Universidade Tuiuti do Paraná
SEMANA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO
FUNDACENTRO
PROMOÇÃO DA SAÚDE AUDITIVA EM
TRABALHADORES EXPOSTOS A
AGENTES DE RISCO
ADRIANA LACERDA
[email protected]
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
Programa de Mestrado/Doutorado em
Distúrbios da Comunicação
Prevention of Deafness and
Hearing impairment, WHO
Uma deficiência auditiva pode ter um impacto negativo
no desenvolvimento de um individuo, por afetar a
aquisição de linguagem e dificultar o progresso escolar.
Esta pode também causar dificuldades de ambito
profissional e econômico, e levar ao isolamento social e
estigma.
http://www.who.int/pbd/pdh/pdh_home.htm
GLOBAL BURDEN
OF DISEASE DE 2005
• 278 milhões de indivíduos no planeta
possuem algum tipo de deficiência auditiva de
moderada a profunda em ambas as orelhas.
• Desta população, 80% moram em países em
desenvolvimento,
• cerca de 50% das perdas auditivas observadas
poderiam ser evitadas com a prevenção,
diagnóstico precoce e tratamento.
(WHO, 2006)
SITUAÇÃO AUDITIVA NO BRASIL
• 16 milhões de pessoas portadoras de
deficiência (IBGE, 2000).
• O IBGE em 2000 estimou que 5.750.809 de
indivíduos possuem algum tipo de déficit
auditivo, com maior distribuição na área urbana.
• Destes cinco milhões, estima-se que 176.067
indivíduos estejam incapacitados de ouvir e
que 860.889 indivíduos apresentem alguma
dificuldade de ouvir de forma permanente, sem
tratamento clínico.
• Incidência DA 3/1000 - Total Brasil: 510.000
(MS, 2005)
USA
• 30 milhões são expostos à NPSE à
cada dia
• 10 milhões de pessoas apresentam
PAIR
• 9 milhões são expostos à solventes ou
metais pesados
• NIOSH
1/3 das PA são
causados pelo ruído
ACIDENTE DE TRABALHO NO
BRASIL
• CID: H90 = Perda Audição
Transtorno de Condução NeuroSensensorial
• Motivo: Doença do Trabalho
 Ano 2003: 2.104 casos
http://creme.dataprev.gov.br/scripts8/netuno.cgi
Fonte: http://www.previdenciasocial.gov.br/anuarios/aeat-2005/docs/5Act01_01.xls
PROMOÇÃO DA SAÚDE AUDITIVA
ATENÇÃO
PRIMÁRIA
PROMOÇÃO
DA SAÚDE
BEM ESTAR
PROMOÇÃO DA SAÚDE
– Mudanças na estrutura e no processo dos
fatores condicionantes da ocorrência do dano
à saúde;
– Melhoria das condições de vida e trabalho;
– Intervenção nos fatores sócio-econômicos e
de infra-estrutura que visem mudanças no
modo de vida;
– Intervenção nos fatores comportamentais
(hábitos) através de estratégias educativas
que visem mudanças no estilo de vida.
ATENÇÃO À SAÚDE AUDITIVA
 Para perda auditiva induzida pelo ruído:
• Prevenção Primária: Educação, PPPA e
legislação
• Prevenção Secundária: Mudanças no ambiente
• Prevenção Terciária: AASI e reabilitação
(OMS, 1991)
QUALIDADE DE VIDA
• Conceito dinâmico:
A percepção que o indivíduo tem sobre o
seu estado de saúde em grandes
domínios: separa os indivíduos doentes
dos saudáveis
- Domínios principais: físico, psicológico,
econômico, social e espiritual
(CIF, 2003)
Biosféra
Ecosistema
Comunidade
Lar e trabalho
Fatores
biológicos
Saúde e
Bem Estar
Geografia
Substâncias tóxicas
Economia
Política social
Cultura
•Levy et.al. 2006
SAÚDE DOS TRABALHADORES
“Constitui um campo de construção no
espaço da Saúde Pública, e seu objetivo
pode ser definido como o processo
saúde e doença dos grupos humanos,
em relação com o trabalho”
(Mendes - 1994)
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
– Diagnóstico precoce e a monitorização de
grupos de riscos;
– Ações de vigilância sanitária relacionadas a
produtos, serviços, alimentos, meio ambiente,
que visem a prevenção e controle de riscos à
saúde;
– Ações de vigilância epidemiológica
relacionadas a notificação de danos e
monitorização de grupos de riscos.
