Curso de Processamento de Materiais MédicoHospitalares e Odontológicos – MODULO II Curitiba, 17 de novembro de 2010. Conceito: ◦ Invólucros de uso único, específicos para esterilização de produtos para a saúde, que devem permitir um processo de esterilização eficáz, a manutenção da esterilidade do seu conteúdo até a sua abertura e proporcionar adequada técnica asséptica. ◦ Compõem o chamado “sistema de embalagem”: combinação de barreira estéril e proteção mecânica. Sistema de embalagem: ◦ Embalagem primária: barreira ◦ Embalagem secundária: proteção - Uma embalagem primária é suficiente quando não há possibilidade de que sujidade/ poeira se deposite na embalagem ou nos casos de reutilização imediata do material. Embalagem secundária: ◦ Ajuda no armazenamento adequado e no transporte até o usuário. ◦ Garante proteção adicional contra sujidade e maior resistência mecânica, tornando o manuseio mais fácil. ◦ Favorece a execução de técnica asséptica. Embalagem para transporte: ◦ Embalagem utilizada para transporte externo de artigos esterilizados dentro de suas embalagens primárias e secundárias. ◦ Normalmente é uma caixa de papelão resistente, engradado ou outro tipo de "contêiner”. ◦ Cover bag Principais características: Permitir a entrada e saída do agente esterilizante Compatível com o processo de esterilização Manutenção da esterilização Resistência Garantir a integridade do produto e a segurança do paciente. ◦ Indicador de esterilização ◦ Possibilitar abertura e apresentação assépticas ◦ Indicativo de abertura ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Orientações Gerais para a prática da embalagem: ◦ As embalagens devem conter indicações claras sobre em que tipo de processo de esterilização podem ser utilizadas. ◦ No caso de reesterilização, as embalagens têxteis devem ser recondicionadas. ◦ O conteúdo de uma embalagem que tenha sido equivocadamente aberta deve ser considerado não estéril. Tecidos: algodão ou linho ◦ Uso: Embalagem interna de conjuntos de instrumentos ou proteção externa contra sujidade Campo de algodão duplo: padrão sarja 2/1, 210g/m2, 4056 fios/cm2. NBR 13456 - Terminologia NBR 14027 – Campo simples NBR 14028 – Campo duplo Vantagens Desvantagens Papéis: liso ou crepado ◦ Uso: Embalagem primária para embrulhos com tecidos e conjuntos de instrumentos em bandejas. Também são utilizados como embalagem interna em contêineres. Vantagens Desvantagens Manilha Kraft TNT ◦ Uso: embalagem primária para envolver embrulhos de material têxtil e conjuntos de instrumentos em bandejas. Também são utilizadas para embalagem interna em contêineres. Vantagens Desvantagens Pouches ◦ Uso: embalagem primária para instrumentos individuais ou pequenos conjuntos de peças. Vantagens Desvantagens Caixas metálicas ◦ Uso: embalagem primária de pacotes têxteis e conjuntos de instrumentos em bandejas. Vantagens Desvantagens Tyvec® ◦ Uso: embalagem primária de pacotes têxteis e conjuntos de instrumentos em bandejas. Vantagens Desvantagens Vidro refratário ◦ Uso: esterilização de líquidos / óleos. Vantagens Desvantagens Recomendações de uso: ◦ Pacotes têxteis Duas folhas de material para embalagem; dobradura pacote ou dobradura envelope. ◦ Pequenas quantidades de tecidos e/ou bandagens ou ataduras Pouche, possivelmente em duplo pouche ◦ Conjuntos de instrumentos em bandejas/cestas Duas folhas de material de embalagem; dobradura Recomendações de uso: ◦ Instrumentos individuais: Pouche, possivelmente em duplo pouche ◦ Vasilhas e bandejas (pequenas) Pouche; papel crepado ◦ Vasilhas e bandejas (grandes) Duas folhas de material de embalagem: dobradura Recomendações de uso ◦ Aparelhos óticos Container especial, pouche, possivelmente duplo pouche, pouche de filme laminado em bobina. ◦ Instrumentos cirúrgicos finos (individuais ou conjuntos) Duplo pouche de filme laminado, contêiner especial, duas folhas de material de embalagem em combinação com o sistema de suporte/rack. ◦ Prótese mamária Uma folha de material de embalagem em saco de papel Materiais de embalagem devem atender as exigências mínimas estabelecidas pela CEN (Comissão Européia de Normatização): ◦ EN 868-1.Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados. Exigências gerais e metodologia de ensaio ◦ EN 868-2.Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados - parte 2: Invólucro para esterilização - exigências e metodologia para ensaio. ◦ EN 868-3. Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados - parte 3: Papel para uso na fabricação de sacos de papel (especificado na parte 4 desta norma) e para fabricação de pouches e bobinas (especificado na parte 5 desta norma) - exigências e metodologia de ensaio. ◦ EN 868-4. Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados - parte 4: Sacos de papel - exigências e metodologia de ensaio. ◦ EN 868-5. Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados - parte 5: Pouches termo-selados e bobinas de materiais fabricados em papel e plástico - exigências e metodologia de ensaio. ◦ EN 868-6. Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados - parte 6: Papel para fabricação de embalagens para uso médico em esterilização através do óxido de etileno ou irradiação exigência e metodologia de ensaio. ◦ EN 868-7. Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados - parte 7: Papel com superfície aderente para fabricação de embalagens termo-seladas para utilização médica na esterilização por óxido de etileno o u irradiação - exigência e metodologia de ensaio ◦ EN 868-8. Materiais de embalagem e sistemas para aparelhos médicos a serem esterilizados - parte 8: Containers re-utilizáveis para esterilizadores a vapor de acordo com a norma EN 285 - exigência e metodologia de ensaio. Referências ◦ http://www.wfhss.com/html/educ/sbasics/sbasics0104_pt. htm (atualização out/2010) ◦ APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Limpeza, Desinfecção e Esterilização em Serviços de Saúde. São Paulo: APECIH:2010. Grata pela atenção. [email protected]