Sistemas e Sinais (LEIC) – Resposta em Frequência Carlos Cardeira Diapositivos para acompanhamento da bibliografia de base (Structure and Interpretation of Signals and Systems, Edward A. Lee and Pravin Varaiya) Sumário Definições Sistemas sem memória Sistemas causais Sistemas Invariantes no Tempo Sistemas Lineares Resposta em Frequência Definições x S y x Entradas = [tempo → Reais ou Complexos] y Entradas = [tempo → Reais ou Complexos] Tempo = Inteiros ou Reais Exemplos (contínuos) Ganho K x, t R, Gk ( x)(t ) kx(t ) Delay T x, t R, DT ( x)(t ) x(t T ) Média Móvel x [ R R, C ], t R, 1 MA( x)(t ) M t x( )d t M Exemplos (contínuos) Reverse Fast Forward x, t , Rv( x)(t ) x(t ) x, t , FF( x)(t ) x(1.5t ) Câmara Lenta Energia x, t , CL( x)(t ) x(0.5t ) t x, t , E( x)(t ) x ( )d 2 Definições: Resposta Impulsiva A saída do sistema pode-se calcular através da convolução da resposta impulsiva com a entrada x, t , H ( x)(t ) h ( t s ) x ( s ) ds s Exemplos (discretos) Ganho K x, n Inteiros, Gk ( x)(n) kx(n) Delay T (T inteiro) x, n Inteiros, DT ( x)(n) x(n T ) Média Móvel x [ R R, C ], n Inteiros, 1 MA( x)(n) M M 1 x( n k ) k 0 Exemplos (discretos) Reverse Down Sample (subamostrar) x, n, Rv( x)(n) x(n) x, n, Down( x)(n) x(2n) Up Sample (sobreamostrar, introduzindo zero ou outro valor, nos pontos não definidos) x n 2 x, n, Up( x)(n) 0 n par n ím par Resposta Impulsiva (discretos) A saída do sistema pode-se calcular através da convolução da resposta impulsiva com a entrada x, n, H ( x)(n) h(n m) x(m) m Sistema sem memória Um sistema S não tem memória se existir uma função tal que: t , x, S ( x)(t ) f ( x(t )) Exemplos: Sem memória t , x, S ( x)(t ) x 2 (t ) Sem memória t , x, S ( x)(t ) 2 x(t ) t , x, S ( x)(t ) x(t 1) x(t 2) Com memória Definições: Sistema causal Um sistema S é causal se a saída não depender de entradas futuras: t , w, x, x( s) w( s), s t S ( x)(t ) S ( w)(t ) Se duas entradas forem iguais até um determinado instante t, a saída, até esse instante, é igual para ambas Causalidade O sistema é causal porque para entradas x e w, iguais até ao instante t, produz a mesma saída S(x) e S(w). Definições: Sistema Invariante no tempo Considere-se a função Delay x, t , DT ( x)(t ) x(t T ) Um sistema é invariante no tempo se, para qualquer delay T, tivermos: DT S S DT Ou seja: x, t , DT (S ( x))(t ) S ( DT ( x))(t ) Exemplo: Sistema Invariante no tempo Atrasar uma entrada produz um atraso equivalente na saída. As funções atraso e S podem ser aplicadas na ordem que quisermos. Exemplos S(x)(t)=x(t+3) DT o S = x(t+3-T) S o DT = x(t-T+3) O sistema é invariante no tempo Exemplos S(x)(t)=x(-t) DT o S = DT (S(x)(t))(t)= DT (x(-t))(t) =x(-t-T) S o DT = S(DT(x)(t))(t)=S(x(t-T))(t)=x(-t+T) Não é Invariante no Tempo Exemplos S(x)(t)=(x(t-1))2 DT o S = DT (S(x)(t))(t)= DT ((x(t-1))2)(t) =(x(t-T-1))2 S o DT = S(DT(x)(t))(t)=S(x(t-T))(t)=(x(t-T-1))2 É causal Exemplos t E ( x)(t ) x (s)ds 2 É invariante no tempo t E ( x)(t ) x ( s)ds 2 a Não é invariante no tempo. Só o seria se a função x fosse nula para t<a Exemplos - Convolução x ( t ) h ( t s ) ds É invariante no tempo Linearidade S(x+w)=S(x)+S(w) S(ax)=aS(x) S(ax+bw)=aS(x)+bS(w) S(0) tem que ser 0 porque senão não seria possível garantir