UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM PARA O BAIXO RENDIMENTO
ESCOLAR
Por
LEDA MARIA MAURICIO RABELO
ORIENTADOR (A): Maria POPPE.
Tapauá
2008
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM PARA O BAIXO RENDIMENTO
ESCOLAR
LEDA MARIA MAURICIO RABELO
Trabalho monográfico apresentado
como requisito parcial para obtenção
do
Grau
de
Especialista
em
Psicopedagogia Institucional.
Tapauá
2008
AGRADECIMENTO
Pela realização deste trabalho, agradeço a
Deus que pela sua infinita misericórdia que me
ajudou a vencer e a obter mais esta vitória,
agradeço também todos que me apoiaram, me
estimularam e ajudaram-me a chegar até aqui.
DEDICATÓRIA
Dedico esta vitória aos meus pais, filhos e
esposo pela força que me deram no momento
em que tanto precisei, pelo amor e carinho que
eles têm para comigo.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo conhecer as dificuldades e os sintomas
provocados na criança como fatores dificultadores na aprendizagem. Sabemos
que as dificuldades são fatores importantíssimos para que o aluno não tenha
um bom desempenho em seu aprendizado. O professor precisa conhecer a
fundo as dificuldades e o que precisa ser feito para prevenir essas dificuldades,
onde as mesmas podem ser causadoras de um fracasso escolar decorrentes
no aluno. Precisamos conhecer a realidade das crianças para conhecermos as
suas dificuldades para que a partir daí possa se pensar numa prevenção. Com
este trabalho mostrarei o quanto uma dificuldade pode atrapalhar o
aprendizado, e enquanto não se trabalha essa dificuldade a criança fica
desmotivada não acredita mais em seu potencial, trazendo para sí e para os
pais um sentimento de insatisfação e negação, por parte dos mesmos. A
escola deve buscar métodos capazes de trabalhar os problemas ocorridos em
sala de aula mostrando que pais, alunos e professores juntos podem ajudar a
melhorar o ensino e a aprendizagem, e que a pscopedagogia tem um
importantíssimo papel para ajudar na prevenção dessas dificuldades.
METODOLOGIA
Existem fatores que interferem de forma negativa ao desenvolvimento
educacional, precisamos conhecer e entender como estão sendo trabalhadas
as dificuldades dentro da sala de aula. Precisamos conhecer também métodos
que possam ser usados pelo professor para ajudar a separar essas
dificuldades.
As dificuldades na aprendizagem para o baixo rendimento escolar no
ensino fundamental é um estudo de caso, realizado dentro do campo da Escola
Estadual Professora Marizita, localizada no Centro da Cidade no Município de
Tapauá-Am.
A escolha desta instituição surgiu pelo fato de querer conhecer e
aprender o porquê de tantas dificuldades interferirem no aprendizado do aluno,
onde na maioria dessas dificuldades é a leitura e a escrita, acompanhadas de
outras dificuldades.
O presente estudo enquadra-se no âmbito do método de abordagem, o
crítico-dialético, cuja finalidade defende a importância de conhecer a realidade
em sua concretividade, o mesmo levará a um estudo amplo para que se tenha
um melhor entendimento sobre o objetivo da pesquisa. Visa ainda uma
mudança qualitativa, sendo necessário para o professor o novo olhar em busca
de soluções possíveis para melhorar o aprendizado do aluno.
Como método de procedimento o referido estudo, adotamos o método
monográfico ou estudo de caso, que consiste na investigação aprofundada de
um caso, ou seja, com especificidades particulares ou coletiva de um individuo
dentro de suas condições de trabalho ou aprendizado.
O método aqui abordado possibilitará o uso de questionários, conversas
entrevistas, pesquisa bibliográfica em: Vigostsky, Alicia Fernandes, Piaget,
Sara Pain e outros, tudo para um melhor embasamento do estudo.
Na delimitação do estudo, a presente investigação será realizada na
cidade de Tapauá-Am, com professores e alunos da Rede Estadual, que atuam
na área do Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries.
Como técnica será usada a observação direta e participativa, tudo que
buscamos hoje é uma possível solução para uma melhor compreensão para as
dificuldades, sem interferir no modo de ensinar de cada professor.
Portanto, a presente amostra constitui-se com a ajuda a alguns
professores da Rede Estadual. O procedimento da coleta de dados
estabeleceu-se a partir do cotidiano escolar e das dificuldades apresentadas
em sala de aula, onde se deu o relatório de todo material coletado.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................8
CAPÍTULO I. ..................................................................................................... 10
DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM ............................................................ 10
CAPÍTULO II. .................................................................................................... 14
LEITURA E ESCRITA ....................................................................................... 14
CAPÍTULO III .................................................................................................... 22
AFETIVIDADE E ASSOCIAÇÃO: FAMÍLIA, ESCOLA E GRUPO DE
COMPAHEIROS ............................................................................................... 22
CAPÍTULO IV .................................................................................................... 33
RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO: NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM .... 33
CAPÍTULO V ..................................................................................................... 39
FRACASSO ESCOLAR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ..................... 39
CAPÍTULO VI .................................................................................................... 42
PSICOPEDAGOGIA:
PERSPECTIVA
PREVENTIVA
PARA
AS
DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM ............................................................ 42
CONCLUSÃO ................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 47
INTRODUÇÃO
A educação parece estar se tornando uma prática problematizadora,
precisamos estar atentos às mudanças no processo e as dificuldades
pedagógicas apresentadas nos alunos no decorrer da prática educacional que
comprometem a qualidade do ensino.
Este é um momento de estudo que devemos pensar e refletir sobre a
educação e o processo educativo, onde provoca mudanças comportamentais e
outras dificuldades apresentadas pelos indivíduos. “A aprendizagem é uma
modificação duradoura e do comportamento, em função de aquisição devida às
experiências”. (Piaget apud NAZARETH, 2002, p. 20).
Hoje o aprendizado para alguns alunos se torna difícil, pois estão
surgindo dificuldades que não estão atendendo as expectativas do professor
em relação ao ensino em sala de aula.
Para que haja um aprendizado satisfatório por parte dos alunos, é
preciso conhecer e superar essas dificuldades que se apresentam no decorrer
do processo de ensino, é preciso que uma linha de atuação esteja presente
para trabalhar a intervenção, no sentido de superá-las. “Cabe ao professor
observar as crianças, identificar aquelas que apresentam problemas de
aprendizagem e encaminha-las ao especialista adequado para diagnóstico e
tratamento.” (Piaget apud NAZARETH, 2002, p. 65).
Dotado de muita responsabilidade, o ensino ao longo dos tempos se
tornou uma experiência não muito agradável para algumas pessoas. Muitos
professores por não terem uma preparação adequada para o ensino acabam
entendendo ou superando as dificuldades.
Sabendo disso, propomos um estudo onde estaremos pesquisando e
analisando as dificuldades no aprendizado, com a intervenção de sanar ou
amenizar situações que possam prejudicar a criança ou adolescente em sua
vida escolar.
A escola precisa e deve acompanhar a evolução da educação e não
ficar estagnada no mesmo. Portanto é preciso aprender a lidar com deficiências
trazidas pelos alunos ou adquiridas no próprio ambiente escolar.
A leitura e a escrita são as dificuldades mais enfrentadas pelos
professores em sala de aula, principalmente nas séries iniciais de 1ª à 4ª séries
do ensino fundamental. Mas não é só isso, existem outras dificuldades que
atrapalham o trabalho do professor, como a hiperatividade e a desatenção. “Os
sintomas primários seriam a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade
além de outros sintomas...”. (Anostopoulos e Barkley apud POPPE, 2008, p.
20).
É preciso conhecer mais a fundo cada um das dificuldades e as
maneiras em que a pscopedagogia pode ajudar na prevenção da superação
dos problemas, para que o aprendizado nos educando melhore cada vez mais
formando verdadeiros cidadãos participativos na sociedade. Portanto para que
se entendam melhor as dificuldades no aprendizado e a influencia que cada um
exerce sobre a criança, estaremos trabalhando os seguintes capítulos: leitura e
escrita; família, escola e gruo de companheiros; fracasso escolar e a
participação da pscopedagogia na prevenção às dificuldades.
CAPITULO I
DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM:
As dificuldades de aprendizagem é um assunto no mínimo complexo,
são inúmeros os vetores que atuam de forma negativa no processo de ensino a
aprendizagem.
Pensar as dificuldades no aprendizado numa perspectiva preventiva
antes de tudo traçar distinções entre Fracasso Escolar e Processo de
Aprendizagem.
Sabemos que dificuldades no aprendizado podem ser causadoras de um
fracasso escolar ocorridos em muitas escolas da rede publica, é um fracasso
que se revela, principalmente na criança em seu meio familiar, proporcionando
na criança pouco aprendizado e consequentemente um baixo rendimento
escolar durante o ano letivo.
