CORREIOS
Quando todos
participam
tudo se realiza
MALA DIRETA POSTAL
7380224101 DR/MG
Cooperativa dos Cafeicultores
da Zona de Três Pontas LTDA
Órgão de divulgação da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas Ltda.
ANO
XXVII
N.º
290
Abril/2010
TRÊS
P O N TA S - M G
Cocatrel participa de feira
nos Estados Unidos
A Cocatrel, através de seus representantes Eduardo Chaves e Paulo
Rogner, participou da SCAA (Specialty Coffee Association of America),
uma feira nos Estados Unidos que aproxima os produtores e torradores de
todo o mundo. Lá eles puderam conversar com pessoas importantes e
influentes, no intuito de captar novos parceiros e apresentar o nosso café.
Premiação do sorteio para
depósito de café 2010
R
epetindo a campanha de fidelização que foi muito bem sucedida no ano
passado, a Cocatrel vai realizar no dia 19 de dezembro, sorteio com vários
prêmios para os associados que depositarem café nos armazéns da
Cooperativa, nesta safra. Cada 10 sacas depositadas valem um ticket para concorrer
aos seguintes produtos:
1 trator
2 carretas basculantes
5 prêmios de R$ 4.000,00 em mercadorias nas lojas da Cocatrel
3 Sopradores
2 Determinadores de Umidade
6 Roçadeiras/derriçadeiras
1 Lâmina Rodadeira café
5 prêmios de 1 tonelada de adubo 20/5/20
5 prêmios de 1 galão herbicida de 20 litros
Gente da Terra
Barista, por vocação
Prorrogação de Débitos
Atenção, cooperado:
Se você tem débitos vencidos ou a vencer na
Cocatrel, procure nosso Departamento de
Cobranças até 30/6/2010, pois seu débito poderá
ser prorrogado por um prazo de até 6 anos.
O café expresso tem ganhado mais espaço na vida dos brasileiros.
Geralmente feito de grãos especiais, se preparado por um profissional, pode se
tornar uma bebida perfeita, tanto no sabor, quanto na sua apresentação.
Rosa Gabriela é uma barista de Três Pontas que depois de muita
experiência e estudo, tem feito sucesso apresentando os cafés do Brasil pelas
feiras do mundo.
Página 12
2
INFORMATIVO COCATREL
Opinião
ABRIL/2010
Sequestro de produtos rurais
No meio rural são diversas as formas
de se obter crédito, seja para a implantação
das lavouras, seja para criação de animais.
Quando o produtor formaliza uma operação
de crédito, oferece garantias para que o credor não sofra prejuízo com a operação, caso
a dívida não seja paga no prazo ajustado.
É importante registrar que os instrumentos utilizados para representar a operação de empréstimo no meio rural têm características próprias regidas por leis especiais.
São, pois, comuns a Cédula de Crédito Rural, a qual ostenta garantia de penhor de safra e/ou garantia hipotecária (imóvel rural ou urbano), a Cédula de Crédito
Bancário, a Cédula de Produto Rural Financeira e a Célula do Produto Rural Física –
CPR Física.
A CPR Física é aquela segundo a
qual o produtor, recebendo determinada
quantia em dinheiro para financiar a sua produção, obriga-se a entregar determinada
quantidade de produto com uma data prédeterminada.
Como é comum na atividade rural,
pode ocorrer que um produtor, que tenha
previamente se comprometido a entregar
determinada quantidade de produto rural,
representada por uma CPR Física, não con-
siga cumprir sua obrigação por diversos fatores, seja pelo alto endividamento, pela
perda de safra ou por fatos imprevisíveis.
O credor, de posse de um título como
esse, ao verificar que não recebeu o produto, ou até mesmo se perceber que há grande
temor de que não o receberá nos termos
combinados, pode requerer judicialmente,
de posse de prova suficiente, que o produto objeto da obrigação da referida CPR Física seja “sequestrado”. Isto mesmo, a palavra técnica utilizada para esta operação é
sequestro.
Este tipo de ação é comumente verificado em todo o país em épocas de colheita
de grãos, especialmente em locais onde
houve perda de safra ou que o endividamento está acima dos valores normais, sendo que os credores costumam contratar trabalhadores com o objetivo específico de fiscalizar se os produtos estão tendo o destino esperado.
O sequestro judicial, neste caso,
nada mais é do que a apreensão do produto
das mãos do devedor pelo credor, de maneira que este tenha garantido o direito ao recebimento de seu crédito. Os produtos mais
comuns são os grãos a colher, os colhidos
ou mesmo os já depositados em armazéns.
Com a apreensão, o produto ficará
sob responsabilidade em mãos de uma pessoa denominada de depositário, e que responderá diretamente ao judiciário pela guarda e conservação até segunda ordem. Feito
isso, o credor poderá então requerer a continuidade da cobrança com outro processo
conhecido como execução. Se o judiciário
determinar que o credor esteja com a razão,
o produto apreendido será destinado ao pagamento do saldo da dívida.
No entanto, esta não é uma discussão tão simples e o produtor pode defender-se, inclusive solicitando ao juiz que
substitua o produto apreendido por outra
garantia suficiente, como um imóvel, por
exemplo.
Esse mecanismo serve para não agravar ainda mais a situação do produtor, enquanto a questão relativa à dívida é resolvida pelo judiciário, uma vez que, retirados
os produtos rurais, a verdadeira moeda do
produtor, a liquidez e, de conseqüência, a
continuidade na atividade fica seriamente
comprometida.
Logicamente nenhum produtor tem
interesse em se envolver em situações como
essas, em que se vê obrigado a responder
judicialmente por uma dívida não paga, mesmo porque o valor do débito passa a aumentar com valores como despesas do processo e honorários profissionais, além da incidência de encargos como multa pela não entrega dos produtos na forma ajustada.
Por isso, é importante que o produtor, ao requerer um financiamento rural, analise de que maneira seu patrimônio, inclusive a produção futura, está sendo comprometido a fim de evitar desdobramentos que
possam comprometer o próprio negócio,
além da análise do custo do empréstimo e
dos encargos para o caso de inadimplemento.
Caso já tenha se obrigado com operações que possam lhe trazer problemas, ainda há a possibilidade de utilizar-se dos meios legais para minimizar o impacto financeiro trazido por situações indesejadas.
Fábio Lamônica Pereira
Fonte: Revista DBO
AVISOS
Convênio Cocatrel-Unimed
Solicitamos aos usuários do convênio Cocatrel-Unimed a gentileza de atualizarem seus
telefones e endereços junto ao Depto. de Saúde da Cocatrel para que possamos ter um contato
mais ágil, garantindo um atendimento mais eficaz.
O "Informativo Cocatrel" é uma publicação mensal da Assessoria de
Comunicação Social da Cocatrel dirigida a seus associados.
Conselho de Administração:
Adelino Junqueira Nogueira, Antônio Miranda Pereira, Aureliano Chaves Corrêa de Figueiredo,
Francisco Miranda de Figueiredo Filho, Lucas Pimenta da Veiga, Luiz Antônio Vinhas Oliveira,
Miguel Archanjo Figueiredo, Nivaldo Mello Tavares, Paulo Luis Rabello.
Conselho Fiscal:
Aloísio Henrique Reis, Eduardo Reis Chaves, Fernando Rezende Reis, Marcos Antônio Mendonça de
Paula, Paulo Henrique Ávila, Vitor Flávio Lourençoni.
Administração: Rua Bento de Brito, 110 - Fone/Fax: (35) 3266-2277
CEP: 37190-000 - Três Pontas - MG
Edição: Árvore Assessoria de Comunicação Ltda. - Fone: (35) 3265-4416
Editor e Jornalista Responsável: Marden da Veiga e Sousa MTb: 2830/MG
Reporter: Ana Luisa Leite
Fotos: Marden, Ana Luisa, Arquivo Cocatrel
Revisão: Nivaldo Tavares.
