado, que, se aprovado, proibirá a propaganda do produto ou serviço que a organização oferece e possibilidades de privatização e desregulamentação do setor previamente protegido pelo governo. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL M U D A N Ç A A M B I E N T A L COMPLEXIDADE AMBIENTAL RELAÇÃO DO AMBIENTE EXTERNO X AMBIENTE INTERNO Demandas do Ambiente Interno