Em 1962 Kirk apud Jesus N. García (1998), utiliza pela primeira vez o
nome “Dificuldade de Aprendizagem” e sua definição dificuldade de
aprendizagem teriam como causa uma disfunção cerebral, ou uma alteração
emocional-condutal, centrariam-se as dificuldades nos processos implicados na
linguagem e nos rendimentos acadêmicos independentes da idade.
As dificuldades encontradas no aprendizado são decorrentes de muitos
fatores como: socioeconômico, emocional e outros, além do sistema
educacional que muitas vezes se apresenta como regra mal definida. Paola
Gentile (2004), “conhecer as culturas e relações sociais da comunidade ajuda a
entender seus alunos e a ensinar melhor”. (Apud NOVA ESCOLA, 2006, p. 22).
É importante se trabalhar as dificuldades de seus alunos, trabalharem
suas potencialidades e de apostar na superação, esse aluno valorizando as
conquistas feitas por cada um, em vez de acreditarmos no seu fracasso e que
o aluno não consegue pó sua incapacidade rotulando o aluno como
preguiçoso, desatento, agitado, problemático e etc.
Educar não é simplesmente uma transmissão de conhecimento, é
preciso colocar-se no lugar do sujeito, para que se possa sentir-se como ele e
suas dificuldades, é desvendar as contradições oferecidas pelo mundo em que
vivemos, é trabalhar em busca de um mundo melhor, e não julgar, não
discriminar, não excluir o sujeito. A criança deve ser “olhada” como um todo,
para podermos chegar as “partes” e identificar as causas dessas dificuldades.
“Educar é fazer a de sujeito, é problematizar o mundo em que
vivemos para superar as contradições comprometendo-se com
o mundo para recriá-lo constantemente”. (Gadotti apud,
POPPE, 2008, P. 23).
Durante um grande período foram feitas muitas pesquisas, trabalhos
foram publicados, contribuições foram feitas possibilitando o nascimento do
movimento das dificuldades de aprendizagem, como também os adolescentes
e os adultos.
Sara Pain ressalta a necessidade de restituir ao acontecimento e a
atividade cognitiva a alegria que foi pervertida sob a forma de ignorância para
que se possa ajudar a criança a sobrepujar sua perturbação, já que não basta
denunciar o papel da perturbação como defesa.
As dificuldades de aprendizagem podem afetar algumas áreas básicas
para um processamento adequado de informações. Até as fraquezas mais
comuns
podem
ser
obstáculos
à
aprendizagem,
e
a
comunicação
principalmente em salas tradicionais.
“As crianças com dificuldades de aprendizagem, entretanto,
sofrem de uma combinação infeliz: não apenas suas fraquezas
são mais pronunciadas do que o normal, mas elas também
estão naquelas áreas que mais tendem interferir na aquisição
de habilidades básicas em leitura, matemática e escrita”.
(Smith e Strick apud POPPE, 2008, p. 10).
Muitas crianças e adolescentes um padrão de comportamento diferente
em
sala
de
aula,
os
comportamentos
prejudicam
as
crianças
no
desenvolvimento da aprendizagem, são comportamentos freqüentes hoje em
sala de aula, à agitação, mexe-se na carteira, levanta-se quando deveria
permanecer sentada, desatenção de dificuldade de manter a atenção em
detalhes, manter a atenção nas tarefas, nas instruções e outros.
Raramente a dificuldade de aprendizagem tem origem apenas cognitiva.
Atribuir ao próprio aluno o seu fracasso, considerando que haja algum
comprometimento no seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico, ou
emocional (conversa muito, é lento, não faz a lição de casa, não tem
assimilação, entre outros), desestruturação familiar, sem considerar as
condições de aprendizagem que a escola oferece a este aluno e outros fatores
intra-escolares que favorecem a não aprendizagem.
O aluno, ao perceber que apresenta dificuldades em seu aprendizado,
muitas vezes começa apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade,
agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno
apresenta baixo rendimento por vontade própria.
“... Os sintomas primários seriam desatenção impulsividade e a
hiperatividade além de outros sintomas...” (Anostopoulos e
Barkley apud POPPE, 2008, p. 10).
Durante muitos anos os alunos foram penalizados, responsabilizados
pelo fracasso, sofriam punições e criticas, mas, com o avanço da ciência, hoje
não podemos nos limitar a acreditar, que as dificuldades de aprendizagem, seja
uma questão de vantagem do aluno ou do professor, é uma questão muito
mais complexa, onde vários fatores podem interferir na vida escolar, tais como
os problemas de relacionamento professor-aluno, as questões de metodologia
de ensino e os conteúdos escolares.
Se a dificuldade fosse apenas originada pelo aluo, por danos orgânicos
ou somente da sua inteligência, para solucioná-los não teríamos a necessidade
de acionarmos a família, e se o problema estivesse apenas relacionado ao
ambiente familiar, não haveria necessidade de recorremos ao aluno
isoladamente.
CAPITULO II
LEITURA E ESCRITA:
A leitura e escrita são processos muitos complexos e as dificuldades
podem ocorrer de maneiras diversas, além disso, temos a aquisição da leitura
e escrita como fator fundamental e favorecedor dos conhecimentos futuros; é
uma ferramenta essencial, ou mesmo a estrutura mestra onde serão
alicerçadas as demais aquisições. É apoio para relações interpessoais, para a
comunicação do seu mundo interno e externo.
Uma criança que não tenha solidificado realmente sua alfabetização,
poderá tornar-se frustrada diante da educação formal, terá deficitário todo o
seu processo evolutivo de aprendizagem, apresentará baixo rendimento
escolar e pouco a pouco sua alto-estima estará minada, podendo manifestar
ações
reativas
de comportamento
anti-social,
bem
como leva-la
ao
desinteresse e muitas vezes até a evasão escolar. O problema pode ainda
decorrer em outros secundários que acabarão se tornando tão ou mais graves
daqueles originais que produziram a ineficiência da alfabetização.
Uma das grandes preocupações é que muitos alfabetizadores não têm
informações especializadas para exercer bem a sua função, então se deve
pensar bem em orientações para que esses profissionais busquem recursos
para aprimorarem o conhecimento, aprender novas técnicas, pesquisar e ler
materiais, livros, artigos de especialistas, que tenham uma visão geral de como
ocorre os processos de aquisição da linguagem, da leitura e da escrita.
O professor que trabalha com o ensino de leitura e escrita devem,
primeiramente, reconhecer a estrutura e organização do sistema gráfico para
criar estratégias de ensino, de acordo com sua visão profissional e também
pensando nos alunos e suas necessidades, é que podem centralizar e auxiliar
seus alunos na superação de eventuais dúvidas de leitura e ortografia.
Alguns alfabetizadores ensinam as palavras através da pronuncia das
mesmas, mas deve ficar claro que existem variações nas formas de falar das
pessoas, ocorre variações de uma região para a outra, então o interesse é
relacionar letra e som exemplificando em que situações ocorrem às
possibilidades de diferentes pronuncias.
É importante comentar que o alfabetizador deve ter consciência de
adiquirir conceitos relacionados à leitura e a escrita, como um processo
gradual, em que os estudantes irão alcançar maturidade cognitiva em relação à
linguagem. Irão ocorrer alguns erros dos alunos, até que eles por si só (com o
auxilio do educador) alcancem um nível de automatização da linguagem. Cabe
ressaltar as afirmações da autora; Oliveira:
“... Muitas crianças chegam à escola num estado de relativa
confusão cognitiva em relação, que os objetivos da leitura, quer
as possibilidades formais da linguagem escrita. O sucesso da
aprendizagem da leitura está condicionada pela evolução
infantil deste estado de confusão cognitiva para uma maior
classificação dos conceitos funcionais e das características
alfabéticas da linguagem escrita...” (SILVA, 2003, p. 85).
Muitas crianças chegam na escola com o que se pode chamar de
“confusão cognitiva”, ou seja, num estado de compreensão e diferenciação
tanto das propriedades formais da escrita como os objetivos da leitura. É este
estado de confusão quando evoluído que gera o bom da aprendizagem leitora,
pois assim a criança vê de forma mais clara os direitos funcionais e as
características alfabéticas da linguagem escrita. As crianças somente
alcançarão à segunda fase quando obtiverem uma representação definida da
tarefa de ler.
Aprendizagem da leitura e da escrita está condicionada a diversos
fatores, que poderão contribuir para um bom ou ruim desempenho da
aprendizagem leitora e para o desenvolvimento eficaz da linguagem escrita.
Em nossa prática de consultório, atendendo crianças, adolescentes,
jovens adultos, bem como os próprios pais, são comuns acerca da pouca
eficiência do saber ler e escrever. São comuns ainda, queixas de professores
sobre estas dificuldades, ou seja, quão pouco eficiente os jovens se encontram
em relação à linguagem oral, quão pouco domínio eles dispõem da
verbalização adequada como instrumento de comunicação e, o mesmo
ocorrendo com o domínio da leitura e da escrita.
