OP. DE TERMINAIS E ARMAZÉNS
GESTÃO DE ARMAZENAGEM
Christmann Miranda
ALTURA DE EMPILHAMENTO
A utilização eficaz do espaço vertical é decisiva
na definição da capacidade de uma área de
armazenagem. Sobretudo quando os espaços para a
armazenagem são pequenos, os empilhamentos
devem ser feitos tão alto quanto possível. A
deficiência na verticalização do empilhamento é uma
das principais razões da redução na capacidade de
armazenagem. Se um determinado lote for empilhado
a 4,o m de altura, será necessária apenas a metade
da área que seria utilizada se o mesmo lote fosse
empilhado a apenas 2,0 m de altura. Quando o “pé
direito” for muito alto, deve-se utilizar modernos
sistemas de empilhamento de modo a maximizar a
utilização da altura sempre levando em conta os
equipamentos disponíveis.
ALTURA DE EMPILHAMENTO
A partir da área útil de empilhamento
calculada de 3.508 m², iremos agora
desenvolver o seguinte raciocínio sobre a altura
de empilhamento: Se as mercadorias foram
empilhadas nesse armazém a uma altura
media de 4,0m, qual o volume total de carga
passível de nele ser armazenada?
ALTURA DE EMPILHAMENTO
SOLUÇÃO
Praça útil = 3.508m²
Altura de empilhamento= 4m
Resposta: Volume de carga armazenada=
3.508m² x 4 = 14.032m³.
Contudo, ampliarmos a altura média de
4,0 m para 5,0 m, qual o novo volume de carga
que poderá ser armazenada? De quantos por
cento foi o acréscimo?
ALTURA DE EMPILHAMENTO
Praça útil = 5.000m²
Altura de empilhamento= 8m
Resposta: Volume de carga armazenada=
Contudo, ampliarmos a altura média de
8,0 m para 12,0 m, qual o novo volume de
carga que poderá ser armazenada? De quantos
por cento foi o acréscimo?
FATOR ESTIVA
Através de formulação simples, havíamos
calculado a Capacidade Estática teórica de carga
passível de ser armazenada no nosso armazém. Mas,
na prática gerencial da armazenagem, esse volume
calculado seria exeqüível para qualquer tipo de
mercadoria que viéssemos a receber? Para responder
esta pergunta tivemos que calcular a área Útil de
empilhamento e fazer considerações sobre a atual
média
de empilhamento de
para as cargas
armazenadas. Mesmo assim, ainda não conhecemos
todas as informações necessárias para utilizar
eficazmente o espaço.
FATOR ESTIVA
De antemão sabemos que, embora possam
pesar mais, algumas mercadorias ocupam muito
menos espaço de armazenagem que outras. Ou
inversamente, embora pesem menos, ocupam muito
mais espaço que outras. Isso é conseqüência direta
das diferentes densidades das mercadorias. Portanto,
é imprescindível saber a densidade das mercadorias
a armazenar, ou seja, a relação existente entre
volume e peso, relação conhecida como Fator Estiva.
Fator Estiva é o espaço ocupado por uma
tonelada de uma determinada mercadoria,
expresso em m³ por tonelada.
FATOR ESTIVA
Com base na definição acima percebe-se
que uma carga volumosa e de baixo peso, tem
Fator Estiva elevado, pois cada tonelada irá
ocupar muito espaço, ao contrario, uma carga
de peso concentrado tem Fator Estiva baixo,
pois cada tonelada irá ocupar pouco espaço.
Estimemos uma mescla de produtos com
pesos idênticos de: Fardos (2,5m³/T), Caixas
(2,0m³/T) e Sacarias (3,0m³/T), o Fator Estiva
médio seria:
FATOR ESTIVA
SOLUÇÃO
2,5 m³ + 2,0 m³ + 3,0m³ = 7,5m³/T
7,5m³/T = 2,5 m³/T
3
Uma vez que, na pratica, essa condição é
bastante improvável de ocorrer, é necessário
conhecer o Fator Estiva de cada tipo de
produto e calcular a proporção ponderada de
cada mercadoria no peso total da carga
armazenada.
