Epistemologia e Metodologia
de Ensino Construtivista/
Interacionista
Lilian Schwab Gelatti
Maria Rita Vidal Peroni
Convite...
Convidamos todos/as a se manifestarem,
principalmente sobre os textos indicados:
 PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. In: LAVATELLY,
C.S. e STEENDLER, F. Reading in child behavior and development.
New York: Hartcourt Brace Jonovich, 1972.
 INHELDER, Bärbel; BOVET, Magali; SINCLAIR, Hermine.
Conclusões. In: Aprendizagem e estrutura do conhecimento. São
Paulo, Saraiva, 1977.
 PIAGET, Jean; GRÉCO, Pierre. Aprendizagem e Conhecimento.
Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1974, p.39-89.
Interacionismo
 O interacionismo representa uma postura
epistemológica que compreende a origem do
conhecimento na interação entre o sujeito e o objeto,
sendo produto (síntese) da interação entre eles.
 Etimologicamente, a epistemologia pode ser entendida
como o estudo da verdade.
 Mas que outras “verdades” co-existem?
Interacionismo
 Como se passa de um estado de menor conhecimento a
outro de maior conhecimento?
 O construtivismo genético de Piaget ou a Epistemologia
Genética se ocupou, fundamentalmente, dos problemas
relacionados ao desenvolvimento intelectual/ cognitivo/
mental e à origem da inteligência.
O nascimento da Inteligência na Criança
(Piaget)

Capítulo de Conclusão da obra: A Inteligência “Sensório-Motora” ou
“Prática” e as Teorias da Inteligência
 Objetiva determinar o alcance da interpretação dos dados da obra,
procurando “fornecer uma visão de conjunto dessa forma elementar da
inteligência” (ibidem).
 Para isso, Piaget, tendo presente o quadro de explicações possíveis
referente aos diferentes processos psicobiológicos, considera que “existem
pelo menos cinco maneiras principais de conceber o funcionamento da
inteligência” (ibidem), entre as quais se encontra a interpretação defendida
pelo autor.
 Para justificar a sua interpretação interacionista, Piaget examina as outras
possíveis interpretações, limitando-se a discuti-las com base nos resultados
do estudo proposto (p. 337).
O nascimento da Inteligência na Criança
(Piaget)
 São elas (interpretações/ soluções):
1) O EMPIRISMO ASSOCIACIONISTA;
2) O INTELECTUALISMO VITALISTA;
3) O APRIORISMO E A PSICOLOGIA DA FORMA;
4) A TEORIA DAS TENTATIVAS;
5) A TEORIA DA ASSIMILAÇÃO.
1) O EMPIRISMO ASSOCIACIONISTA (p. 337-346)
 - A inteligência como soma de traços depositados pelo meio nem de
associações impostas pela pressão das coisas;
 - Considerou as associações mecanicamente adquiridas como o princípio
da inteligência (p. 335);
 - O desenvolvimento intelectual resulta apenas das pressões exercidas
pelo meio externo;
 - O problema se reduz a como o meio exerce a sua ação e como o sujeito
registra os dados da experiência;
 - “Quanto mais ativa for a experiência, tanto mais a realidade sobre que ela
incide se torna independente do eu, e por conseguinte, mais “objetiva”;
 - Experiência: algo que se impõe por si mesmo sem que o sujeito tenha de
organizá-la, isto é, como se fosse impressa diretamente no organismo sem
que uma atividade do sujeito seja necessária a sua constituição.
1) O EMPIRISMO ASSOCIACIONISTA (p. 337-346)
Entre as considerações apresentadas por Piaget, destacam-se:
 - Essa visão ignora a atividade intelectual em proveito da pressão exercida
pelas coisas/ meio; ignora a história de vida do sujeito, a ação das
experiências passadas sobre a experiência atual;
 - “Não só a experiência é tanto mais ativa e mais compreensiva quanto mais
a inteligência amadurece, mas também as “coisas” sobre as quais ela se
desenvolve nunca poderão ser concebidas independentemente da atividade
do sujeito” (p. 344).
 - “[...] é na medida em que o sujeito é ativo que a experiência se objetiva;
portanto, a objetividade não significa independência em relação à atividade
assimiladora da inteligência, mas, simplesmente, dissociação em relação ao
eu e à sua subjetividade egocêntrica. A objetividade da experiência é uma
conquista da acomodação e da assimilação combinadas, isto é, da atividade
intelectual do sujeito e não um dado primordial que se lhe impõe de fora” (p.
344).
