Redes de Distribuição de Água Aula 18 Exemplo 6.2 A rede de tubulação representada na figura serve a um sistema de irrigação por aspersão e a uma colônia rural. Os aspersores conectados nos pontos G, F e E devem propiciar uma vazão de 2,0l/s, com uma carga de pressão mínima de 10m.c.a. O trecho AB, logo após a bomba, tem distribuição em marcha com vazão q=0,010 l/s.m. A tubulação de sucção da bomba, com 4” de diâmetro, tem 2,5m de comprimento, uma válvula de pé com crivo e um cotovelo raio médio de 900. Os pontos C, D e F estão na mesma cota geométrica. Determinar a potência do motor elétrico comercial, se o rendimento da bomba é de 70%. As tubulações são de material metálico e assuma coeficiente de rugosidade da fórmula de Hazen-Williams C=100. Despreze as perdas de carga localizada no recalque e as cargas cinéticas. 10,0 G 6,0 21/2” 5,0 4,0 B A 20m 4” q=0,010l/s.m 5,0 C 3” 40m D F 21/2” 21/2” 0,0 E Exemplo 6.2 Trata-se de um problema de verificação!! Vazão total 3 2 0,01 100 7,0 / s X HAB HBC HCG C.PG X- C.P logo após a bomba Trecho Diâmetro Vazão(l/s) J(m/100m) H(m) A-B 4” =(7+6)/2 =1,57.104Q1,85=1,41 1,41 B-C 4” 6 =1,57.104Q1,85=1,22 0,97 C-G 21/2” 2,0 =1,89.105Q1,85=1,92 1,15 X 1,41 0,97 1,15 20 X 23,53m Exemplo 6.2 C.P na entrada da bomba: 4,0 Hs C.Pantes Hs Js Ltotal 1,574 104 0,0071,85 Js 1,574 10 0,007 4 1,85 1,623m / 100m Comprimento equivalente:(265+28,5)*0,1=29,35m Ltotal 29,35 2,5 31,85m C.Pantes 4,0 (1,623 / 100) 31,85 C.Pantes 3.48m Exemplo 6.2 Altura total de elevação H é igual à diferença de C.P antes e após a bomba H 23,53 3,48 20,05m 9,8 0,007 20,05 Pot 1,96kW (2,76cv) 0,70 Pot. Bomba Acréscimo motor elétrico Até 2hp 50% 2 a 5hp 30% Pot m 1,30 2,76 3,59cv Motor elétrico comercial 5 hp Método de Hardy Cross Q1 Qd Nó Q4 As equações devem satisfazer as condições básicas para equilíbrio do sistema: Soma algébrica das vazões em cada nó é nula Q Q 1 Q2 Q3 .... Qn 0 A soma algébrica das perdas de carga (partindo e chegando no mesmo nó) em qualquer circuito fechado (malhas ou anéis) é igual a zero. H H H 1 2 H3 .... Hn 0 Q2 Q3 Q Q Q 1 2 Q3 Q4 Qd 0 Convenciona-se, preliminarmente: NÓ: sentido do escoamento para o nó como positivo; ANEL: sentido do escoamento horário como positivo. QA A Q1 B + Q3 Q2 QD D Q4 H H H 1 2 QB C QC H4 H3 0 Método de Hardy Cross Q Qa Q Qa= vazão hipotética Q= correção de vazão n Q H KQ KQa Q KQ 1 Q 0 a n n n a Método de Hardy Cross Q n(n 1) Q KQ 1 Q 2! Q ... 0 a a n a n n1 KQ n KQ a a Q KQ Q n KQ / Q n a n a H H n Q a a a a Exemplo Encontre o fluxo em um anel dado as entradas e as saídas. A tubulação é em aço carbono com 25cm de diâmetro e fator de atrito f=0,020. 0,32 m3/s B A 0,28 m3/s 100 m 0,10 m3/s D C 200 m 0,14 m3/s Exemplo Adote a vazão para cada trecho A vazão de entrada e saída em cada nó deve ser igual. arbitrário 0,32 m3/s B A 0,28 m3/s 0,32 0,00 0,04 0,10 m3/s 0,14 m3/s C 0,10 D Cálculo da Perda de Carga H1 34,66m H2 0,27m 2 8fLQ H gD5 H3 3,38m H4 0,00m 4 H i i 1 31,55m sentido horário(+) 0,32 m3/s A 1 B 2 4 0,10 m3/s C 0,28 m3/s 3 D 0,14 m3/s Análise da Solução A perda de carga no anel não é zero; Necessário mudar o fluxo ao longo do anel No sentido horário o fluxo é muito grande ( perda de carga é positiva) Reduzir o fluxo no sentido horário para reduzir a perda de carga Técnicas para solução Usar o solver ( Excel ) para encontrar a mudança no fluxo que que produzirá uma perda de carga igual a zero no anel Usar um software de análise de redes