TGA – TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I Aula 11 – 20/05/2013 António Albano Baptista Moreira Aula 10 – 03/05/2011 OBJETIVOS Teoria das RH Decorrências Introdução Neoclássico Características e princípios básicos Trabalho final Abordagem Humanística da Administração Introdução A Abordagem humanística da administração representa uma transferência da ênfase anterior, colocada nos aspectos técnicos e formais da administração para os aspectos sociológicos e psicológicos do trabalho. Esse estudo compreendeu dois assuntos distintos: Introdução A análise do trabalho e adaptação do trabalhador ao trabalho; A adaptação do trabalho ao trabalhador. A Experiência de Hawthorne Essa experiência aconteceu na fábrica da Western Eletric Company à partir de 1927 e foi comandada por Elton Mayo. Seu objetivo: determinar qual a relação existente entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários (produtividade). A Experiência de Hawthorne A experiência deu-se em 4 fases: 1a. Fase: Foram estudados dois grupos de trabalho, que operando em condições idênticas, tiveram sua produção constantemente avaliada. Um grupo teve suas condições ambientais mantidas e outro teve sua iluminação intensificada. Nesta fase não foram identificadas variações significativas de produção. A Experiência de Hawthorne 2a. Fase: Introdução de novas variáveis (horários de descanso, lanches, reduções no período de trabalho, sistema de pagto.) buscando identificar qual a que mais se relacionava com a produtividade. Após diversas variações nas condições de trabalho, obtiveram resultados crescentes de produtividade. A Experiência de Hawthorne 3a. Fase: Programa de entrevistas buscando maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos do trabalhador (foram entrevistados 21.126 operários). Descobriu-se a existência da organização informal (grupos informais). A Experiência de Hawthorne 4a. Fase: Separação de um pequeno grupo experimental para avaliação de sua interferência no comportamento do grupo maior. Percebeu-se claramente o sistema de recompensa e punição dos grupos informais. A experiência de Hawthorne durou até 1932 e abalou sensivelmente a Teoria Clássica até então dominante. A Experiência de Hawthorne Conclusões da Experiência de Hawthorne: Nível de produção é resultante da integração social; Comportamento social dos empregados; As recompensas e sansões sociais; Grupos informais; As relações humanas; A importância do conteúdo do cargo; Ênfase nos aspectos emocionais. A Experiência de Hawthorne Nível de produção é resultante da integração social é a capacidade social do trabalhador que estabelece seu nível de competência e eficiência e não a sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro de um tempo previamente estabelecido. A Experiência de Hawthorne Comportamento social dos empregados os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membro de grupos. Sua capacidade de produção é ditada pela sua interação social e qualquer desvio de comportamento poderá ser retaliado simbolicamente pelo grupo que participa. A Experiência de Hawthorne As recompensas e sansões sociais As pessoas passam a ser avaliadas pelos grupos que participam, de acordo com as normas de comportamento que o grupo cria para si. Se essas normas são quebradas há rejeição pelo grupo. Se são vividas pelo indivíduo existe uma espécie de recompensa. Essas recompensas são simbólicas. A Experiência de Hawthorne Grupos Informais A empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de diversos grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa. Os grupos informais definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sansões sociais. A Experiência de Hawthorne As relações humanas Para poder explicar e justificar o comportamento das pessoas na organização, a Teoria das Relações Humanas passou a estudar intensamente essas interações sociais surgidas dentro das organizações, em face do grande número de grupos e às interações necessariamente resultantes. A Experiência de Hawthorne A importância do conteúdo do cargo Somente racionalizar a tarefa não é o suficiente para conseguir aumentar a produção. Durante a experiência percebeu-se que os operários mudavam de lugar para variar a monotonia. A