RISCOS AMBIENTAIS
QUÍMICOS OTOTÓXICOS:
MEDICAÇÕES E CONTAMINAÇÕES
BIOLÓGICOS
FÍSICOS: RUÍDO, VIBRAÇÃO
E TEMPERATURA
NIOSH, 1988
Proposed Strategies for the Prevention of
Leading Work-Related Diseases and
Injuries, p.9:
“Determinar através de investigações o grau
com que o ruído interage com outros
agentes no ambiente de trabalho
(solventes, metais, medicamentos, etc.)
ao afetar a audição.”
ACGIH, 1998-2005
TLVs® and BEIs®, pag. 116:
“Exposição a certos produtos químicos pode
resultar em perdas auditivas. Em
ambientes aonde ocorre exposição a
ruído, bem como a tolueno, chumbo…, a
execução e revisão cuidadosa de
audiogramas periódicos é recomendada.”
Exército USA, 1998
Panfleto do Dept. do Exército no.40-501.
Programa de Conservação Auditiva:
Requer que exposição a produtos químicos seja
considerada para inclusão no programa,
particularmente quando em combinação com ruído (¶
3-3).
DIRECTIVA 2003/10/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO
CONSELHO
de 6 de Fevereiro de 2003 relativa às prescrições
mínimas de segurança e de saúde em matéria de
exposição dos trabalhadores aos riscos devidos
aos agentes físicos (ruído)
Artigo 4, item 6) Nos termos do n.o 3 do artigo 6.o da
Directiva 89/391//CEE, a entidade patronal, ao proceder
à avaliação dos riscos, deve dar especial atenção aos
seguintes aspectos:…
d) Na medida do possível do ponto de vista técnico,
eventuais efeitos sobre a saúde e a segurança dos
trabalhadores, resultantes de interacções entre o ruído
e substâncias ototóxicas relacionadas com o trabalho, e
entre ruído e vibrações.
http://www.idad.ua.pt/downloads/Directiva_HST.pdf
Brasil
A legislação Brasileira, não exige
monitoramento da audição dos
trabalhadores expostos a agentes
químicos, exceto que estejam expostos a
níveis de ruído acima dos limites de
exposição permitidos (85 dBA).
Brasil
Portaria 19, de 9 de abril de 1998
5. Diagnóstico da PAIR e definição de aptidão
para o trabalho:
 A exposição não ocupacional ao ruído e à
outros agentes de risco ao sistema auditivo
 A exposição ocupacional à outros agentes de
risco ao sistema auditivo
Brasil
Decreto no. 3048/Maio 6, 1999
A ligação entre a exposição química em
locais de trabalho e a perda auditiva são
aceitas em pedidos de indenização.
Avaliação de agentes de risco
•
•
•
•
Determinar se existem riscos auditivos
Determinar se o ruído apresenta níveis
seguros para não interferir na comunicação
verbal ou no reconhecimento auditivo de sinais
de advertência/ alarme.
Identificar trabalhadores a serem incluídos no
PPPA.
Classificar trabalhadores expostos a agentes
otoagressores priorizando o controle dos
efeitos auditivos, definindo e estabelecendo
práticas de proteção da audição.
Avaliação de agentes de risco
• Em geral na exposição ocupacional, a
avaliação do risco ambiental apresenta o
mapa de risco dos agentes isoladamente,
contudo o monitoramento auditivo deverá
levar em conta a interações entre os
agentes de risco objetivando a prevenção
e ou agravamento da PAIR.
RUÍDO
 Ocupacional
 Ambiental
 Lazer
Por que os efeitos das atividades
ruidosas extra-ocupacionais
influenciam as atividades
ocupacionais?
 Dificulta a obtenção do primeiro emprego
devido à PAIR extra-ocupacional.
 Categorias
profissionais
envolvidas
recreação ou atividades de lazer
com
 Os NPSE presentes nas atividades extraocupacionais podem agravar a PAIR de origem
ocupacional
RECOMENDAÇÕES
 As investigações referentes à exposição a NPSE
extra-profissional não podem ser negligenciadas.
 A necessidade de investigação torna-se ainda
mais evidente quando se avalia a magnitude da
população exposta não monitorada.
 A inclusão de categorias profissionais expostas
aos NPSE nos programas de prevenção da perda
auditiva (PPPA) é recomendada.
ESTUDOS REFERENTES À VIBRAÇÃO
VIBRAÇÃO
• No corpo humano,
vibrações naturais em
cada parte.