Solução com planilha (Solver) Criar uma planilha como a apresentada abaixo Os números em azul são dados de entrada e as outras células são equações Inicialmente Q=0 Use o “solver” para determinar a perda de carga igual a zero alterando o valor de Q A coluna Q0+Q contém o fluxo corrigido L 200 100 200 100 D Q0 Q0+∆Q Novo H Delta Q H 0.25 34.66 0.32 0.320 34.66 0.0 0.25 0.27 0.04 0.040 0.27 0.25 -3.38 -0.1 -0.100 -3.38 0.25 0.00 0 0.000 0.00 Soma perda carga 31.543 Solução 0,32 m3/s A B 1 0,214 4 2 0,106 0,066 0,206 0,10 m3/s 0,14 m3/s 3 C 0,28 m3/s D Construção das Redes A rede de água deve ficar sempre em nível superior à rede de esgoto, e, quanto à localização é comum localizar a rede de água em um terço da rua e a rede de esgoto em outro. Construção das Redes O recobrimento das tubulações assentadas nas valas deve ser em camadas sucessivas de terra, de forma a absorver o impacto de cargas móveis. Construção das Redes Deve ser previsto a instalação de: Registros de manobra; Registros de descarga; Ventosas; Hidrantes; Válvulas redutoras de pressão. Materiais Usualmente Empregados PVC linha soldável; PVC linha PBA e Vinilfer (DEFOFO); Ferro Fundido Dúctil revestido internamente com argamassa de cimento e areia; Aço; Polietileno de Alta Densidade (PEAD); Fibra de vidro. Ligações Domiciliares Rede de drenagem Ramal Predial Instalação Predial Tipo de Perdas Perdas Físicas Perdas Não-Físicas Influi diretamente no faturamento da concessionária Agrava o problema da escassez de água Perdas Físicas por Subsistema: Origem e Magnitude SUBSISTEMA ORIGEM MAGNITUDE Adução de Vazamentos nas tubulações Variável, função do estado das Água Bruta Limpeza do poço de sucção* tubulações e da eficiência operacional Tratamento Vazamentos estruturais Significativa, função do estado das Lavagem de filtros* instalações e da eficiência Descarga de lodo* operacional Reservação Vazamentos estruturais Extravasamentos Limpeza* Variável, função do estado das instalações e da eficiência operacional Adução de Vazamentos nas tubulações Variável, função do estado das Água Tratada Limpeza do poço de sucção* tubulações e da eficiência Descargas operacional Distribuição Vazamentos na rede Vazamentos em ramais Descargas Significativa, função do estado das tubulações e principalmente das pressões Nota:* Considera-se perdido apenas o volume excedente ao necessário para operação. Pontos Frequentes de Vazamentos em Redes de Distribuição Registros 0,2% Anéis 1,1% Tubos partidos 13,6% Tubos rachados 2,3% Tubos perfurados 12,9% União simples 1,1% Juntas 0,9 % Hidrantes 1,7% Ações para Controle das Perdas Físicas Redução no tempo de reparo de vazamentos Controle das Pressões Setorização Válvula Redutora de Pressão Pesquisa de Vazamentos Visíveis Não Visíveis (Maior Urbanização) Ações para Controle das Perdas Físicas Gerenciamento da rede Telemetria, Modelação Matemática, Manutenção do Sistema Medidas Preventivas Boa Concepção do Sistema e da Qualidade das Instalações Mecanismos de Controle e Testes PréOperacionais Elaboração de Cadastros Perdas Não-Físicas Ligações Clandestinas Ligações Não-Hidrometradas Hidrômetros Mal Ajustados Ligações Inativas Reabertas Erros de Leitura Número de Economias Errados Ações para Controle das Perdas Não-Físicas Substituição de hidrômetros Correção de hidrômetros inclinados Controle das ligações inativas Estudos e instalação de macromedição distrital Propostas institucionais Gestão de favelas e áreas invadidas