O problema da percepção visual é uma dificuldade que traz problemas
nas séries iniciais do Ensino Fundamental. As habilidades de percepções
visuais incluem capacidade para reconhecer imagens similares, separar figuras
significativas de detalhes de fundo, reconhecer seqüências. Os estudantes com
problemas de percepções visuais têm dificuldade com a memória visual e
visualização, tornando o aprendizado da leitura dolorosamente lendo. Moraes
afirma que: quando os alunos estão aprendendo as convenções do sistema
alfabético é comum alguns cometerem trocas entre P e B, T e D, F e V. essas
trocas ocorrem devidos aos fatos desses sons serem muitos parecidos e sua
realização no aparelho fonador e, por isso, é que surgem dificuldades e
diferencia-los.
As deficiências de percepção podem trazer transtorno na leitura e na
escrita. “A maioria dos alunos que apresentam tais dificuldades na escrita, não
tem problemas de compreender e falar as palavras com esses mesmos sons.
Ainda segundo Morais, para a maioria desses alunos, a questão parece residir
nas dificuldades de analisar fonologicamente os segmentos sonoros na hora
em que estão escrevendo”.
Na escrita, os trabalhos escolares são incompletos, tem muitos recursos
e apagamentos, dificuldades para recordar as formas das letras e dos
números, espacejamento desigual entre letras e palavras, cópia impressa,
fraca ortografia, não localiza erros no próprio trabalho e tem dificuldades de
organizar trabalhos escritos. Oliveira (1997), “as dificuldades no ensino da
leitura representam um dos maiores desafios para o trabalho pedagógico do
professor”. (Apud SILVA, 2003, p. 31).
Na leitura confunde letras de aparência similar (B e D, D e T, M e N),
apresentam dificuldades para aprender e recordar palavras que vê,
frequentemente perde-se durante a leitura, confunde palavras de aparência
similar, inverte palavras tem dificuldades para encontrar letras em palavras ou
palavras em sentenças e fraca memória para palavras impressas.
A escrita apresenta em qualquer língua aspecto da fala. A leitura deve
ultrapassar a simples a representação gráfica e codificação de símbolos, é
antes de tudo uma compreensão e entendimento da expressão escrita.
Podemos aqui destacar dois transtornos específicos no aprendizado do
aluno como: a leitura e a escrita, estes são considerados dificuldades primárias
no aprendizado. Oliveira (1997, p. 113) ressalta que:
“A leitura é muito mais do que a decodificação de sinais e
símbolos através do som, pais a pessoas,... sabe ler e
compreender o que ler, interpretando os sinais escritos.
Existem crianças que conhecem as letras, mas não lêem”.
(Apud SILVA, 2003, p. 30).
Nota-se a dificuldade da criança porque ela apresenta dificuldade de
escrever palavras, na leitura troca de letras na hora de ler ou escrever, surgem
dificuldades na preparação e estruturação de texto. Para Silva Junior (2004).
Apud Nova Escola, “o importante é ter vontade de ler tudo o que uma obra tem
para ensinar”.
As características lingüísticas envolvendo habilidades de leitura escrita,
mais marcantes das crianças disléxicas, são: A acumulação e persistência de
seus erros de soletração ao ler e de ortografia ao escrever.
Confusões entre letras, sílaba ou palavras com diferenças sutis de
grafia: b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e. Confusão entre letras que possuem
um ponto de articulação comum, e cujos sons são acusticamente próximos: d-t;
j-x; c-g; m-d-p; v-f. Inversões parciais e totais de silabas ou palavras: me-em;
sol-los; som-mos; sal-las; pal-pla.
Para podermos usufruir e trabalhar na sociedade que tanto almejamos
urbanizada e tecnicada do século XXI será necessário um domínio cada vez
maior da leitura e da escrita, saber comunicar-se de grande importância para
criança e adolescente.
Por isso os melhores recursos técnicos devem ser destinados às
primeiras séries do Ensino Fundamental. Saber ler e escrever não é um
simples problema de alfabetização, é um autentico problema de sobrevivência,
Lúcia Briza (1994) apud Nova Escola, afirma. A leitura é mais do que “ler nas
linhas”, identificar as informações e reproduzi-las.
Todas as crianças devem aprender a ler e escrever com desenvoltura,
nas
primeiras
séries
fundamentais,
para
poderem
participar ativa
e
produtivamente da vida social.
A leitura não é um processo simples, que consiste na aprendizagem de
uma série de tarefas mecânicas; é concebida como uma conduta muito
complexa e elaborada, de caráter criativo na qual o sujeito é ativo quando a
realizar e põe em ação todos os conhecimentos prévios neste caso do tipo
lingüístico ou mais especificamente, do tipo gramatical.
O ato de aprender a ler é sem dúvida o maior desafio que todas as
crianças têm que enfrentar nas fases iniciais de sua escolarização. Isto porque
o mundo que nos cerca é totalmente dominado por informações escritas. Cabe
a criança superar esse desafio e desenvolver a capacidade leitora o qual é o
primeiro passo para cada criança que freqüenta a escola, seja no futuro um
cidadão efetivamente livre e independente em suas decisões.
Com bases no estudo e investigações sobre o aprendizado da leitura,
bem como suas dificuldades encontramos alguns modelos que favorecem
estratégias para o melhor aprendizado da literacia, são modelos que em sua
maioria assumem a idéia de que a aprendizagem se inicia com estratégias não
alfabéticas, as quais requerem a ligação na memória entre pistas visuais e
palavras.
Todos eles defedem que a compreensão infantil do principio alfabético é
o fator mais importantes para se acender a uma leitura fluente. A leitura é
aquela em que literalmente lemos e entendemos, ou seja, o entendimento é à
base do aprendizado da leitura.
Aprendemos a ler através da leitura, acrescentando coisas aquilo em
que já sabemos. Está claro pelas afirmações acima que a compreensão e o
aprendizado da leitura são fundamentalmente a mesma coisa.
Para entendermos melhor o processo de compreensão leitora, devemos
considerar o que já temos em nossas mentes que nos permite extrair um
sentido de mundo ou o que chamamos de “conhecimento prévio”.
Outro saber que implica numa capacidade fundamental, a competência
gravo - fonética e a de decodificação. Decodificar além de requerer o
desenvolvimento da reflexão e manipulação sobre a língua oral, considerando
o sistema de escrita alfabético exigem também, o conhecimento dos valores
fônicos das letras e suas combinações.
Na descoberta e exploração textual, são necessários dois tipos de
competências básicas, as verbo-preditivas que se servem do contexto
lingüístico e as textuais que controlam as estruturas e estabelecem ligações
entre as partes de um texto.
Os mecanismos que constituem a compreensão leitora são estudos
fundamentais para educadores que desejem enriquecer seus conhecimentos
sendo capaz de fazer a diferença no aprendizado escolar.
Consideramos um individua realmente alfabetizado não apenas quando
mecanicamente decodificar sons e letras, ou seja, puder transpor os sons para
as letras (ao escrever) e das letras para os sons (ao ler), mas de forma efetiva,
ou seja, quando estiver automatizado o processo sem precisar recorrer a todo
instante aos passos necessários a esta atividade; e sobre tudo quando puder
utilizar esta habilidade para obter outros conhecimentos; para assimilar e
mostrar esquemas internos que o permita transformar os elementos brutos da
realidade e que possa operacionalizar o processo continuo de sua própria
alfabetização (já que ela não é um fim em si mesma), e da aprendizagem em
quanto um todo. Ajuriaguerra aponta que enquanto este processo permanece
no limiar do voluntário, seu desenvolvimento é irregular e forçado; quando se
automatiza, a leitura e escrita se tornam fáceis, livres e muito rápidas.
Você deve considerar que a alfabetização não é apenas a memorização
ou treino de um conjunto de habilidades sensório-motoras. Ela é um processo
complicado, no qual a criança precisa resolver problemas lógicos até
compreender de que forma a escrita alfabética representa a linguagem oral.
Para ajudar seus alunos no enorme desafio de aprender a ler e escrever, é
fundamental trazer para a escola a escrita em seus diversos usos. É preciso
também respeitar o que o aluno já sabe. Lembre-se: desde pequenas, as
crianças têm contato com a língua escrita. Dê aos alunos a chance de produzir
textos, mesmo que eles ainda não saibam grafá-los. Um bom exercício para
isso é deixá-los ditar palavras ou historias completa para você escrever da
mesma forma você deve considerar as crianças como leitoras antes mesmo
que elas consigam lerem sozinhas. Para isso leia para os alunos. Para isso leia
para os alunos e faça dessa leitura uma atividade permanente. Evite a idéia de
que, para as crianças pequenas, os textos devem ser curtos e apenas palavras
fáceis. Muitas vezes textos assim são pobres demais e acabam fazendo com
que os alunos se desinteressem da leitura para sempre.
Para que se faça um trabalho de prevenção ou de superação nas
dificuldades
de
aprendizagem
é
importante
identificar,
compreender,
caracterizar as causas determinadas das dificuldades de aprendizagem ou das
próprias dificuldades. Precisamos saber o porquê os alunos de 3ª e 4ª séries
do Ensino Fundamental, não são capazes de escrever adequadamente uma
composição porque ela não tem nenhum domínio de ortografia de organizar de
seu pensamento e expressa-lo por escrito, etc.
“A escrita deve ser trabalhada concomitantemente com a
leitura para desenvolver a associação entre a compreensão do
mundo da leitura com a representação das crianças, através da
escrita”. (Apud SILVA, 2003, p. 31).
A psicanálise através de Freud coloca o quanto os aspectos
inconscientes influenciam a aprendizagem o quanto a nossa harmonia psíquica
capacita ou prejudica esta atividade. Se a nossa psique é o veio através do que
se dá nossa relação com o mundo, e se através dela que tomamos contato
com o meio e o introjetamos, estando este aparelho como o chama Bion, em
confusão ou conflitado em termos emocionais, terá alterada e prejudicada esta
interiorização. Se uma criança, por exemplo, não teve em principio um bom
vinculo com a mãe, ou sua substituta, poderá especificamente com a aquisição
da linguagem oral, da leitura e escrita, podendo ser esta a sua forma de
sintomas reativos manifestos. A linguagem, neste caso, poderá estar
cumprindo em uma função de alerta de que a comunicação, entre ela (a
criança) e o mundo, está prejudicada.
CAPITULO III
AFETIVIDADE E ASSOCIAÇÃO: FAMÍLIA, ESCOLA E GRUPO
DE COMPANHEIROS.
A aproximação escola-família, é um importante aspecto saudável para
que haja uma prevenção dificuldade de aprendizagem. Estabelecer a famíliaescola para melhor trabalhar no processo de desenvolvimento do educando,
assim
poderemos
falar,
discutir,
enfrentar
as
dificuldades,
encontrar
alternativas, para que se possa resgatar o prazer de ensinar e de aprender e
de desvendar o mundo. “A interação da família na escola é fundamental para a
melhoria do ensino” afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
(Brasília – 2002).
A escola deve se oferecer como um espaço de acolhimento, de
investigamento efetivo, onde a mesma juntamente com sua equipe de
pedagogia possa promover espaços de discussões, de reflexão quanto aos
interesses, expectativas e insegurança dos alunos. Contatos periódicos tanto
com a família, como com a escola, possibilitam o repensar e redimensionar do
trabalho pedagógico. Vasili Sujon Linski, apud Pessoa (2001), diz que “se a
família, a escola é importante é que a pedagogia deve se converter uma
ciência para todos, para os mestres e para os pais”.
É importante dentarmos que a família tem uma importante tem uma
importante função no ensino para o aluno. É no seio familiar que a acriança
começa conhecer e entender as leis e o mundo em que ela vive a conversa, a
convivência,
hábitos,
costumes
são
marcas
fortes
no
processo
de
aprendizagem. Este conceito de mundo será influenciado pelas relações com
os irmãos, com os avós e com os objetivos naturais e culturais.
“A aprendizagem escolar é predeterminada por uma
aprendizagem informal que ocorre no seio familiar desde que o
bebê existe e atravessa o universo escolar”. (Rubinstein apud
POPPE, 2008, p. 03).
São muitas as razões que levam o sujeito não querer saber como
salienta Rubinstein. “... é o sujeito que tem o poder de fazer suas próprias
escolhas em relação que ele deseja saber.”
Muitas vezes percebe-se um conflito na criança a partir do momento em
que ela busca apropriar-se de alguns conhecimentos, por estes motivos muitas
vezes tal apropriação é evitada. “A criança pode tornar-se um conhecedor
inibido caso seus pais desejam resguardas-lo do conhecimento que o
ameacem”. (Apud POPPE, 2008, p. 06).
Galt apud Poppe, observou que determinadas pessoas adultas, devido a
uma lesão cerebral, perdiam a capacidade de expressão de idéias e
sentimentos mediante a fala, embora permaneçam com suas habilidades
intelectuais intactas.
Não se podem trabalhar os problemas de aprendizagem aleatoriamente,
é preciso conhecer tal problema, por isso para fazer o diagnostico de cada
problema de aprendizagem devemos levar em consideração vários fatores
como: disfunção cerebral, alteração emocional, transtornos, deficiência
nutricionais, para que a partir daí se possa ter um olhar em busca de saídas
possíveis para as dificuldades. Identificar os aspectos que poderão estar
obstaculizando a educação, inicia-se o processo de modificação destes
obstáculos, através da atuação do psicopedagogo.
As dificuldades apresentadas pelos alunos devem ser tratadas de uma
maneira que não venha discriminar ou excluir o aluno. Em sua definição Kirk
aponta:
“Uma dificuldade de aprendizagem refere-se a um
retardamento, transtorno ou desenvolvimento lento, em um ou
mais processos da fala, linguagem, leitura, escrita, aritmética
ou outras áreas escolares resultantes de um handicap causado
por uma possível disfunção cerebral ou função cerebral ou
alteração emocional ou condutas. Não é o resultado de
retardamento mental, privação sensorial ou fatores culturais e
instrucionais. (apud POPPE, 2008, p. 04 e 05).
Muitos alunos ao ingressarem na escola, trazem consigo uma bagagem
cultural de conhecimento, isto são muitos importantes para um bom
desempenho no sistema educacional. “Aproveitar o potencial que o individuo
traz e valorizar a curiosidade natural da criança são princípios que devem ser
observados pelo educador”. (Brunner, apud NAZARETH, 2002, p. 24).
Crianças que não conseguem desempenhar suas atividades escolares
de forma positiva sentem-se fracassados por não conseguirem corresponder o
que espera dele, sofre por não conseguir acompanhar o grupo e de sentir-se
desacreditado pelos que lhes cercam. Muitos acreditam que a culpa do
fracasso escolar do próprio aluno, que não presta atenção, tem preguiça, não
quer aprender. A escola por sua vez tende a localizar no sujeito a culpa de seu
fracasso, para isso alega, a escola é bom, o ensino é de qualidade, o professor
é qualificado, porém o aluno é que não consegue aprender.
Sabemos que a qualidade do ensino ministrados na escola não garante
totalmente o sucesso nos estudos, vários fatores surgem para dificultar o
alcance do nível de instrução exigido hoje. Anny Cardié (1996) ressalta:
“Já podemos salientar o quanto a rapiz das transformações
social inverteu os velhos esquemas de transmissão da herança
cultural. Muitas vezes, há discordância entre as tradições
familiares e os novos modos de vida. Essa ruptura brutal
implica conflitos entre gerações, conflitos que são eles
próprios, fonte de fracasso escolar”. (apud POPPE, 2008, p.
11).
Pensar em educação é pensar na escola, professores, alunos e pais. Os
pais devem participar da escolaridade de seus filhos, freqüentarem as escolas
em que seus filhos estudam, reconhecer a sua filosofia de trabalho, participar
dos seus projetos, dialogar, acompanhar o avanço e as dificuldades dos filhos,
mas não podemos delegar aos pais à responsabilidade que é dirigida a escola.
A escola deve criar espaços para que os pais dos alunos possam ajudar e não
jogar todas as responsabilidades nos mesmos.
“Dificuldades de aprendizagem não são responsabilidades
diretas da família, mas dos profissionais que atuam na escola,
bem como as questões das questões interpessoais no
ambiente escolar”. (Jussara Hoffman apud POPPE, 2008, p.
22).
A escola não pode esperar dos pais que procedimentos seguir para
resolver as dificuldades, mesmo porque eles não têm a competência
necessária para isso. A escola deve deixar claros seus princípios e
fundamentos, trocar idéias a cerca das ansiedades e dos sentimentos trazidos
pelas famílias, mediante as invasões trazidas pelas propostas pedagógicas.
Não podemos parar por causa daqueles pais que não apareciam nas
escolas e deixar de lado os seus filhos, é preciso mostrar aos pais a
importância e os fundamentos dos projetos políticos pedagógico da escola para
os alunos, aonde os mesmos irão ajudá-los em suas orientações e em suas
escolhas.
“Não são os pais que devem decidir os procedimentos da
escola, porque não tem a competência profissional para tanto.
É compromisso de a escola explicar seus princípios,
fundamentos, trocar idéias a cerca de expectativas e
sentimentos das famílias frente às inovações, para ajudar
propostas pedagógica. Mas a resistência dos pais não pode ser
argumento decisivo na manutenção de práticas. Classificatórias
como vem acontecendo em todo país. São em beneficio aos
alunos, os fundamentos teóricos e o projeto político pedagógico
da escola que devem nortear tais escolhas”. (Jussara Hoffman,
apud POPPE, 2008, p. 22).