Diagramação/Impressão: Correio Trespontano / Telefax: (35) 3265-7922
Tiragem: 5000 exemplares
Representantes: Agromídia: (11) 5092-3305 - Guerreiro Agro Marketing: (44) 3026-4457
Telefones Úteis:
Administração: (035) 3266-2277 - Fax: 3266-2223 - Setor de Apoio e de Campo (Assistência
Técnica): 3265-5175 - Setor de Fabricação (Laticínios): 3266-5094 - Laboratório de Análise de
Solo: 3266-2323 - Setor de Fertilizantes: 3266-2285 - Departamento de Café (Armazém):
3265-6684 - Loja Três Pontas: 3266-2272 - Filial Carmo da Cachoeira: 3225-1369 - Filial
Coqueiral: 3855-1119 - Filial Nepomuceno: 3861-3590 - Armazém Nepomuceno: 38613438 - Filial Santana da Vargem: 3858-1299 - Filial São Paulo: (11) 3326-9868 - Filial
Santos: (13) 3219-1272 / (13) 219-2736.
Quadro Social (em 30/04/2010)
4.135 associados ativos
Quadro de Pessoal (em 30/04/2010)
372 funcionários
Inscrições abertas para colheita mecanizada
A Cocatrel informa que já estão abertas as inscrições para utilização dos serviços das
colheitadeiras automotrizes. Os associados interessados devem se dirigir ao Departamento de
Assistência Técnica ou nas lojas filiais da Cocatrel para preencher a ficha de inscrição.
Financiamento para roçadeiras/derriçadeiras,
sopradores e determinadores de umidade
A Cocatrel já está concedendo aos cooperados que estiverem com os débitos em dia com a
cooperativa, financiamento especial para aquisição de roçadeiras/derriçadeiras costais. A novidade
para este ano é que o financiamento incluirá também a compra de sopradores e determinadores de
umidade. Segundo o gerente comercial da Cocatrel, Manoel Rabelo Piedade, o prazo será de dois
anos e nas mesmas condições do ano passado.
A Cocatrel informa
A sobra líquida do exercício 2009, no montante de R$ 1.217.847,54 representou o valor
de R$ 0,99 por saca de café comercializada. Por determinação da Assembléia Geral Ordinária,
foi incorporada na Conta de Capital dos associados proporcionalmente à movimentação de
cada um com a cooperativa.
Venha conhecer as vantagens de se
associar a uma cooperativa de crédito
Home Page: www.cocatrel.com.br
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Cooperativa de Crédito da Região de Três Pontas Ltda.
Trës Pontas: Rua Bento de Brito, 88 - Centro - Telefax: (35) 3265-1225
Nepomuceno: Rua Carolino Soares, 52 - Centro - Fone: (35) 3861-2360
Coqueiral: Rua Humberto de Campos, 83 - Centro - Fone: (35) 3855-1435
ABRIL/2010
3
INFORMATIVO COCATREL
Cocatrel participa da feira de cafés especiais dos Estados Unidos
Com o apoio do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, o Brasil participou mais uma vez da feira e convenção anual da
SCAA – Specialty Coffee Association of America. Em sua 22ª edição, o evento foi
promovido em Anaheim, cidade ao sul da Califórnia, de 15 a 18 de abril. Maior
país consumidor de café do mundo, os Estados Unidos são um dos principais
compradores de cafés brasileiros. A Associação Brasileira de Cafés Especiais teve
este ano uma participação mais técnica onde, ao invés de promover os cafés por
regiões, como tem sido feito em todas as feiras anteriores, apresentou três
métodos de preparo de secagem de café utilizados no Brasil: natural, cereja
descascado e despolpado. A bebida resultante de cada processamento pode ser
degustada na forma de 'espresso', coado/filtrado e também na french press (prensa
francesa). Os baristas responsáveis pelo preparo das bebidas representando o
Brasil foram os trespontanos Allan Miranda Botrel e Rosa Gabriela Paiva, além
do também mineiro de Belo Horiozonte, Ruimar de Oliveira.
“O mercado norte-americano é caracterizado por pequenas lojas e
torrefadoras, que adquirem pequenos volumes para ofertar uma carta com mais
opções de origens aos seus consumidores. É um nicho de grande potencial para os
cafés do Brasil”, diz a também trespontana Vanusia Nogueira, secretária
executiva da BSCA, lembrando que uma das metas da entidade é justamente
ampliar a participação em tradicionais mercados e conquistar novos
consumidores. “Nesse sentido, contamos também com a parceria da Apex-Brasil,
que nos apóia na definição e prospecção desses mercados e na elaboração de um
Plano Estratégico para os Cafés Especiais Brasileiros”.
A Cocatrel esteve presente nesta feira e foi representada pelo membro do
Conselho Fiscal, Eduardo Chaves, e pelo seu corretor em Santos, Paulo Rogner.
Segundo Eduardo, “este tipo de feira é importante para que possamos fazer uma
aproximação da Cocatrel com cafeterias e torradores de café do mundo todo,
buscando parcerias e fidelização”.
Convidados pela Nucoffee, alguns outros produtores de Três Pontas
como Eduardo Junqueira e esposa, André Moreira Reis, Marcelo Costa Pereira,
Lúcio Chaves Corrêa de Figueiredo e Carmen Lúcia Chaves, também estiveram
presentes, e puderam conhecer importantes cafeterias e torradoras. A Nucoffee foi
homenageada como sendo o grande destaque do ano pelas ações realizadas no
Brasil a favor do mercado de cafés especiais. Estiveram presentes nesta
premiação, pessoas influentes como o Professor Flávio Meira Borém, da
Universidade Federal de Lavras, e o Sr. Manoel Alves, de Portugal, considerado
um dos principais provadores de café do mundo.
automotriz
A Electron Auto é a única do mercado que pode operar com
inclinação de até 30 por cento, mantendo seu nivelamento. A
regulagem do eixo permite colheita de café novo e velho sem efetuar
a troca das varetas, alterando apenas uma única regulagem.
Grupo de trespontanos em visita à torradora de café Gaviña
Glicia, Eduardo, Manoel Alves,
Professor Borém e Carmen Lúcia
Os baristas Alan Miranda Botrel,
Rosa Gabriela Paiva e Ruimar de Oliveira
mini colhedora
tracionada
Traz as seguintes melhorias que facilitam o trabalho e o baixo custo de
reposição: cabeçalho mais curto e bomba giratória para melhorar
manobras; pneus encaixados no chassis para ficar mais estreita e permitir
transporte em prancha; descarga lateral versátil; eixo das varetas com
regulagem de abertura; sistema de correntes padronizados; menos peso
diminuindo compactação e facilitando manobras
Agora a TDI tem o produto que você precisa. A única colhedora para
café de 1ª colheita que colhe toda árvore e ainda pode colher cafés
adensados e semi-adensados.
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Três Pontas/MG
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INFORMATIVO COCATREL
Setor uniformiza
discurso e aponta
propostas emergenciais
O Conselho Nacional do Café
(CNC) realizou no dia 14 de abril uma
reunião plenária em sua sede, em São
Paulo com lideranças da cafeicultura e
representantes das cooperativas de café.
Mesmo com uma pauta extensa, alguns
pontos foram tratados com destaque.
Entre eles a unificação do discurso por
parte das lideranças e a revitalização do
Conselho Deliberativo da Política Cafeeira (CDPC).