S(ax)=aS(x) para qualquer ‘a’ Linearidade Exemplos Média Móvel Delay Linear Invariante no Tempo Ganho Linear Invariante no Tempo Linear Invariante no Tempo Reverse Linear Não Invariante no Tempo Exemplos Fast Forward Câmara Lenta Linear Não Invariante no Tempo Energia Linear Não Invariante no Tempo Não Linear Invariante no Tempo Convolução Linear Invariante no Tempo Resposta em Frequência Teorema: Se a entrada for uma exponencial complexa (eiwt) de determinada frequência, a saída também terá a mesma frequência H(w) é a resposta em frequência do sistema Exemplo: 1 H ( w) 1 jw H ( w) 1 1 w 2 e w j arctan 1 Exemplo: |H(w)| Filtro passa baixo H ( w) 1 1 w2 Exemplo: fase arctan(w) Cálculo da Resposta em Frequência O circuito RC (se normalizado de forma a R=C=1) tem a forma: dy y (t ) x(t ) dt Qual será a resposta em frequência ? Cálculo da Resposta em Frequência do circuito R/C x(t ) e jwt y (t ) H ( w)e jwH ( w)e jwt jwt H ( w)e jwt 1 H ( w) 1 jw Filtro passa baixo e jwt Exemplo: Resposta em Frequência da Média Móvel Exemplo: Resposta em Frequência da função Delay A amplitude mantém-se, apenas a fase do sinal varia Exemplo: Resposta em Frequência da função GanhoK x, t , Gk kx(t ) H (w)e ke H (w) k jwt jwt A amplitude é multiplicada por K, a fase mantém-se Resposta em Frequência Linear e Invariante no Tempo •Linear porque as derivadas são operadores lineares •Invariante no tempo se ai e bi não dependerem de t Causalidade e Resposta Impulsiva Considere-se um sistema definido pela convolução: S ( x)(t ) h(t s ) x( s ) ds t h(t s) x(s)ds h(t s) x( s)ds t 0 ( causalidade ) h(t ) 0, t 0 Resposta em Frequência A resposta em frequência de um sistema definido pela convolução da entrada com a resposta impulsiva é: S ( x)(t ) s H ( w)e e jwt jwt h(t s) x( s)ds s h(t s)e ds e jws jwt s h(t s)e jw(t s ) ds jwu h ( u ) e sdu H ( w) O que significa que a resposta em frequência de um sistema é a transformada de Fourier da resposta impulsiva Resposta em Frequência de Sistemas Discretos Analogamente: n, x(n) e jwn y(n) H (w)e jwn Exemplo: média móvel 1 n, x, MA( x)(n) x(n) x(n 1) 2 1 jwn 1 jwn jwn jw( n 1) H ( w)e e e e 1 e jw 2 2 1 H ( w) jw 2(1 e ) Exemplo: média móvel + autoregressão y (n) y (n 2) x(n) x(n 1) x(n 3) H ( w)(1 e j 2w )e jw jwn e jwn (1 e jw e j 3w 1 e e H ( w) j 2w 1 e De uma forma geral, a componente média móvel fica no numerador e a componente autoregressiva no denominador. Consegue-se escrever a resposta em frequência sem ter que fazer as contas j 3w ) Exemplo: equação às diferenças genérica Peridicidade da resposta em frequência para sistemas discretos x ( n) e jwn x ( n) e ' y(n) H ( w)e jn( w 2 ) jwn y(n) H ( w 2 )e jn( w 2 ) Mas como x(n)=x’(n) : H ( w) H ( w 2 ) Em sistemas discretos, H(w) tem sempre período 2 E, por convenção, desenha-se apenas entre - e ou então apenas entre 0 e porque a função é par Resposta em frequência de dois sistemas LTI em cascata A resposta em frequência é o produto das respostas em frequência de cada sistema H(w) ejwt G(w) H(w)ejwt H(w)G(W)ejwt Resposta em Frequência de dois sistemas com feedback 1.ejwt E(w)ejwt + R(w)ejwt Y(w)ejwt H G Y(w)=E(w).H(w) R(w)=Y(w).G(w) E(w)=1+R(w) Resposta em Frequência de sistemas com feedback