Existe uma grande necessidade de se reavivar os conhecimentos do
sujeito sua auto-estima e a alegria que foi danificada sob a forma de ignorância
com o objetivo de ajudar a criança a vencer a sua perturbação. Destacamos
como importância para tal situação o papel do professor nesse processo,
intervindo de forma pessoal na tentativa de resgatar o interesse de aprender.
Atuar valorizando o que o aprendiz traz e faz em situações de jogos de regras,
valorizando a espontaneidade do fazer lúcido e na construção de situações
relacionadas com a leitura do mundo deste aprendiz. Trabalha o que aprendeu
e o que sabe, valorizando seu papel, buscando sempre proporcionar nova e
enriquecedora aprendizagem.
Acreditamos em uma atuação que permita ao aprendiz perceber seu
processo de aquisição da aprendizagem de forma significativa. Enfocamos na
possibilidade de superação das dificuldades, trabalhando na zona de
desenvolvimento proximal do aprendiz, estimulando o avanço de suas
potencialidades. Pain (2003) posiciona-se sobre o papel de educador ressalta:
“A tarefa que damos as crianças não é para ensinar-lhes coisa
alguma porque, verdadeiramente nada ensinamos. Nem fazer
contas nem a escrever. O que buscamos é devolver-lhe
(porque em algum momento de sua vida deve tê-lo
experimentado) o interesse de aprender o interesse por se
mesmo, o interesse de ser sujeito de uma ação inteligente”.
(apud POPPE, 2008, p. 15).
Muitas vezes o aprendiz inicia sua vida escolar com o ingresso na préescola. Nestas instituições estas experiências porque possam continuar
mantendo um caráter doméstico, proporcionando um desenvolvimento
harmônico e rico em experiências mediadoras, que estam estimulando um
amadurecimento tanto motor, quando afetivo e cognitivo. Na pré-escola como o
nome bem define, o aprendiz diz se encontrar no meio do caminho entre a
aprendizagem que se realiza na família e na escola primaria.
Assim como existem educadores voltados para o trabalho de prevenção
ou superação às dificuldades no aprendizado, também existem aqueles que
desprezam as classes sócias, as mesmas encarregam-se a trabalhar a sua
prática pedagógica, impondo-se com autoritarismo aquilo que quer ou que
deseja fazer, este sujeito esta preocupado com seus interesses do que as das
próprias crianças. Muitas crianças acabam apresentando falta de segurança,
inibição, falta de interesse pela escola.
“... Portadoras do desprezo social generalizado pelas classes
“baixas”, as educadoras que se encarregam, das primeiras e
segundas séries do Jardim dedicam-se diariamente às práticas
pedagógicas autoritárias, arbitrárias e mais comprometidas
mais comprometidas com os interesses particulares do que os
interesses da clientela”. (Potto apud POPPE, 2008, P. 15).
Para entendermos melhor as dificuldades de uma forma global, é
preciso antes conhecer a realidade familiar e escola da criança. Compreender
como o ambiente familiar pode afeta-lo no seu desenvolvimento intelectual e no
seu potencial para a aprendizagem. Para “compreender a criança na família
precisamos do ambiente familiar, suas estruturas e atmosfera, mas isso por
sua vez, é influenciado pelo que ocorre fora de casa”. Como assinala
Bronferbrenner (apud PAPALIA, 2000, p. 28).
Sabemos que as condições oferecidas no ambiente familiar, escolar
forem acolhedoras, estimulantes, confiantes, podem ajudar a fazer a diferença,
evitando que o sujeito se acomode em uma posição de incapacidade.
Estudos mostram que se a criança for privada de um convívio
estimulante, acolhedor, seguro e etc., poderão surgir como base para o
surgimento de muitos obstáculos desanimadores, mesmo que esta criança não
apresente deficiências. A criança precisa de um lar bem estruturado para que a
mesma possa desenvolver-se com mais capacidade e rapidez no seu
aprendizado. Segundo Smith e Strick:
“Não nos surpreende se as crianças em desvantagem social e
educacional também considerem mais fáceis juntar recursos
necessários para superar deficiências neurocognitivas. Os
alunos com dificuldades de aprendizagem normalmente usam
as áreas que são mais fortes para compensarem áreas de
fraqueza, mas aqueles que não tiverem níveis adequados de
estímulos e de apoios em casa têm bem menos áreas de
recursos às quais recorrerem”. (apud POPPE, 2008, p. 22).
Todo individuo precisa de educação para sobrevivência, e esta
educação pode ser adquirida através de sua própria família e da comunidade
em que está inserida. Tudo que se passa e se vive na família e na comunidade
é também um meio de aprendizagem como: costumes, hábitos, conhecimentos
crenças... Toda organização, na interação e nas trocas de experiências.
Com o passar dos tempos, mudanças foram acontecendo nas
sociedades os indivíduos foram transformando suas formas de se relacionar e
de organizar em seus diferentes aspectos. Também foram construídas novas
relações para darem condições de sobrevivência humana.
Isso nos mostra que a educação não se dá apenas nas escolas, mas em
todos os lugares, onde os sujeitos estejam desenvolvendo seu processo de
aprendizagem, mesmo quando não tem o direito de estarem em instituições de
ensino, pelos mais deferentes e absurdos motivos que eles sejam.
“...Na prática problematizadora, vão os educandos
desenvolvendo o seu poder de capitação e compreensão do
mundo em que aparece em suas relações com ele... Como
uma realidade em transformação em processo. (Ivan lllich apud
SIMÕES, 2008, p. 03).
Com a complexidade das sociedades, as diversidades e adversidades e
relacionamento construídos as suas historias cotidiana a luz de suas relações,
a educação na maioria das vezes injusta deve buscar e discutir a cidadania
daqueles que vive nas diferentes comunidades que lhes dão significado e
sentido.
Bigge nos diz “... o papel da educação é fazer com que as experiências
presentes e adequadas combinem com uma base anterior”. Mostrar que
cidadania é construída historicamente pela humanidade, desde seu nascimento
até sua morte, aonde vai desenvolvendo seu processo de aprendizagem, numa
interação com as pessoas que vivem ao seu redor, suas experiências de
grupos ou individuais, procurando sempre capacitar para contribuir na
construção de uma sociedade mais justa e equânime de oportunidades,
visando sempre à melhoria da qualidade de vida da sociedade de que faz
parte.
Como diz Libâneo, numa concepção emancipatória:
“... A educação seria o fator de humanização, já que ela
prepararia os indivíduos para participar na estruturação da
própria civilização tendo em vista o desenvolvimento de toda a
humanidade”. (apud SIMÕES, 2008, p. 05).
Para que tudo dê certo no processo pedagógico é preciso que todos se
comprometam a formar parcerias entre deferentes elementos que compõem o
universo
educacional
em
propiciar
um
efetivo
trabalho
pedagógico,
reconhecendo o direito do sujeito, garantindo-lhe o acesso e permanência, bem
como uma educação de qualidade. Concordamos, pois, com a multieducação,
que está como o nosso ano de fundo, sustentando o nosso olhar, quando nos
fala que, Libâneo (1997).
“... A educação é uma prática social extremamente complexa e
que, portanto, “verificamos que cada teoria, isoladamente
poucos poderá nos ajudar... ou reduzir os problemas
enfrentados a apenas uma dimensão”. (apud SIMÕES, 2008, p.
06).
Podemos perceber que a educação não é apenas uma mera alteração
somatório de conteúdos, não é apenas uma teoria pedagógica, a educação vai
muito mais além. Como ciência que busca formar o ser humano, tem que está
atenta na busca da construção humana coletiva do conhecimento, para uma
melhor compreensão do mundo em que vivemos, das inter-relações e
articulações entre os diferentes parceiros que compõem a sociedade. É
importante ressaltar que a pedagogia trata de forma internacional e
globalizada, dos problemas propriamente educativos. Como os diz Libâneo, é:
“... A disciplina que se ocupa das práticas internacionais
destinadas a favorecer o desenvolvimento dos indivíduos, no
interior de sua cultura, por meio de processo de transmissão e
assimilação de experiências, saberes e modo de ação
culturalmente organizada... devemos privilegiar a formação
global do ser humano, através do desenvolvimento de razão:
resgatando a subjetividade humana, a autonomia de
consciência humana, assentados ao desenvolvimento das
capacidades cognitivas e afetivas de problematização e
compreensão da realidade”. (apud SIMÕES, 2008, p. 08).
Aceitar desafios, correndo risco de abraçar o novo medo de abalar as
verdades sedimentadas é de fundamental importância para que possamos
crescer como indivíduos sócio-historicos, na interação com os outros, como
sujeito da nossa própria historia contextualizada e datada.