partir daí viu-se que é importante haver conteúdo e sentido no cargo exercido pelo operário. A Experiência de Hawthorne Ênfase nos aspectos emocionais O indivíduo, definitivamente, deixou de ser considerado uma extensão da máquina como pregava Taylor. Agora suas emoções passam a ser consideradas e tornam-se fator condicionante para uma produtividade alta. A Civilização Industrializada e o Homem Desde que as empresas foram “criadas” a forma de trabalho sempre busca a superação, a eficiência material. Todavia a cooperação não teve a mesma evolução. Essa baixa cooperação existente nas organizações levou à mudança de crenças e valores que fizeram uma revolução na sociedade moderna, segundo o sociólogo Durkheim. A Civilização Industrializada e o Homem Os métodos de trabalhos existentes pregam a eficiência e não a cooperação. Face a isto, Mayo defende 5 pontos nos quais sustenta que o trabalho tem mais a ver com as relações humanas do que com a eficiência material propriamente dita. A Civilização Industrializada e o Homem 1 – O trabalho é uma atividade tipicamente grupal: o indivíduo no seu trabalho não está isolado. Ele é parte integrante de um grupo. E esse grupo é o responsável pela sua eficiência mais do que qualquer tipo de recompensa material ou salarial. A Civilização Industrializada e o Homem 2 – O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social: os avanços tecnológicos tendem a minimizar os laços formados pelas pessoas nas organizações uma vez que ficam cada vez mais perto das máquinas e mais distantes das pessoas. A Civilização Industrializada e o Homem 3 – A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar: ao invés de tentar fazer com que o trabalhador entenda a lógica da empresa, é importante que o administrador entenda a lógica e as limitações do empregado. Mayo prega que somos tecnicamente muito eficientes, porém pouco evoluímos no que diz respeito à cooperação e nas relações humanas. A Civilização Industrializada e o Homem 4 – A pessoa é motivada essencialmente pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecida”, de receber adequada comunicação: Taylor preconizou que o indivíduo era motivado pela questão econômica (Homo economicus) e Mayo que as interações sociais são mais importantes. Não importa o quão eficiente é a organização, ela jamais será capaz de ser completamente eficiente sem que as necessidades psicológicas de seus membros sejam descobertas e satisfeitas. A Civilização Industrializada e o Homem 5 – A civilização industrializada traz como conseqüência a desintegração dos grupos primários da sociedade. A família, a religião os grupos informais são colocado em segundo plano. As empresas passam a exercer este papel. Esta “nova unidade social proporcionará um novo lar, um local de compreensão e de segurança emocional para os indivíduos” (CHIAVENATO, 1997, p. 228) A Civilização Industrializada e o Homem Conclusão deste tópico: Para Mayo “todos os métodos convergem para a eficiência e não para a cooperação humana”¹. Isto promove conflitos sociais. Tais conflitos são responsáveis por inúmeras mazelas nas sociedade que deixa à margem os valores da “boa vizinhança” e preconiza os novos valores morais: trabalho, produtividade e sucesso. 1 CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. Ed Makron Books. 5a. ed., 1997. p. 229. Abordagem Humanística da Administração Abordagem Humanística ocorre com o aparecimento da da Teoria das Relações Humanas, nos EUA, a partir da década de 1930. Teve seu início num período difícil marcado por recessão econômica, inflação, elevado desemprego e forte atuação dos sindicatos. Surgiu graças ao desenvolvimento das ciências sociais, notadamente da Psicologia e, em particular, a Psicologia do Trabalho, que por sua vez, desenvolveu-se em duas etapas: a análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho; e a adaptação do trabalho ao trabalhador. 27 Teorias Transitivas Autores que mesmo defendendo os princípios clássicos iniciaram um trabalho pioneiro de revisão, de crítica e de reformulação das bases da teoria administrativa. 1. Hugo Munsterberg (1863-1916) – introdutor da psicologia aplicada nas organizações e do uso de testes de seleção de pessoal. 