O presidente da Frente Parlamentar do Café e da Cooperativa Regional
dos Cafeicultores de São Sebastião do
Paraíso (Cooparaiso), deputado federal
Carlos Melles, informou que estes assuntos também foram apresentados, no
dia anterior, ao ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, em audiência em Brasília com a presença do presidente do CNC, Gilson Ximenes.
Falar a mesma língua - Ximenes, disse que "se todos os representantes da
cafeicultura falarem a mesma língua, o
setor terá força para obter suas reivindicações junto ao governo, principalmente no custeio para a colheita da safra
2010/2011", declarou ele.
Outro ponto decidido no encontro foi a elaboração de um programa de
sustentação financeira para a cafeicultura, que determina aumentar o financiamento da colheita de café para 90%,
com dois anos para pagamento. Atualmente o financiamento prevê a cobertura de apenas 70% dos gastos com colheita.
Item também importante para os
produtores é a transformação das dívidas em Cédula de Produto Rural (CPR),
com 20 anos de prazo para pagamento.
"Dessa forma o produtor volta a ser um
cidadão, tendo novamente crédito e capacidade financeira", disse Gilson.
Mais uma ação prevista nesse programa de sustentação é a implantação de
uma política de estocagem, como explicou
Melles. Para Gilson, mesmo sem a perspectiva de excedente na safra 2010/2011
de café no país, o preço pode não subir.
"Se não houver uma política interna para a
cafeicultura, nada vai adiantar, pois no Brasil a situação é muito mais complicada e
não é regida pela lei da oferta e procura no
caso do café. Realmente não deve haver
excedente, mas é necessária uma política
reguladora, porque a situação do produtor
do jeito que está, o empurra a vender o café
por qualquer preço, depreciando o produto
continuamente", completou o presidente do
CNC, Gilson Ximenes.
Revitalização do CDPC - O deputado,
que criou o CDPC, explicou como seria
a revitalização deste fórum do café. "Este
conselho foi criado para que tenha a efetiva participação da iniciativa privada, do
CNC, associações de café solúvel, de torrefação e de exportadores, ou seja, a cadeia do agronegócio do café está representada no CDPC; além do governo, reunindo os ministérios da Agricultura, Planejamento, Fazenda, da Indústria e Comércio e de Relações Exteriores. Esse colegiado é que está apto a tomar decisões
e fazer a gestão do Funcafé", disse Melles.
"Sugerimos ao ministro que realizasse uma reunião do CDPC, solicitando
que cada um dos membros da cadeia trouxesse uma análise da situação da cafeicultura dos últimos 20 anos. Que fornecesse informações sobre o desenvolvimento de cada setor nesse período no
conceito de sustentabilidade social, econômica e ambiental". Explicou o presidente da Frente Parlamentar do Café.
Para o deputado, esse seria o caminho de fornecer informações claras e
precisas e de promover um diálogo aberto, mostrando o que conjunturalmente é
necessário para recuperar um equilíbrio
na renda do produtor, além de promover
discussões sobre legislação trabalhista e
fiscal que não são ideais para o agronegócio. "Esse é o momento da cadeia fazer seus pleitos de forma ordenada, pois
estamos em ano eleitoral e os candidatos
devem ter compromisso com cada um
do setor", ponderou ele.
Desafios imediatos - Além da revitalização do CDPC, a reunião do CNC apontou algumas soluções para a cafeicultura. "Para solução urgente e imediata aprovou-se que haja recursos para o financiamento de estocagem até 20 milhões de
sacas para esta safra e que também exista um programa de opções para cinco a
seis milhões de sacas. Isso deve entrar
em vigor, no máximo, até maio, para que
não haja pressão de venda safra", informou Melles.
Ele também fez uma análise do momento atual da cafeicultura. "Nosso desafio é voltar a ter estoques reguladores e
poder ordenar o fluxo de oferta de café.
Há grande escassez de café no mundo; os
países concorrentes do Brasil na produção estão na decadência. Falta ao país voltar
a ser o formador de preços e estabelecer
uma política de renda ao produtor. Se o
café não é tão importante na balança comercial brasileira, é de extrema importância para o social", comparou.
Fonte: Agnocafé
ABRIL/2010
Copersul elege
nova diretoria
Em Assembléia Geral Ordinária acontecida no dia 9 de abril na nova sede do SicoobCopersul, foram eleitos os novos membros dos conselhos Administrativo e Fiscal, que
ficaram assim constituídos:
Conselho Administrativo
Márcio Pieve - Diretor Presidente
Vicente de Paula Brito - Diretor Financeiro
Marco Aurélio Correa de Figueiredo - Diretor Administrativo
Marco Valério Araújo Brito - Conselheiro de Administração
José Roberto Rossi de Figueiredo - Conselheiro de Administração
Venício Manoel de Mesquita Júnior - Conselheiro de Administração
Conselho Fiscal
Cláudio Correa de Rezende - Conselheiro Fiscal Efetivo
Luiz Geraldo Marciano Rezende Reis - Conselheiro Fiscal Efetivo
Marcos Domingos Heitor - Conselheiro Fiscal Efetivo
Ana Paula Alcantara Salgado Veiga - Conselheira Fiscal Suplente
Mário Reis de Oliveira - Conselheiro Fiscal Suplente
Antônio Vitor Alves - Conselheiro Fiscal Suplente
Cooperativas se mobilizam
para o “Dia de Cooperar”
Este ano, o Dia C será realizado
no dia 28 de agosto. As expectativas são
de ultrapassar os números atingidos na
primeira edição do evento, promovida em
2009 pelo Sistema com a participação de
140 cooperativas.
A proposta é ampliar o alcance
das atividades já existentes, focando o
desenvolvimento social e o potencial
transformador do segmento em prol de
uma sociedade mais justa e igualitária. No
dia 28 de agosto, equipes de voluntários
realizarão em todo o estado uma atividade,
de escolha da cooperativa, que ajude a
transformar para melhor a vida das
pessoas.
AGRADECIMENTO
Cooperativa,
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Três Pontas ,agradece a
Cooperativa, pela doação à nossa instituição. Lembramos da importância do seu
gesto para com as crianças da APAE, pois somente com esses gestos de solidariedade, é que conseguiremos um MUNDO mais justo.
FAMÍLIA APAEANA
Cursos
O Sindicato dos Produtores Rurais de Três Pontas e o SENAR/MINAS comunicam aos produtores interessados na melhoria da qualidade de seus cafés, os seguintes cursos gratuitos:
- Qualidade de café (Terreireiro- Terreiro, lavador, despolpador, secador, máquina de beneficiar).
- Derriçadora Costal
- Colheitadora automotriz ou arrasto
Mais informações: Av. Osvaldo Cruz, 392.
Ou ligar para (35) 3265-1664 ou (35) 9939-3935 - Falar com Antônio
ABRIL/2010
INFORMATIVO COCATREL
Associação 4C realiza primeiro Fórum
Nacional de sustentabilidade no Brasil
O primeiro Fórum Nacional de sustentabilidade
no Brasil reuniu representantes do setor cafeeiro para
trocar experiências e conjuntamente definir o
direcionamento futuro da estratégia da Associação 4C no
país. A Cocatrel esteve presente, representada pelo
presidente Francisco Miranda e pelo engenheiro
agrônomo Eduardo Piedade Garcia.
Mais de 40 participantes representando
produtores, exportadores, traders, indústrias de café,
sociedade civil, instituições de pesquisa, organizações
parceiras, verificadores, capacitadores e orgãos públicos
se encontraram em Poços de Caldas no dia 8 de abril.
Foram apresentados os obstáculos encontrados e as
conquistas alcançadas durante os primeiros dois anos da
Associação 4C no Brasil, assim como discutidos os
desafios futuros do 4C rumo a um setor mais sustentável.