FATOR ESTIVA
Para encontrar o Fator Estiva Médio
Ponderado, multiplique o Fator de Estiva
de cada mercadoria pelo percentual
aproximado de seu peso no total
armazenado. O Fator Estiva Médio será o
total dividido por 100, conforme exemplo
na tabela abaixo:
FATOR ESTIVA
Mercadoria F.Estiva
% Armazém F. Estiva
Ponderado
Fardos
2,5
20
50
Sacaria
2,2
25
55
Caixaria
3,0
30
90
Cartões
3,8
10
38
Tambores
2,0
15
30
100
263
Total
FATOR ESTIVA
SOLUÇÃO
263 = 2,63 m³/T
100
FATOR ESTIVA - Exercício
Mercadoria F.Estiva
% Armazém F. Estiva
Ponderado
Fardos
3,0
20
Sacaria
4,2
25
Caixaria
3,3
30
Cartões
2,8
10
Tambores
2,2
15
Total
100
RETORNANDO À CAPACIDADE
ESTÁTICA
Terminamos de analisar os fatores que afetam a
Capacidade Estática de um armazém: a Praça Útil, a
Altura Média de Empilhamento e o Fator de Estiva.
Agora, já dispondo de todas as informações
necessárias, poderemos realmente calcular a
Capacidade Estática. Pelo exemplo anteriores,
sabemos que a Praça Útil tem 3.508 m² e partindo do
principio que a carga poderá ser arrumada com
segurança a uma altura média de 5,0 m. Para mescla
de cargas típicas no nosso armazém, vamos
considerar o Fator de Estiva Médio de 2,63m³/T. O
volume total armazenada: 3508x5=17.540m³.
RETORNANDO À CAPACIDADE
ESTÁTICA
Capacidade
Estática=
Praça
Útil
x
Altura
Empilhamento
Fator de Estiva Médio
Portanto, a nossa Capacidade Estática será
de:
17.540m³ = +/- 6.669 toneladas
2,63
RETORNANDO À CAPACIDADE ESTÁTICA -
Exercício
Sabemos que a Praça Útil tem 5.000 m² e
partindo do principio que a carga poderá ser
arrumada com segurança a uma altura média
de 8,0 m. Para mescla de cargas típicas no
nosso armazém, vamos considerar o Fator de
Estiva Médio de 2,63m³/T. O volume total
armazenada: 5.000x8=40.000m³.
RETORNANDO À CAPACIDADE
ESTÁTICA
Capacidade
Estática=
Praça
Útil
x
Altura
Empilhamento
Fator de Estiva Médio
Portanto, a nossa Capacidade Estática será
de:
m³ = +/2,63
toneladas
RETORNANDO À CAPACIDADE
ESTÁTICA
Como podemos observar, para a gestão
da armazenagem, o cálculo da Capacidade
Estática parece uma maneira complicada de
fazer um cálculo simples. Mas, na rotina diária
da gestão, o que realmente precisamos saber é
o espaço necessário para receber um
determinado lote de mercadoria:
Calculando o espaço suficiente para
receber o lote; Avaliando onde esse lote ficará
melhor empilhado; Decidindo se o lote caberá
ou não num espaço existente.
RETORNANDO À CAPACIDADE
ESTÁTICA
Para calcular o espaço que um lote
de mercadoria ocupará em armazém,
precisamos necessariamente conhecer:
Peso do lote; Altura máxima que o
lote
poderá
ser
empilhado
com
segurança; Fator Estiva; Quebra de
espaço; Índice para empilhamento e Área
que o lote irá ocupar.
FATORES QUE AFETAM A CAPACIDADE
DE ARMAZENAGEM
A Situação ideal em termos de
otimização de áreas de armazenagem
seria as mercadorias lá recebidas lotarem
sua capacidade volumétrica e ao mesmo
tempo chegarem próximo ao limite da
resistência estrutural do piso. No entanto,
pela combinação de inúmeras variáveis,
isto raramente ocorre, por diferentes
razões.
FATORES QUE AFETAM A CAPACIDADE
DE ARMAZENAGEM
Já estudamos alguns dentre os
diferentes fatores que afetam a
capacidade de armazenagem. Por
exemplo, a limitação na altura de
armazenagem, além do Fator de
Estiva, ao qual deve ser agregada a
Quebra de espaço.