2) O INTELECTUALISMO VITALISTA (p. 346-352):
 - “[...] pode-se explicar a inteligência pela própria inteligência, isto é, supor a
existência de uma atividade estruturada desde o começo e que se aplica
diretamente a conteúdos cada vez mais ricos e mais complexos. Assim, é que
existiria, a partir do plano fisiológico, uma “inteligência orgânica”, a qual se
prolongaria depois em inteligência sensório-motora e, finalmente, em inteligência
propriamente reflexiva” (p. 336);
 - A solução mais simples consistirá em considerar a inteligência como uma força
de organização ou uma faculdade inerente ao espírito humano e mesmo a toda a
vida animal, seja ela qual for” (p. 346);
 - A organização da inteligência é considerada como uma totalidade auto-suficiente
(p. 346);
 - “[...] é da essência do intelectualismo vitalista considerar a inteligência uma
faculdade, ou seja, um mecanismo inteiramente montado em sua estrutura e em
seu funcionamento” (p. 347);
 - Crença em uma “inteligência toda feita ou numa força vital independente do meio”
(p. 352).
2) O INTELECTUALISMO VITALISTA (p. 346-352):
Entre as considerações apresentadas por Piaget, destacam-se:
 - “a interpretação biológica dos processos intelectuais baseada na análise
da assimilação não culmina, de modo algum, no realismo epistêmico que é
próprio do intelectualismo vitalista.
 Mesmo que se faça do conhecimento um caso singular da adaptação
orgânica, chegaremos, pelo contrário, a esta conclusão: a verdadeira
realidade não é um organismo isolado na sua enteléquia nem um meio
externo capaz de subsistir tal como é se lhe extraírem a vida e o
pensamento; a realidade concreta nada mais é do que o conjunto das
relações mútuas do meio e do organismo, isto é, o sistema de interações
que os tornam mutuamente solidários” (p. 351-352).
3) O APRIORISMO E A PSICOLOGIA DA FORMA (p. 352-368)
 - “Se a adaptação consiste, efetivamente, como admitimos, num equilíbrio
entre a acomodação dos esquemas às coisas e a assimilação das coisas
aos esquemas, é evidente que esses dois métodos são complementares.
Mas na condição de não se crer mais numa inteligência toda feita ou numa
força vital independente do meio” (p. 352).
 - “[...] pode-se [...] considerar que os progressos da inteligência são devidos
não a uma faculdade inata, mas à manifestação de uma série de estruturas
que se impõem de dentro para fora à percepção e à inteligência, à medida
que se manifestarem as necessidades provocadas pelo contato com o
meio. Assim, as estruturas expressariam a própria contextura do organismo
e das suas características hereditárias, o que tornaria fútil toda e qualquer
aproximação entre a inteligência e as associações ou hábitos adquiridos
sob a influência do meio” (p. 336);
3) O APRIORISMO E A PSICOLOGIA DA FORMA (p. 352-368)
 - “Se o desenvolvimento intelectual não resulta apenas das pressões
exercidas pelo meio externo nem da afirmação progressiva de uma
faculdade toda preparada para conhecer esse meio, talvez seja lícito
concebê-lo como a explicação gradual de uma série de estruturas préformadas na constituição psicofisiológica do próprio sujeito” (p. 352).
Entre as considerações apresentadas por Piaget, destaca-se:
 - Há divergências entre a hipótese das formas e a dos esquemas. Por
exemplo, “as formas existem em si mesmas, ao passo que os esquemas
nada mais são do que sistemas de relações cujos progressos permanecem
sempre interdependentes” (p. 367).
4) A TEORIA DAS TENTATIVAS (p. 368-379)
 - “[...] a inteligência pode ser concebida como consistindo numa série de
tentativas e explorações empíricas inspiradas pelas necessidades e as
implicações delas resultantes, mas selecionadas pelo meio exterior [...].
Essa interpretação pragmática da inteligência seria intermédia entre o
empirismo da primeira e o apriorismo da terceira solução.
 Do ponto de vista das relações entre a inteligência e a associação baseada
no hábito, ela resulta, como esta última, na oposição entre estes dois tipos
de comportamentos (empirismo e apriorismo), mas menos radicalmente,
visto que a associação adquirida desempenha um papel essencial na
exploração empírica, por tentativas” (p. 336).
 - Baseia-se na existência de um “método ativo da adaptação às
circunstâncias novas: o método das tentativas” (p. 368).
 - “A teoria de ensaios e erros combina, assim, a idéia apriorista, segundo a
qual as soluções derivam de uma atividade própria do sujeito, e a idéia
empirista, para a qual a adoção da boa solução é devida, em definitivo, à
pressão do meio externo” (p. 368-369).
