MBA Internacional em Gestão e Finanças Análise de Investimentos e Valuation PROFESSOR: José Moraes Feitosa (Neto) www.netofeitosa.com.br – [email protected] Dez Princípios Essenciais em Finanças Princípio 1: Compreenda as demonstrações financeiras Princípio 2: Compre e mantenha somente ativos que adicionam valor à riqueza do investidor (VPL positivo) Princípio 3: O Caixa é o rei Princípio 4: O dinheiro muda de valor no tempo Princípio 5: Saiba calcular o custo da alternativa financeira Princípio 6: Minimize o custo dos financiamentos Princípio 7: Retorno e Risco são dois lados da mesma moeda Princípio 8: Os mercados de capitais são eficientes na maioria das vezes e precificam bem as informações. Princípio 9: A diversificação é importante Princípio 10: O investidor marginal é diversificado A empresa e o Mercado de Capitais A. Empresa emite títulos B. Empresa investe em Ativos a curto e longo prazo C. Caixa proveniente dos ativos da empresa E. Reinveste F. Paga dividendos e dívida Mercados Financeiros / Dívidas a curto e longo prazo / Ações D. Governo / Outros Stakeholders Mercado de Capitais longo Mercado de Câmbio moedas estrangeiras prazo; capital para empresas Mercado de Crédito crédito para capital de giro e consumo Mercado Monetário curto prazo; política monetária; operações interbancárias. Ativos Financeiros no Mundo Missão do CFO (Chief Financial Officer) Investir em projetos cujo retorno sobre o investimento seja maior do que o custo de capital (taxa de corte ou taxa mínima de atratividade). A taxa de atratividade deve conter duas características: ser mais alta para projetos mais arriscados e deve refletir o mix de financiamento utilizado (capital de terceiros e capital próprio). Escolher uma combinação de financiamentos entre capital de terceiros e capital próprio cuja duração case com a duração dos ativos operacionais da empresa Administrar o ciclo operacional e de caixa da empresa, representados pelos prazos médios de recebimento de vendas, estocagem, fornecedores e impostos. Procurar manter o Capital de Giro (reserva) acima das necessidades de capital de giro (investimento no giro). Decisão de INVESTIMENTO Decisão de FINANCIAMENTO Decisão de CAPITAL DE GIRO Devolver recursos para os acionistas na forma de dividendos ou recompra de ações em caso de falta de investimentos atraentes. Decisão de DIVIDENDO S Objetivo central: Maximizar o Valor da Empresa Fonte: Damodaran O Que é Gestão Baseada em Valor “A gestão baseada em valor cria uma atmosfera mental na organização na qual TODOS aprendem a priorizar as decisões de acordo com a repercussão destas no valor da corporação.” (James A. Knight. ValueBased Management. New York: McGraw-Hill, 1998.) De quem é a empresa? 3 Japão 97 17 Alemanha 83 22 França Inglaterra 78 71 29 Estados Unidos 76 24 0 Todos os Acionistas Todos os Stakeholders Fonte: Brealey & Myers (2005) Gráfico 1.1.2.1 – De quem é a empresa 20 40 60 80 % de respostas 100 120 Dividendos ou Emprego Seguro? Pesquisa com 399 administradores de 5 países.? 3 Japão 97 40 Alemanha 41 França Inglaterra 60 59 89 11 EUA 89 11 0 20 Dividendos Emprego Seguro Fonte: Brealey & Myers (2005) Gráfico 1.1.2.2 – Dividendos versus Emprego 40 60 80 % de respostas 100 120 Construindo a GBV Gestão do Valor • Alocação de • Mensuração • Comunicação Capital do Internta Desempenho • Orçamentos Operacionais• Recompensa Salarial • Relações com Investidores Plano Estratégico Para implantar a Gestão Baseada em Valor • Pense como Acionista • Defina a estratégia de Valor • Defina uma métrica • Comunique (Desafiar) VIDA LONGA E SAUDÁVEL • Avalie o desempenho (Reconhecer) • Remunere por desempenho (Celebrar) FATORES QUE AFETAM O VALOR DAS EMPRESAS Macroeconomia Crescimento Econômico Fluxo de Caixa da Empresa Valor da Empresa Inflação Taxa de Juros Fonte: Gitman “Não podemos dirigir o vento. Mas podemos ajustar as velas.” (Anônimo) Taxa de Retorno exigida pelos investidores FATORES QUE AFETAM O VALOR DAS EMPRESAS Políticas do Governo Federal Política fiscal Alíquota do IR das pessoas físicas Receitas geradas pela empresa Alíquota do IR das empresas Fluxo de Caixa da Empresa Impostos sobre o consumo Política monetária Mudanças nas taxas de juros Crescimento Econômico Despesas incorridas pela empresa (incluindo despesas com imposto de renda) Valor da Empresa Taxa de Retorno exigida pelos investidores FATORES QUE AFETAM O VALOR DAS EMPRESAS Condições da Indústria Demanda Rendas geradas pela empresa Concorrência Fluxo de Caixa da Empresa Oferta e Demanda de Mão-de-Obra Regulamentação Valor da Empresa Despesas incorridas pela empresa Taxa de Retorno exigida pelos investidores FATORES QUE AFETAM O VALOR DAS EMPRESAS Economia Global Crescimento econômico Rendas geradas pela empresa com negócios internacionais Taxa de juros estrangeiras Flutuações da taxa de câmbio Risco Político Fluxo de Caixa da Empresa Despesas incorridas pela empresa com negócios internacionais Valor da Empresa Taxa de Retorno exigida pelos investidores Introdução Por que eu preciso saber o valor da empresa? A empresa vale mais morta ou viva? VALUATION O que é Valorar uma empresa? Valorar uma empresa é calcular o seu valor intrínseco a partir da identificação de suas variáveis econômicas e financeiras mais importantes e da suposição de como essas variáveis irão evoluir no tempo. Princípio básico: um ativo vale pelo fluxo de caixa líquido que se espera que ele entregue ao seu proprietário ao longo do tempo, no futuro. “O pomar é a fonte das maçãs, mas o valor das maçãs é a fonte do valor do pomar” (Irving Fisher – 1867-1947 – Teoria do Juro) Objetivos do Valuation • As operações de Fusões & Aquisições são as que mais demandam o trabalho de valorar uma empresa. O sucesso da operação está em com quem fica com SINERGIA. • Esse é o principal objetivo da escola de análise de ações denominada ESCOLA FUNDAMENTALISTA para recomendação de compra ou venda de ações. • A entrada da empresa em •Em muitos processos judiciais envolvendo empresas há a necessidade de perito especialista na apuração de haveres. Objetivo 1 M&A Objetivo 6 .Herança, Testamento Haveres, Arbitragem • Valor de toda a empresa • Valor de unidades de negócios • Simulação do impacto de mudanças estratégicas • Ciclo de vida da empresa • Migração de valor Objetivo 2 Calcular o preço justo (preço-alvo) de uma ação na bolsa. Objetivo 3 Entrada e Saída da Bolsa de Valores VALOR Objetivo 5 Gestao Estratégica bolsa se dá pela IPO (Initial Public Offering) e a saída pelo mesmo processo, denominado Oferta Pública de Ações Objetivo 4 Gestão Baseada em Valor • Cada vez mais a remuneração dos executivos e funcionários é feita com base na criação de valor para o acionista. Mitos que devemos evitar em Valuation Mito 1 Uma vez que os modelos de avaliação são quantitativos, a avaliação é objetiva. Mito 2 Uma avaliação bem pesquisada e bem feita é eterna. Mito 3 Uma boa avaliação oferece uma estimativa precisa de valor. Mito 4 Quanto mais quantitativo o modelo, melhor a avaliação. Mito 5 O mercado geralmente está errado. Mito 6 O produto da avaliação (ou seja, o valor) é o que importa; o processo de avaliação não é importante. Fonte: Damodaran Modelos e Métodos de Avaliação Fonte: Damodaran Modelos de Avaliação Baseado em Ativos Fluxo de Caixa Descontado Relativos, Comparativos Estável Liquidação Corrente Dois estágios Custo de reposição Acionista (PL) Firma (Ativos) Contigentes (Opções Reais) Setor Mercado Opção de Diferimento Normalizado Patrim. Líquido de empresas em dificuldades Três estágios Lucros Receita Valor Contábil (patrimonial) Ótica do Acionista (PL) Ótica da Firma (Ativos) Dividendos FC Acionista (FCFE) WACC APV Excesso de Retorno (EVA, p.e..) Opção de Liquidação Específico do Setor Patentes Opção de Expansão Empresas novas Reservas inexploradas Terrenos ociosos com valor comercial Modelo de Dividendos O Modelo de Dividendos de avaliação leva em conta os dividendos esperados. FCt V0 t t 1 1 r V = valor atual FC = fluxo de caixa esperado r = taxa de desconto t = tempo Qual tipo de fluxo usar na avaliação? • Perspectiva da empresa (dos ativos): Fluxo de Caixa Livre ou “da Firma” (FCFF) • Perspectiva dos credores: Fluxo de Caixa da Dívida • Perspectiva do acionista: Fluxo de Dividendos Fluxo de Caixa do Acionista (FCFE) DDM (modelo de dividendos) • O valor da empresa para o acionista: Ve = Vo x q Ve = valor do equity Vo = valor intrínseco da ação dado pelo DDM q = quantidade de ações n Dt Pn V0 t n (1 r ) t 1 1 r Como n => ∞ , temos: Modelo apresentado por John Burr Williams em 1938 Dt V0 t t 1 1 r Por que o modelo considera que n tende para o infinito? Modelo de Crescimento de Gordon • Gordon e Shapiro (1956) e Gordon (1962) assumem que os dividendos cresçam a uma taxa constante infinitamente. • Essa premissa aplicada à equação de J.B. Williams leva ao modelo geral de desconto de dividendos • Dt = Dt-1(1+g) onde g = taxa de crescimento esperada para os dividendos • Para qualquer tempo temos: Dt D0 (1 g ) t Cont… • Assim, podemos reescrever a equação como: D0 (1 g ) D0 (1 g ) 2 D0 (1 g )3 D0 (1 g ) n V0 ... 2 3 (1 r ) (1 r ) (1 r ) (1 r ) n • Como temos uma progressão geométrica em tela, a expressão pode ser simplificada para: D0 (1 g ) D1 V0 rg rg Qual é a restrição para esta equação? Exemplos 1) Avaliação com crescimento zero. A empresa Paradise SA tem uma política de pagar um dividendo por ação de R$4,00 a cada ano. Se a política continuar ad eternum, qual será o valor da empresa para o acionista se a taxa de retorno exigida for de 16% e também sabendo-se que o capital da empresa está dividido em um milhão de ações? Solução: Temos g = 0% e neste caso D1 = D0 V0 D1 R$4 R$25 r 0,16 Valor total da empresa para os acionistas = R$ 25/ação x 1.000.000 ações = R$25.000.000,00 Use sempre D1 no numerado e não D0. Exemplos 2) Avaliação com crescimento positivo constante. A Hell SA promete um dividendo de R$4 por ação. Os sócios da empresa exigem uma taxa de retorno de 16% ao ano de empresas semelhantes a esta. Está previsto que os dividendos irão sofrer aumentos de 6% ao ano. Como base no modelo de crescimento constante, qual é o valor da empresa para os acionistas se o capital está dividido em um milhão de ações? Se mantido o mesmo cenário atual, qual será o valor da empresa daqui a quatro anos? Solução: D R$4 V0 1 rg 0,16 0,06 R$40 Valor total da empresa para os acionistas = R$40/ação x 1.000.000 ações = R$40.000.000,00 O valor da ação daqui há quatro anos será D5 D1 (1 g ) 4 R$4 (1,06) 4 R$5.05 V4 R$50,50 rg rg 0,16 0,06 0,10 Que é o mesmo que fazer 40x(1,06)^4 = 50,50 Valor total da empresa para os acionistas = R$50,50/ação x 1.000.000 ações = R$50.500.000,00 Custo de Capital pelo Modelo de Gordon D1 V0 P0 rg r = retorno requerido = custo de capital próprio D1 r g P0 Só vale para empresas que se encaixam no modelo de Gordon De onde vem o g? Desvendando o g CONCEITOS, DEFINIÇÕES E PREMISSAS • ROE = retorno sobre o patrimônio líquido (considera-se que ROE médio = ROE marginal) LLt LLt 1 gt • LL = lucro líquido LLt 1 • g = taxa de crescimento do lucro líquido => • • • Considera-se o lucro retido como única fonte de financiamento para o crescimento. Se a empresa deseja crescer os lucros futuros ela precisa reter todo ou parte do lucro presente para reinvestimentos. O lucro do ano corrente é igual ao lucro do ano anterior mais o aumento do lucro por causa dos reinvestimentos. LLt LLt 1 Aumento .do.Lucrot • O aumento no lucro é dado pelo retorno obtido nos lucros reinvestidos: Aumento .do.Lucrot LucrosRe tidost 1 ROE ,logo: LLt LLt 1 LucrosRe tidost 1 ROE Cont… LLt LLt 1 LucrosRe tidost 1 ROEt Dividindo-se ambos os lados por LLt-1 LLt LLt 1 LucrosRe tidost 1 ROEt LLt 1 LLt 1 LLt 1 LucrosRe tidos 1 gt 1 ROE LLt 1 LucrosRe tidos ROE Taxa Re tenção ROE g b ROE g t LLt 1 Conclusão: ao considerar b igual a 1 (100% de reinvestimento dos lucros), conclui-se que taxa de crescimento g não pode ultrapassar o ROE. Vale lembrar que, em equilíbrio de mercado, ROE = r. Que conclusão você pode tirar a respeito do modelo de Gordon? Fundamentos econômicos para g na perpetuidade • PIB brasileiro acumulará crescimento de 150% até 2030, diz estudo Por: Marcelo Rossi Poli 19/08/08 - 20h35 InfoMoney SÃO PAULO - Estudo realizado pela auditoria Ernst & Young e pela FGV (Fundação Getulio Vargas) aponta crescimento de 150% no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro até 2030. De acordo com as projeções, os US$ 963 bilhões registrados em 2007 passarão para US$ 2,4 trilhões em 2030. Confira. (fonte: www.infomoney.com.br) Principais cenários captados pelo DDM • Premissas do DDM • não há financiamento externo na empresa; qualquer expansão deve ser financiada com os lucros retidos; • a taxa interna de retorno ROE da empresa é constante • a taxa de desconto (r) permanece constante. • Estendendo o modelo de Gordon, temos: D1 LPA1 (1 b) V0 rg r (b ROE) b = taxa de retenção de lucro LPA = lucro por ação (E = Earning) Cenário 1 •Empresa em crescimento, quando ROE > r DADOS: ROE = 15% r = 10% LPA = $5,00 Se a taxa de retenção de lucro da empresa (b) for de 60%, o valor da empresa por ação (V) será: $5(1 0,6) $2 V0 $200 0,10 (0,6)(0,15) 0,01 A retenção de lucro é de 60% permite uma taxa g de 9%, dado que ROE é igual a 15% (g = b x ROE). Conclusão: quando ROE>r, V aumenta com o aumento de b. Cenário 2 Empresa em decadência, quando ROE < r DADOS: ROE = 5% r = 10% LPA = $5,00 Se a taxa de retenção de lucro da empresa (b) for de 60%, o valor da empresa por ação (V) será: V $5(1 0,6) $2 $28,57 0,10 (0,6)(0,05) 0,07 Mantendo a retenção de lucro em 60% , g será de 3% (g = b x roe). Entretanto, Se b = 20%; payout = 80%; o valor V da empresa aumentará para: V0 $5(1 0,2) $4 $4 4,4 4 0,1 0 (0,2)(0,0 5) 0,0 9 Conclusão: V aumenta com o aumento de do payout quando uma empresa apresenta roe < r (empresa em decadência). Cenário 3 Empresa estável, quando ROE = r DADOS: ROE = 10% r = 10% LPA = $5,00 b = 60% payout => 1-b = 40% $5(1 0,6) $2 V0 $50 0,10 (0,6)(0,10) 0,04 Se b diminui para 20%, V será: V0 $5(1 0,2) $4 $50 0,10 (0,2)(0,10) 0,08 Conclusão: V não é afetado pela política de dividendos quando ROE = r Essa foi a conclusão de Modigliani e Miller. Em mercados perfeitos e sempre em equilíbrio quando (ROE=r ) a política de dividendos é irrelevante. Valor Presente das Oportunidades de Crescimento PVGO “70% do valor das ações de nossa empresa é representado por oportunidades de negócios ainda não realizados” • Divide-se o valor da empresa em duas partes: 1ª Parte: FC sem crescimento (vaca leiteira) 2ª Parte: FC em crescimento • A 1ª parte é uma perpetuidade constante, logo V = E / r. Além disso, não há retenção de lucro (E). V0 = E r + PVGO PV dos ganhos de novos ganhos conquistados pelos investimentos realizados com lucros retidos atuais projetos de investimentos e mantidos para sempre VALOR COMO “VACA LEITEIRA” + VALOR DO CRESCIMENTO FUTURO Exemplos de PVGO Fonte: Brealey & Myers Exemplo PVGO • Valor atual de mercado da ação: $30 • E = $1,27 por ação • r = 6,2% E V0 PVGO r 1,27 30 PVGO 6,2% PVGO 30 20,49 9,51 Desvendando PVGO PVGO representa os investimentos futuros com VPL positivo VPL1 PVGO rg Desvendando PVGO cont… Por simplificação considere que individualmente cada projeto irá gerar um fluxo de caixa constante para sempre. Com isto, o seu VPL será dado por: + FC 1 ∞ + FC -1 2 ∞ + FC -1 FC VPL $1 r 3 ∞ -1 VPL1 PVGO rg 1 2 3 ∞ Outro Exemplo de PVGO Uma empresa espera gerar um lucro por ação de $20 no ano seguinte. Coef. Retenção=70% ROE = 15% r = 12% Qual o valor da ação e qual o PVGO contido no valor da ação? Div1 E1(1 Coef . Re t ) Div1 $20 0,3 $6 g = coef. retenção x ROE g = 15% x 0,7 = 10,5% D1 $6 V0 $400 rs g 12% 10,5% Cont… Primeiro ano: a empresa realiza um investimento por ação nas seguintes condições: Valor do investimento (I) = $20 x 0,7 = $14 Ganho constante e perpétuo (FC) = I x ROE Ganho constante e perpétuo (FC) = $14 x 15% = $2,10 VPL do projeto no instante 1: $2,10 VPL1 $14 $3,50 