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Denomina-se Quebra de espaço a todas
os espaços perdidos para a armazenagem,
deixados entre e ao redor dos lotes de carga
armazenadas. Não há regra fixa para o seu
cálculo e nem tampouco existem tabelas
publicadas, pois depende da quantidade de
volumes e da dimensão dos lotes, bem como
da configuração de formas e das medidas de
suas embalagens. A rigor, nunca ocorrem dois
empilhamentos exatamente iguais! Quanto
mais baixa for a Quebra de Espaço, mais
compacta ficará a pilha, ocupando menos
espaço na área de armazenagem.
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Por exemplo, quando há grandes lotes de
sacarias, cujas camadas se acamam bem,
possibilitando uma armazenagem compacta e
uniforme, certamente a Quebra de Espaço será muito
baixa, podendo ser menos de 5%. No caso de lotes
compostos por volumes unitário muito irregulares,
como por exemplo, automóveis desmontados em
caixas, conhecidos como CKD (Completely Knocked
Down), a Quebra de Espaço talvez atinja índices
superiores a 40%. No caso de tambores, além dos
pesos específicos dos diferentes produtos, há que se
levar em conta a Quebra de Espaço adicional,
determinada pela diferença de área entre a
circunferência do tambor e o quadrado a ele
circunscrito.
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
As principais causas da Quebra de Espaço são:
1) Espaço reservado à separação e cesso
entre os lotes;
2) Espaço perdido devido a carga
irregulares, que não podem ficar muito juntas
nas pilhas;
3) Espaço ocupado por materiais de
separação colocados entre os lotes;
4) Espaço ocupado pelos paletes onde a
carga é empilhada
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
A pratica indica que, ao esperar o recebimento
de cargas que nos são desconhecidas, a Quebra de
Espaço seja criteriosamente avaliada, deixando-se
alguma margem de segurança. Uma Tabela de
índice de empilhamento poderá ser construída e
empregada em uma mescla típica dos produtos, veja
como:
1) A partir da definição do empilhamento de um
lote, meça com uma trena o volume por ele
efetivamente ocupado, incluindo os espaços
destinados a acesso;
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
2) Verifique o peso do lote em toneladas;
3) Calcule o volume (metros cúbicos) ocupado
por cada tonelada da mercadoria, dividindo o volume
do espaço ocupado pelo seu peso. Este será o Índice
para empilhamento;
4) Subtraia o Fator Estiva do Índice para
Empilhamento calculando e converta a diferença num
percentual do Fator de Estiva. Esta percentagem será
a Quebra de Espaço para aquela mercadoria.
Para melhor entender o processo, acompanhe o
cálculo a seguir:
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Um lote de sacaria de café armazenado
pesa 80 tons. O espaço ocupado pelo lote foi
medido com uma trena, podendo-se afirmar
que está ocupando uma área de 7,2m x 5,6m e
está empilhado a 4,0m de altura. Os outros
lotes de cargas mais proximas tiveram que ser
localizados a 1,0m em toda sua volta. Que
espaço efetivamente ocupa esse lote de
sacaria de café?
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
SOLUÇÃO
[(7,2+0,5) x (5,6+0,5)] x 4m =
[7,7x6,1] x4m =
46,97m² x 4m =
187,88 m³
Se esse lote pesar 80 ton. Qual a Quebra de
Espaço observada no empilhamento?
SOLUÇÃO
1 Tonelada ocupa 187,88 = +/- 2,35m³
80
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Sabendo-se que o fator Estiva da sacaria de café é de
2,2m³/T e aplicando o Índice para Empilhamento
calculado de 2,35m³/T, o acréscimo observado é de:
SOLUÇÃO
2,35 – 2,20 = 0,15
Portanto, a Quebra de Espaço observada é de:
SOLUÇÃO
0,15 x 100 =+/- 6,8%
2,20
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Exercício
Um lote de fardo de feijão armazenado pesa
100 tons. O espaço ocupado é uma área de 10,2m x
8,6 m e esta empilhado a uma altura de 5,0m. Que
espaço ocupa esse lote de fardos de feijão?
