185 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E MICROBIOLOGICAS DE LEITE CRU E PASTEURIZADO PRODUZIDOS EM UM LATICÍNIO DA REGIÃO DE SÃO CARLOS/SP Naiá Carla Marchi de Rezende-Lago – [email protected] Vinícius Franzoni Capistrano Patrícia Gelli Feres de Marchi – patrí[email protected] RESUMO O objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade físico-química do leite cru e analisar a qualidade microbiológica do leite recém pasteurizado tipo B e refrigerado, comercializados na região de São Carlos, SP. Analisou-se a acidez titulável, densidade, teores de gordura, extrato seco total e extrato seco desengordurado, crioscopia e teste da redutase de 185 amostras de leite cru. Nas análises microbiológicas foram avaliadas 30 amostras de leite recémpasteurizados tipo B e tipo refrigerado, em relação a Contagem Padrão em Placa e a presença de Coliformes a 35°C e 45°C. O leite pasteurizado analisado na região de São Carlos/SP, atendia a legislação vigente quanto aos padrões microbiológicos estabelecidos pela legislação vigente. Porém, em relação aos aspectos físico-químicos analisados do leite cru, observou-se que ainda falta por parte dos produtores um melhor conhecimento e adequação à legislação vigente. PALAVRAS-CHAVE: Coliformes, analises físico-químicas, leite cru, leite pasteurizado. ABSTRACT The goal of the work was to assess the physico-chemical quality of raw milk and analyze microbiological quality newly pasteurized milk type B and refrigerated, marketed in the region of São Carlos, SP examined the titratable acidity, pitch, fat, total dry extract and dried extractcryoscopy, and testing of reductase 185 samples of raw milk. In microbiological samples were evaluated 30 milk recém-pasteurizados type B and type refrigerated for Standard plate Count and the presence of Coliforms at 35 ° C and 45 ° c. Pasteurized analyzed in the region of São Carlos/SP, attending the legislation concerning the microbiological standards laid down by law. However, for the physicochemical analysis of raw milk, still missing by producers a better knowledge and tailored to the current legislation. KEYWORDS: Coliforms, physical-chemical analyses, raw milk, pasteurized milk. 1. INTRODUÇÃO O leite é considerado como um dos alimentos mais nobres, dado a sua composição peculiar rica em proteínas, gorduras, carboidratos, sais minerais, aminoácidos essenciais e vitaminas, o que o torna componente essencial na alimentação de todos os mamíferos, incluindo o próprio ser humano. A aceitação e popularidade do leite fluido estão diretamente relacionadas ao seu valor nutritivo, características organolépticas e versatilidade como alimento (HOFFMANN et al.,1999; OLIVEIRA et al., 1999; PONSANO et al., 1999; FRANCO et al., 2000). O leite é um alimento universalmente conhecido pelo seu alto valor nutricional, fato este que se por um lado o torna um dos principais alimentos do ser humano, particularmente importante às crianças e aos idosos, também o torna um alimento extremamente perecível, capaz de alojar e servir como meio de cultura para inúmeros microorganismos (PONSANO et al., 2001). Ao ser secretado no interior da glândula mamária, o leite é praticamente estéril, porém, durante o seu percurso em direção ao exterior do úbere contamina-se com microorganismos saprófitas componentes da microbiota normal do animal. O leite também poderá apresentar uma variedade de On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X microorganismos patogênicos em decorrência de processos inflamatórios do úbere ou de enfermidades no rebanho. Os microorganismos contaminantes do leite após a ordenha, provenientes de equipamentos e utensílios, do meio ambiente e mesmo dos responsáveis pela sua obtenção e manipulação, são os mais importantes sob o ponto de vista tecnológico, pois podem causar alterações indesejáveis no leite, comprometendo sua qualidade e de seus derivados podendo, inclusive, chegar ao ponto de se tornar impróprio para o consumo (PONSANO et al., 1999). Quando obtido ou processado em más condições higiênico-sanitárias, o leite pode tornar-se importante veículo de transmissão de microorganismos patogênicos ao ser humano (HOFFMAN et al., 1999; FRANCO et al., 2000). Segundo Panetta (1999), os processos de beneficiamento do leite têm se tornado cada vez mais necessários para livrar o produto de bactérias patogênicas e saprófitas. A utilização de tratamentos térmicos na garantia da qualidade dos alimentos tem ocupado um espaço relevante na evolução da tecnologia alimentar, esse fato continua impulsionando o aprimoramento de técnicas que possam garantir segurança, estabilidade e, também, qualidade (BASTOS, 1999). Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) nº. 6 p. 185 - 188 186 O tratamento térmico é aplicado ao leite com objetivo de destruir todas as bactérias e vírus que possam ser prejudiciais à saúde, eliminar outros microorganismos, especialmente aqueles que podem causar deterioração do leite e produtos lácteos, inativar enzimas do próprio produto e enzimas produzidas por microorganismos. Além disto, a inativação de enzimas permite que seja mantida a estabilidade de suas características físicas e químicas, o que mantém o leite em boas condições de consumo por períodos variados de tempo (VAN DEN BERG, 1988). O tratamento térmico será eficiente quando as temperaturas utilizadas forem elevadas e for respeitado o binômio tempo x temperatura, no sentido de preservar as características organolépticas e o valor nutricional do produto (PRATA, 1998). De acordo com a instrução normativa 51/2006 do Ministério da Agricultura, que aprova os Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite Cru Refrigerado (BRASIL, 2002), entende-se por leite pasteurizado tipo B, o leite classificado quanto ao teor de gordura como integral, padronizado, semidesnatado ou desnatado, submetido a temperatura de 72 a 75°C durante 15 a 20 segundos, exclusivamente em equipamento de pasteurização a placas com termo registrador computadorizado ou de disco e termorregulador automáticos, válvula automática de desvio de fluxo, termômetros e torneiras de prova, seguindo-se resfriamento imediato em equipamento a placas até a temperatura igual ou inferior a 4°C e envase em menor tempo possível, sob condições que minimizem contaminações; Imediatamente após a pasteurização o produto assim processado deve apresentar teste qualitativo negativo para a fosfatase alcalina, teste positivo para peroxidase e enumeração de coliformes a 30/35°C menor que 0,3 NMP/mL da amostra, e após pasteurizado poderá apresentar no máximo 4,0x104 UFC/mL. O leite pasteurizado tipo refrigerado é o produto mantido nas temperaturas constantes de 7°C na propriedade rural e até 10°C no estabelecimento processador, transportado em carro isotérmico até a propriedade rural para um posto de refrigeração de leite ou estabelecimento industrial adequado, para ser processado sob o mesmo modo do leite pasteurizado tipo B, descrito acima, e após processado deverá apresentar no máximo 4,0x104 UFC/mL. 2. OBJETIVOS Analisar o leite cru de um laticínio da região de São Carlos/SP quanto às características físicoquímicas e microbiológicas do leite recémpasteurizado, verificar se o leite pasteurizado produzido na região atende a legislação vigente; Verificar se a instrução normativa 51 está sendo cumprida pelos produtores e laticínios. On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X 3. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizadas amostras de 23 produtores do laticínio na região de São Carlos/SP. Para tanto, foram analisadas no laboratório de análises físico-químicas e microbilológicas do laticínio, 185 amostras de leite cru em relação a seus parâmetros físico-químicos (Acidez, Densidade, Gordura, Sólidos Totais, Sólidos Desengordurados, Crioscopia e Redutase) e 30 análises microbiológicas de leite recém-pasteurizados tipo B e tipo refrigerado, onde foram avaliados em relação a Contagem Padrão em Placa e a presença de Coliformes a 35°C e 45°C. Todas as análises microbiológicas foram realizadas segundo as normas preconizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2001), sendo que as análises físico-químicas foram realizadas segundo as técnicas preconizadas e descritas nos métodos analíticos oficiais para o controle de leite e produtos lácteos (BRASIL, 1981, 2006). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos nas análises físicoquímicas das amostras de leite cru dos 23 produtores estão apresentados na Tabela 1, em forma de médias aritméticas, observa-se também, os valores mínimos e máximos das amostras. Das amostras de leite dos produtores avaliados, 16 (65,6%) apresentaram pelo menos 1 resultado em desacordo com a legislação (BRASIL, 2002). Mostrando que ainda falta por parte dos produtores um melhor conhecimento sobre a legislação vigente para que não ocorram essas alterações, cabendo ao laticínio informa-los sobre tal legislação. Quando os produtores foram avaliados pela média de seus resultados, pode-se verificar que apresentavam valores fora do estabelecido pela legislação em relação ao número de produtores: Para densidade a 15°C, cujo valor considerado normal é de 1028-1034g/L, uma amostra (4,34%); Para o extrato seco total cujo valor considerado normal é de 11,4%, uma amostra (4,64%); Para o extrato seco desengordurado cujo valor considerado normal é 8,4%, quatro amostras (17,39%); Para a crioscopia cujo valor considerado normal deve ser menor ou igual a -0,530°H, onze amostras (47,83%); Para a Redutase cujo valor considerado normal deve ser de no mínimo 1,5h para ser considerado leite tipo C, duas amostras (8,70%). Na Tabela 2 estão apresentados os resultados obtidos nas análises físico-químicas. Os resultados demonstram que das 1295 análises, 149 (11,50%) não Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) nº. 6 p. 185 - 188 187 On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X Redutase Análises Físico-Químicas atendiam a legislação, sendo que uma (0,54%) estava fora do padrão para acidez, 18 (9,72%) para a densidade, 16 (8,64%) para extrato seco total, 32 (17,29%) para extrato seco desengordurado, 43 (23,24%) para a acidez e 39 (21,08%) para a redutase. Nenhuma amostra estava alterada para gordura. Esses resultados encontrados demonstram que ainda falta por parte dos produtores um melhor conhecimento e adequação sobre os novos padrões estabelecidos pela IN 51, e por parte do governo e do laticínio uma melhor divulgação e esclarecimentos aos produtores sobre a nova legislação. Os resultados encontrados são menores que os valores encontrados por Santos et al. (1999) ao estudar a qualidade fisico-química do leite pasteurizado na região de São José do Rio Preto, estes observaram que 25% das amostras estavam em desacordo com os padrões físico-químicos. Já Garrido et al. (2001), estudando o leite Pasteurizado proveniente de usinas de beneficiamento na região de Ribeirão Preto/SP encontraram apenas 4,3% das 390 amostras analisadas em desacordo com os padrões físico-químicos. Em relação ao teor de gordura que não foi encontrado nenhum valor alterado no presente estudo, mostra que o leite não está sofrendo desnate, já Zocche et al. (2002), encontraram valores de 12,5% para o leite tipo B e 37,5% para o leite tipo C em desacordo com a legislação para o teor de gordura na região de Palotina/PR. Nader Filho et al. (1997) encontraram 12,5% das amostras de leite tipo B e 5% das amostras de leite tipo C em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação, valores muito próximos ao encontrados no presente estudo onde de 11,50% das amostras analisadas em desacordo com a legislação atual (BRASIL, 2002). Foram analisadas também as médias mensais físico-químicas do leite de cada um dos 23 produtores, sendo que sete (30,4%) desses 23 produtores apresentaram média mensal de suas amostras em desacordo com a legislação em pelo menos uma das características analisadas. A Figura 01 apresenta quais e quantas foram as médias mensais que estavam em acordo ou desacordo com a legislação, podendo observar que as médias dos produtores que mais vezes estavam em desacordo foram extrato seco desengordurado 5 (21,7%), seguido pela crioscopia 4 (17,39%); já a média de Gordura e Acidez do leite de todos os produtores estavam em acordo com a legislação. Crioscopia ESD EST Acordo Gordura Desacordo