“A idéia da realização do Fórum foi regionalizar
a estrutura participativa da Associação 4C visando
fortalecer a cooperação dos diferentes grupos de interesse.
O setor cafeeiro no Brasil é altamente comprometido com
questões de sustentabilidade. O suporte e o feedback que
recebemos de nossos membros é fundamental para que
possamos definir um desevolvimento mais direcionado a
situação brasileira”, relatou ao fim do Fórum, Melanie
Rütten-Sulz, Diretora Executiva da Associação 4C.
Durante a manhã, Força Café/Stockler e
Cocapec apresentaram os pontos altos de seus intensos
trabalhos com pequenos produtores na melhoria de
práticas agrícolas e de gerenciamento, incluindo o
diagnóstico desenvolvido pela Cocapec em cooperação
com o Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas de São Paulo). A certificadora BCS mostrou
uma visão geral da performance das diferentes iniciativas
no Brasil e as práticas verdes e vermelhas mais comuns
das unidades 4C nacionais de acordo com o código 4C. A
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Nepomuceno inaugura
novo posto de coleta de
embalagens de agrotóxico
Melanie Rütten-Sulz, Luis Andrade, Joaquim Libânio,
Gray Milsted e Sérgio Pereira
Autoridades municipais e representantes de revendas de
defensivos agrícolas participaram da inauguração do posto
ABIC atualizou os participantes sobre o desenvolvimento da
indústria brasileira e do consumo cafeeiro. Na tarde,
participantes trabalharam intensamente em três grupos de
trabalho; melhores práticas e desafios da produção e
processamento sustentável de café; intensificação da
colaboração entre Rainforest Alliance, FLO e Associação 4C
no Brasil e atividades prioritárias para o 4C no Brasil.
“O Fórum foi uma ótima oportunidade para nos
atualizarmos sobre a atuação da Associação 4C no mundo, além
de abrir espaço para reflexões e sugestões de melhorias”, disse
o engenheiro agrônomo da Cocatrel, Eduardo Garcia.
Dada a excelente recepção do primeiro Fórum de
Sustentabilidade, os participantes decidiram organizar o evento
mais regularmente no Brasil. O próximo Fórum irá incluir uma
sessão prática de requerimentos comuns e desafíos para uma
verificação e certificação bem sucedida, com contribuições de
orgãos de verificação/certificação e esquemas de
sustentabilidade como Rainforest Alliance e FLO (FairTrade
Labelling Organization International).
No último dia 8 de abril, foi inaugurada a nova
unidade de recebimento de embalagens vazias de defensivos
agrícolas de Minas Gerais, localizada no município de
Nepomuceno. Gerenciado pela ADRINEP (Associação dos
Distribuidores e Revendas de Insumos de Nepomuceno),
com o apoio do inpEV - instituto que representa as indústrias
fabricantes de agrotóxicos - e do IMA - Instituto Mineiro de
Agropecuária o posto tem capacidade para receber 11
toneladas de embalagens vazias por ano em seus 96 m² de
área construída.
A cerimônia de inauguração recebeu a presença de
autoridades locais, como o Prefeito Municipal, José Silvio
de Carvalho, representantes do Instituto Mineiro de
Agropecuára (IMA) e da Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
Além de Nepomuceno, o posto atenderá agricultores das
cidades de Cana Verde, Carmo da Cachoeira, Coqueiral e
outras da região. Com esta inauguração, Minas Gerais soma
agora 61 unidades de recebimento de embalagens (50 postos
e 11 centrais).
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ABRIL/2010
INFORMATIVO COCATREL
Artigo Técnico
Importância e economia obtida através da análise de solo
Por volta de 1904, foram realizadas no Laboratório de Solo e Planta do IAC ( Instituto
Agronômico de Campinas) as primeiras análises de solo genuinamente brasileiras. Mais de um
século depois, apesar de consagrada como fator de vital importância agronômica e econômica de
uma atividade rural, a análise de solo ainda não é utilizada em muitas propriedades rurais.
Em suma os produtores cultivam a idéia que a análise de solo é um gasto a mais a ser
somado no custo de produção, realizando muitas vezes calagens e adubações desnecessárias e
arriscadas. Já dizia o professor Malavolta que a adubação começa na analise de solo, continua
com a calagem e termina com a aplicação do adubo.
No entanto somente o envio da amostra de solo ao laboratório não significa uma correta
analise do solo, pois erros de amostragem são comuns e devem ser evitados retirando as amostras
na hora, local e maneira correta.
Quando amostrar?
A amostragem de solo pode ser feita o ano todo, porém não é aconselhável realizar a
amostragem muito tarde, (depois da colheita por exemplo) pois nessa época os laboratórios
geralmente estão com grande quantidade de amostras para serem analisadas, atrasando a entrega
dos resultados, retardando a calagem e podendo diminuir a eficiência das primeiras adubações,
pois são necessários em média de 60 a 90 dias para uma boa ação do calcário no solo.
Por outro lado é necessário um período de aproximadamente 60 dias após a ultima
adubação para a coleta das amostras de solo, de preferência antes da arruação.
Qual a profundidade da amostra?
Em culturas perenes como o cafeeiro, a análise de solo em lavouras adultas deve ser
realizados anualmente na profundidade de 0-20 cm (local onde se encontram a maioria das
raízes), e periodicamente (2 em 2 anos) em profundidade (20-40 cm), para determinação correta
de gessagem e também analise meio da rua (0-20cm) a cada 4 anos. No caso de implantação de
lavouras é aconselhável além de 0-20 cm, realizar análises de profundidade (20-40 cm),
conforme orientação do técnico responsável
Onde e como amostrar?
Antes da retirada das amostras, os talhões devem ser separados por: tipo e cor do solo,
culturas diferentes, histórico da área, posição e inclinação do terreno, sendo que talhões maiores
que 10 hectares devem ser subdivididos.
As amostras devem ser retiradas na projeção da copa do cafeeiro, com auxilio de alguma
ferramenta como trado, sonda, enxadão, etc. São retiradas fatias de terra simétricas ou seja a
mesma quantia retirada na superfície também deve ser retirada na parte mais baixa do solo.
Retira-se de 15 a 20 amostras simples (dependendo do tamanho do talhão), observando que a
retirada deve ser em zig-zag pelo talhão inteiro, não retire amostras perto de formigueiros,
carreadores, estradas, erosões, montes de esterco, palha de café ou calcário. Por fim as amostras
simples são bem misturadas, e dessa mistura é retirada a amostra chamada composta (com uma
média de 500 gramas de terra), que será enviada ao laboratório contendo as informações do
talhão, cultura e produtor.
Para envio de amostras de solo ou folha ao laboratório da Cocatrel, procure o
Departamento Técnico nas filiais, envie por correios ou leve diretamente ao laboratório no
seguinte endereço:
Avenida Ipiranga, 1721A; Santa Margarida; Três Pontas-MG / CEP 37190-000
E-mail: [email protected] Fone: (35) 3266-2323
Economia gerada a partir da análise de solo:
Vejamos a seguir os exemplos de custos de produção da adubação NPK (com e sem
análise de solo), de uma lavoura a 10 km da cidade, com 10 hectares de café com espaçamento de
2,5x1,0 com carga pendente de 3,5 litros por planta.
Exemplo 1- sem análise de solo
Adubação: as doses de adubos nesse caso serão as maiores possíveis, devido a ausência
de dados comparativos (análise de solo), portanto sem nenhuma base técnica. A eficiência das
adubações poderá ser comprometida pela falta de correção do solo (calagem). Além disso as
perdas de produtividade são inestimáveis correndo o risco de fazer uma adubação
desequilibrada, aumentando a severidade de doenças como cercospora, ferrugem e phoma .