4) A TEORIA DAS TENTATIVAS (p. 368-379)
Entre as considerações apresentadas por Piaget, destacam-se:
 - “O empirismo e o apriorismo estão aqui justapostos, portanto, e não
superados” (p.369)
 - “Há duas maneiras de entender a tentativa. Ou admitimos que a atividade
por tentativa é logo dirigida à situação exterior e, nesse caso, tal atividade
jamais é pura, tornando-se secundário o papel do acaso, e essa solução
identifica-se com a da assimilação (reduzindo-se a tentativa a uma
acomodação progressiva dos esquemas assimiladores); ou, então, admitese a tentativa pura, isto é, efetuando-se ao acaso e com uma seleção
ulterior das atividades favoráveis. Ora, foi nesse segundo sentido que se
interpretou primeiro o jogo de tentativas e é esta segunda interpretação que
não podemos aceitar” (p. 370).
5) A TEORIA DA ASSIMILAÇÃO (p. 379-389)
 - “[...] pode-se conceber a inteligência como o desenvolvimento de uma
atividade assimiladora cujas leis funcionais são dadas a partir da vida
orgânica e cujas sucessivas estruturas que lhe servem de órgãos são
elaboradas por interação dela própria com o meio exterior. Tal solução
difere da primeira (empirismo) na medida em que não acentua o papel
isolado da experiência, mas destaca a atividade do sujeito que torna
possível essa experiência. Portanto, aparenta-se, sobretudo, com as três
outras soluções (intelectualismo vitalista; apriorismo; teoria das tentativas).
 Entretanto, distingue-se da segunda (intelectualismo) na medida em que
não considera a inteligência algo dado e acabado desde o início da vida
orgânica: a inteligência elabora-se e somente as suas leis funcionais estão
implicadas na organização e assimilação orgânicas. Ao apriorismo estático
da terceira solução, ela opõe a idéia de uma atividade estruturante, sem
estruturas pré-formadas, que engendra os órgãos da inteligência à medida
que funciona em contato com a experiência.
5) A TEORIA DA ASSIMILAÇÃO (p. 379-389)
 Essa teoria difere da quarta solução (teoria das tentativas) porque limita o
papel do acaso na exploração por tentativas, em benefício da idéia de uma
pesquisa dirigida, direção esta que se explica pela continuidade da
atividade assimiladora, da organização reflexa e da elaboração dos hábitos
mais elementares, até à das estruturas mais complexas da inteligência
dedutiva. Mas essa continuidade não equivale a reduzir o superior ao
inferior nem a operar a redução inversa: consiste numa construção gradual
de órgãos que obedecem às mesmas leis funcionais” (p. 336-337);
 - “[...] as relações entre o sujeito e o seu meio consistem numa interação
radical, de modo tal que a consciência não começa pelo conhecimento dos
objetos nem pelo da atividade do sujeito, mas por um estado
indiferenciado; e é esse estado que derivam dois movimentos
complementares, um de incorporação das coisas do sujeito, o outro de
acomodação às próprias coisas” (p. 386);
5) A TEORIA DA ASSIMILAÇÃO (p. 379-389)
 - “[...] a inteligência constitui uma atividade organizadora cujo
funcionamento prolonga o da organização biológica e o supera, graças à
elaboração de novas estruturas” (p. 379);
 “[...] é um mesmo e único processo de assimilação que leva o sujeito, em
via de se incorporar ao universo, a estruturar esse universo em função da
sua própria organização e a situar a sua atividade, finalmente, entre as
próprias coisas” (p. 386);
 - “[...] o dualismo do sujeito e do objeto reduz-se a uma simples
diferenciação progressiva entre um pólo centrípeto e um pólo centrífugo, no
seio das constantes interações do organismo e do meio. Do mesmo modo,
a experiência jamais é recepção passiva: é acomodação ativa, correlativa à
assimilação” (p. 387);
5) A TEORIA DA ASSIMILAÇÃO (p. 379-389)
 - “[...] a forma não pode ser dissociada da matéria: as estruturas não estão
pré-formadas dentro do sujeito, mas constroem-se à medida das
necessidades e das situações. Portanto, dependem em parte da
experiência.
 Inversamente, a experiência não é a única a explicar a diferenciação dos
esquemas, visto que, pelas suas próprias coordenações, os esquemas são
suscetíveis de multiplicações.
 A assimilação não se reduz, pois, a uma simples identificação; é, ao
mesmo tempo, construção de estruturas e incorporação das coisas a essas
estruturas” (p. 387);
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Problemas teórico-práticos e epistemológicos para definir e compreender
como se processa a aprendizagem.
 até que ponto a aprendizagem mesma comporta uma lógica, quer dizer
emprega em seu funcionamento como tal estruturas lógicas ou pré-lógicas,
existe seguramente uma certa aprendizagem das estruturas lógicas e de
todas as estruturas lógicas (formais como concretas, infinitas como finitas
etc.), de tal forma que seria necessário precisar a significação de uma tal
aprendizagem independentemente de qualquer teoria sobre a leitura da
experiência. (ibidem)
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 A ausência de toda a aprendizagem das estruturas lógicas seria então
naturalmente favorável a uma interpretação apriorística, recorrendo a um
puro desenvolvimento interno;
 a redução possível de tal aprendizagem, reconhecida como existente, à
das estruturas físicas, conduziria pelo contrário a uma interpretação
empirista,
 enquanto o círculo (ou espiral) presumido das estruturas lógicas aprendidas
e das estruturas anteriores constituindo a condição dessa aprendizagem
sugeriria uma interpretação interacionista na qual seria necessário aliás
precisar o papel da existência e o das atividades do sujeito. (p. 24-25)
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)

Pode-se dizer que “existe incontestavelmente uma certa aprendizagem das
estruturas lógicas”;

“a aprendizagem é mais eficaz na medida em que consegue provocar um
exercício operatório ou ainda facilitar a constituição da operação pedida,
recorrendo a uma outra operação que a implica e que já é parcialmente
adquirida”; ou seja...

“a aprendizagem das estruturas lógicas [...] consiste numa construção de
coordenações novas por diferenciação de coordenações anteriores” em um
processo circular “tal que para aprender uma estrutura lógica é necessário
utilizar outras que conduzam a ela ou a impliquem”;

“se a aprendizagem no sentido restrito é uma aquisição em função da
experiência, a experiência em jogo no caso das estruturas lógicas não é
reduzível à experiência física” (PIAGET, GRÉCO, 1974, p. 24-27)
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Enquanto “a experiência física se dirige aos objetos mesmos, com
abstração a partir das propriedades inerentes ao objeto” (material) e das
ações observáveis, “a experiência lógico-matemática se dirige às ações que
utilizam os objetos e emprega uma abstração a partir dessas ações como tais”
(p. 27) e das coordenações das ações.

É essa ação que favorece “a aprendizagem específica das estruturas
lógicas e é porque, para atingir coordenações novas,
ela recorre necessariamente a coordenações interiores das quais abstraí os
elementos indispensáveis à construção dessas coordenações novas” (ibidem).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Tipos de experiência:
a) a experiência física consiste “em agir sobre os objetos de maneira a
descobrir as propriedades, que ainda são abstratas nesses objetos”;
b) a experiência lógico-matemática consiste “igualmente em agir sobre os
objetos, mas de forma a descobrir propriedades que estão, pelo contrário,
abstratas das ações mesmas do sujeito”, de tal maneira que, por exemplo,
“num certo nível de abstração, a experiência sobre os objetos se torna
inútil e a coordenação das ações basta para engendrar uma manipulação
operatória simplesmente simbólica e procedendo assim de maneira
puramente dedutiva” (PIAGET, GRÉCO, 1974, p. 37)
Abstração Reflexionante: relações lógicoaritméticas e ordem das relações espaciais (Piaget)
 Papel da abstração na construção do conhecimento:
Piaget (1995) considera a existência de dois tipos de abstrações:
a) a abstração empírica (apóia-se sobre os observáveis dos objetos e das ações
nas suas características materiais); e
b) a abstração reflexionante, do francês “réfléchissante” (apóia-se sobre a
coordenação das ações).
 A abstração empírica se dá pela experiência física;
já a abstração reflexionante – que compreende a abstração pseudo-empírica
(apóia-se no que o sujeito colocou nos observáveis dos objetos e das ações) e
a abstração refletida, do francês “réfléchie” (é a abstração reflexionante com
tomada de consciência, ou seja, com compreensão/ conceituação) – se dá
pela experiência lógico-matemática.
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
Hipótese interacionista:
 É a hipótese de uma lógica inerente à aprendizagem, intervindo como
condição preliminar de toda aquisição em função da experiência.
 Essa lógica preliminar, variando em cada nível, seria aprendida em
parte devido às aquisições dos níveis anteriores, mas em parte não
aprendida (no sentido restrito) e resultando então de processo de
equilibração não reduzíveis inteiramente à aprendizagem em função
da experiência. (p. 29)
 Afasta-se significantemente das premissas tanto do empirismo quanto
do apriorismo.
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)

A formação das estruturas lógicas supera a dicotomia do apriorismo
e a do empirismo:
“é que com os fatores inatos (maturação) e de experiência
(física ou social) se combina um fator mais geral, não podendo ser
considerado nem como hereditário, nem como adquirido em função da
experiência, e que é o fator da equilibração”, sendo que este se explica
“pelo fato que cada uma das etapas sucessivas apresenta uma
probabilidade crescente em função dos resultados obtidos na etapa
precedente” (p. 35).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Desenvolvimento e Aprendizagem
ou um tal processo de desenvolvimento é independente dos processos de
conhecidos de aprendizagem, ou é necessário retocar suas modelos
incorporando neles a dimensão da equilibração, quer dizer combinando os
fatores de ação exterior (reforços externos etc.) com fatores de organização
que seriam ao mesmo tempo internos e não hereditários. (p. 36)
A “aprendizagem” é uma forma de aquisição de conhecimento, distinguindo-se
assim da maturação (PIAGET, GRÉCO, 1974, p. 34-35), que não é
propriamente uma aquisição.
Adaptação, de acordo com Piaget, é um equilíbrio entre a assimilação e a
acomodação. A organização é coerência formal (relativo a formas do
pensamento), inseparável da adaptação. Portanto, “são dois processos
complementares de um mecanismo único” (PIAGET, 1987, p. 18): “é
adaptando-se às coisas que o pensamento se organiza e é organizando-se
que estrutura as coisas” (p. 19).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 É possível aprender as estruturas lógicas?

As estruturas lógicas remetem ou não a uma aprendizagem?
 Em caso afirmativo, a que variedade de aprendizagem? (p. 34)
A Epistemologia Genética
responde a essas questões.
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)

Para Piaget, “no sentido mais amplo, a aprendizagem é um processo
adaptativo se desenvolvendo no tempo, em função das respostas dadas
pelo sujeito a um conjunto de estímulos anteriores e atuais” (p. 40).
 “o conhecimento adquirido por aprendizagem não poderá mais ser
considerado como devido a uma ação com um único sentido do objeto
sobre o sujeito, mas como uma interação no seio da qual o sujeito introduz
adjunções específicas” (p. 42).
 Mas de que forma “o sujeito modifica os objetos e quais são as incidências
dessas variedades possíveis de modificações na estruturas dos
conhecimentos adquiridos durante a aprendizagem”? (p. 43).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 O interesse epistemológico desse problema da aprendizagem das
estruturas lógicas é, pois, que ele conduz à fonte mesma das relações
entre o sujeito e os objetos.
 Reduzir a aprendizagem das estruturas lógicas às outras variedades de
aprendizagem e todas elas a um esquema único de natureza
associacionista será naturalmente suprimir o papel do sujeito no
conhecimento, esse conhecimento se limitando, sob sua forma sintética,
a traduzir as propriedades físicas do objeto e, sob sua forma analítica,
a combinar essas traduções sem entretanto enriquecê-las.
 Negar que as estruturas lógico-matemáticas se aprendem ou evidenciar
a especificidade dessa aprendizagem seria ao contrário dissociar, na
constituição dos conhecimentos, a parte do objeto e as contribuições do
sujeito sob uma forma contraditória com o empirismo. (PIAGET, GRÉCO,
1974, p. 51)
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Há, assim, variedades de aprendizagem (PIAGET, GRÉCO, 1974, p. 51).
 Piaget distinguiu a abordagem da aprendizagem
- no sentido amplo (sensu lato ou lato sensu) e
- no sentido restrito (sensu stricto ou stricto sensu)
para evitar ambigüidades e contradições no uso do termo.
 O sentido stricto sensu refere-se à aprendizagem na medida que “um
resultado [...] é adquirido em função da experiência” mediata por controle
não sistemático, sendo que esta experiência pode ser física e lógicomatemática (p. 51-55).
 No entanto, nem “todo o resultado adquirido em função da experiência não
constitui uma aprendizagem” (p. 52).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 A aprendizagem também pode ser entendida como:
“uma aquisição em função da experiência, mas se desenvolvendo no tempo,
quer dizer mediata e não mediata”, tal como a percepção ou a
compreensão imediata/ instantânea (p. 53).
 Porém, “existe uma outra classe de aquisições mediatas em função da
experiência que não constituem aprendizagens: são as aquisições obtidas
em função de uma indução propriamente dita”, pois nela o controle é
sistemático e dirigido, direção esta se aplicando ao conjunto do processo e
não somente a momentos particulares (ibidem).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Por outro lado, existem as aquisições devidas a um processo dedutivo,
as quais não se devem à experiência, mas dependem dos processos de
equilibração de “nível pré-operatório (o equilíbrio completo atingindo a
dedução)”, tratando-se, nesse caso, “de compreensões graduais e não
mais imediatas”.
 Essas aquisições são identificadas como “coerência pré-operatória” em
função de “um processo de equilibração distinto de uma aprendizagem
no sentido restrito”, embora possa ser combinado com processos de
aprendizagem stricto sensu (p. 54).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 A aprendizagem lato sensu é por definição a união (combinação) das
aprendizagens stricto sensu e desses processos de equilibração (p. 54).