Y(w)=E(w).H(w) R(w)=Y(w).G(w) E(w)=1+R(w) Y(w)=(1+R(w)).H(w)= =(1+Y(w).G(w))H(w) Y(w)=H(w)/(1-G(w)H(w)) Amplitude e fase H(w)=|H(w)|e H(w) ,H(w) representa o angulo de H(w) com o eixo real |H(w)| é a amplitude da resposta em Freq. H(w)) é a fase da resposta em frequência Exemplo: y(n)=1/2(x(n)+x(n-1)) H(w)=1/2(1+e-jw) |H(w)|=1/2 |1+cos(w)-jsin(w)|= =1/2 sqrt((1+cos(w)) 2+sin2(w)) H(w)=-atan(sin(w)/(1+cos(w)) Exemplo: >> w=-2*pi:pi/1000:2*pi; %embora bastasse de 0 a pi >> H=(1+exp(-i*w))/2; >> subplot(2,1,1) >> plot(w,abs(H)) >> subplot(2,1,2) >> plot(w,angle(H)) Exemplo Decibels É vulgar medir a amplitude em dB dB 20log10 H (w) Propriedades (sinais reais) Propriedades Se a entrada for periódica de período p a saída é periodica com o mesmo período Como cos(wt)=cos(-wt) teremos H(w)=H*(w) |H(w)|=|H(-w)| → amplitude é par H(w)=-H(-w) → fase é ímpar Propriedades (Discretos) Exemplo de feedback para aumentar a largura de banda Exemplo de feedback para aumentar a largura de banda Feedback para melhorar a resposta em frequência Se se pretende que o sistema responda mais rapidamente a resposta às altas frequências tem que melhorar À parte o problema das saturações este é um mecanismo usado em robôs. Propriedades (Discretos) Se a entrada for periódica de período p a saída é periodica com o mesmo período Como cos(wn)=cos(-wn) teremos H(w)=H*(w) |H(w)|=|H(-w)| → amplitude é par H(w)=-H(-w) → fase é ímpar E porque ejwn=ej(w+2)n Temos: H(w)=H(w+2) (em sistemas discretos a resposta em frequência é periódica) Coeficientes da Série de Fourier 2 X : R R, p, w0 rad / sec P x(t ) A0 Ak cos(k w0t k ) k 1 Série de Fourier A0 é a componente DC (valor médio do sinal) Permite representar qualquer sinal periódico Se o sinal não for periódico mas for finito (no tempo), pode também ser representado por uma série se o replicarmos ao longo do tempo. A forma exponencial é mais prática x(t ) X k e X k X * k jkwo t Equivalência entre as formas exponencial e coseno x(t ) A0 Ak cos(k w0t k ) k 1 A0 1 x(t ) Ae 2 k 1 j ( kw0t k ) k jkw0t X e k k 1 Ae 2 k 1 j ( kw0t k ) k X k A0 X k 1 Ak e jk 2 jk 1 Xk A k e 2 Xk e X-k são Complexos Conjugados (k 0) (k 1) (k 1) Obtenção dos coeficientes Ak e partir de Xk A0 X 0 Ak cos(wot k ) X k e X ke jkwo t X ke jkwo t k X k 2 ReX e jkwo t * 2 X k cos(wot X k ) Ak 2 X k X k e jkwo t jkwo t k Cálculo dos coeficientes Xn x(t ) jkw0t X e k k p x(t )e p jnw0t dt e 0 0 X k k e p p 0 k k 0 e jkw0t dt j ( k n ) w0t j ( k n ) w0t X e dt X e dt k k p 0 jnw0t p j ( k n ) w0t dt e 0 j ( k n ) 2 t p p ( k n) dt 0 ( k n) Cálculo dos Coeficientes x(t ) X k k e jkw0t p x(t )e jnw0t dt X n p 0 p 1 jnw0t X n x(t )e dt p0 Base As funções que compõem a série de Fourier constituem uma base. Qualquer função pode ser representada por uma combinação linear delas. Cálculo dos Coeficientes (tempo discreto) 2 rad / am ostra X : Ints Ints, w0 p n, x(n) A0 p / 2 A k 1 k cos(k w0 n k ) ou p 1 n, x(n) X l e jlw0 n , X l C l 0 Cálculo de X (discreto) Multiplicando ambos os lados por exp(-jkwon) p 1 x ( n )e jkw0 n n 0 p 1 p 1 l 0 n 0 p 1 p 1 X l e j ( l k ) w0 n n 0 l 0 X l e j ( l k ) w0 n X k p 1 p 1 X k x(n)e jkw0 n p n 0 Cálculo dos Coeficientes (tempo discreto) p 1 e l 0 j ( l k ) w0 n 0 se l k