12% Cont… Segundo ano: o lucro da empresa crescerá 10,5% (g) em relação ao ano anterior, indo para $22,10. Valor do investimento (I) = $22,1 x 0,7 = $15,47 Ganho constante e perpétuo (FC) = I x ROE Ganho constante e perpétuo (FC) = $15,47 x 15% = $2,32 VPL do projeto no instante 2: $2,32 VPL 2 $15,47 $3,87 12% Cont… Crescimento do VPL: observe que os VPLs crescem à razão g crescimento = 10,5% = g 3,50 3,87 Como esse processo teoricamente não pára nunca, podemos calcular o PV de todos os VPLs futuros utilizando a fórmula da perpetuidade com crescimento VPL1 $3,50 PVGO $233,33 r g 12% 10,5% Ganho E b E b ROE Inv VPL1 r r PVGO rg rg r ( ROE b) Cont… D1 $6 V0 $400 Valor da Ação rs g 12% 10,5% Como “vaca leiteira” $166,67 42% PVGO $233,33 58% Modelo de Dois Estágios Conceito: assume-se duas taxas g e dois períodos No período de alto crescimento assume-se que g é extraordinária Depois da data n esperam-se dividendos crescendo a uma taxa g de longo prazo gL . O valor Vn será: Cont.... E Vo será: Ou: n V0 t 1 D0 (1 g S ) n (1 g L ) D0 (1 g S ) t (r g L ) t (1 r ) (1 r ) n Onde: gS = taxa de crescimento g no período de alto crescimento gL = taxa de crescimento g para o período estável n = número de anos em que os dividendos (ou fluxos de caixa) crescem à taxa gs. V0 = valor da ação (ou da empresa) hoje (data zero). t = período de alto crescimento. Exemplo DDM dois estágios Ação da General Mills Dividendo corrente (Do): $1,10 gs estimado: 11% próximos 5 anos gL estimado: 8% para sempre Método para calcular r: ytm do títulos de dívida da empresa + prêmio de risco (6,7% + 4% = 10,7%). Cont.... Modelo H para DDM D0 (1 g S ) D0 H ( g S g L ) V0 (r g L ) Onde: gs = taxa de crescimento g inicial gL = taxa de crescimento g de longo prazo após o período 2H V0 = valor da ação (ou da empresa) hoje (data zero). t = período de alto crescimento. H = metade dos anos que cobrem o período de alto crescimento (isto é, o período de alto crescimento é representado por 2H). O termo H é derivado da palavra inglesa half (metade). Cont... Exemplo: Considere os seguintes dados de uma determinada empresa. Dividendos correntes (D0): $1,00. Taxa g: 29,98%, decaindo linearmente ao longo de 16 anos até chegar a 7,26% para sempre. Taxa r de retorno mínimo exigido: 12,63% em todo o período. Solução H = 16 ÷ 2 = 8 V0 gS = 29,28% gL = 7,26% D0 (1 g S ) D0 H ( g S g L ) 1,00(1 1,0726) 1,00 8 (0,2928 0,0726) $52,77 (r g L ) (0,1263 0,0726) Se esta empresa não tivesse um crescimento acima do normal de 26,28%, seu valor aplicando a fórmula de Gordon seria: V0 D0 (1 g L ) 1,00(1 0,0726) $19,9739 r gL 0,1263 0,0726 Determinação da taxa de desconto • O custo de capital é a peça mais importante do quebra-cabeça do valuation. Uma boa avaliação depende da correta avaliação da taxa ajustada ao risco do ativo INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO POR MÚLTIPLOS Principais Múltiplos Ótica dos Ativos Valor / Rendimentos EV / EBIT EV / EBITDA Ótica do Patrimônio Líquido Valor / Valor Contábil dos Ativos Valor / Receita Valor / Rendimentos Valor / Valor Contábil do Patrim. Líquido Valor / Receita EV / Vr Patrimonial dos Ativos EV / Receita Operacional P / LPA P / VPA P / Receita Operacional por ação P/L/C Ou PEG P = Preço de mercado da ação EV = Value = Entreprise Value = Valor de mercado do capital de terceiros mais capital próprio LPA = Lucro por Ação VPA = Valor Patrimonial da Ação EBIT = Earning Before Interest and Tax EBITDA = Earning Before Interest, Tax, Depreciation and Amortization QUATRO PASSOS 1. 2. 3. 4. Definir o múltiplo (conceito, objetivo e forma de cálculo) Fazer uma análise descritiva (estatística) do múltiplo Analisar o múltiplo (entender as variáveis determinantes) Aplicar o mútiplo (fazer comparações com empresas comparáveis e tomar decisões) [ parte mais difícil ] Avaliação Relativa PROPOSIÇÕES DE DAMODARAN –Proposição 1: Tanto o valor (numerador) quanto a variável de padronização (denominador) devem ter a mesma natureza proprietária. Em outras palavras, deve-se dividir o valor do patrimônio líquido pelo lucro líquido (do acionista) ou valor contábil do PL; e o valor da empresa (ativos) deve ser dividido pelo lucro dos ativos (operacional) ou valor contábil dos ativos. –Proposição 2: Qualquer múltiplo embute todas as variáveis que são chaves na avaliação pelo método de fluxo de caixa descontado: crescimento, risco e padrão do fluxo de caixa. Avaliação Relativa PROPOSIÇÕES DE DAMODARAN (continuação) –Proposição 3: É impossível comparar corretamente empresas com base em um múltiplo, se não conhecemos a natureza das relações entre os fundamentos e o múltiplo. –The relationship between a fundamental (like growth) and a multiple (such as PE) is seldom linear. For example, if firm A has twice the growth rate of firm B, it will generally not trade at twice its PE ratio (Damodaran, 2006) –Proposição 4: Não há razão por que uma empresa não possa ser comparada com outra em atividades completamente diferentes, se ambas apresentam o mesmo risco, crescimento e características de fluxo de caixa. [ os fundamentos é que devem ser similares e não as atividades ] Avaliação Relativa PROPOSIÇÕES DE DAMODARAN (continuação) –Proposição 5: É impossível encontrar empresas exatamente idênticas àquela em que você está valorando. Avaliação Relativa RAZÃO