A INCAPACIDADE SOCIAL E A
INCAPACIDADE PARA O TRABALHO
CAUSADA PELA PAIR UMA DISCUSSÃO ÉTICA
II Oficina de
Políticas Públicas –
promoção, proteção
e recuperação da
saúde auditiva do
trabalhador
Vilma A. Okamoto 2008
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O QUE É INCAPACIDADE LABORAL?
É a impossibilidade temporária ou definitiva do
desempenho das funções específicas de uma
atividade ou ocupação, em conseqüência de
alterações morfopsiquicofisiológicas provocadas por
doença ou acidente, para o qual o examinado estava
previamente habilitado e em exercício.
O risco de vida para si ou para terceiros, ou de
agravamento, que a permanência em atividade possa
acarretar, está implicitamente incluído no conceito de
incapacidade, desde que palpável e indiscutível.
Vilma A. Okamoto 2008
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O QUE É INCAPACIDADE SOCIAL?
É a impossibilidade temporária ou definitiva do
desempenho das atividade sociais, em conseqüência
de alterações morfopsiquicofisiológicas provocadas
por doença ou acidente, para o qual o examinado
estava previamente capacitado e em exercício.
Vilma A. Okamoto 2008
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O FLUXO PERVERSO DO AGRAVO AUDITIVO
RELACIONADO AO TRABALHO
Trabalhador com
audição normal
admitido
Trabalhador com
audição alterada
demitido
Trabalhador
desempregado
devido a perda
auditiva
Toda a sociedade paga
um prejuízo mais de duas
mil vezes maior que o
valor a ser investido na
prevenção + o prejuízo
imensurável para a saúde
do trabalhador
Trabalhador
processa a
empresa/INSS
Trabalhador
pede auxílio
previdenciário
Vilma A. Okamoto 2008
Trabalhador procura
SUS para
tratamento e prótese
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ENTÃO...vamos ao que interessa!
O QUE SABEMOS SOBRE O RUÍDO...
• que a exposição a ruído excessivo por tempo
prolongado pode desencadear problemas
auditivos e extra-auditivos
O QUE SABEMOS SOBRE A PAIR...
• que é uma lesão sensorioneural, lentamente
progressiva, irreversível, geralmente bilateral
• zumbido, insônia, hipertensão
Vilma A. Okamoto 2008
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O QUE PODEMOS FAZER...
No serviço público de saúde
• Promoção, prevenção, assistência, vigilância e
informação
• O SUS deve incorporar a saúde do trabalhador
• Estratégia: fortalecimento do CEREST/RENAST
Vilma A. Okamoto 2008
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O QUE PODEMOS FAZER..
No serviço privado de saúde (SESMT)
• Programa de conservação auditiva
• mapeamento de risco auditivo
• controle de ruído
• controle audiométrico
• EPI
• promoção da saúde auditiva
Vilma A. Okamoto 2008
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PERGUNTO A TODOS:
• SE TODOS SABEMOS QUE A PAIR É PREVENÍVEL
• SE EXISTE ARCABOUÇO LEGAL PARA CONTROLE DE
RISCO E DA SAÚDE DO TRABALHADOR
• SE SÃO REALIZADOS EXAMES MÉDICOS E
AUDIOMETRIAS PERIÓDICAS PARA CONTROLE
• SE HÁ USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
AUDITIVA, ENTÃO...
POR QUE HÁ NOVOS CASOS ?
POR QUE HÁ PROGRESSÃO NA PERDA?
POR QUE TANTOS PROCESSOS?
Vilma A. Okamoto 2008
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PARA ENTENDERMOS O PROBLEMA
Segundo várias pesquisas com trabalhadores e
empresários:
1) O ruído no trabalho é inerente ao mesmo e não é percebido como
um problema sério
2) A perda auditiva não é incapacitante e nem resulta em morte
3) A presunção de que medidas de controle de ruído na
fonte/trajetória são caras
4) Excessiva dependência de empresas de prestação de serviços na
área da saúde ocupacional impede amplitude de informações e
atuação transversal na solução dos problemas
5) Uso de EPI é desconfortável e ineficaz
Vilma A. Okamoto 2008
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CONTINUANDO A ENTENDER O PROBLEMA
Segundo várias pesquisas científicas:
1) Com ou sem uso de EPI ocorre deflagração ou piora no
dano auditivo
2) Subjetividade no exame audiométrico dificulta controle
dos exames
3) Mudança temporária de limiar auditivo não é
significativa para prevenção
4) Diagnóstico diferencial dificultado
5) Diferenças de sensibilidade a ruído: com a mesma
exposição (tempo, tipo e intensidade), alguns
desenvolvem PAIR outros não
6) A informação sobre o risco não leva à conscientização
das medidas preventivas
Vilma A. Okamoto 2008
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A PREVENÇÃO COMO PRIORIDADE...
• REDUÇÃO E CONTROLE DO RISCO NA FONTE
RUIDOSA
• REDUÇÃO E CONTROLE DO
RISCO NA TRAJETÓRIA
•
REDUÇÃO E CONTROLE DO
RISCO NO TRABALHADOR
Vilma A. Okamoto 2008
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PROPOSTA – Setor privado
Estratégia proposta pelo prof T. Malchaire da
Universidade Católica de Louvain - Bruxelas
A IDÉIA DO NÍVEL UM: OBSERVAÇÃO
É simples, fácil de ser utilizada pelos próprios
trabalhadores, objetiva o reconhecimento dos
problemas e identificação de soluções
imediatas.
É participativa pois os trabalhadores têm papel
essencial na dinâmica da melhoria das
condições de trabalho.
Vilma A. Okamoto 2008
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PROPOSTA – Setor privado
A IDÉIA DO NÍVEL UM: OBSERVAÇÃO
Será realizada por pessoas diretamente
envolvidas nos processos produtivos
Proporciona a cooperação entre os
trabalhadores e os demais profissionais da área
de saúde do trabalhador
Permite um melhor conhecimento dos riscos e
medidas de controle
Facilita a conscientização do risco e uso de EPI
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PROPOSTA – Setor público
(CEREST/RENAST)
A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR
A estratégia da RENAST
Capacitação de todas as VISAs e VEs do Estado de São
Paulo sobre o protocolo da PAIR
SINAN NET - Saúde do trabalhador
(Portaria nº777 – MS)
Permitirá a veiculação da informação sobre PAIR de forma
capilarizada e atuação preventiva da vigilância sanitária
agilizada “in loco”
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ARIGATÔ!
II Oficina de
Políticas Públicas –
promoção, proteção
e recuperação da
saúde auditiva do
trabalhador
Vilma A. Okamoto 2008
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PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO