ISQUEMIA MESENTÉRICA E TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM
PACIENTE COM DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA S: RELATO DE CASO.
Vinícius Silva Barros1; Cristhenise Ragnini Silva1,2; Leonardo Silva Barros1; André Nazário de Oliveira1,2;
Hozanna Holanda Brasil2.
1- FACIMED – Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal;
2 -Hospital Regional de Cacoal
E-mail: [email protected]
Introdução
A deficiência congênita de proteína S é uma patologia hereditária da coagulação
caracterizada por quadros de trombose venosa profunda (TVP) recorrentes, associado ou
não a eventos embólicos.
Objetivo
Relatar o caso de uma paciente com hipercoagulabilidade por deficiência de proteína S.
Método
Foram analisados o prontuário e referências bibliográficas.
ISQUEMIA MESENTÉRICA E TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTE COM DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA S: RELATO DE CASO.
Relato de Caso
Paciente feminina, 48 anos, natural de Cacoal-RO, foi admitida em um hospital terciário da região com o
quadro de dor abdominal em cólica, constipação e distensão abdominal, apresentou piora clínica e evoluiu
com abdome agudo. Realizada laparotomia exploratória que revelou isquemia mesentérica com necrose
extensa do intestino delgado, levando à enterectomia de aproximadamente 120 cm. Encaminhada à UTI, onde
após 03 dias apresentou novo episódio de abdome agudo, sendo realizada nova enterectomia de 20 cm de
alça de delgado necrosada. Após 20 dias de internação na UTI, paciente foi transferido para a clínica cirúrgica,
evoluindo com TVP em MID, com estabilização do quadro e prescrição de alta hospitalar.
Após duas semanas de alta hospitalar, refere ter apresentado quadro de algia em MIE, e em região torácica
inferior D ventilatório dependente, sugestivo de tromboembolismo pulmonar (TEP). Após a avaliação clinicocirúrgica, paciente foi encaminhada para UTI com quadro de sepse, permanecendo por 4 dias. Foram
solicitados vários exames laboratoriais para investigação de trombofilias, como a dosagem de proteína S, C e
fator V de Leiden. O único marcador alterado foi a proteína S funcional, que encontrava-se diminuído (35%).
Iniciado então enoxaparina e warfarina até anticoagulação plena. Já estável, recebeu alta da UTI para a clínica
médica com quadro de pneumonia nosocomial.
Autores: Vinícius Silva Barros; Cristhenise Ragnini Silva; Leonardo Silva Barros; André Nazário de Oliveira; Hozanna Holanda Brasil.
E-mail: [email protected]
ISQUEMIA MESENTÉRICA E TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTE COM DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA S: RELATO DE CASO.
Conclusão
Em pacientes com TVP de repetição com ou sem sinais de TEP ou isquemia mesentérica deve-se investigar
coagulopatias congênitas, como deficiência de proteína C, S, fibrinogênio e Doença de Von Willebrand. No
caso descrito, a paciente teve episódios recorrentes de TVP e o motivo só foi encontrado após investigação
pormenorizada. É importante também a investigação dos familiares para que se possam detectar os
indivíduos em risco e, posteriormente, orientá-los sobre os perigos que poderão enfrentar, principalmente
quando forem expostos a outros fatores de risco para trombose, como, por exemplo, a realização de uma
cirurgia.
Bibliografias
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interferência da coagulação oral. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São José do Rio Preto , v. 25, n. 4, p. 219-222, 2003
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report and review of literature. J Thromb Thrombolysis 2002 Jun;13(3):187-9.
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Girolami A, Prins MH. Incidence of venous thromboembolism in families with inherited thrombophilia. Throm
Haemost 1999;81:198-202.
Autores: Vinícius Silva Barros; Cristhenise Ragnini Silva; Leonardo Silva Barros; André Nazário de Oliveira; Hozanna Holanda Brasil.
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Isquemia mesestérica e trombose venosa profunda em paciente