 A aprendizagem lato sensu consiste em “todas as aquisições não
hereditárias obtidas em função da experiência e que se desenrolam no
tempo” (INHELDER, SINCLAIR, 1977, p. 22), sendo que “uma tal
aprendizagem seria essencialmente uma combinação da aprendizagem no
sentido estrito e de mecanismos de equilibração que regulamentariam a
coerência psicológica tanto nos níveis pré-operatórios quanto nos níveis
operatórios” (p. 23).
 Nesse sentido, no que se refere às aprendizagens stricto sensu e lato
sensu, a primeira está sempre subordinada à segunda, sendo que esta
última “compreende as leis do próprio desenvolvimento” (p. 11).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)

Partindo da classificação de aprendizagem em stricto sensu e lato sensu,
Piaget identifica seis variedades de aquisições no que se refere à
formação dos conhecimentos (desenvolvimento intelectual), cuja a
aprendizagem stricto sensu só constitui uma fase particular.
 São variedades de aquisição de conhecimento (PIAGET, GRÉCO, 1974,
p. 55):
1) Percepção;
2) Compreensão imediata e pré-operatória;
3) Aprendizagem stricto sensu;
4) Indução;
5) Coerência pré-operatória (equilibrações);
6) Dedução (e no caso extremo: compreensão imediata operatória).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Sendo assim, Piaget (ibidem) considera que a aquisição de
conhecimentos pode se dar por meio de seis dessas formas, excluindo-se
o processo de maturação, pois este é resultante da hereditariedade.
 A aprendizagem stricto sensu é apenas uma forma de aquisição de
conhecimento.
 Todos esses sete fatores (as variedades de aquisição e a maturação) que
compreendem a “formação dos conhecimentos” são processos biológicos.
 Os processos cognitivos consistem, pois, no prolongamento desses
processos biológicos.
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Estas variedades “só têm sentido do ponto de vista sincrônico”
(ou seja, simultâneo, que se realiza ao mesmo tempo), enquanto que,
diacronicamente (ou seja, processualmente/ historicamente),
“a história de cada modo de aquisição se refere a outros modos”,
pois, por exemplo:
a) “a percepção é necessária à aprendizagem, mas existe uma aprendizagem
perceptiva”;
b) a compreensão imediata desempenha um papel na coerência gradual, mas
ela é função de equilibrações anteriores (p. 56).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Partindo, assim, do propósito de estudar a aprendizagem das estruturas lógicas,
faz-se necessário distinguir a aprendizagem das formas de aprendizagem dos
conteúdos, compreendendo que formas não são “quaisquer formas (perceptivas
etc.), mas aquelas que podem num nível dado se destacar de seu conteúdo
(dedução) ou as que adquirem uma generalidade suficiente para se aplicar a
qualquer conteúdo (métodos de prova na indução)” (p. 57).
 Piaget considera que isso leva a uma tabela de dupla entrada na qual se tem as
quatro categorias de aprendizagem strito sensu ou lato sensu:
a) a das ações enquanto conteúdos, quer dizer das ações não operatórias ou de sentido único (hábitos
elementares);
b) a das ações enquanto formas, quer dizer das estruturas operatórias e das formas de dedução que lhe
são ligadas;
c) a das sucessões físicas (regulares ou irregulares) enquanto conteúdos;
d) finalmente a das formas aplicadas às sucessões físicas, quer dizer da indução enquanto dedução
aplicada à experimentação (p. 57).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 Piaget (PIAGET, GRÉCO, 1974, p. 55) coloca que é evidente que “se as
aprendizagens a) e c) precedem as variedades b) e d) geneticamente, a
categoria a) precede ela mesma a variedade b), assim como a variedade c)
precede a categoria d)”. Há, aí, um outro problema a ser levado em
consideração por uma teoria da aprendizagem, bem como questionar se
esses quatro tipos de aprendizagens obedecem às mesmas leis (p. 58).
 Piaget afirma, no que diz respeito às relações particulares entre os
processos de aprendizagem stricto sensu e os de equilibrações, que essas
quatro formas de aprendizagem lato sensu não apresentam as mesmas
relações entre os dois componentes eventuais, pois “o equilíbrio entre a
assimilação e a acomodação só atinge sistemas não permanentes no
caso das aprendizagens de conteúdos empíricos a) e c) e a sistemas
permanentes no caso das estruturas operatórias reversíveis b) e d)” (p. 58).
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 As estruturas de esquemas ou de sistemas de esquemas constituem produtos
e condições da aprendizagem: um esquema novo é o produto de uma
aprendizagem s.str. na medida em que resulta da diferenciação de um
esquema anterior e que essa diferenciação comporta pois uma acomodação
que depende da experiência.
 Mas para que essa aprendizagem seja possível é necessário que existam
esquemas anteriores, podendo ser diferenciados durante a assimilação dos
objetos novos e também a estrutura desses esquemas, como estrutura, como
assimilação como tal, como condição dessa estrutura, constituem assim as
condições e não mais o produto da aprendizagem.