[(_____+_____) x (_____+______)] x ____m =
[_____x______] x _____m =
______m² x _____m=
________m³
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Se esse lote pesar 100 tons, qual a Quebra de
Espaço observada no empilhamento?
1 Ton. Ocupa __________ =+/- _________m³
Sabendo-se que o Fator de Estiva do fardo de
feijão é de 2,50m³/T e aplicando o Índice para
Empilhamento calculado de ........m³/T, o acréscimo
observado é de?
Portanto, a Quebra de espaço observada
será?
_______
x
100
=
+/-
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Exercício
Um lote de Caixaria de óleo armazenado pesa
70 tons. O espaço ocupado é uma área de 8,2m x 6,6
m e esta empilhado a uma altura de 4,0m. Que
espaço ocupa esse lote de Caixas de óleo?
[(_____+_____) x (_____+______)] x ____m =
[_____x______] x _____m =
______m² x _____m=
________m³
QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA
EMPILHAMENTO
Se esse lote pesar 70 tons, qual a Quebra de
Espaço observada no empilhamento?
1 Ton. Ocupa __________ =+/- _________m³
Sabendo-se que o Fator de Estiva da caixaria
de óleo é de 3,0m³/T e aplicando o Índice para
Empilhamento calculado de ........m³/T, o acréscimo
observado é de?
Portanto, a Quebra de espaço observada
será?
_______
x
100
=
+/-
ARMAZENAGEM
Após ter calculado uma série de amostras para
Quebra de Espaço de diferentes tipos de cargas,
embalagens
e
condições
de
empilhamento,
estaremos em condições de elaborar uma tabela de
índices para empilhamento relativo à mescla típica
deste determinado armazém, sempre considerando
mercadorias com embalagem, dimensões e altura de
empilhamento semelhantes.
Sabemos que para calcular a capacidade
estática de uma área de armazenagem precisamos de
fator médio de empilhamento da mescla das
mercadorias mais freqüente armazenadas nessa
área.
ARMAZENAGEM
..... Para simplificar o processo, na pratica
é mais fácil voltar ao fator estiva médio e
aplicar
uma
quebra
de
espaço
aproximadamente, com base na experiência de
cada um.
Assim, para calcular de forma simplificada
o espaço aproximado que será ocupado por um
lote, tomemos o índice para empilhamento
calculado a partir do Fator estiva e da Quebra
de espaço estimada, combinando estas
informações na seguinte formula:
ÁREA
Área = Peso x Índice para Empilhamento
Altura de empilhamento
Com base na formula acima calcule a área
necessária para receber os lotes de carga
abaixo, cujo índice para empilhamento já foi
calculado, em exercícios anteriores:
80 tons. de sacos de café (F.Estiva = 2,20
m³/T; Q. de Espaço = 6,8% e altura média de
empilhamento de 4,0m).
ÁREA
Área = Peso x Índice para Empilhamento
Altura de empilhamento
Exercício
Calcule a área necessária para receber os lotes
de carga abaixo, cujo índice para empilhamento já foi
calculado, em exercícios anteriores:
70 tons de Caixas (F.Estiva = 3,0m³/T; Q. de
Espaço = 17,67% e altura média de empilhamento de
4,0m).
ÁREA
Área = Peso x Índice para Empilhamento
Altura de empilhamento
Exercício
Calcule a área necessária para receber os lotes
de carga abaixo, cujo índice para empilhamento já foi
calculado, em exercícios anteriores:
100 tons de Fardos Feijão (F.Estiva = 2,50m³/T;
Q. de Espaço = 48,6% e altura média de
empilhamento de 5,0m).
ARMAZENAGEM
Como se pode observar, tendo bom senso
e alguma experiência com a Quebra de Espaço
em áreas de armazenagem, com a utilização
desta formula não seria difícil calcular as
necessidades de espaço para os lotes de carga
a serem recebidas.
Além da Quebra de espaço, existem
outros fatores que afetam a capacidade de
armazenagem que veremos agora como o
Tempo Médio de Permanência, de modo
especifico e os fatores de segurança, de modo
geral.