1º parcelamento
2º parcelamento
3º parcelamento
Superfosfato Simples (gr/planta)
25-00-25 (gr/planta)
75
0
0
100
100
100
Cálculos baseado em Malavolta (1993).
Total 10 ha: Superfosfato Simples (3 ton)........................................R$ 1.410
25-00-25
(12 ton).....................................R$ 10.740
Frete
(15 ton).....................................R$ 195
Mão-de-obra (distr. de 15 ton. de fertilizante)............R$ 750
Total
(10 ha)......................................R$ 13.095
Exemplo 2- com análise de solo com os nutrientes em nível médios.
Adubação: será realizada calagem baseada nos dados de análise de solo,
corrigindo o solo para que a absorção e aproveitamento dos nutrientes seja com maior
eficiência possível.
Superfosfato Simples (gr/Planta)
1º parcelamento
40
2º parcelamento
0
3º parcelamento
0
Cálculos baseados em Malavolta (1993).
25-00-25 (gr/Planta)
90
90
0
Uréia (gr/Planta)
0
0
35
Total 10 ha: Análise de solo (completa)...................................................R$ 26
Superfosfato simples (1,6 ton)...............................................R$ 752
25-00-25
(7,2 ton)..............................................R$ 6.444
Uréia
(1,4 ton)..............................................R$ 1.218
Frete total
(10,2 ton)...........................................R$ 133
Mão de Obra (dist. de 10,2 ton de fertilizante)...............R$ 510
Total
(10 ha)................................................R$ 9.083
Tabela de preços consultada em Abril/2010 na Cocatrel:
Análise de solo completa (incluindo P remanescente).........................R$ 26
Tonelada de 25-00-25...........................................................................R$ 895
Tonelada de Superfosfato Simples (20% P)..........................................R$ 470
Tonelada de uréia..................................................................................R$ 870
Serviços terceirizados:
Frete (Tonelada Por Km)......................................................................R$ 1,3
Mão de obra (distribuição de 500 kg de fertilizante/dia)......................R$ 25
Diferença de custo de produção dos dois exemplos
(com e sem analise de solo):
Sem análise de solo:13.095
Com análise de solo: 9.083
Diferença no custo: 4.012 (10 há)
Além do ganho de produtividade devido a calagem e adubação realizados na hora e
quantidade corretas, nota-se uma diferença econômica significativa entre os dois exemplos
de mais de quatrocentos reais por hectare, somente com o uso da análise de solo, lembrando
que essa diferença seria ainda maior se os resultados da análise de solo fossem altos.
Através dessa e outras tecnologias é que conseguimos abaixar custo sem afetar a
produtividade, ficando fora do mercado aquele produtor que ainda não as utiliza.
Bruno de Oliveira Paiva.
Tecnólogo em Cafeicultura e Técnico Agrícola da Cocatrel,
filial de Nepomuceno.
NOTA DE ESCLARECIMENTO (FUNRURAL)
Informamos a todos os associados que, aqueles que assim desejarem, deverão procurar advogados de sua
confiança para reivindicar judicialmente a devolução das contribuições previdenciárias (FUNRURAL) incidentes
sobre a comercialização de seus produtos rurais, o mais rápido possível, tendo em vista o fato de que, na hipótese da
respectiva ação judicial ser proposta até 08 de junho de 2.010, poder-se-á pleitear os valores relativos aos últimos 10
(dez) anos; sendo que, após esta data, somente poderão ser pleiteados os últimos 5 (cinco) anos.
ABRIL/2010
Atenção Produtor: maio é mês de
vacinação contra Febre Aftosa
O mês de maio é marcado pela
campanha de vacinação contra febre aftosa.
Com previsão de início no dia 1º de maio e
finalização em 30 do mesmo mês, o Instituto
Mineiro de Agropecuária (IMA) de Três
Pontas em parceria com todos os criadores de
gado, espera vacinar aproximadamente
25.000 bovinos e bubalinos de todas as
idades neste município e Santana da Vargem.
A febre aftosa é uma doença causada
por vírus e é altamente contagiosa, podendo,
sem prevenção, contaminar rapidamente
milhares de animais, o que prejudica todo o
abastecimento de carne no mercado nacional
e internacional. Além disso, o sacrifício de
animais é necessário em regiões onde a
contaminação possa se instalar. Assim, diante
da conscientização dos criadores de bovinos
e bubalinos no cumprimento de suas
obrigações para com a vacinação de seus
respectivos rebanhos, o Estado de Minas
atingirá enorme sucesso nesta campanha,
satisfazendo assim, toda a cadeia produtiva.
Neste ano, o governo brasileiro em
parceria com outros países do continente
americano e organismos internacionais estão
concentrando todos os esforços para conter e
erradicar a febre aftosa nos rebanhos das
Américas com uma intensa campanha de
vacinação. Como parte importante para a
consolidação desse objetivo, que é o de
erradicar a doença em todo o território
brasileiro até final de 2010, o governo de
Minas Gerais através do IMA, encontra-se
com todo o seu efetivo fiscal mobilizado para
iniciar e coordenar no estado mais uma etapa
da Campanha Nacional de Vacinação contra
Febre Aftosa.
7
INFORMATIVO COCATREL
No estado de Minas Gerais, a intenção é
imunizar cerca de 22,5 milhões de bovinos de todas
as idades, pertencentes a 330 mil criadores rurais
distribuídos em 316 mil propriedades pecuárias.
Está é a principal meta a ser alcançada para
consolidar o status de livre da doença com
vacinação, para posteriormente passar para livre
sem vacinação. No entanto, antes de atingir o
objetivo proposto pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) aos organismos
internacionais, é preciso erradicar a enfermidade
com a imunização de todo o rebanho brasileiro e,
comprovar através de exames sorológicos que não
há mais a circulação do vírus da doença em
propriedades do Brasil.
A execução desse trabalho é compartilhada
Cuidados com o café
Os doze passos da qualidade
1- Faça a revisão e manutenção de toda a infraestrutura e equipamentos.
2- Comece a colheita com porcentagem baixa de
frutos verdes (menor que 15%).
3- Separe o café de derriça no pano do café de
varrição e transporte-o no mesmo dia.
4- Lave e separe o café imediatamente e, em
seguida, inicie o processo de secagem.
5- Exceto o café verde, evite secar em camadas e
leiras altas no início da secagem.
6- Rode o café no mínimo dez vezes por dia.
7- No secador, não ultrapasse 45 graus (côco) ou
40 graus (pergaminho), medido na massa do
café.
8- Não remonte lotes de café no secador durante
a secagem.
9- Não descarregue o café quente do secador.
10- A umidade ideal de armazenamento é de 11,0 a
11,5%.
11- Na tulha, armazene somente café. Não misture
com qualquer outro produto.
12- Após a secagem, somente misture os lotes
depois de conhecidas suas qualidades.
entre os diferentes níveis de
hierarquia do serviço
veterinário oficial com a participação do setor privado. Os
governos estaduais, representados
pelas secretarias de agricultura e
instituições vinculadas (IMA em Minas),
responsabilizam-se pela execução do Plano
Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa
(PNEFA) no âmbito estadual.
Vale ressaltar que além da vacinação para
febre aftosa, o gado também deve ser imunizado
contra a Brucelose, obrigatório para as fêmeas entre
três e oito meses de idade. Essa doença também tem
alto poder de contaminação, por isso, a vacina só
pode ser aplicada sob a responsabilidade de um
veterinário credenciado pelo IMA. A dica é que a
situação seja regularizada junto ao IMA,
aproveitando o mês de maio quando acontece a
campanha de vacinação contra aftosa.
Para maiores esclarecimentos, entrar em
contato com o IMA, que em Três Pontas
funciona à Rua José Luiz de Mesquita, 92 B, no
centro. O telefone é 3266-2137 ou 3266-1546.
