Ventilação Não Invasiva (VNI)
neonatal- levantamento da
experiência na Inglaterra.
Neonatal nasal intermittent positive
pressure ventilation- A survey of
practice in England
L S Owen, C J Morley, P G Davis
[email protected]
Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2008 Mar;93(2):F148-50
www.paulomargotto.com.br
7/5/2008

Orientador:


Dr. Carlos A. Zaconeta.
Apresentação e tradução:
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
Dra. Georgea Alencar (R3 NeonatologiaHRAS/SES/DF).
Dra Savita F. Mehela (R3 NeonatologiaHRAS/SES/DF).
Justificativa

Técnicas menos invasivas de suporte
respiratório estão ficando cada vez mais
populares.
INTRODUÇÃO


A entubação endotraqueal com ventilação
com pressão positiva causa lesão pulmonar
em recém-nascidos pré-termos (RNPT)
extremos.
As novas estratégias ventilatórias tiveram
pouco impacto na redução das taxas de
displasia broncopulmonar (DBP).
INTRODUÇÃO

As estratégias menos invasivas, como a
VNI nasal, tem sido cada vez mais
usadas.
INTRODUÇÃO


A VNI tem demonstrado ser eficiente na
redução da reintubação de RNPT.
Contudo, outros aspectos ainda não foram
bem avaliados em trabalhos clínicos
metodologicamente bem feitos.
INTRODUÇÃO

Mais estudos clínicos precisam avaliar:
*Mecanismo de ação,
*Indicações clínicas,
*Modo de usar,
*Necessidade de sincronização,
*Complicações,
*Desmame,
*Efeitos a longo prazo
INTRODUÇÃO

Não dispondo de evidências de peso, as
Unidades de Terapia Intensivas
Neonatais (UTIN) tem usado a VNI com
base na própria experiência.
OBJETIVO

Determinar quão difundida está a VNI
na Inglaterra e quais as variações do
seu uso.
MÉTODOS
Um questionário foi enviado por e-mail
para chefes de 95 UTIN nível 3 na
Inglaterra.
 As UTIN estavam cadastradas no BLISS
http://www.bliss.org.uk/

MÉTODOS

Questionário – Perguntas:
*VNI, é usada?
*Qual a fonte de pressão e a interface
usada?
*Usa sincronizador para oferecer VNI?
*Em quais indicações clínicas se usa a
VNI?
*Tem rotina de VNI?
MÉTODOS
*Quais as complicações encontradas?
*Quais os parâmetros usados?
*Como é o desmame da VNI?
RESULTADOS




Noventa e um (96%) dos 95 questionários
foram respondidos
Quarenta e quatro/91(48%)foi respondido no
1°e-mail,aumentando para 60(66%) após o
2° e-mail.
Setenta e dois(79%) responderam após o
questionário postal.
96% depois do contato com o segundo
neonatologista
RESULTADOS


Trinta e oito(42%) das unidades neonatais
se auto-definiram como nível 2.
Sete (8%) não identificaram seu nível.
RESULTADOS


Oitenta e nove(98%), forneceram o
número de leitos.
82% tinham pelo menos 4 leitos
intensivos e 29% tinham pelo menos 8
leitos intensivos.
RESULTADOS

VNI era usada por 44/91(48%)
RESULTADOS



VNI era usada rotineiramente depois de
extubar por 26/44(59%)
35/44(80%) usava a VNI quando o CPAP
falhava, inclusive por apnéia.
7/44(16%) usava a VNI como primeira linha
no tratamento do desconforto respiratório.
RESULTADOS



Quatro(9%) desenvolveram rotinas para
o uso de VNI.
Duas usaram a VNI para RN abaixo de
um peso ou idade gestacional
específica.
Três disseram estar apenas começando
o uso da VNI,formulando ainda uma
rotina.
RESULTADOS



Quarenta unidades(91%) relataram não ter
tido nenhuma complicação com a VNI.
Três (7%) não informaram.
Uma Unidade,não usando sincronizador na
VNI,relatou que os RN muito pequenos
desenvolviam distensão abdominal.
RESULTADOS

As unidades foram solicitadas a especificar os
valores de:




PEEP
PIP
FR
TI
RESULTADOS

21(48%) das unidades reduziam a PIP durante o
desmame da VNI.

29(66%) reduziram a FR.

6(14%)usaram uma combinação de ambos(PIP e FR)
durante desmame.

Uma Unidade simplesmente parava com a VNI
quando PIP=20, PEEP=5cmH2O e FR=20.
DISCUSSÃO



A VNI é usada por quase metade das
Unidades nível 3 da Inglaterra.
Algumas estão iniciando agora.
Embora sem evidencia de maior
beneficio, a maioria usa fluxo variável
para oferecer VNI.
DISCUSSÃO



Prongas binasais curtas são mais
eficientes que as nasofaringeas.
A maioria usava pronga nasal.
Quase a metade usa também máscara
nasal, embora exista pouca evidencia
de eficácia e segurança.
DISCUSSÃO

Embora sem evidencia de maior
benefício, a maioria das Unidades
usavam sincronização com o movimento
respiratório da criança.
DISCUSSÃO



A VNI era mais comumente indicada no
tratamento de apnéia.
60% usava a VNI pós extubação para
prevenir a reintubação.
Uma unidade em seis,usou VNI como
primeira forma de tratamento no
desconforto respiratório.
DISCUSSÃO


Não há ainda consenso na
literatura,sobre as pressões e FR ideais
a serem utilizadas na VNI em RN.
Não há consenso no desmame da VNI.
DISCUSSÃO




O estudo evidenciou grande variações
nos valores utilizados.
PIP variou= 7-20cmH2O
A FR 5-60/minuto
PEEP incomum>6cmH2O
DISCUSSÃO


Pouco se sabe sobre os mecanismo de
ação da VNI.
Não existe estudo sobre efeitos a longo
prazo ou suas complicações.
CONCLUSÃO


A pesquisa mostra o uso da VNI nas
Unidades neonatais da Inglaterra.
Mais estudos e pesquisas são
necessários para melhor indicação e
utilização desse modo ventilatório.
Abstract
BACKGROUND: Less invasive techniques of respiratory support
are increasingly popular. OBJECTIVE: To determine how
widespread the use of neonatal nasal intermittent positive
airway pressure (NIPPV) has become and describe the range of
practice used in NIPPV in England. METHODS: 95 English
Neonatal intensive care units were asked to provide information
about NIPPV devices, interfaces, indications, guidelines, use of
synchronisation, complications, settings and weaning. RESULTS:
91 (96%) units replied. NIPPV was used by 44/91 (48%) units;
few complications were seen. 34/44 (77%) used a
synchronising device, 35/44 (80%) used NIPPV for "rescuing"
babies for whom continuous positive airway pressure failed59% routinely after extubation and 16% as a first-line
treatment. A wide range of pressure and rate settings were
used. CONCLUSIONS: In England, NIPPV is commonly used,
with considerable variability in the techniques applied. The wide
range of clinical approaches highlights the paucity of evidence
available. More evidence is needed to establish best practice.
Sugerimos que sejam consultados os seguintes artigos:
Ventilação com pressão
positiva intermitente nasal
O que sabemos em 2007?
Autor(es): Louise S Owen,
Colin J Morley, Peter G Davis.
Realizado por Carlos Moreno
Zaconeta e Thais Borges
Critérios de fracasso da
Ventilação com Pressão
Positiva Intermitente
Nasal (VNI)
Autor(es): Consulta a Louise
Owen (Austrália) realizada
por Carlos A. Moreno
Zaconeta
Proposta de protocolo de
Ventilação com Pressão
Positiva Intermitente
Nasal (VNI)
Autor(es): Equipe Neonatal
do Hospital Regional da Asa
Sul 9HRAS)/SES/DF
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