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
o conceito de Tempo Médio de
Permanência está intrinsecamente relacionado
ao giro da área. Como a armazenagem é um
processo de transferência dinâmico e continuo,
a qualquer momento há lotes de mercadorias
chegando
e
saindo.
Na
gestão
da
armazenagem, o que interessa saber é que
quantidade de carga pode ser movimentada no
armazém ao longo de um determinado período
( dias, uma semana, um mês ou um ano).
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
Para calcular o Tempo Médio de
Permanência de um determinado lote, há
apenas dois dados a serem considerados: a
data de entrada e a data de saída do lote.
Uma das formulas consagradas para calcular o
Tempo Médio de Permanência é considerar os
últimos 100 lotes que saíram do armazém,
observando a tendência. Se os registros
indicarem que o Tempo Médio de Permanência
é elevado ou vem aumentando, certamente o
volume de carga movimentada nessa área
poderá ser ampliado.
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
Por exemplo, considerando que a
Capacidade Estática para uma mescla típica de
cargas armazenadas seja de 4.500 toneladas
qual será a Capacidade Dinâmica Anual se o
Tempo Médio de Permanência fosse de 6 dias?
4500 x 365 dias = 273.750 tons.
6
E qual seria a Capacidade Dinâmica Anual
se o tempo fosse reduzido para 4 dias? Qual o
percentual de acréscimo?O que fica bastante
evidente com nesta analise?
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Fica evidente que tempos médios de
permanência
elevadas
reduzem
sensivelmente
a
capacidade
de
armazenagem ao longo de um período de
tempo projetado. A isto se denomina
Capacidade Dinâmica, ou seja, a
Capacidade Estática multiplicada pela
quantidade de giros em um determinado
período.
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
O objetivo do gerenciamento da
armazenagem deve ser reduzir ao máximo o
Tempo Máximo de Permanência dos lotes
armazenados, obtendo maior rotatividade (ou
giro) da área e, conseqüentemente, conseguir
maior lucratividade.
Outra maneira de avaliar o Tempo de
Permanência é calculando-se por classes de
mercadorias ou ainda, por clientes. Assim
procedendo, poderemos constatar que a
maioria dos problemas são gerados por um
número reduzido de clientes ou tipos de
mercadorias.
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Um determinado armazém, com
uma Capacidade Estática máxima para
5.000 tons. De uma determinada
mercadoria, é consultado sobre a
possibilidade de fechar um contrato
para armazenar 200.000 toneladas
anuais, com um Tempo de Permanência
estimado de 10 dias por lote. É possível
aceitar o contrato? Por quê?
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Solução
200.000 tons/ano = 40 giros = 365
9,125 dias
5.000 tons
40 giros
=
Portanto, só seria possível aceitar este
contrato se:
1) O cliente se comprometesse a reduzir o
Tempo Médio de Permanência para menos de 9
dias.
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Um determinado armazém, com
uma Capacidade Estática máxima para
10.000 tons. De uma determinada
mercadoria, é consultado sobre a
possibilidade de fechar um contrato
para armazenar 200.000 toneladas
anuais, com um Tempo de Permanência
estimado de 15 dias por lote. É possível
aceitar o contrato? Por quê?
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Solução
_________=
____giros =
365
=
____dias
tons
giros
Portanto, só seria possível aceitar este
contrato se:
1)
2)
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Um determinado armazém, com
uma Capacidade Estática máxima para
15.000 tons. De uma determinada
mercadoria, é consultado sobre a
possibilidade de fechar um contrato
para armazenar 400.000 toneladas
anuais, com um Tempo de Permanência
estimado de 5 dias por lote. É possível
aceitar o contrato? Por quê?
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Solução
_________=
____giros =
365
=
____dias
tons
giros
Portanto, só seria possível aceitar este
contrato se:
1)
2)
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Um determinado armazém, com
uma Capacidade Estática máxima para
20.000 tons. De uma determinada
mercadoria, é consultado sobre a
possibilidade de fechar um contrato
para armazenar 400.000 toneladas
anuais, com um Tempo de Permanência
estimado de 10 dias por lote. É possível
aceitar o contrato? Por quê?