2. Ordwary Tead (1860-1933) – pioneiro a tratar da liderança democrática na administração. 3. Mary Parker Follett (1868-1933) – introduziu a corrente psicológica na Administração. 4. Chester Barnard (1886-1961) – introduziu a teoria da cooperação na organização. 28 Teoria das Relações Humanas Humanizando a Empresa 1. Surgiu nos EUA, como consequência das conclusões da Experiência Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colabodores. 2. Foi um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da Administração. 29 As Origens da Teoria das Relações Humanas 1. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. 2. O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente da Psicologia, bem como sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações à organização industrial. 3. As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin foram fundamentais para humanismo na Administração. 4. Conclusões da Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932, coordenada por Elton Mayo, que puseram em xeque os principais postulados da Teoria Clássica da Administração. 30 As Conclusões da Experiência de Hawthorne 1. O nível de produção é resultante da integração social – normas sociais e expectativas grupais - ao contrário do que pregava ao TC em que o nível de produção era determinado pela capacidade física ou fisiológica do empregado. 2. O comportamento do individuo se apóia totalmente no grupo – comportamento social dos empregados. 3. O comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais – recompensas e sanções sociais. 4. As pessoas participam de grupos sociais dentro da organização e mantêmse em uma constante interação social – relações humanas. 5. A especialização não é a maneira mais eficiente de divisão de trabalho – importância do conteúdo do cargo. 6. O elementos emocionais não planejados e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da TRH – ênfase nos aspectos emocionais. 31 A Civilização Industrializada e o Homem 1. A TRH mostra o esmagamento do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada. 2. A civilização baseada na industrialização e na tecnologia trouxe sérios problemas humanos, sociais e políticos, e Elton Mayo dedicou três livros a esses problemas. 3. Os métodos de trabalho visam à eficiência e não à cooperação. A cooperação humana não é o resultado das determinações legais ou da lógica organizacional. 32 Os Pontos de Vista Defendidos por Elton Mayo 1. O trabalho é uma atividade tipicamente grupal. 2. O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social. 3. A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de comunicar ... 4. O ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecido”, de receber adequada comunicação. 5. A civilização industrializada traz como consequência a desintegração dos grupos primários da sociedade ... 33 As Funções Básicas da Organização, segundo Roethlisberger e Dickson Função econômica: produzir bens ou serviços. Equilíbrio externo Organização Industrial Função social: dar satisfações a seus participantes Equilíbrio interno 34 Comparação entre Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas TEORIA CLÁSSICA • Trata a organização como máquina. • Enfatiza as tarefas ou a tecnologia. • Inspirada em sistemas de engenharia. TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS • Trata a organização como grupos de pessoas. • Enfatiza as pessoas. • Inspirada em sistemas de psicologia. • Autoridade centralizada. • Delegação de autoridade. • Linhas claras de autoridade. • Autonomia do empregado. • Especialização e competência técnica. • Confiança e abertura. • Ênfase nas relações entre as pessoas. • Confiança nas pessoas. • Dinâmica grupal e interpessoal. • Acentuada divisão do trabalho. • Confiança nas regras e nos regulamentos. • Clara separação entre linha e staff. 35 Decorrências da Teoria das Relações Humanas Dando Importância aos Grupos A partir do advento da TRH no repertório administrativo foi incorporado uma nova linguagem, fala-se agora em motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo, etc., os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização, princípios gerais da Administração, etc., passam a ser contestados ou deixados de lado. 36 Nova Concepção sobre a Natureza Humana O homem social, que se baseia nos seguintes aspectos: 1. Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, dotados de sentimentos, desejos e temores. 2. As pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio dos grupos sociais com que interagem. 3. O comportamento dos grupos sociais é influenciado pelo estilo de supervisão e liderança. 4. As normas sociais do grupo funcionam como mecanismos reguladores do comportamento dos membros. 37 A Influência da Motivação Humana Elton Mayo e seus colaboradores propuseram uma nova teoria da motivação antagônica à do homo economicus: o ser humano é motivado não por estímulos salariais e econômicos, mas por recompensas sociais e simbólicas. 1. Teoria de Campo de Lewin a. O comportamento humano é derivado da totalidade de fatos coexistentes. b. Esses fatos coexistentes têm o caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende de uma inter-relação com as demais outras partes. 1. Necessidades humanas básicas (fisiológicas, psicológicas e de auto- 2. Ciclo motivacional. 3. Frustração e compensação. 4. Moral e clima organizacional. realização). 38 Decorrências da Teoria das Relações Humanas (Dando Importância aos Grupos) A Influência da Motivação Humana A Liderança A Comunicação A Organização Informal A dinâmica de grupo Apreciação Crítica da Teoria das Relações Humanas Etapas do ciclo motivacional Equilíbrio Estímulo ou incentivo Satisfação Necessidade Tensão Comportamento ou ação Os níveis do moral e atitudes resultantes Moral Elevado • Fanatismo Moral Baixo • • • • • • • • • • Euforia Atitudes positivas Satisfação Otimismo Cooperação Coesão Colaboração Aceitação dos objetivos organizacionais Boa vontade Identificação • • • • • • • • • • • Atitudes negativas Insatisfação Pessimismo Oposição Negação Rejeição dos objetivos organizacionais Má vontade Resistência Dispersão Disforia Agressão As teorias sobre liderança Teorias de Traços de Personalidade Características marcantes de personalidade possuídas pelo Líder Teorias sobre Estilos de Liderança Maneiras e estilos de comportamento adotados pelo Líder Teorias Situacionais de Liderança Adequação do comportamento do Líder às circunstâncias da situação e dos liderados Os três estilos de liderança Autocrática Democrática Liberal (laissez-faire) O líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo As diretrizes são debatidas decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. Há liberdade total para as decisões grupais ou individuais, e mínima participação do líder. O grupo esboça as providências para atingir o alvo e pede conselhos ao líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. A participação do líder é limitada apresentando apenas sugestões quando solicitado a fazê-las. O líder determina as providência para execução das tarefas, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo O líder determina a tarefa que cada um deve executar e os colegas de trabalho O líder é dominador e é “pessoal” nos elogios e críticas ao trabalho de cada membro. A divisão do trabalho fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus colegas de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito. O líder é objetivo e limita-se aos fatos nas críticas e elogios. A divisão do trabalho e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder. O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado. Diferentes ênfases nos estilos de liderança Estilo Autocrático Estilo Democrático Líder Líder Subordinados Subordinados Estilo Liberal Líder Subordinados Ênfase no líder Ênfase no líder Ênfase nos e nos subordinados subordinados Continuum de padrões de liderança Liderança descentralizada nos subordinados Liderança centralizada no chefe Área de autoridade do líder Área de liberdade dos subordinados 1 2 3 4 5 6 7 Líder toma Líder Líder Líder Líder Líder Líder a decisão vende sua apresenta apresenta apresenta o define os permite que e comunica decisão suas idéias sua decisão problema, limites e subordinados ao grupo ao grupo e pede alternativa recebe pede ao decidam dentro sugestões e sujeita à sugestões e grupo que de padrões e perguntas modificação toma sua tome a limites definidos pelo grupo decisão decisão por ele Autocrático Consultivo