• Se uma freqüência de
vibração externa
coincide com essas
freqüências naturais do
corpo, ocorre então a
ressonância que
implica na amplificação
do movimento gerado
pela vibração.
POR QUE É OTOAGRESSOR?
• A vibração isoladamente ocasiona perdas
auditivas  pessoas expostas ao ruído e a
vibração
têm
maior
probabilidade
de
desenvolver uma perda auditiva.
• A vibração de corpo inteiro causa alterações na
circulação sangüínea da orelha interna e
redução temporária do limiar auditivo entre as
freqüências de 2.000 e 4.000Hz.
EFEITOS AUDITIVOS E EXTRA
AUDITIVOS
• As alterações mais comuns seriam da
circulação periférica, nervosa e muscular, da
articulação e do sistema nervoso central
autônomo, associadas com perda auditiva,
nistagmo, vertigem e zumbido.
• Em estudo com trabalhadores
que apresentavam sintomas da
síndrome dos dedos brancos
tinham limiares auditivos
10dBNA piores dos que os não
apresentavam sintomas.
(STARCK et al,1988)
Períodos de exposição e de
evolução das alterações
• Grande variação entre indivíduos quanto a
sua capacidade de perceber a vibração e
considerá-la desconfortável ou inaceitável.
• O indivíduo precisa estar exposto à vibração
há vários anos para que ocorram mudanças
em seu estado de saúde.
ESTUDOS REFERENTES AOS
RISCOS QUÍMICOS OTOTÓXICOS
NIOSH, 1996
Reconhecimento de que:
• a perda auditiva ainda continua
sendo um das mais comuns
patologias ligadas ao trabalho;
• a importância da consideração de
exposições combinadas a vários
agentes.
OTOTÓXICOS DE ALTA PRIORIDADE
Asfixiantes:
Monóxido
de carbono - CO (Fechter et al)
Cianido (Fechter et al)
Metais:
Chumbo
e derivados (Discalzi et al, Konshi et al., Ison et al.,
Rice et al.)
Solventes:
Tolueno
(Pryor et al., Sullivan et al., Johnson et al., Crofton
et al, Campo et al., Morata et al., Fechter et al.)
Xileno (Pryor et al., Crofton et al, 1994)
Estireno (Campo et al., Crofton et al., Yano, et al. Pryor et al.)
N-Hexano (Rebert et al., Nylen et al.,)
Tricloroetileno (Crofton et al., Fechter et al., Muijser et al.)
Misturas de solvente (Rebert et al., Crofton et al., Morata et
al., Jacobsen et al., Kim et al.)
(NIOSH, 1996)
Processo de ototoxidade
Asfixiantes
CO
Anoxia
Solventes
Metal
Tolueno
Chumbo
Modifica a estrutura
Das CCE tornando-as
mais frágeis e vulneráveis
ao ruído
Desmielinização
Degeneração
do nervo
auditivo
MONÓXIDO DE CARBONO
• Indústrias de aço e de papel (Koskela, 2000),
• Contrução civil (Kamei e Yanagisawa, 1997;
Baril e Beaudry, 2001; Schneider, 2002),
• Indústrias automotivas (Liou, 1994)
• Refinarias de petróleo
• Os funcionários que trabalham expostos ao
acetileno ou que trabalham próximos ao forno
de carbono (Hétu et al., 1987; Makashima,
1988).