Preço/Lucro (P/L) ou (PE) Medida que relaciona o preço corrente da ação ao lucro por ação Três variantes: P/L corrente P/L anualizado P/L futuro PE Ratio Distribution: US firms in January 2005 70 0 60 0 50 0 40 0 Current P E Trailing P E 30 0 Fo rward P E 20 0 10 0 0 0 -4 4 -8 8 -12 1 2-16 1 6-20 20 -24 24 -28 28 - 3 2 P E Ratio 32 -36 36 -40 40 -50 50 -75 75 -100 >1 00 Avaliação Relativa RAZÃO Preço/Lucro (P/L) ou (PE) PE Distributions: Comparison Median PE Japan = 23.45 US = 23.21 Europe = 18.79 Em. Mkts = 16.18 18.00% 16.00% 14.00% % of firms in market 12.00% 10.00% US Emerging Markets 8.00% Europe Japan 6.00% 4.00% data: 2005/2006 2.00% 0.00% 0-4 4-8 8-12 12-16 16-20 20-24 24-28 28 - 32 32-36 36-40 40-50 50-75 75-100 >100 P E Ratio P/L e FUNDAMENTOS • • • Os fundamentos estão baseados no modelo DCF Modelo de desconto de dividendos de Gordon, D1 P0 r gn Dividindo ambos os lados pelo lucro corrente da ação, P0 Índice Payout (1 g n ) P/L = L0 r -g n • na convergência do modelo de Gordon para o modelo do Fluxo do Acionista (FCFE), temos P0 FCFE1 r gn P0 ( FCFE / Lucro) (1 g n ) P/L = L0 r-g n P/L e FUNDAMENTOS • Proposição: tudo mais constante, empresas de crescimento esperado alto terão P/L maior do que empresas de crescimento esperado baixo. • Proposição: Tudo o mais constante, empresas mais arriscadas terão menor P/L do que empresas menos arriscadas. • Proposição: Tudo o mais constante, empresas com taxa de reinvestimento baixa terão P/L maior do que empresas com taxa de reinvestimento maior. • O difícil é “manter tudo mais constante” porque empresas com alto crescimento tendem a ter alto risco e alta taxa de reinvestimento. P/L em DOIS ESTÁGIOS Para empresas com período de alto crescimento podemos ajustar a fórmula do P/L para este período (1+ g) n LPA0 Payout (1+ g) 1 n (1+ r) LPA0 Payoutn (1+ g) n (1+ g n ) P0 = + r -g (r - g n )(1+ r)n Dividindo ambos os lados por Lo, temos: (1+ g) n Payout (1+ g) 1 n n (1 + r) P0 Payout (1 + g) (1+ g n ) + n = L0 r -g (r - g n )(1+ r)n P/L em DOIS ESTÁGIOS EXEMPLO Você está tentando estimar o P/L de uma empresa que tem as seguintes características: Variável Fase de Cresc. Alto Fase de Cresc. Estável Taxa de Cresc Esperado 25% 8% Razão Payout 20% 50% Beta 1.00 1.00 Número de anos 5 anos Perpetuidade Taxa Livre de Risco = T.Bond Rate = 6% Prêmio de Risco de Mercado = 5,5% CAPM = 6% + 1(5.5%)= 11.5% (1.25)5 0.2 * (1.25) * 1 5 5 (1.115) 0.5 * (1.25) * (1.08) PE = + = 28.75 5 (.115 - .25) (.115- .08) (1.115) Avaliação Relativa ) Exercício Uma empresa já madura no setor de construção civil em fase final de crescimento moderado (4 anos), apresenta os seguintes dados: Fase de crescimento normal: ROE: 40% anuais Payout = 50% Índice de Retenção = 50% Custo cap. próprio = CAPM = 10% + 0,8(8,5%) = 16,8% (parâmetros brasileiros) g = ROE x TR = 0,4 x 0,5 = 20% Excesso de retorno = ROE – Ke = 40% - 16,8% = 23,2% Fase estável (perpetuidade): ROE: 32% anuais Payout = 90% Índice de Retenção = 10% Custo de capital próprio = 10% g = 90% x 32% = 3,2% Excesso de retorno = 32% - 10% = 22% Avaliação Relativa EXERCÍCIO 1 - SOLUÇÃO (1+ 0,2)4 0,5* (1+ 0,2)* 1 4 (1+ 0,168) 0,9 * (1+ 0,2)4 * (1+ 0,032) P0 = + 2,1 15,2 17,4 4 L0 0,168- 0,2 (0,1- 0,032)(1+ 0,168) Pergunta: 1) Você aceitaria pagar por uma ação com um P/L esperado tão alto? 2) O que pode estar errado nos fundamentos? P/L com ROE de 12% na perpetuidade, produzindo um g de 1,2% (0,12 x 0,90) (1+ 0,2)4 0,5* (1+ 0,2)* 1 4 (1 + 0,168) P0 0,9 * (1+ 0,2)4 * (1+ 0,012) = + 2,1 11,5 13,7 4 L0 r -g (0,1- 0,012)(1+ 0,168) Avaliação Relativa Múltiplo Enterprise Value/EBITDA Value Vr. Merc P L + Vr. Merc Dívida EBIT DA EarningsbeforeInterest,T axesand Depreciation EntrepriseValue Vr. Merc PL + Vr. Merc Dívida - Caixa EBIT DA EarningsbeforeInterest,T axesand Depreciation Mútiplos Value/EBITDA (Brasil) 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005 Alimentos e Bebidas 2,72 2,79 1,51 4,54 4,18 3,64 Comércio 2,29 2,30 2,02 2,31 2,70 2,56 Construção 1,58 0,02 -1,52 1,05 -0,98 1,99 Eletroeletrônicos 1,93 -1,05 -0,60 -0,76 -0,51 0,53 Energia Elétrica 3,74 2,87 1,74 2,08 2,76 1,90 Minerais Não Metálicos 1,35 1,78 -0,32 1,08 1,69 0,62 Mineração 4,38 3,98 2,17 9,76 4,90 4,48 Máquinas Industriais 3,44 2,95 1,57 2,65 2,65 3,07 Papel e Celulose 3,73 4,25 2,81 5,28 5,90 5,55 Petróleo e Gás 4,00 3,67 3,04 4,32 4,60 3,96 Química 2,82 2,29 1,56 2,47 3,70 3,59 Siderurgia e Metalurgia 4,77 4,21 4,19 4,78 4,51 3,67 Telecomunicações 2,49 1,94 1,23 2,03 1,51 1,24 Têxtil 2,49 1,27 0,18 1,87 1,32 1,54 Média dos Setores 2,98 2,38 1,40 3,10 2,78 2,74 fonte: www. institutoassaf.com.br Avaliação Relativa Determinantes EV/EBITDA O valor operacional da empresa e calculado por: FCFF1 V0 = WACC - g O numerador pode ser escrito como: FCFF = EBIT (1-t) - (Gcap - Depr) - NCG = (EBITDA - Depr) (1-t) - (Gcap - Depr) - NCG = EBITDA (1-t) + Depr (t) - GLcap - NCG Avaliação Relativa Determinantes EV/EBITDA O valor da empresa pode ser reapresentado como: EBIT DA(1- t) + Depr (t)- GLcap - NCG Value = WACC- g Dividindo os dois lados por EBITDA, temos: Valor (1- t) Depr(t ) / EBITDA GLcap/ EBITDA NCG / EBITDA = EBIT DA WACC g WACC g WACC g WACC g Exemplo • Suponha uma empresa com as seguintes características: – – – – – Imposto de Renda = 36% Gastos Líq. Capital/EBITDA = 30% Depreciação/EBITDA = 20% WACC = 10% Sem NCG – g = 5% em perpetuidade Valor (1 - .36) (0.2)(.36) 0.3 0 = + = 8.24 EBITDA .10 - .05 .10 - .05 .10 - .05 .10 - .05 Considerações sobre Value/EBITDA O múltiplo Vaor/EBITDA varia enormente entre empresas e mercados, dependendo de: – Quão intensiva em capital é a empresa (empresas com pesadas necessidades de investimentos tedem a ter razões EV/EBITDA menores), bem como empresas que investem pesado mas com excesso de retorno baixo, tendem tambám a ter EV/EBITDA baixo. – Custo de capital e risco (quanto maior o custo de capital, menor o múltiplo) – Expectativa de crescimento (quanto maior a taxa de crescimento esperado, maior o múltiplo) EXEMPLO AVALIAÇÃO DE EMPRESA COM BASE NO MÚLTIPLO EBITDA CIA abc EBITDA projetado $2 Milhões Média Valor/EBITDA - comparáveis 3 vezes Valor justo da Cia X $2 milhões x 3 = $ 6 milhões Dívida atual Nº total de ações $1 milhão 1 milhão Valor justo (6 M – 1 M)/1 M ações $ 5 por ação Valor de Mercado da ação $ 4,5 por ação Potencial de valorização 11% ($5 / $4,5) Price Sales Ratio (Razão Preço/Vendas) Preço/ Venda= Valor de Merc do Patrim. Líq. Receita Total Restrição ao múltiplo: esse múltiplo é amplamente utilizado, mas contém uma inconsistência de acordo com a proposição I de Damodaran, nos casos de empresas com dívidas na estrutura de capital. Price/Sales Ratio: US stocks Revenue Multiples: US companies in January 2005 700 600 500 400 P rice/Sales EV/Sales 300 200 100 0 <0.1 0.10.2 0.20.3 0.30.4 0.40.5 0.5- 0.75-1 1-1.25 1.25- 1.5- 1.75-2 2-2.5 2.5-3 3-3.5 3.5-4 0.75 1.5 1.75 4-5 5-10 >10 Price to Sales: Europe, Japan and Emerging Markets Price to Sales: Market Comparisons 18.00% 16.00% 14.00% % of Firms in Market 12.00% 10.00% US Emerging Markets 8.00% Europe Japan 6.00% 4.00% 2.00% 0.00% <0.1 0.10.2 0.20.3 0.30.4 0.4- 0.5- 0.75- 1- 1.25- 1.5- 1.75- 2-2.5 2.5-3 3-3.5 3.5-4 0.5 0.75 1 1.25 1.5 1.75 2 P rice to Sales Ratio 4-5 5-10 >10 Determinantes do múltiplo Preço/Vendas • Novamente usando o modelo de Gordon: DPS1 P0 r gn • E dividindo ambos os lados por receita por ação: P0 MargemLíquida * Payout* (1 g n ) PS = Vendas0 r-g n Preço/Vendas para empresas de alto crescimento • Crescimento em 2 estágios: (1+ g) n LPA0 * Payout* (1+ g) * 1 n (1 + r) LPA0 * Payoutn * (1+ g) n * (1+ g n ) P0 = + r -g (r - g n )(1+ r)n • Dividindo ambos os lados por vendas por ação: (1+ g) n 1 Margem Líquida * Payout * (1 + g) * n n (1 + r) P0 Margem Líquida * Payout * (1 + g) * (1 + g ) n n n = + Vendas0 r -g (r - g n )(1+ r)n onde Margem Líquidan = margem líquida no período estável Razão Preço/Vendas e Margem Líquida Taxa de crescimento esperado = Taxa de retenção * ROE = Taxa de Retenção *(ML / Vendas) * ( Vendas / Valor Cont. do PL) = (Taxa de Retenção) * (%Margem Líquida) * (Vendas/Vr Cont. do PL) Múltiplo Preço/Vendas: Exemplo Período Margem Líq. Vendas/PL contábil Beta Payout Crescimento RF =6% e PR = 5,5% Fase alto cresc. 5 anos 10% 2.5 1.25 20% (.1)(2.5)(.8)=20% Fase estável perpetuidade após ano 5 6% 2.5 1.00 60% (.06)(2.5)(.4)=.06 (1.20)5 0.10 * 0.2 * (1.20) * 1 (1.12875)5 0.06* 0.60* (1.20)5 * (1.06) + = 1.06 P/V = 5 (.12875- .20) (.115- .06)(1.12875) Avaliação da Marca pelo múltiplo Preço/Vendas • Você foi contratado para avaliar a marca Coca Cola e o valor da empresa foi calculado por um analista em 6,1 vezes a receita, pelo modelo de preço/vendas. Outro analista está argumentando que um prêmio pelo valor da marca deveria ser adicionado a esse múltiplo. Você concorda? Valor da Marca • Em geral o valor da marca por meio de múltiplos pode ser escrito como: Valor da Marca ={(VM/Vendas)b-(VM/Vendas)g }* Vendas VM = valor de mercado da empresa (VM/V)b = Razão Valor da Empresa/Vendas com o efeito da marca (VM/V)g = Razão Valor da Empresa/Vendas sem o efeito da marca (produto genérico) Exemplo: Avaliando a marca: Coca-Cola Coca Cola Margem Operacional Giro (Vendas/Capital) ROIC (margem x giro) Taxa de reinvestimento Crescim. Esperado Período de crescim. Custo do Patrim. Líq. E/(D+E) Custo da Dívida D/(D+E) WACC Razão Valor/Vendas Fonte: Damodaran, 2006. Empresa Genérica de refrigerante 18.56% 7.50% 1.67 1.67 31.02% 12.53% 65.00% (perp.19.35%) 65.00% (perp. 47.90%) 20.16% 8.15% 10 anos 10 anos 12.33% 12.33% 97.65% 97.65% 4.16% 4.16% 2.35% 2.35% 12.13% 12.13% 6.10 0.69 Valor da Marca Coca-Cola Receita prevista = $18,868 milhões ao ano • Valor da marca Coca-Cola= ( 6,10 – 0,69)*($18,868 milhões) = $102 bilhões • Valor da Empresa Coca-Cola = 6,10*($18,868 milhões) = $ 115 Bilhões • Aproximadamente 88,69% do valor da Coca-Cola pode ser atribuído à marca. Como medir a Criação de Valor? ATIVO Capital Investido Ativos que geram fluxo de caixa HOJE. Responsáveis por MANTER a empresa viva. (VACA LEITEIRA) Ativos que irão gerar fluxo de caixa no futuro. Responsáveis pelo CRESCIMENTO FUTURO da empresa. ( forte componente intangível) (ESTRELA) Lucro Operacional Após o Imposto de Renda (NOPAT ) PASSIVO Empréstimos Bancários Títulos de Dívida Ações Ordinárias Lucros Retidos Custo de Capital (WACC) Net Operating Proft After Tax Valor Criado (EVA) Operacional Como medir• Receita a Criação de Valor? Líquida = = • Custos Operacionais (inclusive Depreciação) PASSIVO • Despesas Adm.