Participativo Forças que condicionam os padrões de liderança Forças na Situação Tipo de empresa e seus valores e tradições. Eficiência do grupo de subordinados. Problema a ser resolvido. Tempo disponível para resolvê-lo. Estilo de Liderança a ser Adotado Forças no Gerente Valores pessoais do gerente. Suas convicções pessoais. Confiança nos subordinados. Inclinações sobre como liderar. Tolerância para a ambigüidade. Forças nos Subordinados Necessidade de autonomia. Desejo de assumir responsabilidade Tolerância quanto a incerteza. Sua compreensão do problema. Conhecimentos e experiência. Desejo de participar das decisões. Diferentes padrões de comunicação Redes de Comunicação Características: Roda Cadeia Círculo Rapidez de influenciação Rápida Rápida Lenta Boa Boa Pobre Ênfase no líder Pronunciada Marcante Nenhuma Moral Muito pobre Pobre Muito boa Lenta Lenta Muito rápida Acuracidade Flexibilidade para mudança no cargo A evolução conceitual Características Teoria Clássica 2. Modelo de homem Engenharia humana: - adaptação do homem à máquina e vice-versa Econômico-racional: - vantagens financeiras 3. Comportamento do indivíduo Animal isolado: - reage como indivíduo - atomismo tayloriano 1. Abordagem 4. Comportamento funcional do indivíduo Padronizável: - a melhor maneira Teoria das Relações Humana Ciência social aplicada: - adaptação do homem à organização e vice-versa Racional-emocional: - motivado por sentimentos Animal social: - carente de apoio e participação - reage como membro de grupo Não-padronizável: - diferenças individuais 5. Incentivação Financeira (material): - maior salário Psicológica: - apoio, elogio e consideração 6. Fadiga Fisiológica: - estudo de T&M Psicológica: - monotonia, rotinização Cargo: - tarefa, T&M Grupo: - relações humanas Estrutura formal: - conjunto de órgãos e cargos Sistema social: - conjunto de papéis 7. Unidade de análise 8. Conceito de organização 9. Representação gráfica Organograma: - relações entre órgãos Sociograma: - relações entre pessoas Apreciação Crítica da Teoria das Relações Humanas (TRH) • Oposição cerrada à Teoria Clássica • Inadequada visualização dos problemas de relações industriais • Concepção ingênua e romântica do operário • Limitação do campo experimental • Parcialidade das conclusões • Ênfase nos grupos informais • Enfoque manipulativo das relações humanas Enfoque manipulativo das Relações Humanas Administração Incentivos Sociais Indivíduo Sistema de Comunicações Grupo Padrões de Liderança Organização Participação Objetivos da Social Informal nas decisões Organização Formal Teoria Neoclássica Características Ênfase nos princípios gerais da administração Ecletismo Divisão do trabalho Especialização ASPECTOS ABORDADOS: 1 - CARACTERÍSTICAS DA TEORIA 2 - ADMINISTRAÇÃO COMO TÉCNICA SOCIAL 3 -ASPECTOS ADMINISTRATIVOS COMUNS ÀS ORGANIZAÇÕES 4 - CENTRALIZAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO 5 - FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR 1- CARACTERÍSTICAS DA TEORIA NEOCLÁSSICA -Ênfase na prática da Administração- enfatiza os as aspectos instrumentais/ação administrativa -Reafirmação de postulados clássicos (estrutura/autoridade/responsabilidade/depar tamentalização) -Ênfase nos objetivos e resultados -Ecletismo- absorve o conteúdo de outras teorias Características da Teoria Neoclássica Ênfase na prática da administração Reafirmação dos produtos clássicos Ênfase nos princípios gerais de administração Ênfase nos objetivos e nos resultados Ecletismo nos conceitos Introdução 1950 – Final da Segunda Guerra Mundial Surge um novo surto do desenvolvimento Industrial e Econômico Organizações Grandes transformações Comunicação: Televisão Transporte: Avião a Jato Telecomunicações Prof. Pedro Luiz Santos Serra 1 Introdução Começa a surgir a influência das ciências do comportamento sobre a teoria administrativa sem desconsiderar os pontos de vista dos autores clássicos. A abordagem Neoclássica é a redenção da Teoria Clássica da Administração devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje. 2- ADMINISTRAÇÃO COMO TÉCNICA SOCIAL *Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforças de um grupo de indivíduos para um objetivo comum... *Administração é basicamente a coordenação de Atividades grupais. 