 Numa palavra, a aprendizagem se dirige sobre o conteúdo do esquematismo,
enquanto as características gerais de sua forma não resultam da
aprendizagem, mas são necessárias a seu funcionamento.
(PIAGET, GRÉCO, 1974, p. 85)
Aprendizagem e Conhecimento
(Piaget; Gréco)
 A aprendizagem somente ocorre mediante a constituição de estruturas
lógicas e de esquemas que a suportem, tal como, analogicamente, a
passagem de um estádio de desenvolvimento intelectual a outro depende
da constituição e superação do anterior.
 Não somente uma aprendizagem não parte jamais do zero, quer dizer
que a formação de um novo hábito consiste sempre numa diferenciação a
partir de esquemas anteriores;
 mas ainda, se essa diferenciação é função de todo o passado desses
esquemas, isso significa que o conhecimento adquirido por
aprendizagem não é jamais nem puro registro, nem cópia, mas o
resultado de uma organização na qual intervém em graus diversos o
sistema total dos esquemas de que o sujeito dispõe. (PIAGET, GRÉCO,
1974, p. 69)
Aprendizagem e Estruturas do
Conhecimento (Inhelder)
 As concepções de aprendizagem com tendências empiristas e as com
tendências interacionistas apresentam claramente uma ótica distinta uma
da outra. Isso justifica a necessidade piagetiana de partir do estudo
epistemológico para fazer compreender suas problemáticas e os processos
de aprendizagem que delas resultam (INHELDER, SINCLAIR, 1977, p. 13).
 “Toda teoria da aprendizagem depende, ao mesmo tempo, das concepções
que são feitas da natureza do conhecimento e das hipóteses sobre o
desenvolvimento intelectual” (ibidem)
 Piaget “qualifica sua epistemologia genética de ‘naturalista sem ser
positivista’ e considera as condutas cognitivas como que destacadas de um
organismo dotados de estruturas que se manifestam por seu poder de
assimilação e acomodação” (p. 14)
Aprendizagem e Estruturas do
Conhecimento (Inhelder)
 Do ponto de vista interacionista, o conhecimento deve ser considerado
como uma relação de interdependência entre o sujeito conhecedor e o
objeto a ser conhecido, e não como a justaposição de duas entidades
dissociáveis” (p. 17).
 De acordo com Piaget, “o objeto existe, mas não pode ser conhecido senão
por aproximações sucessivas através das atividades do sujeito; constitui,
de certa maneira, um estado-limite do qual nós procuramos nos aproximar
sem nunca atingir um conhecimento completo dele” (ibidem)
 O construtivismo “procura [...] assegurar a continuidade entre as funções de
níveis inferior e superior mas sem reduzi-las umas às outras; esta teoria
propõe um princípio explicativo único que, a cada nível de complexidade,
analisa as transformações genéticas que conduzem a novidades
características da etapa seguinte” (p. 19).
Aprendizagem e Estruturas do
Conhecimento (Inhelder)
 Foco das Pesquisas: aprendizagem das estruturas cognitivas; ênfase no
fatos dos mecanismos de auto-regulação ou de equilibração.
 Problemas:
É possível acelerar o desenvolvimento de maneira a diminuir sensivelmente os
intervalos entre as etapas de estruturas sucessivas postas em evidência
pelos estudos transversais e, sobretudo, se tais exercícios aceleram o
desenvolvimento de modo uniforme?
Os diferentes conjuntos de esquemas do sujeito caracterizando cada momento
de seu desenvolvimento cognitivo, são igualmente maleáveis pelas
incitações do meio, sob forma de processos de aprendizagem, ou um
mesmo exercício operatório tem efeitos diferentes conforme os subníveis
de desenvolvimento?
Aprendizagem e Estruturas do
Conhecimento (Inhelder)
 Algumas Conclusões:
As aprendizagens, “quaisquer que sejam as variedades dos processos,
seguem sempre as mesmas etapas, sem saltar nenhuma, e se chocam
com os mesmos obstáculos encontrados em nossos estudos transversais.
Se bem que possamos nos objetar que nada fizemos para induzir a um
andamento diferente daquele que podíamos supor ser o caminho natural,
não é menos verdade que, apesar da modificação muito importante das
velocidades de aquisição e a duração dos processos de formação, a
vecção, com sua ordem de sucessão das etapas, se mantém constante” (p.
259).
Aprendizagem e Estruturas do
Conhecimento (Inhelder)
“Os resultados das aprendizagens estão diretamente ligadas ao nível de
partida de cada um dos sujeitos, de modo que a ordem hierárquica é
conservadora; mas, após a aprendizagem, o afastamento dessa ordem é
mais marcante.