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA
CAPACIDADE DINÂMICA
Exercício
Solução
_________=
____giros =
365
=
____dias
tons
giros
Portanto, só seria possível aceitar este
contrato se:
1)
2)
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
A taxa de Ocupação pode ser utilizada
regularmente para controlar a utilização das
áreas de armazenagem, uma vez que
expressa a quantidade de carga armazenada
em determinado momento, como percentual
da Capacidade Estática. É calculada a partir
da seguinte formula:
Tx. de Ocupação = Tonelagem em armazém x 100
Capacidade Estática
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Por exemplo, se um armazém
contiver 3.200 toneladas de cargas e
sua Capacidade Estática para uma
mescla típica for de 4.000 toneladas, a
Taxa de Ocupação será de:
3.200 x 100 = 80%
4.000
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
Um armazém tiver 10.000 toneladas de
cargas e sua Capacidade Estática para uma
mescla típica for de 14.000 toneladas, a Taxa
de Ocupação será de:
________ x 100 = _______%
Obs. Só deverá multiplicar por 100 quem
estiver com máquina de calcular que o
percentual e igual sejam na mesma tecla.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
Um armazém tiver 7.000 toneladas de
cargas e sua Capacidade Estática para uma
mescla típica for de 14.000 toneladas, a Taxa
de Ocupação será de:
________ x 100 = _______%
Obs. Só deverá multiplicar por 100 quem
estiver com máquina de calcular que o
percentual e igual sejam na mesma tecla.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
Um armazém tiver 14.000 toneladas de
cargas e sua Capacidade Estática para uma
mescla típica for de 14.000 toneladas, a Taxa
de Ocupação será de:
________ x 100 = _______%
Obs. Só deverá multiplicar por 100 quem
estiver com máquina de calcular que o
percentual e igual sejam na mesma tecla.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
Um armazém tiver 1.400 toneladas de
cargas e sua Capacidade Estática para uma
mescla típica for de 14.000 toneladas, a Taxa
de Ocupação será de:
________ x 100 = _______%
Obs. Só deverá multiplicar por 100 quem
estiver com máquina de calcular que o
percentual e igual sejam na mesma tecla.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
Um armazém tiver 12.600 toneladas de
cargas e sua Capacidade Estática para uma
mescla típica for de 14.000 toneladas, a Taxa
de Ocupação será de:
________ x 100 = _______%
Obs. Só deverá multiplicar por 100 quem
estiver com máquina de calcular que o
percentual e igual sejam na mesma tecla.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Como a Capacidade Estática baseia-se
em valores médios, a Tx. De Ocupação só
pode ser calculada de forma aproximada.
Pois quando o mix de cargas é alterado,
muda também o Fator Médio de Estiva e a
Altura Média de Empilhamento.
No entanto, os valores calculados para a
Taxa de Ocupação proporcionam uma visão
gerencial da eficiência com que as áreas de
armazenagem são utilizadas.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
O quadro abaixo contém um
resumo das Taxas de Ocupação Média
Mensais para os armazéns A, B, C, e D,
no período de um ano. Calcule a Tx. De
Ocupação Média Anual para cada um
deles.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM - EXERCÍCIO
A (%)
B (%)
C (%)
D (%)
Jan
50
40
90
35
Fev
57
65
65
40
Mar
68
85
50
45
Abr
54
40
34
15
Mai
73
40
58
25
Jun
87
70
52
30
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM - EXERCÍCIO
A (%)
B (%)
C (%)
D (%)
Jul
92
55
42
34
Ago
95
30
60
28
Set
50
35
75
30
Out
100
55
100
18
Nov
100
40
100
29
Dez
100
75
100
40
Médias
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
O quadro abaixo contém um
resumo diário dos registros do armazém
ao longo de 10 dias. Considerando a
Capacidade Estática do armazém de
2000 tons, confira a taxa diária de
ocupação do armazém no período e a
Taxa de Ocupação Média do período
deles
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM - EXERCÍCIO
DIA
TONS
ARMAZENA
DA
1
TAXA
OCUPA
ÇÃO
DIA
TONS
TAXA
ARMAZENA OCUPA
DA
ÇÃO
820
6
1650
2
980
7
1200
3
1350
8
1580
4
1780
9
1820
5
2000
10 1920
TX DE OCUPAÇÃO MÉDIA DO PERÍODO:
Em média um índice superior a 75% é extremamente perigoso,
sinalizando que em alguns pontos pode ter ocorrido
congestionamento, o que certamente aconteceu no dia ....