3- ASPECTOS ADMINISTRATIVOS COMUNS ÀS ORGANIZAÇÕES Quanto ao objetivo: As organizações não vivem para si, são meios, órgãos sociais que visam a realização de uma tarefa social Quanto à administração: As organizações são diferentes em objetivos e propósitos, mas são semelhantes na área administrativa Quanto ao desempenho individual: São os indivíduos que fazem, planejam... As organizações são ficções legais PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO -Divisão do trabalho (Decomposição das tarefas) -Especialização (órgão/cargo) -Hierarquia -Amplitude administrativa Ênfase na prática da administração Sem o abandono dos conceitos teóricos da Administração, pode-se caracterizar a Teoria Neoclássica por uma forte ênfase pelo pragmatismo e pela busca de resultados concretos e palpáveis. A teoria só tem valor quando operacionalizada na prática. Enfatiza os aspectos instrumentais da Administração. Reafirmação relativa dos postulados clássicos Reação à enorme influência das ciências do comportamento no campo da Administração Clássica em detrimento dos aspectos econômicos. Atualização da Teoria Clássica quanto os aspectos: Amplitude e Flexibilidade Estrutura organizacional do tipo linear, funcional e linha-staff Relações de linha e assessoria Problema da Autoridade e responsabilidade A departamentalização. Ênfase nos princípios gerais da Administração Estabelecimento de normas de comportamento administrativo. Princípios de Administração “Leis” (Clássicos) “Critérios Elásticos” (Neoclássicos) Princípios Gerais da Administração: Planejar Organizar Dirigir Controlar Etc. Ênfase nos objetivos e resultados Administração por Objetivos (APO) A organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada em função de seus objetivos e resultados. São os objetivos que justificam a existência e a operação de uma organização. Ecletismo da teoria neoclássica Autores neoclássicos são ecléticos A Teoria neoclássica absorve o conteúdo de outras teorias administrativas mais recentes. A Teoria Neoclássica se afigura como uma Teoria Clássica atualizada e dentro do figurino eclético que define a formação do administrador na metade do século XX. Administração como Técnica Social A Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum. Cabe ao bom administrador possibilitar ao grupo alcançar seus objetivos com o mínimo dispêndio de recursos e de esforço e com menos atritos com outras atividades úteis. Nesse sentido a administração é a coordenação de atividades grupais. Aspectos Administrativos Comuns às Organizações Todas as instituições são organizações e têm uma dimensão administrativa comum. Existem três aspectos principais nas organizações: Quanto aos objetivos: As organizações são meios ou orgãos sociais que visam a realização de uma tarefa social. Quanto a administração: Todas as organizações são diferentes em seus objetivos, em seus propósitos, mas são essencialmente semelhantes na área administrativa. Quanto ao desempenho individual: É a eficácia do pessoal que trabalha dentro das organizações.São os indivíduos que fazem, decidem e planejam, enquanto as organizações são ficções legais, pois, por si, nada fazem, nada decidem, nada planejam. A organização deve ser considerada sob o ponto de vista da eficiência e da eficácia: EFICIÊNCIA: -Ênfase nos meios -Fazer corretamente as coisas -Resolver problemas -Cumprir tarefas e obrigações -Rezar EFICÁCIA: -Ênfase nos resultados -Fazer as coisas certas -Atingir objetivos -Obter resultados -Ganhar o céu Eficiência e eficácia Cada organização deve ser considerada sob o ponto de vista de eficácia e eficiência, simultâneamente. Eficácia é uma medida de alcance de resultados, enquanto eficiência é uma medida de utilização dos recursos nesse processo. Diferenças entre eficiência e eficácia EFICIÊNCIA Ênfase nos meios Fazer corretamente as coisas Resolver problemas Salvaguardar os recursos Cumprir tarefas e obrigações Treinar os subordinados Manter as máquinas Presença nos Templos Rezar Jogar futebol com arte EFICÁCIA Ênfase nos resultados Fazer as coisas certas Atingir objetivos Otimizar a utilização dos recursos Obter resultados Dar eficácia aos subordinados Máquinas em bom funcionamento Prática dos valores religiosos Ganhar