Exemplo: Os mais adiantados se aproveitam, portanto, mais dos exercícios e
das informações dos quais dispõem de modo idêntico durante as
aprendizagens. Além disso, sobretudo, a qualidade do aproveitamento varia
de um nível para o seguinte. Para alguns, cujo o nível de partida está mais
afastado da solução operatória do problema submetido à aprendizagem, o
aproveitamento pode ser nulo ou apenas manifesto, enquanto que às vezes
é muito importante para aqueles que no início se acham num nível
intermediário; enfim, aqueles que estão em um nível mais adiantado
manifestam, desde o primeiro contato com as situações experimentais,
uma compreensão completa do problema. À análise, esta conduta
demonstra corresponder a um fechamento de estrutura operatório” (p. 260)
Aprendizagem e Estruturas do
Conhecimento (Inhelder)
“[...] alimentando os esquemas do sujeito, conseguimos apressar seu
desenvolvimento cognitivo” (p. 237).
Nas aquisições cognitivas, “como na vida orgânica, as regulações
desempenham um papel essencial porque estão na encruzilhada de dois
processos inerentes a toda a atividade cognitiva e que formam de algum
modo os dois pólos da aprendizagem: a conservação das estruturas
existentes e seu enriquecimento segundo as necessidades de adaptação”
(p. 263)
“[...] a aprendizagem das estruturas cognitivas não consiste nem em colocar
simplesmente em jogo condutas operatórias previamente adquiridas, nem
em transformá-las totalmente. Aprender é proceder a uma síntese
indefinidamente renovada entre a continuidade e a novidade” (ibidem)
Proposta de trabalho colaborativa:
Construção de um Mapa Conceitual
 Objetivo: Conceituar a aprendizagem na perspectiva piagetiana.
 Temática: Aprendizagem.
 1º) Em pequenos grupos (máximo três pessoas),
discutir compreensões ou percepções sobre a temática em questão,
estabelecer relações desta com as palavras obtidas (e as propostas pelo grupo)
e construir um mapa conceitual sobre a temática a partir de palavras-chave e
das principais idéias que a definem;
 2º) Em pequenos grupos, apresentar para a turma o mapa conceitual elaborado
em grupo sobre a temática e justificá-lo;
 3º) No grande grupo, confrontar os mapas conceituais produzidos em pequenos
grupos e construir um mapa conceitual da turma, se necessário re-elaborando
os mapas conceituais produzidos em pequeno grupo na tentativa de relacionar
as palavras-chave sobre a temática em questão.
Conclusão
 No âmbito educacional é fundamental que o(a) professor(a)
conheça, com profunda consistência teórico-prática,
como ocorre a aprendizagem, além de ter clareza dos referenciais
epistemológico-educacionais que orientam a sua prática educativa,
tendo presente as implicações e repercussões destes
no contexto sócio-educacional.
Para refletir...
 Como deve o educador de hoje representar-se
(teoria) o processo de aprendizagem e articular, em
sala de aula (prática),
esse processo, fundado no processo
mais amplo de desenvolvimento?
 É de fundamental importância que esse objetivo
não se tenha a repetir velhas lições;
antes, reconstrua o saber científico e
a própria experiência produzindo novas sínteses,
uma concepção de aprendizagem.
Referências
 BECKER, Fernando. Construtivismo e pedagogia. In: Educação e construção do
conhecimento. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
 BECKER, F. O que é construtivismo? I. In: Educação e construção do conhecimento.
Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
 INHELDER, Bärbel; BOVET, Magali; SINCLAIR, Hermine. Conclusões. In: Aprendizagem
e estrutura do conhecimento. São Paulo, Saraiva, 1977.
 PIAGET, Jean. Abstração reflexionante: relações lógico-aritméticas e ordem das relações
espaciais. trad. Fernando Becker e Petrolinha Beartriz Gonçalves da Silva. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.
 PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. In: LAVATELLY, C.S. e STEENDLER, F.
Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Jonovich, 1972.
 PIAGET, Jean; GRÉCO, Pierre. Aprendizagem e Conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 1974, 39-89p.
 PIAGET, Jean. Conclusões. In: O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro,
Zahar, 1987.
Sites
 Piaget e Educação:
http://br.youtube.com/watch?v=RtNdLKqPCyI&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=fcjPkPIwsog&feature=related
 Biografia de Piaget:
http://br.youtube.com/watch?v=RtNdLKqPCyI
http://br.youtube.com/watch?v=dvrhv51HY7c&feature=related
 Provas Piagetiana:
http://br.youtube.com/watch?v=FbM_wD8-iu8
http://br.youtube.com/watch?v=cKdEz7ISmQA
http://br.youtube.com/watch?v=9wgLsEhHmB4
http://br.youtube.com/watch?v=3ZDTK-8_pcM
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