Densidade Acidez 0 5 10 15 20 25 N Médias Figura 01. Número de médias das análises físicoquímicas dos 23 produtores em acordo e desacordo com a legislação. São CarlosSP. Os resultados obtidos nas análises microbiológicas do leite recém-pasteurizado encontrados no presente estudo estão apresentados na Tabela 3, em forma de médias aritméticas. Todas as amostras analisadas atendiam a legislação quanto às características microbiológicas analisadas, o que foi surpresa devido a qualidade do leite cru que foi utilizado, considerando que Nader Filho et al. (1989), cita que o processo de pasteurização não elimina a totalidade de mesófilos. Mas os resultados encontrados demonstraram a eficiência do processo de pasteurização empregados pelo laticínio. Já Zocche et al. (2002), quando analisaram amostras de leite na região de Palotina/PR, em relação a contagem de microorganismos aeróbios mesófilos, encontraram nenhum resultado alterado para o leite tipo B. Já para o leite tipo C, 3,1% estava fora dos padrões apresentando contagem superior a 3,7x106 UFC/mL. Hoffman et al. (1999), em São José do Rio Preto/SP, encontraram índice de 7,1% das amostras analisadas de leite tipo C fora dos padrões para esse grupo de microorganismos. Nascimento et al. (1991) pesquisando leite tipo “B” e “C” em Piracicaba/SP, encontraram índices de 40% e 16,7%, respectivamente, fora dos padrões. Gonçalves e Franco (1998), em Niterói/RJ, pesquisando leite tipo B, encontraram um índice de 36,6% das amostras fora dos padrões da legislação para mesófilos. Com relação ao índice de coliforme a 35°C e 45°C não foi encontrado nenhuma amostra em desacordo com a legislação (BRASIL,2002) no presente trabalho. Zocche et al. (2002), também não encontraram contagens para esse grupo de microorganismo em desacordo com a legislação. Já Gonçalves e Franco (1998), em Niterói RJ, encontraram 26,66% das amostras contaminadas por coliformes fecais sendo que a metade estava fora do padrão. Junior et al. (2000), analisando duas marcas de leite tipo C, na cidade de João Pessoa/PB, encontraram índices de 34,38% e 6,25% fora dos padrões para coliformes fecais. Já Beloti et al. (1996), na cidade de Londrina/PR, analisando leite tipo C encontraram Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) nº. 6 p. 185 - 188 188 17,5% das amostras fora do padrão para coliformes fecais. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Dessa forma pode-se concluir que o leite pasteurizado analisado na região de São Carlos/SP, atendia a legislação vigente (BRASIL, 2002) nos padrões microbiológicos analisados, e, portanto, não apresentava risco à saúde dos seus consumidores. Porém, em relação aos aspectos físico-químicos analisados do leite cru, nota-se que ainda falta por parte dos produtores um melhor conhecimento e adequação da legislação vigente, e cabe aos laticínios um melhor esclarecimento aos seus produtores dessa nova legislação, bem como a sua capacitação, de forma que eles possam a vir atingir esses novos padrões previstos pela legislação atual (BRASIL,2002). Densidade 15°C (g/L) Gordura % EST¹ % Crioscopia °H Redutase horas 13,00 14,37 15,00 1026,5 1029,6 1033,8 3,50 3,65 3,80 11,93 12,02 13,01 7,60 8,36 9,41 -0,511 -0,522 -0,531 0,50 3,92 5,00 B Mínimo Médio Máximo 14,00 14,80 15,00 1033,7 1033,6 1034,7 3,30 3,46 3,80 12,42 12,80 13,30 9,40 9,34 9,12 -0,540 -0,545 -0,552 0,10 1,11 3,50 C Mínimo Médio Máximo 14,00 15,40 18,00 1030,6 1032,0 1034,7 3,10 3,20 3,30 11,24 12,12 12,61 8,54 8,92 9,51 -0,515 -0,529 -0,544 0,50 2,48 4,00 D Mínimo Médio Máximo 13,00 14,00 16,00 1031,0 1032,0 1032,6 3,20 3,30 3,40 12,17 12,26 12,37 8,77 8,96 9,07 -0,515 -0,529 -0,544 3,16 3,33 3,50 E Mínimo Médio Máximo 14,00 14,00 14,00 1028,0 1030,0 1032,0 3,40 3,40 3,40 11,32 11,82 12,82 7,92 8,42 8,93 -0,528 -0,528 -0,529 2,66 2,83 3,00 F Mínimo Médio Máximo 13,00 14,30 15,00 1028,6 1032,4 1035,0 3,80 3,96 4,30 12,15 13,03 14,12 8,15 9,10 9,87 -0,522 -0,534 -0,545 3,00 4,42 5,80 G Mínimo Médio Máximo 13,00 14,30 15,00 1031,4 1032,1 1032,8 3,10 3,16 3,30 11,98 12,07 12,18 8,76 8,90 9,08 -0,522 -0,525 -0,525 3,00 3,27 3,50 Mínimo 14,00 1031,8 3,00 11,80 8,83 -0,520 3,16 On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X ESD² % Valores A Mínimo Médio Máximo Acidez °D Produtor Tabela 1. Médias aritméticas dos valores das características físico-químicas do leite cru na região de São Carlos/SP. Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) nº. 6 p. 185 - 188 Densidade 15°C (g/L) Gordura % EST¹ % Crioscopia °H Redutase horas Máximo Mínimo 14,00 14,00 1031,8 1032,0 3,10 3,30 11,93 12,03 8,83 8,88 -0,524 -0,531 3,27 3,50 I Mínimo Médio Máximo 13,00 14,00 15,00 1030,0 1031,4 1032,4 3,30 3,37 3,50 10,51 11,64 12,25 7,00 8,26 8,95 -0,524 -0,528 -0,536 2,80 3,12 3,50 J Mínimo Médio Máximo 14,00 14,00 14,00 1032,0 1032,4 1032,6 3,20 3,40 3,60 12,10 12,43 12,74 8,90 9,02 9,12 -0,528 -0,529 -0,530 2,00 3,30 5,00 L Mínimo Médio Máximo 13,00 14,15 15,00 1028,2 1031,5 1033,8 3,70 3,87 4,10 11,18 12,69 13,28 7,28 8,13 9,45 -0,518 -0,531 -0,540 3,00 4,16 5,83 M Mínimo Médio Máximo 14,00 14,00 14,00 1029,2 1031,2 1032,9 3,50 3,56 3,60 11,75 12,24 12,68 8,25 8,76 9,26 -0,516 -0,528 -0,539 2,80 3,11 3,50 N Mínimo Médio Máximo 14,00 14,30 15,00 1023,0 1029,8 1033,8 3,20 3,26 3,30 11,10 12,00 12,60 7,90 8,76 9,30 -0,523 -0,528 -0,534 3,30 3,50 3,60 O Mínimo Médio Máximo 14,00 14,70 15,00 1033,1 1032,6 1033,8 3,60 3,64 3,80 11,72 12,74 13,06 8,12 9,10 9,46 -0,537 -0,542 -0,554 2,00 3,79 5,00 P Mínimo Médio Máximo 14,00 14,80 15,00 1031,6 1032,4 1034,0 3,30 3,45 3,60 11,94 12,44 12,97 8,54 8,98 9,45 -0,524 -0,538 -0,551 1,00 3,05 4,00 Q Mínimo Médio Máximo 14,00 14,70 15,00 1031,4 1032,6 1034,7 3,40 3,52 3,70 12,30 12,70 13,77 8,68 9,15 10,00 -0,522 -0,542 -0,553 3,00 3,34 4,60 R Mínimo Médio Máximo 14,00 14,36 15,00 1030,8 1032,5 1034,7 3,40 3,56 3,70 12,40 12,65 13,15 8,68 9,11 9,65 -0,514 -0,527 -0,545 3,50 3,81 4,60 S Mínimo Médio Máximo 14,00 14,70 15,00 1031,8 1033,6 1034,7 3,40 3,48 3,60 12,38 12,81 13,13 8,90 9,33 9,64 -0,533 -0,540 -0,554 3,50 3,96 5,00 On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X ESD² % Valores H Acidez °D Produtor 189 Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) nº. 6 p. 185 - 188 1 2 Densidade 15°C (g/L) Gordura % EST¹ % Crioscopia °H Redutase horas Mínimo Médio Máximo 14,00 14,80 15,00 1031,2 1032,9 1034,0 3,50 3,60 3,70 12,49 12,80 13,07 8,79 9,16 9,47 -0,529 -0,534 -0,538 4,00 4,30 5,00 U Mínimo Médio Máximo 13,00 14,00 15,00 1020,50 1026,19 1029,80 3,30 3,34 3,40 10,40 10,87 12,50 6,15 7,45 8,90 -0,453 -0,472 -0,542 0,45 2,96 4,66 V Mínimo Médio Máximo 14,00 14,70 16,00 1024,60 1028,10 1033,80 3,30 3,47 3,70 11,25 12,07 12,80 7,61 8,62 10,00 -0,531 -0,539 -0,546 0,10 1,40 4,00 X Mínimo Médio Máximo 14,00 14,90 15,00 1024,00 1030,44 1033,20 3,30 3,47 3,60 11,25 12,07 12,95 6,99 8,53 9,45 -0,523 -0,533 -0,548 0,25 1,94 4,50 Z Mínimo Médio Máximo 13,00 14,70 15,00 1031,80 1033,20 1035,00 3,30 3,43 3,80 12,27 12,70 13,20 8,81 9,24 9,70 -0,553 -0,555 -0,564 0,30 2,06 6,00 ESD² % Valores T Acidez °D Produtor 190 Extrato seco total Extrato seco desengordurado Tabela 2. Análises físico-químicas do leite cru da região de São Carlos/SP. Análises físico-químicas Acidez Densidade Gordura EST ESD Crioscopia Redutase Total No Amostras Analisadas Em desacordo (%) 185 185 185 185 185 185 185 1295 1 (0,54) 18 (9,72) 0 (0) 16 (8,64) 32 (17,29) 43 (23,24) 39 (21,08) 149 (11,50) Tabela 3. Média dos valores microbiológicos do leite recém-pasteurizado na região de São Carlos/SP. Amostras Past. Tipo B Past.Refrig. On-line http://revista.univar.edu.br/ ISSN 1984-431X CPP (UFC/mL) 1,0x103 1,5 x103 35o < 0,3 < 0,3 Coliformes (NMP/mL) 45o < 0,3 < 0,3 Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar (2011) nº. 6 p. 185 - 188 191 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELOTI, V.; BARROS, M.A.L.; FREIRE, R.L.; MARTINS, L.G.G.; SOUZA, J.A.; MANDUCA, S.; OSAKI, S. Aspectos físico-químicos do leite pasteurizado tipo C consumido na cidade de LondrinaPR. IN: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA 24. 1996, Goiânia. Anais... Goiânia: Sociedade goiana de veterinária, 1996, p.205. 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