o céu Ganhar a partida Princípios Básicos da Organização Os princípios fundamentais da organização formal são: Divisão do trabalho Especialização Hierarquia Amplitude administrativa Divisão do Trabalho A divisão do trabalho surgiu com a necessidade da fabricação maciça de grandes quantidades por meio de máquinas e da aplicação da especialização do trabalhador. O método cartesiano de análise/decomposição e de síntese/composição constituía a base dessa lógica de organização empresarial. Foram considerados os fatores: Padronização e simplificação das atividades dos operários e, posteriormente, do pessoal de nível mais elevado; Maior especialização e detalhamento das tarefas; Melhor aproveitamento do trabalho especializado por meio da departamentalização. Consequências da Divisão do Trabalho a. Maior produtividade e melhor rendimento do pessoal envolvido; b. Maior eficiência da organização, como resultante do item anterior c. Redução dos custos de produção, principalmente os de mão-de-obra e de materiais diretos. Especialização Cada orgão ou cargo passa a ter funções e tarefas específicas e especializadas. Para o caso da administração neoclássica a especialização passa a ser direcionada aos orgãos que compõe a estrutura organizacional. NÍVEIS DA ORGANIZAÇÃO: Níveis: Institucional -Administração de cúpula -Definição de objetivos -Planejamento, direção controle Diretores Intermediário Gerentes Operacional Supervisores -Administração Das operações -Supervisão da Execução das tarefas Execução das tarefas e operações Funcionários/ Operários Hierarquia Surge como uma conseqüência da divisão do trabalho. Trata da diversificação funcional dentro da organização, a qual, exige o desdobramento da função de comando para direção das atividades. Princípio escalar da hierarquia: Em toda organização existe uma hierarquia que divide a organização em camadas ou níveis de autoridade. Na medida em que se sobe na escala hierárquica, aumenta o volume de autoridade do administrador. Hierarquia: Delegação: processo de transferir autoridade e responsabilidade para posições inferiores na hierarquia Técnicas: *Delegar a tarefa inteira *Delegar a pessoa certa *Delegar responsabilidade e autoridade *Proporcionar a informação adequada *Manter retroação (sem exercer o controle) *Avaliar e recompensar -avaliar resultados 0s níveis hierárquicos Nível Institucional Presidente/ diretores ADMINISTRAÇÃO Intermediário Gerentes Operacional Supervisores Execução Funcionários e operários ( pessoal não administrativo) Operação Autoridade A autoridade se distingue por três características: Alocada em posições da organização e não em pessoas Aceita pelos subordinados Flui abaixo por meio da hierarquia verticalizada Responsabilidade Significa o dever de desempenhar a tarefa ou atividade para qual a pessoa foi designada. O grau de autoridade é proporcional ao grau de responsabilidade assumida pela pessoa A responsabilidade provém da relação superiorsubordinado e do fato de alguém ter autoridade para exigir determinadas tarefas de outras pessoas. Obrigação exigida do subordinado para que realize tais deveres. Terminais de comunicação cargo Superior Responsabilidade Ocupante do cargo Autoridade Subordinado Vantagens da centralização -Decisão tomadas com visão global -Tomadores de decisão mais bem treinados -Decisões consistentes com os objetivos globais -Elimina esforços duplicados -Especialização em determinadas áreas é vantajosa Desvantagens da centralização -decisão distanciada dos fatos -tomadores de decisão com pouco contato com as pessoas -distorções e erros pela comunicação Vantagens da descentralização -Aumenta a motivação e eficiência dos funcionários -Reduz o volume e complexidade dos problemas -Reduz a quantidade de papelório -Maior autonomia p/ tomada de decisão Desvantagens da descentralização: -Falta de uniformidade nas decisões -Insuficiente aproveitamento dos especialistas -Falta de profissionais preparados Delegação É o processo de transferir autoridade e responsabilidade para posições inferiores na hierarquia. São técnicas de Delegação: Delegar a tarefa inteira: proporciona ao indivíduo a responsabilidade completa; Delegar à pessoa certa: deve-se identificar os subordinados que são independentes