Para que se tenha êxito em nossas ações, é preciso acreditar e
reconhecer a potencialidade humana, reconhecendo suas limitações e
sonhando com as possibilidades de se concretizar e de se viver em um mundo
melhor. Não podemos deixar os nossos sonhos para traz, precisamos acreditar
e lutar pelo um mundo mais justo e com melhores oportunidades para todos
nós, Paulo Freire diz:
“Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar sonhos
possíveis (...) Os profetas são aqueles ou aquelas que se
molham de tal forma nas águas de sua cultura e da sua
historia, da cultura e da historia de seu povo, que conhecem o
seu aqui e o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã,
que eles mais do que advinham realizar”. (apud SIMÕES,
2008, p. 07).
Poderíamos citar vários sinônimos para a palavra educar. Mas
pedagogia para o Aranha aposta, radicalmente, na ampliação permanente do
olhar e que educar é uma dinâmica, continuo, diálogo e dialético de construção
de conhecimento permanente com muitos significados e sentidos, em
constantes transformações em busca sempre aperfeiçoamento da existência.
Einstein (2001) apud Simões, já dizia que o importante não é dar boas
respostas, mas, sim, fazer grandes perguntas. A partir deste pressuposto,
cabe-nos pensar e expressar sobre as suas idéias e conjectura sobre os fatos
e os dados apresentados, no seu cotidiano, aprendendo a lê-lo criticamente,
questionando e propondo situações de superação de suas problemáticas
existências.
Não é necessário apenas, uma grande quantidade de informações para
que o indivíduo venha desenvolver a sua própria aprendizagem. É
indispensável que se comprometa consigo mesmo, avaliando suas funções
sociais.
E, com sociedade, busque defender conceitos que dêem condições de
desenvolver sua cidadania, comprometendo-se, integro e cônscio da
necessidade de sua participação social.
Ainda podemos constatar que as dificuldades são conhecidas apenas
como: “termos sociais e individuais sendo preocupantes as implicações do
nível familiar e escolar”. (JARDIM, 2001, p. 69).
Em relação à família observam-se as altas ou baixas expectativas que
são projetadas nos filhos, muitas vezes por desconhecimento da capacidade
dos mesmos, ou ainda, por projeções baseadas inconscientemente em suas
próprias experiências escolares, causando-lhes convivências impotentes e
baixa estima, quando não conseguem corresponder. É bastante comum
referencias de pais sobre similaridades de historia de fracassos na leitura e
escrita, suas e de seus filhos, estabelecendo desta forma uma identificação de
modelos atávicos.
Vigostsky destaca que a aprendizagem das crianças se inicia muito
antes de sua entrada na escola. Aprendizagem e desenvolvimento estão interrelacionadas desde o primeiro dia de vida da criança e as construções das
funções psíquicas é vinculada a apropriação da cultura na qual ela está
inserida, através das relações interpessoais dentro da sociedade a qual
pertence.
Vigostsky considerou essa apropriação construindo-se através da
educação e do ensino que ocorrem na interação com adultos e companheiros
mais experientes. Portanto é na escola que se realizam sistemáticas
internacionalmente as construções e as gêneses das funções psíquicas
superiores.
Vigostsky (2000) defende a idéia de que não há um desenvolvimento
pronto e previsto dentro do ser humano que vai se atualizando conforme o
tempo passa ou se recebe influencia externa.
Desta forma, se é no processo ensino-aprendizagem que ocorre a
aproximação
da
cultura,
é
a
partir
desse
processo
que
ocorre
o
desenvolvimento, sendo o aprendizado considerado em aspecto necessário e
fundamental para a evolução das funções psicológicas superiores.
O aprendizado pressupõe uma natureza social especifica é uns
processos através do quais as crianças penetram a vida
intelectual daqueles que os cercam. (VIGOTSKY, 2000, p. 56).
Segundo Vigostsky, o desenvolvimento se dá a partir das interações
com o meio social em que se vive, uma vez que as funções psicológicas
superiores emergem da vida social.
A escola, na convicção de Vigostsky, no seu desempenho de construção
de seu psicológico adulto, deve conhecer o nível de desenvolvimento dos
alunos e direcionar a aprendizagem para novas conquistas.
CAPITULO IV
RELAÇÃO
PROFESSOR/ALUNO:
NO
PROCESSO
DE
APRENDIZAGEM
As ações de sobrevivência ocorridas no dia-a-dia da escola, entre
professor/aluno é de fundamental importância para se manter as boas ações
fundadoras particulares, sem qual a sobrevivência entre professor e aluno não
seria possível, esta emoção vivenciada entre professor/aluno ajudara no
processo ensino aprendizagem e a resolver dificuldades no aprendizado, essa
emoção é o amor.
É importante que o processo educacional, o educador entenda que ele
não é portador de um saber inquestionável, pois à medida que o professor se
permite ser doador/receptor e ai que abres as possibilidades para trocar de
novas experiências e novos encontros no espaço educacional. Nesse processo
o aprender/ensinar é que se deve apresentar enfocar valorizando os aspectos
saudáveis, sempre tendo em vista as potencialidades, suas habilidades, seus
interesses, a partir do reconhecimento de sua historia. Para Cristina Rego
(2004), apud Nova Escola, determinadas práticas inadequadas podem deixar
traumas e até comprometer o desenvolvimento futuro da pessoa.
A sicronicidade entre a teoria e a prática nos permite aprender como se
aprende, interagindo com nossas próprias dificuldades de aprendizagem
tentando entende-las e transformá-las em crescimento profissional e pessoal.
Nessa ralação recípocra é que devemos propiciar, recursos, ferramentas
que possibilitem o sujeito encontrar saídas para as dificuldades. Assim escreve
Alicia Fernandes, no livro “Os Idiomas do Aprendente”.
“Nossa concepção de aprendizagem permiti-nos e obriga-nos a
estabelecer relações com aspectos saudáveis mais do que as
enfermidades. Ensinar está mais próximo de prevenir do que
de curar, e prevenir está mais próximo de entender a saúde do
que de se deter ou atacar a enfermidade”. (apud POPPE, 2008,
p. 15).
Para o educador o sucesso do seu aluno é fundamental para o
reconhecimento do seu trabalho, que é obtido pelo resultado de sua turma. As
ações do professor em sala de aula devem ser comprometidas com o
rendimento dos alunos, e para tantos serão indicadas algumas variáveis que
propõem um melhor desempenho do professor no que diz respeito à evolução
da aprendizagem na sala de aula. São qualidade e ritmo da instrução, das
informações, perguntar aos alunos, etc. Anny Cordié (1996), afirma:
“... São, portanto, os bons resultado dos alunos que fazem os
bons mestres reconhecidos pela hierarquia: direção, inspeção
acadêmica, etc..., e pelos pais de alunos. A angustia que esta
competitividade, gera, se ela se manifesta em todos os níveis,
parece-nos mais particularmente nociva durante os primeiros
anos de aprendizagem escolar. De fato a inquietude ligadas às
performances suscita nas crianças um questionamento
permanente: conseguira passar de ano? Terá “maturidade”
suficiente. Possuirá todas as capacidades intelectuais que se
supunha que tivesse? Os julgamentos sobre ele terão sérias
conseqüências e serão, às vezes determinantes para o
prossegmento da escolaridade, pois podem modificar e até
mesmo deteriorar gravemente as relações com o ambiente”.
(apud POPPE, 2008, p. 12).
Afirma Idalina Alzira, apud Nova Escola, nós não interferimos no
trabalho do professor, nós orientamos que ele respeite a individualidade do
aluno. Se ele fez uma reprodução de texto com a turma e o aluno conseguiu
representar isso com um desenho, ou uma frase está ótima, é preciso
respeitar.
Fica claro que é importante criar condições e espaço que favoreçam a
reflexão do professor em sua prática no dia-a-dia, analisar as situações,
experiências vividas em seu cotidiano.
Comungamos com Paulo Freire, que nos afirma que o que mais o seduz
é: “a beleza da pessoa humana brigando para ficar melhor”. (Apud SIMÕES,
2008, p. 21).
É urgência nos conscientizarmos da importância de sermos docente,
mas principalmente ser humano, assim facilitará a aproximação dos demais,
ajudando a identificar-nos uns com os outros, descobrindo suas facilidades,
oferecendo situações de aprendizagem que superem a simples transmissão de
conhecimento.
“... É preciso reaprender a linguagem do amor, das coisas
belas e das coisas boas, para que o corpo se levante e se
disponha a lutar. Porque o corpo não luta pela verdade pura,
mas estar sempre pronto a viver e a morrer pelas coisas que
ele ama. Na sabedoria do corpo, a verdade é apenas, um
instrumento, um objeto de desejo”. (apud SIMÕES, 2008, p.
22).
Trabalhar a espontaneidade do sujeito é uma forma de oferecer-lhe
oportunidades de falar e de ouvir a respeito de sua própria realidade, próxima e
distante, lidando e criando saberes, em suas trocas de experiências, em suas
reflexões, propondo questões que os levem a perceber a necessidade de estar
sempre presente no processo dinâmico da construção do conhecimento, Freire:
“O futuro não é uma coisa escondida na esquina. O futuro a gente constrói no
presente”. (apud SIMÕES, 2008, p. 22).
