TEXTO EDUCAÇÃO FÍSICA – PROF. Esp. PABLO RIZZA- 2ºano
COMPLEMENTO ALIMENTAR E ATIVIDADE FÍSICA
Usar ou não suplementos esportivos é uma dúvida frequente de praticantes de
várias modalidades esportivas. A suplementação, se feita de forma
indiscriminada, pode fazer com que a quantidade diária de nutrientes seja
superior à necessária, podendo prejudicar órgãos como fígado e rim.
De forma geral, a necessidade de nutrientes de atletas só difere em quantidade
da recomendação para sedentários. Muitas pessoas utilizam suplementos para
substituir refeições, conduta esta que deve ser abolida. A suplementação é
indicada quando a ingestão de alimentos não conseguir alcançar as
necessidades, ou mesmo se estas forem muito aumentadas, o que vai
depender da frequência dos treinos e da atividade em questão. Em algumas
situações, o suplemento pode ser associado a uma refeição para garantir o
aumento de um nutriente específico, para tornar a dieta mais viável dentro da
rotina diária de cada atleta e/ou para melhor a absorção de determinado
nutriente.
Nas lojas virtuais, prateleiras de farmácias e de lojas especializadas, não faltam
opções de suplementos e marcas, cada um deles com uma função específica.
Os classificados como ergogênicos podem promover aumento do desempenho
físico e os repositores, como o próprio nome já diz, repõe os nutrientes
perdidos durante a prática esportiva.
A polêmica creatina, aminoácido encontrado tanto nos alimentos como
sintetizado organicamente, faz parte do grupo dos ergogênicos. Na célula
muscular, a creatina em sua forma fosforilada, creatina-fosfato, constitui uma
reserva de energia para a rápida regeneração do trifosfato de adenosina (ATP),
em exercícios de alta intensidade e curta duração, como por exemplo, durante
um sprint de 100m rasos ou em uma sequência de levantamento de peso em
um treino de halterofilismo.
Para orientar o consumidor e garantir maior controle o Ministério da Saúde
divide os suplementos em grupos. A seguir, uma síntese de cada um destes
grupos e suas funções:
Energéticos
– podem ser usados antes, durante ou após treinos e provas, dependendo das
características do indivíduo e do esporte. Fornecem basicamente energia,
vinda sobretudo de carboidratos, e são encontrados em pó ou gel. São
exemplos: maltodextrina, dextrose.
- Protéicos
– indicados para completar a ingestão protéica da dieta. O horário de consumo
depende de uma série de fatores, mas muitas vezes são indicados para após o
treino. Podem ser encontrados em pó, gel ou barra. Fazem parte do grupo a
Whey Protein, a Albumina, a Caseína e o Isolado Protéico de soja.
- Compensadores
– contêm carboidratos, proteínas e lipídios, além de vitaminas e minerais.
Encontrados em pó ou líquido. Indicados para desnutridos ou para atletas com
necessidades aumentadas devido ao estado fisiológico, limitações na dieta ou
tipo de exercício.
- Repositores
– São bebidas esportivas com o objetivo de repor água, eletrólitos e
carboidratos de forma mais rápida, evitando a desidratação de uma atividade
intensa/ longa. Indicado para corredores, ciclistas.
- Aminoácidos
– fazem parte deste grupo os aminoácidos, indicados para aumento da massa
muscular. Como exemplo temos os BCAAs, nome dado aos aminoácidos da
cadeia ramificada, Leucina, Isoleucina e Valina. Os BCAAS são indicados para
recuperação muscular e para exercícios de longa duração.
No rol de produtos destinados ao atleta, temos ainda os compostos
termogênicos. Estes contêm uma ou mais substâncias que aceleram o
metabolismo como a cafeína ou o guaraná em pó. Podem contribuir para
acelerar a queima de gordura. Completam a lista de suplementos, os
precursores de hormônios e os compostos de vitaminas, minerais e
antioxidantes.
A suplementação deve sempre ser acompanhada por um profissional e
associada a uma dieta já planejada para a modalidade esportiva em questão.
Por: Mariana Braga Neves- Nutricionista –
www.nutricio.com.br
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