em suas decisões e que demonstram o desejo de assumir responsabilidades; Delegar responsabilidade e autoridade: o indivíduo deve ter responsabilidade para realizar a tarefa e autoridade para desempenhá-la da maneira que julgar conveniente. Delegação Proporcionar informação adequada: incluir informações sobre o quê, por que, quando, onde, quem e como. Manter retroação: comunicação no sentido de orientação do funcionário. Avaliar e recompensar o desempenho: ao término da tarefa deve-se avaliar os resultados e não os métodos. Se os resultados não atingiram as expectativas, deve-se montar os erros e as conseqüências. Caso os resultados alcançam ou ultrapassam as expectativas, o subordinado deve ser recompensado. Amplitude Administrativa Também conhecida por amplitude de comando, representa o número de subordinados que um administrador pode supervisionar. A amplitude média determina a configuração geral da estrutura organizacional. Amplitude média estreita Maior número de níveis hierárquicos produz uma estrutura organizacional alta e alongada. Amplitude média larga poucos níveis hierárquicos produz uma estrutura achatada e dispersada horizontalmente. A tendência atual nas organizações é de achatar e comprimir a estrutura organizacional Aproximar a base da cúpula Melhorar a comunicação. Centralização x Descentralização Centralização: Enfatiza as relações escalares Vantagens Tomadas de decisões por administradores que possuem visão global da empresa; Tomadores de decisão Pessoas treinadas Consistência das decisões Visão global Elimina esforços duplicados (vários tomadores de decisão) e reduz custo Funções com maior especialização e vantagens com a centralização. 4- CENTRALIZAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO Organização alta Organização achatada Centralização x Descentralização Desvantagens Decisões tomadas na cúpula distante dos fatos Tomadores de decisões tem pouco envolvimento e contato com as pessoas e situações envolvidas Custo operacional maior em função da demora nas linhas de comunicação para execução das decisões tomadas. Possibilita distorções nas decisões em função da grande quantidade de níveis hierárquicos. Centralização x Descentralização Descentralização: faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis mais baixos da organização. Proporciona melhor utilização dos recursos humanos. Tem por princípio a proximidade da autoridade do ambiente afetado pela tomada da decisão. O grau de descentralização é tanto maior quanto: As decisões sejam tomadas nos níveis mais baixos da hierarquia; Menor a supervisão sobre as decisões tomadas relativa autonomia e independência para tomada de decisões. Centralização x Descentralização Fatores que concorrem para o aumento da descentralização: Complexidade dos problemas organizacionais: a empresa moderna não pode abrir mão da versatilidade, rapidez e precisão nas decisões. Tais características andam na contramão de uma empresa com concentração de decisões, até, pela sobrecarga de seus executivos. Delegação de autoridade: O crescimento de uma organização é um sinal de vitalidade e de garantia de sobrevivência. A delegação de autoridade é a resposta correta para o esforço e envolvimento total da organização. Mudança e incerteza: Quanto maior a necessidade de mudança e de inovação, maior será a necessidade de descentralização. Em tempos de estabilidade: Os neoclássicos preferem a descentralização em épocas de certeza e estabilidade. Centralização x Descentralização Vantagens da Descentralização Desvantagens da Descentralização 1. Decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores da ação 2. Tomadores de decisão são os que têm mais informações sobre a situação 3. Maior participação no processo decisório promove motivação e moral elevado entre os administradores médios 4. Proporciona excelente treinamento para os administradores médios 1. Pode ocorrer falta de informação e coordenação entre os departamentos 2. Maior custo pela exigência de melhor seleção e treinamento dos administradores médios 3. Risco da subobjetivação:os administradores podem defender mais os objetivos departamentais que os empresariais 4. As políticas e procedimentos podem variar nos diversos departamentos Obrigado