&Com. Investido ATIVO Capital Geradores dos fluxos de • EBIT caixa atuais (Ativos Fixos e de giro) (VACA LEITEIRA) Geradores de fluxos de IR caixa futuros ( ativos• de crescimento com forte componente intangível) (ESTRELA) Empréstimos Bancários Títulos de Dívida sobre EBIT Ações Ordinárias • NOPAT Lucros Retidos Aqui não entra o Resultado Financeiro! Lucro Operacional Após o Imposto de Renda (NOPAT ) Custo de Capital (WACC) Net Operating Proft After Tax Valor Criado (EVA) WACC Como medir a Criação de Valor? $ CAPITAL INVESTIDO ATIVOS DE GIRO % ATIVO Custo de PASSIVO de CapitalCapital Investido Terceiros Peso X Geradores dos fluxos de caixa atuais (Ativos Fixos e de giro) Custo (VACA LEITEIRA) X (1- alíquota do IR) da Dívida Geradores de fluxos de caixa futuros ( ativos de crescimento com forte componente intangível) Quanto(ESTRELA) maior o risco (operacional e financeiro), maior o custo de capital Lucro Operacional Após o Imposto de Renda (NOPAT ) Custo de Capital Próprio Empréstimos Bancários X Peso ATIVOS FIXOS Títulos de +Dívida Prêmio Pelo Taxa Livre de Risco Risco Ações Ordinárias (Retorno Médio Beta x Histórico – Taxa Livre de Risco) Lucros Retidos CAPM Custo de Capital (WACC) Net Operating Proft After Tax Valor Criado (EVA) Como obter EVAs crescentes? PERSPECTIVA INTERNA Indicadores Operacionais Mix de Produção Logística Custos de Produção Compras Administração Planejamento Tributário Indicadores De Valor Capital Próprio Capital de Terceiros Valor Para o Acionista Lucro Operacional Impostos EVA Ativos Correntes Investimentos Ativos de Crescimento De Capital Aquisições de Valor Ciclo Operacional Ciclo Financeiro Mensuração MVA é o valor presente de todos os EVAs futuros esperados Receitas Custos EXTERNA Necessidades De Capital de Giro Custo Médio Custo de Capital MVA Valor de Mercado Capital Contábil EVA no Brasil Fonte: Pesquisa Stern Stewart (Brasil) Criação de Valor no Brasil Empresas de capital aberto no Brasil (dados agredados de 1996-2002) Fonte: Assaf Neto, Alexandre. Tese de Livre Docência – FEA/USP, 2003 Cuidado com a migração do valor Na fase de escoamento do valor, talentos, recursos e clientes desertam em um ritmo acelerado. •Concorrência limitada •Alto crescimento •Alta lucratividade •Estabilidade competitiva Faturamento •Participação estável no mercado Lucro •Margens de lucros estáveis Valor da empresa Eu acionista desta empresa? ROIC > WACC •Intensidade competitiva •Declínio das vendas ROIC > WACC ROIC = WACC Fase de INFLUXO do Valor Fase de ESTABILIDADE do Valor •Lucros baixos ROIC < WACC Fase de ESCOAMENTO do Valor Fonte: adaptado de Slywotzky, Adrian – Migração de Valor – Harvard Business School Press, 1997 – Ed. Campus Devemos reinventar o negócio Valor do Dinheiro no Tempo Um real hoje vale mais do que um real amanhã, se a taxa de juros é positiva VF VP (1 r )t Resumo Matemática Financeira necessária • Valor Presente fluxo de caixa: 1 período VP = FC1 / (1+r)1 n • VP fluxo de caixa: vários períodos VP = FC1 / (1+r)1 + FC2 / (1+r)2 + FC3 / (1+r)3 ... + FCn / (1+r)n n • VP fluxo de caixa: perpétuo (constante) VP = FC1 / r ∞ • VP fluxo de caixa: perpétuo (crescente) VP = FC1 / r - g ∞ Valuation - Modelo Geral Fonte: Rapapport – Gerando Valor para o Acionista, 2001. OBJETIVO Fluxo de Caixa das Operações COMPONENTES DA AVALIAÇÃO DIRECIONADORES DE VALOR DECISÕES DA GESTÃO Total Shareholder Return Dividedos + Valorização da Ação Valor da Empresa para o Acionista •Duração do crescimento em valor •Crescimento em Vendas •Margem de lucro Operacional •Alíquota do IR Operacionais Taxa de Desconto Dívida •NCG •Investimento em Ativos Permanentes Investimentos •Custo de Capital Financiamentos ABORDAGEM DE RAPPAPORT MODELO GERAL DO FCD & Value Drivers Adptado de Rappaport Fatores Gerenciáveis FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Value Drivers Depende de: • Vantagem competitiva da empresa • Natureza dos produtos • Ciclo de Vida dos Produtos • Ciclo de Vida da Empresa • Estrutura do mercado (Monopólio, Oligopólio, etc) • Barreiras à entrada FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Value Drivers Forças Externas Depende de: • Tamanho da empresa • Risco operacional e financeiro • Fase do ciclo de vida FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Período de Excesso de Retorno Value Drivers (ROIC > WACC). Depende da duração da vantagem competitiva Regra 1-5-7-10 Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) O mesmo utilizado no cálculo do EVA 1 ANO (boring companies): empresa sem vantagens competitivas (mercado saturado) 5 ANOS (decent companies): nome reconhecido, boa reputação (beneficiada por regulação de mercado) 7 ANOS (good companies): boa marca, canais de marketing, algum poder de monopólio 10 ANOS (great companies): excelente marca, tremendo poder de mercado, benefícios de ser a primeira (guiadas pela inovação) FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Value Drivers • Receita Líquida x (1+g) x = = • Margem EBIT • EBIT (Lucro Operacional) • IR sobre EBIT • NOPAT Aqui não entra o Resultado Financeiro! FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Value Drivers Percentual histórico definido, a ser aplicado sobre a Receita projetada FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Value Drivers Modelo de Gordon FLUXO DE CAIXA DESCONTADO Value Drivers FCLn (1 g ) FCL3 FCLn FCL1 FCL2 Kg V ... (1 WACC )1 (1 WACC ) 2 (1 WACC )3 (1 WACC ) n (1 WACC ) n Processo