A produção do fracasso escolar Grandes vilões alfabetização signos matemáticos História • A mensuração das diferenças individuais – Galton, Binet – classificação capazes e incapazes. • Psicologia: ajustamento e normalização – perspectiva liberal – a sociedade oferece oportunidade para todos. História • Teorias Psicológicas ganham espaço para justificar as desigualdades individuais. • Concepções fatalista, psicologizantes, medicalizadas, tecnicistas. • Foco no professor (percepção inadequada que tem do aluno), ou no aluno e sua família. O discurso científico naturaliza o fracasso escolar e dispensa a reflexão pedagógica Década de 80 • Estudos enfocando os fatores estruturais e a criação de políticas públicas. • Fracasso escolar – fenômeno multifacetado. • Passa pelo entendimento da escola e o seu dia a dia. • Discussão dos limites institucionais. Compreensão maior da Dimensão dessa problemática: • Formas de relação pais/escola • Análise do contexto sócio-cultural onde a escola está inserida. • A vida cotidiana e a vida na escola produzem o fracasso escolar (Patto) Nas interações sociais • Valores são construídos • Normas e regras são elaboradas • Significados são produzidos – que podem ser compartilhados ou rejeitados em função das expectativas existentes num dado contexto sóciocultural. • Nesse processo o indivíduo entra em contato com a opinião e reação do outro e constrói suas próprias concepções. Essas concepções são apropriações de conhecimento, impressões originadas no dia a dia através das interações sociais. Pesquisa – Nilce Maria Campos • Professores e a família dando explicações sobre o fracasso escolar. • Informações marcadas pelo preconceito, focalizando características da clientela. • Alguns poucos argumentos referiam-se às condições intra-escolares Professores Preconceito e esteriótipo sobre a pobreza são usados como justificativa para o insucesso escolar • • • • Ausência dos pais Organização familiar Problemas psíquicos Inferioridade cultural e econômica Poucos abordam aspectos relacionados às condições de ensino • Número de alunos por classe • Falta de material Muitos professores consideram os alunos culturalmente inferiores As novas propostas de ensino: • Desorientação nas atividades pedagógicas • Incompreensão e por isso não são seguidas A falta de domínio das propostas pedagógicas: • Aumenta o preconceito em relação às crianças de baixa renda. • São vistas como incapazes de acompanhar • Impedem que os professores atinjam os objetivos fixados pela escola • Justificativa do insucesso: carência cultural. Famílias • Em razão da pouca possibilidade de mobilidade social devido à baixa escolaridade há: – Aspirações ideologizadas para os filhos – Profissões que exigem maior grau de escolaridade – A escola como possibilidade de ascensão social. Destaca-se • A alfabetização é reconhecida como instrumento necessário. • Reprovações sucessivas, o desinteresse dos alunos, as dificuldades – modificam as expectativas das famílias e promovem a aceitação. • Embora a escolarização seja idealizada não se constitui como algo fundamental para a sobrevivência. • Os conteúdos e metodologias não promovem experiências significativas e, a apropriação dos conhecimentos. • As dificuldades reforçam a falta de significados dos conteúdos ensinados. As famílias incorporam a culpa. Assumem o fatalismo das condições de pobreza em que vivem.