Para que se tenha um bom desempenho como docente, é preciso
humildade para estar aberto às questões de hoje, respeito por seus pares,
confiança na potencialidade de todo ser humano de construir o seu próprio
conhecimento.
Portanto, de estar consciente da importância e na necessidade de sua
atuação para compor um novo amanhã, comprometendo e fazer parcerias na
construção de uma sociedade melhor e justa.
Porque nossa educação é tão embrutecedora e cega, se
nossas crianças são tão ricas? Porque a humanidade teme
tanto a espontaneidade, se a atitude espontânea conduz tão
rapidamente ao crescimento responsável? Porque nos falta
confiança no futuro, se forças sociais intensas e construtivas
podem ser liberadas no individuo através da aceitação de
alguns poucos princípios básicos? (Rogers, apud ROCHA,
2008, p. 23 e 24).
Portanto, nos fala Paulo Freire, em seu livro Pedagogia da Autonomia,
Ensinar vai exigir segurança, competência profissional e generosidade,
comprometimento e compreender, que a educação é uma forma de intervenção
no mundo, liberdade e autoridade, tomada consciente de decisões, saber
escutar, reconhecer que a educação é ideológica, ter disponibilidade para o
dialogo e querer bem ao educando.
O professor tem que trabalhar dando o melhor de si, pois percebe o
valor da própria capacidade de atuar, percebendo como elemento preciso e
que faz parte um todo maior, portanto, ter consciência dos valores, estético e
ético, para melhor desempenho na coletividade, na totalidade, para compor um
novo amanhã, através de uma linguagem e postura comum, construir por todos
que fazem parte de um tempo-espaço-historico.
Vigostsky percebeu a linguagem como fundamental para a consciência
de si e do social do individuo, a qual se processa através da linguagem, do
pensamento e das ações que o homem realiza ao se relacionar com os outros
homens.
“... Tornar-se professora é um aprendizado, não um
aprendizado restrito a um processo de formação escolar, e sim
um aprendizado no sentido mais amplo, de apropriação da
cultura, sempre mediado pelo outro e pelo que produz nas
relações pessoais”. (Fontana apud, SIMÕES, 2008, p. 21).
Para que possamos desenvolver uma determinada tarefa, ela deve nos
parecer atraente, deve despertar o nosso interesse, ajudando a preencher uma
necessidade, que pode funcionar com o motor da ação.
“... A necessidade, o interesse são criados e suscitados na
própria situação de ensino/aprendizagem”. (Claparede apud,
SOUZA, 2008, p. 04).
“O amor é a emoção que constituem o domínio de ações em
que nossas interações recorrentes com o outro, fazem do outro
um legitimo outro na convivência”. (Maturana apud, SOUZA,
2008, P. 04).
Freud nos chamou a atenção para a interação entre as necessidades e
os desejos da criança e o tratamento que os adultos, com quais convivem lhe
dispensam em especial a mãe. Nesse processo dinâmico e complexo, a
criança constrói a sua identidade aquilo que a diferencia das demais pessoas e
que ela percebe como sendo sou Eu.
A
relação
professor/aluno
pode ajudar a desenvolver
a
essa
criança/jovem nas suas possibilidades de superação dos obstáculos, o
desenvolvimento de suas competências potencialidades e acima de tudo o
resgate de sua auto-estima.
A parceria entre pais, escola e aluno devem priorizar para que juntos se
torne possível construir caminhos para a superação dos impasses vividos por
todo aquele que deseja com uma dificuldade a aprendizagem.
O professor ao querer desenvolver os programas de ensino esquece o
foco principal dos práxis pedagógicos que é a aprendizagem do aluno. Em sua
relação com os alunos, muitas vezes consciente ou não, adota uma didática
mecânica e até mesmo tradicional prejudicando o processo de aprendizagem.
Os processos interativos entre professores e alunos não são um sistema
linear em que um determinado comportamento tenha como conseqüência uma
determinada
aprendizagem.
Como
toda
relação
humana
a
relação
professor/aluno sempre estará impregnada pela subjetividade de ambas as
partes. Se por um lado a atividade construtiva do aluno pé um fator importante
na interação, por outro lado, a atividade do professor e sua capacidade para
orientar e guiar a atividade do aluno, no sentido da realização das
aprendizagens escolares, se estabelece como parte essencial da interação.
Ao se compreender a relevância da relação professor-aluno, pode-se
entender o ensino como um processo continua de negociação de significado e
estabelecimento de contextos mentais compartilhado, cuja analise implica
necessariamente considerar intricadas relações humanas estabelecidas em
sala de aula.
Segundo Woolfolk (2000), as ações do professor em sala de aula devem
ser comprometidas com a melhoria dos rendimentos dos alunos e, para tanto,
são inclinadas algumas variáveis que propõem um bom desempenho do
professor no que diz respeito à evolução na aprendizagem na sala de aula.
O professor deve apresentar ativamente os conteúdos e estrutura-los de
forma a facilitar a lembrança da informação, permitir a compreensão em sua
totalidade e em suas relações entre as partes distintas.
O professor deve animar o aluno na responsabilidade de seu trabalho,
assegurar a ajuda de que eles necessitarem.
Davis (1994) observa que o estudo da interação professor-aluno esteve
orientado de formar e definir e medir a eficácia do docente remontada, então,
as características pessoais dos professores, supostamente responsáveis pela
eficácia.
Segundo Vigostsky, as intervenções dos adultos nas dificuldades que as
crianças encontram durante a resolução conjunta de uma tarefa e seus fatores
determinantes do processo educativo. Essas intervenções estimulam a
capacidade da criança em criar zonas de desenvolvimento proximal.
CAPITULO V
FRACASSO ESCOLAR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
A tendência democratizadora ficou muita a quem dos objetos desejáveis
e necessários. Em termos qualitativos, muitos continuam sem acesso as
escolas e, dos que entram, muitos são excluídos logo nos primeiros anos. Em
termos qualitativos, as escolas continuam diferenciadas em função da origem
sócio-economica dos alunos.
As explicações do fracasso da escola em atingir seus objetivos apontam
para fatores internos, da própria escola, e para fatores externos, da sociedade
como uma toda.
Os fatores escolares referem-se, principalmente as condições de
organização e funcionamento do próprio ensino, Celso de Rui Beisiegel (1930)
Apud Pilleti (2002), faz referencia aos seguintes fatores:
•
Inexistência de escolas em muitas regiões do país sobretudo nas
áreas rurais;
•
Grandes índices de reprovação nas áreas iniciais do ensino, como
indicadores do baixo rendimento;
•
Despreparo do corpo docente;
•
Deficiências materiais e escassez de recursos didáticos.
O fracasso escolar representa formas de exclusão de escola prática em
relação a seus alunos.
Weil (1997) entende como fracasso escolar uma resposta insuficiente do
aluno a uma exigência ou demanda da escola. Se o aluno não responde a essa
demanda “exigida” pela unidade escolar, algo deverá ser investigado, num
envolvimento global, onde todos os profissionais que fazem parte desta
organização caminhem juntos ao encontro e no repensar de suas posturas
pedagógicas.
Os fracassos escolares podem ocasionar problemas sociais, que
também perpassam por esta trajetória de marginalização e exclusão social. A
identificação dos problemas de aprendizagem necessita de um novo olhar a
partir das organizações educadoras. Para Vigostsky (1989) apud Vitorino
(2001), a aprendizagem da criança começa muito antes da aprendizagem
escolar que nunca parte do zero. Toda aprendizagem da criança na escola tem
uma pré-história.
É certo que o fracasso escolar pode desencadear um problema de
aprendizagem que, de outro modo, não teria aparecido, mas como destaca
Alicia Fernandes em seu livro “os idiomas do aprendente” (2001), o fracasso
escolar é um fracasso na aprendizagem que está apoiado no sistema
educativo.
Sabemos que tanto no fracasso escolar tanto no processo de
aprendizagem o aluno mostra que não aprende, mas no primeiro caso
devemos intervir sobre as modalidades de ensino da escola visto que o
fracasso escolar se dá como um problema de “Aprendizagem reativo”, ou seja,
como uma resposta à situação escolar, que afeta o aprender do aluno em
todas as suas manifestações sem chegar e afeta sua modalidade de
aprendizagem.
Muitas crianças aprenderão a ler e escrever e não encontrarão nenhuma
dificuldade, e outros necessitarão de alguma ajuda especial para conseguir
sucesso na mesma atividade. O fracasso escolar nas primeiras séries do
ensino fundamental tem sido estudado pelos mais diversos profissionais
preocupados com a escola, na busca de se explicar os fatores que interferem
no sucesso escolar e melhorar o ensino publico no Brasil.
Quando o sujeito se acha diante do fracasso escolar, senti-se
angustiado sem saber o porque de tal resultado. Muitas vezes é fonte das
exigências dos pais, na pressão social, nos conflitos inerentes na construção
do ego.