de recomendação de compra e venda de ações utilizando Valuation Saldo de caixa atual Valor presente dos fluxos de caixa operacionais no período de excesso de retorno Valor presente do valor residual da empresa Valor Presente das Dívidas (Debt) Valor total da empresa (Entreprise Value) Valor Intrínseco do Patrimônio Líquido (valor da empresa para o acionista = Equity Value) Maior que o preço de mercado? => COMPRAR Valor Intrínseco por Ação Menor que o preço de mercado? => VENDER Número de Ações em Circulação Abordagem de DAMODARAN Fluxo de Caixa da Empresa Nopat ... o mesmo que Ebit x (1 – t) (-) (Gastos de Capital – Depreciação) (-) Var. da NCG (=) FCFF Crescimento esperado ( %) Taxa de Reinvestimento (%) x Retorno sobre o capital investido (%) g A empresa está em crescimento Estável: cresce a uma taxa Constante para sempre (perpetuidade) Valor Final = FCFF 1 Valor dos Ativos Operacionais (+) Caixa e Ativos Não-Oper. (=) Valor da Empresa (-) Valor da Dívida (=) Valor do PL FCFF 2 FCFF 5 FCFF 6 Desconto em WACC = custo do patrimônio líquido x peso do PL + Custo da dívida x peso da Dívida + Tipo de Negócio Fonte: Damodaran FCFF 4 Para sempre Custo do Patrimônio Líquido Taxa Livre de Risco FCFF 3 FCFFn 1 WACC g Custo Bruto da Dívida x ( 1- t ) Beta Mede o risco de mercado Alavancagem Operacional Alavancagem Financeira X Pesos Com base no valor de mercado Prêmio de Risco Risco de Mercado menos Risk free Prêmio de risco país Período de alto crescimento (segundo DAMODARAN) Diferença a maior em relação à taxa de crescimento estável Extensão do Período de Alto Crescimento < 1% Sem período de alto crescimento Entre 1% a 10% 5 anos > 10% 10 anos Taxa de crescimento estável: taxa de crescimento de longo prazo da economia (g) Período de Alto Crescimento: período durante o qual se espera que os fluxos de caixa de uma empresa cresçam a uma taxa mais elevada do que a taxa de crescimento de longo prazo da economia. (-) Período de Alto Crescimento é função de: Tamanho da Empresa (+) (+) Excesso de Retorno Magnitude e Duração da Vantagem Competitiva Fonte: Damodaran (2006) Valor Terminal • É o valor presente dos fluxos de caixa futuro considerados como uma perpetuidade após o períod explícito de projeção. Perpetuidade constante = FCFFn 1 NOPATn 1 = VT = Valor Terminal CMPC CMPC Perpetuidade crescente = FCFFn1 NOPATn1 = VT = Valor Terminal CMPC g CMPC g A taxa g é a taxa de crescimento esperado para os fluxos de caixa na perpetuidade. Não deve ser maior do que a taxa esperada de crescimento de longo prazo para a economia. Valor Ter min al EBIT (1 t ) n 1 (1 CMPC g g ) ROIC GERENCIAMENTO DO VALOR Você está otimizando investimentos para o crescimento futuro? Você está administrando bem os ativos atuais? Existe espaço para melhorias no uso dos ativos atuais? Crescimento oriundo dos Novos Investimentos função da quantidade e da qualidade dos novos investimentos Fluxo de caixa dos ativos atuais Fluxo de caixa antes do pagamento da dívida, mas após o pagamento de impostos e reinvestimentos para manutenção dos ativos atuais Você está construindo sua vantagem competitiva? Você está usando corretamente o montante e tipo de endividamento na sua empresa? Fonte: Damodaran on Valuation Crescimento pela eficiência crescimento gerado pelo uso eficiente dos ativos atuais Crescimento esperado durante o período de alto crescimento Período de crescimento estável (nenhum ou limitado excesso de retorno) Extensão do período de alto crescimento Dado que a criação de valor requer excesso de retorno, este período é função de: (1) Magnitude da vantagem competitiva (2) Sustentabilidade da vantagem competitiva Custo de capital usado como taxa de desconto Determinado por: (1) Risco operacional da empresa (2) Risco de inadimplência da empresa (3) Mescla de dívida e capital utilizada nos financiamentos Valor da SINERGIA “Sinergia é uma palavra esquisita – dependendo do contexto, pode significar um sonho da administração ou um raciocínio teimoso por detrás de uma negociação. Muias vezes, é um pouco de cada uma das duas coisas.” (Copeland – Koller – Murrin, Avaliação de Empresas, p. 120) Valor da Sinergia Sinergia é o aumento de valor pela combinação de duas entidades. Há ganhos de sinergia quando: Valor (A+B) > Valor (A) + Valor (B) Valor da sinergia Custos de transação Valor da empresa Alvo antes da fusão Valor da empresa adquirente antes da fusão Quanto pagar pela sinergia? Valor das empresas integradas Impacto da Aquisição Prêmio pago Valor da Sinergia Preço pago na aquisição da firma-alvo Prêmio pago Criação de valor Preço das ações da compradora Valor de mercado da firma-alvo Destruição de valor Goodwill Valor contábil da firma-alvo Prêmio pago Valor da Sinergia Valor Contábil Preço das ações da compradora Tipos de Sinergia Sinergia Operacional Vantagens Estratégicas Sinergia Financeira Economia de Escala Altos retornos sobre novos investimentos Benefícios Fiscais Economia de Custos operacionais Maior ROIC Maior Taxa de Crescimento Maior Capacidade de Endividamento Depreciação Prejuízos acumulados Diversificação Menor custo de capital Pode reduzir o custo de capital Margem Operacional Mais alta Novas Oportunidades de investimentos Maior taxa de Reinvestimento Maior crescimento Retorno em Excesso mais duradouros Maior período de alto crescimento Fonte: Damodaran