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
O quadro abaixo contém um
resumo das Taxas de Ocupação Média
Mensais para os armazéns A, B, C, e D,
no período de um ano. Calcule a Tx. De
Ocupação Média Anual para cada um
deles e responda às perguntas que se
seguem:
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM - EXERCÍCIO
A (%)
B (%)
C (%)
D (%)
Jan
50
40
90
35
Fev
57
65
65
40
Mar
68
85
50
45
Abr
74
50
44
25
Mai
83
35
48
20
Jun
87
70
52
30
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM - EXERCÍCIO
A (%)
B (%)
C (%)
D (%)
Jul
92
55
42
34
Ago
95
30
60
28
Set
100
85
85
25
Out
100
55
100
18
Nov
100
40
100
29
Dez
100
75
100
40
Médias
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE
ARMAZENAGEM
Exercício
Com relação aos armazéns acima
responda:
a) Que medidas você adotaria no caso do
Armazém A?
b) Diagnostique o problema do armazém B.
c) Diagnostique o problema do armazém C.
d) O armazém D tem algum problema?
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
A armazenagem é um processo dinâmico
pela sua própria natureza. Portanto, o seu
planejamento exige a obtenção permanente de
informações sobre a demanda a ser atendida, a fim
de que possamos atender eficientemente os
clientes, oferecendo vantagens competitiva quanto
a:
1) Qualidade: garantir a satisfação do cliente
em qualquer situação, sobretudo quando a
armazenagem estiver envolvida em procedimentos
just-in-time, no qual os ciclos de pedidos são bem
mais rápidos.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
2) Pontualidade: como parte integrante da
cadeia logística, a armazenagem deve atender com
presteza às exigências de prazo decorrentes do
processo. Para isto é fundamental a acuracidade
dos inventários e a rastreabilidade dos lotes.
3) Produtividade: maximização do conjunto
de recursos disponíveis na área de armazenagem
para obter um rendimento operacional mínimo
compatível com o mercado em termos de custos.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
Os métodos consagrados para definir a
eficiência baseiam-se no estabelecimento de
indicadores
de
tempos-padrão
e,
conseqüentemente, dos custos-padrão, mantendose uma monitoração permanente sobre:
1) Tx. De ocupação e giro das áreas de
armazenagem;
2) O tempo de execução de tarefas repetitivas
como carga e/ou descarga de caminhões ou
ova/desova de contêineres, por tipo de mercadoria;
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
3) Produtividade homem-máquina por
classes de equipamentos em tarefas
semelhantes, com base nos tempos-padrão
preestabelecidos;
4) Índice de erros ou avariais por
homem ou por equipe;
5) Tempo de operacionalidade ou de
imobilização
de
equipamentos
pela
manutenção.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
Se utilizarmos sistemas de gerenciamento
eletrônico da armazenagem (WMS), todos os
índices podem ser calculados por computador e
disponibilizados através de relatórios. No entanto,
se ainda não foi atingido este estagio da gestão
empresarial, poderemos facilmente calcular estes
ou quaisquer outros índices que nos interessem,
através de algumas formulas bastante simples,
como as abaixo exemplificadas. Estes índices não
tem caráter universal, tratando-se apenas de
exemplos. Na pratica, cada organização deverá
implantar índices que realmente reflitam as suas
necessidades.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
a) Carga Média Movimentada
Tarefa/Hora:
tons por tarefa por turno
total de horas do turno
por
b) Carga Média Movimentadas no período:
tons movimentada no período
quantidade de equipes
c) Índice de Operacionalidade de
Equipamentos (%)
horas trabalhadas pelo equipamento
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
d) Índice de produtividade na Movimentação
(%):
horas/homem na movimentação
peso total movimentado
e) Índice do uso da mão-de-obra (%):
nº de pessoas empregadas na movimentação
total de equipe
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
1) Um terminal de cargas trabalho ininterruptamente,
durante 2 turnos, das 07h às 24h., operando com 3
empilhadeiras com capacidade para 10 toneladas.