MONÓXIDO DE CARBONO
• Bombeiros (Treitman et al., 1980; Lees, 1995; Melius, 2001;
Fechter, 2002)
• Mecânicos (Cloutier et Goudreau, 1993; Goudreau et al., 1995)
• Guardas de trânsito e funcionários de estacionamentos
(Wichramatilke et al., 1998; IPCS, 1999)
• Motoristas de ônibus, caminhões ou taxis (Steenland, 1996;
Morley et al., 1999; Fechter, 2002)
• Atletas de motosports (Walker et al., 2001)
• Empregados de estações de serviço (Kamei e Yanagisawa,
1997; Hebert et al., 2001)
• Funcionários que trabalharam com empilhadeiras (Millette,
1992)
• Cozinheiros industriais e/ou funcionários de casas noturnas
(Penney e Howley, 1989)
AÇÃO TÓXICA DO CO E DO RUÍDO
SOBRE O SISTEMA AUDITIVO ANIMAL
CO E RUÍDO
OXIGENAÇÃ0
CIRCULAÇÃO
SANGUÍNEA
EFEITO SOBRE O
METABOLISMO COCLEAR
HIPÓXIA
ORGÃO DE CORTI
CCE/CCI
EXAUSTÃO METABÓLICA
ESTRIA VASCULAR
EXCITOTOXICIDADE
CCI/ GÂNGLIO ESPIRAL
OXIDAÇÃO DAS
ESTRUTURAS NERVOSAS
/RADICAIS LIVRES
PERIFÉRICA
PERIFÉRICA
CENTRAL
CENTRAL
PERDA AUDITIVA DEVIDO À EXPOSIÇÃO
AO CO E AO RUÍDO
Chen, Wiliams & Fechter (2000)
ANÁLISE DO RISCO
Análise do risco relativo para perda auditiva ajustado
em função da idade
• CO e ruído <89,9 dBA = OR 1,2 (0,98 – 1,3)
• Ruído >90,0 dBA = OR 1,2 (1,0 – 1,3)
• CO e ruído >90,0 dBA = OR 1,4 (1,2 – 1,6)
Lacerda et.al (2007)
PERDA AUDITIVA DEVIDO À EXPOSIÇÃO
AO CO E AO RUÍDO
• Ruído é um fator necessário (CO sozinho
não produz perda auditiva)
• Baixa exposição ao CO pode potencializar o
efeito do ruído
• Lesão coclear ocasionada pelo estresse
oxidativo
• Anti-oxidantes podem reduzir o efeito COruído
CHUMBO
 Revestimento de cabos e encanamentos
 Acumuladores
 Baterias Eletrônicas
 Isolamento acústico
 Munição para armas de fogo
 Frascos para líquidos corrosivos
 Solda para aparelhos eletrônicos
 O óxido de chumbo é usado na fabricação de
cristais finos e lentes com auto grau de refração
EFEITOS NO ORGANISMO
• A
toxicidade
do
chumbo
resulta,
principalmente, de sua interferência no
funcionamento das membranas celulares e
enzimas.
• O conjunto de órgãos mais sensível ao
envenenamento por chumbo é o sistema
nervoso, sendo que a encefalopatia é um dos
mais sérios desvios tóxicos induzidos pelo
chumbo em crianças e adultos.
EFEITOS AUDITIVOS PERIFÉRICOS
• Correlação entre o • Ausência de
limiar auditivo e o
correlações entre o
nível de chumbo no
limiar auditivo e o
sangue:
nível de chumbo no
sangue:
 REPKO &
CORUM,1979)
•
BALOH
et
al
(1979)
 FARAHAT et al
(1997)
• MARTINS (1999)
 FORST et al (1997)
EFEITOS AUDITIVOS CENTRAIS
• Alterações em diferentes potenciais
cerebrais evocados: somatosensoriais,
visuais e auditivos, incluindo os potenciais
cognitivos (P300)
SOLVENTES ORGÂNICOS
• Dissulfeto de carbono
• Hidrocarbonetos aromáticos
•Tolueno
•Xileno
•Estireno
•Benzeno
•Tricloroetileno
• Hidrocarbonetos alifáticos (n-hexano)
• Hidrocarbonetos clorados alifáticos
(tetracloroetano, tetracloroetano de carbono)
SOLVENTES ORGÂNICOS
• 50% dos solventes são utilizados na fabricação
de: vernizes, tintas, colas, cosméticos;
• 20% na fabricação de sapatos;
• 10% nas indústrias de agrotóxicos;
• 10% são usados na limpeza de metais,
lavagem a seco, indústria têxtil e farmacêutica,
fabricação de plásticos e indústria de
combustíveis.
Efeitos narcóticos e ototraumáticos
EFEITOS OTOTRAUMÁTICOS
DISSULFETO DE CARBONO
Extração de resíduos animais, lãs,
couros e em vegetais oleaginosos
Indústrias de papel
TOLUENO
• Matéria prima essencial para a elaboração
de solventes industriais
 Vernizes, tintas, colas, cosméticos e
explosivos
Indústria Gráfica 1
Risco Relativo ajustado para perda
auditiva por grupo de exposição
Grupo
Ruído/Tol
Mist. Solv.
Ruído
Tempo Exp.
p
Risco
Relativo
<0.001
0.011
0.012
0.044
10.9
5.0
4.1
1.1
Intervalo
de Confiança
(4.1,
(1.5,
(1.4,
(1.0,
28.9)
17.5)
12.2)
1.1)
ESTIRENO E XILENO
• Estrutura química muito similar ao
tolueno.