Cleidson Soares Ferreira
Fiscal Agropecuário
8
INFORMATIVO COCATREL
Meio Ambiente
Café e Saúde
Embrapa apresenta agente
de controle biológico
Atenta à crescente preocupação
com a saúde de agricultores e de
consumidores, a Embrapa Rondônia trabalha
na identificação de agentes biológicos para o
controle da broca-do-café, a principal praga
da cafeicultura no Norte do Brasil. O objetivo
é substituir os agrotóxicos por soluções
menos danosas às pessoas e ao meio
ambiente. Os pesquisadores já identificaram
quatro variações do fungo Beauveria
bassiana com alto poder de combate ao inseto
e mostraram a novidade no VII Ciência para a
Vida, evento que reuniu em Brasília, de 24 de
abril a 2 de maio, tecnologias da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) desenvolvidas em todas as partes
do país.
No evento foi possível ver a ação
do fungo na broca-do-cafe. A Beauveria
bassiana é um inimigo natural do inseto e
pode levá-lo à morte em 72 horas. Como a
broca é muito pequena, com o tamanho
equivalente ao de uma pulga, foi instalada
uma lupa especial, parecida com um
microscópio, para que os visitantes pudessem
enxergar as estruturas brancas que o fungo
desenvolve depois de infectar o inseto.
A broca se alimenta de frutos de
café e cria canais que causam o apodrecimento dos grãos e trazem prejuízos ao produtor.
Em um dos levantamentos realizados pela
Embrapa Rondônia em época de colheita,
foram verificadas infestações de 34% a 41%
em lavouras de café Conilon do Estado,
índices considerados preocupantes. Os
insetos nascem e vivem dentro dos grãos, que
podem ser infestados por mais de 20 brocas.
ABRIL/2010
O controle da praga pode ser feito
com inseticidas, mas no ano passado a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) recomendou o banimento do
endossulfan, um dos agrotóxicos utilizados
no combate à broca-do-café. De acordo com
a agência, estudos apontam graves riscos à
saúde das pessoas. O químico apresenta alta
toxicidade, pode provocar desregulação
endócrina e danos no sistema nervoso
central.
Com a proibição do uso do
endossulfan, tornou-se ainda mais essencial
o desenvolvimento de alternativas para o
controle da praga, explica o pesquisador José
Nilton Medeiros Costa, da Embrapa
Rondônia. A Beauveria bassiana é um fungo
prejudicial somente à broca-do-café e não
traz danos à saúde das pessoas e nem ao meio
ambiente. Por isso, se mostra uma boa boa
alternativa para o controle da praga, afirma o
pesquisador.
Avaliações em laboratório e em campo
Os pesquisadores da Embrapa
Rondônia avaliaram 47 variações do fungo
Beauveria bassiana para identificar as mais
letais à broca-do-café. Com os testes em
laboratório foi possível isolar quatro
variações com alto índice de eficiência. Os
fungos foram testados em uma área
experimental da Embrapa Rondônia
localizada no municípío de Machadinho
d'Oeste. Para finalizar o processo de
avaliação da tecnologia, deverão ser testadas
este ano diferentes concentrações e épocas
de aplicação.
Cafezinho após o almoço
diminui risco de diabetes
Consumir ao menos uma xícara (125 ml) de
café depois do almoço reduz os riscos de desenvolver
diabetes tipo 2, aponta pesquisa desenvolvida por uma
nutricionista da USP (Universidade de São Paulo). O
trabalho foi publicado na revista "American Journal of
Clinical Nutrition".
A pesquisadora usou dados de um estudo
francês que acompanha quase 70 mil mulheres com
idades entre 41 e 72 anos desde 1990. Para relacionar o
consumo de café das voluntárias e a menor incidência
de diabetes, comparou dados de 1993 a 2007.
"O consumo de café já foi ligado ao efeito
protetor contra o diabetes tipo 2 em outros trabalhos. A
diferença desta pesquisa é que relacionamos os
horários da ingestão", explica a nutricionista Daniela
Sartorelli, professora do Departamento de Medicina
Social da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão
Preto, autora do estudo.
As mulheres que consumiram café após o
almoço tiveram risco 34% menor de ter diabetes. A
proteção não foi encontrada naquelas que tomaram café
em outro momento.
No período estudado, 1.415 participantes
desenvolveram a doença. Entre as pacientes que
tomaram no mínimo 125 ml de café na hora do almoço,
374 se tornaram diabéticas. O restante delas (1.051) não
ingeria a bebida nesse horário ou a consumia em
quantidades inferiores.
Versões cafeinadas ou não, com ou sem
açúcar apresentaram os mesmos benefícios. "Mas 60%
delas consumiam sem açúcar e, quando o adicionavam,
era em quantidade bem menor do que aqui no Brasil",
ressalta a nutricionista.
Segundo a pesquisadora, apesar de o estudo
ter sido realizado somente com mulheres,
provavelmente os resultados podem ser extrapolados
para os homens, já que outros estudos que relacionaram
café e diabetes foram realizadas com ambos os sexos.
Ainda não é possível, no entanto, apontar por quais
mecanismos a bebida protege contra a doença.
Para Sartorelli, uma possível explicação é a
menor absorção de ferro causada pela ingestão da
bebida. "Indivíduos com estoque de ferro aumentado
têm risco maior de desenvolver diabetes. Esse fator
poderia proteger a pessoa, se a maior quantidade de
ferro for ingerida no almoço", diz.
Quantidade
Estudos já publicados que relacionaram a
menor incidência de mortalidade por diabetes entre
bebedores de café apontam que as substâncias
presentes na bebida melhoram a sensibilidade do
organismo à insulina, hormônio responsável por
facilitar a entrada da glicose nas células do corpo.
Essas substâncias também evitam a oxidação
das células beta, localizadas no pâncreas, que são
responsáveis por produzir o hormônio.
"Os trabalhos já divulgados sugerem que o
mais importante é a quantidade de café ingerida, e não o
horário de consumo", diz o cardiologista Luiz Antônio
Machado César, do InCor (Instituto do Coração), onde
pesquisa sobre café e problemas cardiovasculares.
Recomenda-se beber ao menos duas xícaras
de 150 ml para obter benefícios. Mas a indicação da
bebida para prevenir o diabetes ainda não pode ser
usada na prática médica.
“Não creio que o consumo de café,
isoladamente, seja capaz de promover benefícios
clínicos significantes em termos de impacto
populacional", contrapõe Augusto Pimazoni,
coordenador do Grupo de Educação e Controle do
Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Unifesp
e do Centro de Diabetes do hospital Oswaldo Cruz.
Fonte: CaféPoint
ABRIL/2010
INFORMATIVO COCATREL
9
Sylvia Saes desvenda os gargalos
da economia cafeeira
Mestre e doutora em Economia
(USP), foi com o tema café que
a professora e pesquisadora
Maria Sylvia Macchione Saes
construiu um currículo destacado em sistemas agroindustriais
e ações coletivas. Conhecedora
do mercado de café e dos desafios inerentes à atividade, enfatiza seus estudos na compreensão de mecanismos de comercialização e diferenciação de cafés especiais, bem como das relações entre os diferentes elos da
cadeia. Professora da USP desde 2002 e presidente da Comissão de Pesquisa da Faculdade de
Economia e Administração (FEA/
USP), também participa de projetos de pesquisa que envolve o
desempenho de redes organizacionais e práticas industriais. É
autora da obra "O Agribusiness
do Café". No dia 9 de abril, Sylvia Saes participou de uma banca de qualificação de doutorado
no Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/
UFLA).
Confira abaixo a entrevista realizada pelo Polo de Excelência do
Café com a pesquisadora.