a) a empilhadeira 1 esteve parada das 07h às 09h05,
das 13h15 às 14h40, das 19h às 19h20, sendo recolhida às
24h;
b) a empilhadeira 2 trabalhou das 07h35 às 15h45,
quando foi reabastecer, retornando às 16h30, prosseguindo no
trabalho até 19h, reiniciando às 20h20 e dispensada às 23h10;
c) a empilhadeira 3 trabalhou das 07h às 16h e das
18h30 às 23h50.
Qual foi a Tx. De operacionalidade para esta classe de
equipamentos?
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
2)
Um armazém iniciou a operação às 07h,
descarregando com uma única equipe 100 toneladas de caixas
com alho em vagões. Parou o serviço às 11h para almoçar,
reiniciou às 12h e terminou a descarga às 13h30. Às 19h
começou a embarcar 460 toneladas de carga geral em
caminhões, trabalhando simultaneamente em 2 docas sem
interrupção, até terminar às 02h30.
a) Qual foi a tonelagem média horária de carga
movimentada?
b) Qual foi a média de carga movimentada por
equipes/hora no embarque?
c) Qual foi a média de carga movimentada por equipe no
embarque?
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
3) Um terminal de cargas trabalho ininterruptamente,
durante 2 turnos, das 07h às 24h., operando com 3
empilhadeiras com capacidade para 10 toneladas.
a) a empilhadeira 1 esteve parada das 07h às 09h05,
das 13h15 às 14h40, das 19h às 19h20, sendo recolhida às
22h;
b) a empilhadeira 2 trabalhou das 07h35 às 15h45,
quando foi reabastecer, retornando às 16h30, prosseguindo no
trabalho até 19h, reiniciando às 20h20 e dispensada às 24h;
c) a empilhadeira 3 trabalhou das 07h às 16h e das
18h30 às 20h30.
Qual foi a Tx. De operacionalidade para esta classe de
equipamentos?
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
4) Um armazém iniciou a operação às 07h,
descarregando com uma única equipe 200 toneladas de caixas
com alho em vagões. Parou o serviço às 11h para almoçar,
reiniciou às 12h e terminou a descarga às 13h30. Às 19h
começou a embarcar 560 toneladas de carga geral em
caminhões, trabalhando simultaneamente em 4 docas sem
interrupção, até terminar às 02h30.
a) Qual foi a tonelagem média horária de carga
movimentada?
b) Qual foi a média de carga movimentada por
equipes/hora no embarque?
c) Qual foi a média de carga movimentada por equipe no
embarque?
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
5) Um armazém iniciou a operação às 07h,
descarregando com uma única equipe 150 toneladas de caixas
com alho em vagões. Parou o serviço às 12h para almoçar,
reiniciou às 13h e terminou a descarga às 14h30. Às 18h
começou a embarcar 360 toneladas de carga geral em
caminhões, trabalhando simultaneamente em 4 docas sem
interrupção, até terminar às 04h30.
a) Qual foi a tonelagem média horária de carga
movimentada?
b) Qual foi a média de carga movimentada por
equipes/hora no embarque?
c) Qual foi a média de carga movimentada por equipe no
embarque?
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
ARMAZENAGEM
6) Um armazém iniciou a operação às 07h,
descarregando com uma única equipe 300 toneladas de caixas
com alho em vagões. Parou o serviço às 12h para almoçar,
reiniciou às 13h e terminou a descarga às 14h30. Às 18h
começou a embarcar 360 toneladas de carga geral em
caminhões, trabalhando simultaneamente em 2 docas sem
interrupção, até terminar às 04h30.
a) Qual foi a tonelagem média horária de carga
movimentada?
b) Qual foi a média de carga movimentada por
equipes/hora no embarque?
c) Qual foi a média de carga movimentada por equipe no
embarque?
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QUEBRA DE ESPAÇOS E ÍNDICES PARA EMPILHAMENTO