 ESTIRENO: Fabricação de fibras de
vidro.
XILENO: Explosivos, perfumes,
inseticidas, resinas sintéticas e
plásticas.
ESTIRENO E XILENO
• PRYOR et al.(1987): Demonstraram em
estudos
animais
que
ambos
contaminantes são potencialmente mais
tóxicos que o tolueno.
• GAGNARE et al.(2001): Xileno: lesões
nas células ciliadas externas em ratos.
ESTIRENO
• MORATA et al. (2002): avaliaram a
audição de 313 funcionários de uma
indústria de fibras de vidro.
• PA significativa em 2, 3, 4 e 6 kHz para o
grupo exposto ao ruído e ao estireno.
MISTURA DE SOLVENTES
SLIWINSKA-KOWASLSKA (2002)
TRICLOROETILENO
• Desengraxamento de metais
• Solvente para extração de óleos, gorduras
e ceras
• Solvente de tintas; Limpeza a seco
• Líquido refrigerante e para troca de calor
• Nas sínteses orgânicas; Como fumigante,
em medicina (anestésico)
TRICLOROETILENO
• Estudos animais demontraram lesões nas
células ciliadas externas e gânglio espiral.
• Lesões vestibulares muito precoces.
• SZULC-KUBERSKA et al. (1976): 50% PA
sensório-neural para altas freqüências e
VENG alterado.
Evidência sobre Solventes
indica que:
Em Humanos:
 Os produtos químicos industriais podem
afetar a audição
 Exposições de origem ambiental/ocupacional
 Inalação intencional ou acidental
 Prevalência elevada de perdas auditivas
 Interação com ruído
Desenvolvimento da Perda
Auditiva por Solventes:
Autores relatam exposição de 2 a 3 anos;
• Sendo que o tempo é bem menor do que
o tempo observado em relação ao ruído.
Para outros autores, seriam necessários:
• 5 anos de exposição para que se
observassem efeitos significativos dos
solventes sobre a audição
INSETICIDAS
 As exposições crônicas aos
podem afetar o sistema auditivo.
inseticidas
 O ruído interage com os inseticidas, podendo
potencializar a PA.
INSETICIDAS
• TEIXEIRA et al.(1998): Triagem auditiva
revelou que 57% de agricultores rurais
apresentavam PASN nas altas freqüências.
• Beckett (2000): PA periférica associada as
plantações pulverizadas com inseticidas.
• TEIXEIRA et al.(2002):
disfunção auditiva central.
Evidenciaram
INSETICIDAS
 TEIXEIRA et al.(2003): 0s sintomas relacionados
ao sistema nervoso central mais referidos foram:
• Dificuldades em compreender o que falam (46%),
• Dificuldade em manter a atenção (24%)
• Escutar barulho no ouvido (24%).
 Para o grupo exposto a inseticidas e ruído, a
intensidade da perda auditiva foi maior (66.7%)do
que no grupo apenas exposto a inseticidas
(63.8%).
• Observa-se que o percentual mais elevado de
alterações auditivas foi para os indivíduos que
tem mais de seis anos de exposição.
TRABALHADORES AGRÍCOLAS
Manjabosco, 2004
•GRUPO CONTRÔLE
0
5
10
76
89
11
11
88
12
12
15
10
10
14
15
20
ORELHA
ESQUERDA
ORELHA
DIREITA
25
30
35
0
•GRUPO EXPOSTO
5
10
15
20
25
30
35
12
13
9
10
9
13
17
18
23
24
27
30
31
25
ORELHA
ESQUERDA
ORELHA
DIREITA
CONCLUSÃO
• Maior compreensão dos efeitos das
exposições combinadas é necessária para o
desenvolvimento de estratégias preventivas
efetivas em relação à perda auditiva.
 É importante que os Programas de
Conservação Auditiva levem em
consideração as exposições combinadas
ruído/produtos químicos, a fim de que seja
possível conhecer e evitar danos à audição
do trabalhador.
 A necessidade do gerenciamento
audiométrico para trabalhadores expostos ao
ruído (mesmo com níveis inferiores aos
limites de tolerância) e os produtos químicos
é fortemente recomendada.
Universidade Tuiuti do Paraná
NÚCLEO DE ESTUDO
SAÚDE AUDITIVA: ENFOQUE
PREVENTIVO
Adriana Lacerda
Claudia Giglio
Thais Morata
[email protected]
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