PEC/Café: O cafeicultor está
sempre reclamando, e as crises estão cada vez menos espaçadas. Qual é o grande gargalo? É um erro do produtor
ou uma característica do mercado?
São várias questões. Nos últimos
anos, o salário da mão de obra
cresceu muito, o que é um bom
indicativo. Porém, nós competimos com países onde a mão
de obra é muito barata. Este ponto onera principalmente o produtor do Sul de Minas, pelas
características de uma cafeicul-
tura de montanha, altamente dependente de mão de obra. Este
problema de concorrência é real.
Outro problema histórico está no
valor do café brasileiro cotado
internacionalmente. A diversidade enorme de produtores e a falta de cuidado em algumas regiões no pós-colheita fazem com
que a qualidade média do nosso
café não seja muito boa. Certamente existem produtores que
conseguem nichos de mercado
diferenciados. Mas, de maneira
geral, o Brasil produz um café
com alto custo de produção,
porém, é pouco valorizado perante outros países produtores,
como os cafés lavados.
PEC/Café: Como desatar este
nó?
Ou a gente investe na melhoria
da qualidade e mostra para o
mercado internacional, ou os
produtores de arábica de baixa
qualidade continuarão a sofrer
com a crise ou deixarão a atividade. É uma tristeza, já vimos
muitas lavouras de café serem
trocadas por eucalipto. Neste
cenário, a certificação também
pode ser uma alternativa para a
diferenciação da qualidade.
PEC/Café: Depois de tantos
estudos, pode-se dizer que a
certificação traz sempre benefícios?
Os estudos realmente demonstram que nem sempre há um
ganho financeiro com a certificação. Mas, de certa forma, ela
começa a ser um parâmetro.
Hoje o importador prefere comprar pelo mesmo preço o produto certificado. Então a certificação acaba sendo um custo a
mais que o produtor tem que internalizar. Num primeiro momento, ela se apresenta como diferencial, mas a medida que
lhor seu custo em épocas de crise. Já o médio produtor tem que
arcar com a mão de obra e tem
menos flexibilidade para redução
de custos, sobretudo na colheita. A solução para o médio produtor seria evitar o monocultivo. Ele deveria escolher a melhor área para o plantio do café
e investir em qualidade, enquanto em outras áreas deveria diversificar conforme a aptidão da
região.
muitos outros passam a adotála, dependendo da certificação,
deixa de ser um diferencial para
ser quase uma exigência do mercado. Quanto a isto não dá para
fugir. Mas existe o lado bom. As
certificações acabam por orientar o produtor na gestão da atividade, uma forma de administrar os custos, aperfeiçoar a produção, adotar práticas mais econômicas. Assim, tem-se o ônus
de nem sempre o custo se reverter em aumento da renda,
mas tem o benefício de organizar melhor a propriedade.
PEC/CAFÉ: Por esta ótica, o
programa Certifica Minas
Café, do Governo de Minas,
está no caminho certo ao reduzir substancialmente os
custos da certificação ao mesmo tempo em que reafirma
seus benefícios?
Realmente é uma política interessante e pode render um ótimo estudo de caso. Esta experiência pode mostrar a diferença
dos produtores antes e após a
certificação, sobretudo, com
enfoque na gestão das propriedades.
PEC/Café: Existe uma dúvida
clássica. Na crise, quem sofre
mais, o pequeno ou o médio
produtor?
Acredito que o pequeno produtor tem maiores condições de sobrevida porque, em geral, ele
deixa de contabilizar a mão de
obra que na maioria das vezes é
familiar. Ele consegue gerir me-
PEC/Café: Você é uma pesquisadora que tem o currículo
marcado por estudos em café.
São dezenas de artigos, projetos de pesquisa, livros sobre
café. Como este tema surgiu
em sua vida?
Estava no doutorado, (Universidade de São Paulo - USP), sem
orientador e sem tema de estudo. Na época, a professora Elizabeth Farina me convidou para
participar de uma pesquisa da
ABIC sobre a cadeia do café.
Entrei e não sai mais. Fiz o doutorado e a livre docência sobre
o café. O tema é cativante, as
pessoas são interessantes, existe inovação, diferentes hábitos de
consumo.
PEC/Café: Uma tendência para
o agronegócio café?
Eu acho que a atividade vai passar por uma readequação. Produtores com custos elevados e
baixa produção passarão por
uma seleção natural, acompanhando o desenvolvimento da
economia. O momento é de entender o que está acontecendo
com o mercado para se adaptar
a ele. Produtores que não se
adaptarem a este contexto tecnológico, em muitos casos, terão que sair da atividade.
Financiamento de material da colheita
Os cooperados que depositaram café na Cocatrel em 2009 terão direito a financiamento
para material de colheita nas seguintes condições:
Crédito na base de R$ 8,00 por saca pela média de café entregue em 2008 e 2009.
Abatimento de R$ 1,50 por saca na entrega do café em sacaria nova desde que adquirida
na Cocatrel e entregue em seu próprio nome.
10
INFORMATIVO COCATREL
Para Refletir
Imagem do Mês
Lamentação
O pobre homem chegara ao fundo do poço e
resolveu procurar seu rabino para pedir
conselhos.
- Santo rabi! - clamou ele. - As coisas estão
indo mal comigo, e piorando a cada momento!
Somos pobres, tão pobres, que minha esposa,
meus seis filhos, meus sogros e eu temos que
viver num casebre de um só cômodo. Estamos
sempre no caminho uns dos outros e com os
nervos à flor da pele por causa de todos os
nossos problemas.
Não paramos de brigar e discutir. Acredite:
meu lar é um inferno!
O rabino ponderou a questão gravemente.
- Meu filho - disse por fim, - prometa que fará
exatamente como eu lhe disser e sua condição
irá melhorar.
- Eu prometo, rabi - respondeu o homem
atormentado. - Farei tudo e qualquer coisa que
me pedir.
- Diga-me, então, que animais ainda possui?
- Tenho uma vaca, uma cabra e algumas
galinhas.
- Ótimo! Volte para sua família e coloque as
galinhas dentro de casa para morar com vocês.
O pobre homem ficou estupefato mas, como
havia prometido ao rabino, voltou para casa e
levou as galinhas para morar com a família
dentro de casa.
Alguns dias depois, porém, retornou ao rabino
e lamentou-se:
- Rabi! Fiz como você havia dito e levei as
galinhas para dentro de casa. Mas o que
aconteceu? horrivel, rabi, foi horrível.
As coisas estão piores do que nunca! Minha
vida está um verdadeiro inferno. A casa está
agora cheia de penas e titica de galinha! Salvame, rabi, salva-me, por favor!
- Meu filho - respondeu o rabino com
ABRIL/2010
serenidade. - Não se desespere. Volte para casa
e coloque a cabra dentro de casa para morar
com vocês. Deus irá ajudá-lo!
O pobre homem achou que ia enlouquecer,
mas voltou para casa e levou a cabra para
dentro de casa. Mas não demorou até que
voltasse correndo até o rabino.
- Rabi! - lamuriou-se. - Ajude-me, salve-me! A
cabra está destruindo tudo dentro de casa: está
transformando a minha vida num pesadelo. O
cheiro está insuportável e ninguém agüenta
mais a sujeira.
- Meu filho - condoeu-se o rabino. - Não se
desespere. Deus irá ajudá-lo. Volte para casa e
traga também a vaca para morar com vocês.
O pobre homem achou que ia enlouquecer,
mas voltou para casa e levou a vaca para morar
com a família dentro de casa. Logo no dia
seguinte, porém, voltou desesperado ao
rabino.