A criança sabe que ela tem que responder a uma expectativa, espera-se
que ela seja bem sucedida em suas incursões pelo mundo. Nota-se a
inquietação dos pais as possibilidades de sucesso dos filhos.
Muitos pais encontram apoio na escola, onde o sujeito vai deparar-se
com educadores que sustentam o discurso do sucesso como oposição ao
fracasso. Os educadores precisam ter bons resultados com os alunos para que
o mesmo seja aprovado para a série seguinte.
É curioso constatar que todos se lembram de boa parte de seus
professores. Alguns deixam marcas positivas, outros nem tanto... As
lembranças construtivas aparecem ligadas as qualidades profissionais e
pessoais desses mestres.
Os resultados mostram que as crianças com historias de fracasso
escolar apresentaram de leitura ortográfica, nível intelectual superior médio e
bom nível de consciência fonológica ocorrem concomitantemente com o
processo de aprendizado da leitura. Por sua vez, Santos (2001), concluiu que a
falta de consciência fonológica pode contribuir para uma vagarosa aquisição da
habilidade de reconhecer palavras.
O fracasso escolar também atinge o ser social do sujeito, pois, ele sofre
por não conseguir corresponder ao que se espera dele, sofre por não conseguir
acompanhar o seu grupo, sofre por ter que se deparar muitas vezes com o
descrédito de lhe cercam.
CAPÍTULO VI
PSICOPEDAGOGIA: PERSPECTIVA PREVENTIVA PARA AS
DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM.
É preciso promover espaços para que linhas de atuação possam ajudar
os professores. Se a sociedade e a própria instituição escolar não se
encarregar desses problemas, a criança fica marginalizada trazendo para a
criança um pensamento de incapacidade deteriorizado a auto-imagem-estima
da própria criança. Sara Pain (1982), assim escreve:
“Na produção da problemática da aprendizagem intervem
fatores que dizem respeito ao sócio econômico, ao
educacional, ao emocional, ao orgânico e ao corporal, tendo
relevância para a sua terapêutica e prevenção e encontro entre
as diferentes áreas de especialização (psicopedagogia,
psicanálise, pedagogia, pediatria, sociologia e etc.). com
relação à psicopedagogia devemos buscar e oferecer espaços
onde se possam realizar experiências com professores que
ofereçam o processo de identificação e potencialização e
possibilidade de aprendizagem que favoreça essa troca.” (Apud
POPPE, 2008, p. 08).
A partir do conhecimento do processo de aquisição de aprendizagem, o
especialista em psicopedagogia consegue detectar que situações podem estar
influenciando negativamente este processo, ou que mecanismo o aprendiz está
utilizando que podem está dificultando sua aprendizagem.
Quando recebemos a criança no consultório com uma dificuldade, é
importante observarmos e analisarmos o sistema familiar, escolar e social em
que está inserida, além do seu próprio processo de aprendizagem, para
podermos detectar o que está obstaculizando esta aquisição. Segundo Bigge, a
aprendizagem é responsável em parte pelo que há de melhor e piro nos seres
humanos.
É importante que a psicopedagogia se envolva na própria escola, para
que a mesma possa atuar numa perspectiva preventiva sobre as dificuldades
no aprendizado do aluno, a aproximação entre escola e educadores facilitará a
psicopedagogia em seu trabalho de intervenção junto às dificuldades.
A psicopedagogia não veio para substituir nenhuma ciência, nem para
instrumentalizar formações deficientes, veio sim, para instigar os profissionais à
pesquisa de novas práxis para as dificuldades do aprendiz, da instituição e da
sociedade em geral.
Como destaca a psicopedagogia argentina Silvia Iannantuoni (1996):
“A escola como instituição tende como submissão a
determinadas pautas, em vez de promover o fato artístico e a
autoria da produção: não surpreende o fato de que não conte a
possibilidade de questionar a si mesmo”. As respostas de que
“as crianças não lêem, não gostam de ler”, “escrevem sempre
as mesmas orações”, “apresentam muitos erros de ortografia”
etc. “sempre encontram lineamento suas causas longe do
ambiente escolar, não servem para questionar-se dentro dele”.
(apud POPPE, 2008, p. 10).
A participação do psicopedagogo é indispensável para que esses
espaços possam oportunizados.
Izabel Sale (2001) apud Poppe, destaca que é papel do psicopedagogo
ter informação do aluno de maneira contextualizadas e compartilhadas.
Entendendo que cada historia escolar diz respeito a um contexto especifico e
sempre deve ser compartilhado, não somente pela equipe pedagógica, mas
também com a família.
O psicopedagogo pode com sua atuação, vitalizar, dinamizar encontros,
discussão e reflexão que obtive fazer com que a avaliação não seja vista,
vivida, como um momento terminal, sim como um processo de dinamização de
novas oportunidades de conhecimentos e da compreensão das dificuldades
que surgem para o educando na construção do seu conhecimento.
Pensamos a avaliação como fonte de observação e investigação, onde
as mesmas favorecem e ampliam as possibilidades próprias do educando,
proporcionando situações enriquecedoras de aprendizagem, pois a mesma não
será vista como julgamento de resultado de exclusão. Como escreveu Piaget:
“A prática avaliativa concebida como julgamento de resultado
baseia-se na autoridade e no respeito unilaterais do professor.
Impõe-se ao aluno imperativo categórico que limitam o
desenvolvimento de suas autonomias normal e intelectual.
Essa pratica desconsidera a importância da reciprocidade na
ação educativa. Reciprocidade entendida não como um perfeito
regulamento tanto do mal como do bem, mas como a mutua
coordenação dos pontos de vista e das ações.”. (Apud POPPE,
2008, p. 20).
O profissional da psicopedagogia detém um conhecimento cientifico
especifico oriundo da articulação de varias áreas envolvidas nos processos e
caminhos do aprender. É preciso que seja uma intervenção, procurando
solucionar os problemas de aprendizagem, sempre usando o próprio aluno e
até mesmo a escola.
Para que se possa realizar o diagnostico e intervenção Psicopedagogia
é preciso levar em conta os métodos, instrumentos e técnicas próprias da
psicopedagogia, levando em conta as questões ligadas à prevenção.
A especificidade de tratamento psicopedagogico consiste no fato de que
existe um objetivo a ser alcançado, a eliminação dos sintomas. Assim, a
relação psicopedagogia aprendente é medida por atividades bem definidas cujo
objetivo é solucionar os efeitos nocivos dos sintomas.
Ao
psicopedagogo
cabe,
discriminadamente
as
duas
variantes,
aprendentes: de forma preventiva para que sejam detectadas as dificuldades
de aprendizagem antes que os processos se instalem, como também na
elaboração do diagnostico e trabalho conjunto com família e escola frente à
intercorrencias advindas das dificuldade no processo do aprender.
O educador que se compromete com a educação deseja de seu aluno
(aprendente) construa o conhecimento para a vida. O professor é a penas um
mediador de um processo muito maior, que é o aprendizado. Para Vygotsky
(1989), a relação entre o pensamento e a palavra é um processo continuo. O
pensamento não é simplesmente expresso em palavras, mas, por meio delas,
ele passa a existir.
A propriedade no ensino diz respeito, também, as aptidões, às
qualidades pessoais, à cultura, à comunicação, enfim, à valorização do
conhecimento que o aluno já possui e, a partir da sua visão de mundo, o
desenvolvimento de uma prática pedagógica que estimule a pensar, criar,
dialogar e participar ativamente na construção de novos conhecimentos.
CONCLUSÃO
Diante de tudo que foi apresentado e abordado, podemos concluir e
entender que as dificuldades na aprendiz\agem é um fator muito complexo,
onde os mesmos devem ser tratados levando-se em conta suas raízes
históricas e todo movimento desse campo como conseqüência para as
dificuldades no aprendizado.
No entanto é importante que toda criança e jovem, seja atendido em
suas necessidades, proporcionando recursos para que facilite a superação dos
obstáculos,
podemos
destacar
como
importância
a
participação
dos
professores, a equipe pedagógica.
A família, a escola e a relação professor-aluno, também são fatores
importantes capazes de ajudar na identificação e a superação dos problemas
de aprendizagem, problemas estes que levam o aluno a uma visão negativa
em relação ao seu aprendizado, levando o aluno a um fracasso escolar.
Além desses fatores não se pode deixar de levar em conta os níveis
econômicos e culturais em que o grupo familiar da criança se encontra bem
como o tipo de escola que freqüenta, uma vez que, se forem bem entendidas e
encaminhadas às dificuldades de aprendizagem, as criança/alunos podem ter
asseguradas uma relação mais harmônica, coerente e saudável com o
conhecimento.
Finalmente é indispensável registrar que equipes multidisciplinares,
compostas por médicos, pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, professores
e demais profissionais envolvidos, cada vez mais, se colocam a serviços dos
casos de problemas de aprendizagem, colaborando para que as crianças
encaminhadas possam desfrutar plenamente sua cidadania.
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