- Rabi, rabi! Seus conselhos só estão nos
trazendo desgraças! As coisas não param de
piorar. A vaca transformou minha casa num
curral e agora estamos vivendo de fato no meio
do esterco. Como pode um ser humano dividir
o seu espaço com um animal? É um inferno,
rabi, um inferno!
- Meu filho, você tem razão. Volte e tire todos
os bichos de dentro de casa.
No mesmo dia o homem correu para procurar o
rabino.
- Rabi, rabi! - gritou ele com o rosto
resplandecente. - Minha vida voltou a ser um
paraíso. A casa está limpa, sossegada e vazia
como não se via há muito tempo. É um prazer
viver nela.
Do livro: Histórias da Alma,
Histórias do Coração - Coleção Buscas
Colaboração: Berenice Pieve Brito
Condomínio do João-de-Barro
No sitio Nova Era de propriedade do engenheiro agrônomo Joaquim
Teófilo Sobrinho, localizado no Bairro dos Coqueiros, em Nepomuceno-MG, há
um conjunto de casas (fornos) no seu galpão de máquinas. Elas foram construídas
nos últimos cinco anos pelo engenheiro e arquiteto da obra: o pássaro João-deBarro. O curioso é que ele constrói 3 casas, uma perto da outra. De 4 em 4 meses
utiliza uma delas. Ele não usa duas vezes uma mesma casa. A construção é feita
pelo casal. Eles amassam o barro com o bico e pés. Se a fêmea abandona o
trabalho, o macho fecha a casa e nunca mais abre. A fêmea bota de 3 a 4 ovos. O
período de incubação é de 14 a 18 dias. Os filhotes são tratados durante 23 a 26
dias. Depois disso estão prontos para voarem e partirem.
Colaboração: Daniel Figueiredo
ABRIL/2010
6ª RPM 24ºBPM
151ªCIA PM
INFORMATIVO COCATREL
Dicas de segurança
para a zona rural
ALERTAAOS PRODUTORES, TRANSPORTADORES E COMERCIANTES DE CAFÉ
A PREVENÇÃO É SUA MAIOR SEGURANÇA
- Não deixe seu café colhido no cafezal.
- Durante à noite deixe vigias no local de secagem. Dificulte
o acesso ao local, trancando as cancelas.
- Não comente quando fará o beneficiamento do café
- Após o beneficiamento, não deixe armazenado em galpões, sítios ou fazendas.
- Procure transportá-lo o mais breve possível para a Cooperativa.
- Transporte em veículo lonado para não chamar a atenção,
evitando assim, investidas de marginais.
- Não comente com ninguém quando fará o transporte do
café.
- Se possível, fazer o transporte em comboio.
- Fazer acompanhar ao motorista pelo menos um auxiliar.
A presença de duas ou mais pessoas, no transporte da
carga, dificulta a ação de marginais.
- Em caso de suspeita de veículos ou pessoas estranhas
próximas à sua propriedade, comunique-se imediatamente
com a Polícia Militar.
11
Índice de Chuvas
Dados comparativos (em mm³)
ALERTAAOS TRABALHADORES RURAIS
A PREVENÇÃO É SUA MAIOR SEGURANÇA
- Para trabalhar, exija que o veículo que o transportará tenha
condições de segurança, como local apropriado para guardar
ferramentas, sem lotação em excesso, etc;
- Procure saber se o veículo está com a documentação em
dia, principalmente os exigidos pelo DER, incluindo seguro
obrigatório e licença;
- Nos deslocamentos, verifique se o motorista desenvolve
uma velocidade compatível de segurança;
- Lembre-se: você precisa ganhar o pão de cada dia, mas para
isso deve ter boas condições de trabalho e segurança, para
que as pessoas que dependem de você não sofram com o
acontecimento de uma tragédia.
Polícia Militar
Nossa Profissão, Sua Vida!
Assessoria de Comunicação Organizacional
da 151ª Cia PM
Fonte: Depto. de Assistência Técnica Cocatrel
Oportunidades
Para anunciar gratuitamente
nesta coluna, basta entregar as informações para Carla, na Administração.
Como se trata de uma prestação de
serviço aos associados, não publicaremos anúncios de firmas ou pessoas
não vinculadas à COCATREL.
VENDE-SE
- Mourões de eucalipto. Tratar com Renato Assunção, fone 3265-6149.
- Móveis usados de boa qualidade. Tratar 35
8847 6645 com Clóvis Araújo.
- Máquina de beneficiar café 80scs/dia. Tratar
35 9934 7300 ou 9807 9181 em Carmo da Cachoeira.
- Lenha para secador. Tratar 9914 2183 ou 9829
2807
- Sítio a 3 Km do Córrego do Ouro, 5 alqueires,
terra mecanizada, casa boa, água natural, curral,
energia elétrica 15 KWA. Tel 9927 4275 com
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de serviço e casinha de quintal com 3 cômodos.
Área total de 456 metros. Tratar: (35) 9957-5052
- Trator Valmet 62 Agricola ano 79 , ou troca-se
por trator cafeeiro ou carro e motocicleta; valor
12.000,00. Tratar com Gilmar (35) 9910 2115
- 78 ha de terra no município de Coqueiral a 1 Km
da BR 265. Tratar 35 9996-0703.
- 10 alqueires de terra, sendo 7 de pastagem,
22.000 pés de café, curral, rancho, casa de empregado, luz, água, terra de cultura. Perto do Rio
Grande a 11 Km de Nepomuceno. Tratar com Antônio Naves 35 9904-4712.
- Cota de sócio proprietário do Clube TOC- Tel.
35 3266-1252 ou 8812-9452 falar com Alberto.
- Filhotes de Fila, Beagle e Bullterrier. Tratar 35
9971-8689.
- Terreno 1.200m no Jardim das Acácias (Boa Vista). Tratar 35 3265-3142.
- 49,61 hectares em Carmo da Cachoeria-MG a 8
Km do centro, próximo a Rod. Fernão Dias, ao
lado da Comunidade do Trigueirinho, terra de
cultura, Casa, energia elétrica, boa água, açude,
90.000 pés de café em produção sendo 40.000 pés
de café com idade de 3 anos. Tratar 35 8861-2130,
com Gil César.
- Fazenda Serra dos Alpes: 1.100 m de altitude, no
Km 7, estrada de Nepomuceno a Congonhal, casa
sede com 4 quartos, sendo uma suíte, 2 banhos
sociais, sala p/ dois ambientes, com lareira, escritório, cozinha mineira, com fogão a lenha e garagem coberta p/ 4 carros. Área de lazer completa,
com churrasqueira, fogão a lenha, piscina e dispensa, capela estilo barroco para meditação, jardim elaborado, com paisagismo.Área total da propriedade, 89 ha sendo: 61 ha de pastos e matas.,
03 ha de cana de açúcar, ótima p/ alambique; 25 ha
com 125.000 pés de café; 2.500 m² de terreiro p/
seca de café; máquina secadora de café; máquina
beneficiadora de café; 2 tulhas para guardar implementos e adubos; garagem p/ 2 tratores; abatedouro de frangos, capacidade p/ 150 cabeças/dia;
galinheiro c/capacidade p/2.500 cabeças caipiras;
curral p/30 cabeças de gado; pomar com diversas
espécies; casa colono1: 3 quartos, sala, cozinha
com fogão a lenha e banheiro; casa colono2: 2 quartos, sala,cozinha com fogão a lenha e banheiro; além
da magnífica vista, a propriedade é cercada por diversas nascentes, com águas de qualidade mineral.
Tratar com João Batista pelo fone (35) 9964-1099
- Loja de embalagens plásticas (Plastipel), na
Rua N. Sra. D’Ajuda 184, em Três Pontas. Tratar
com Léia, fone (35)9135-9935.
- Colheitadeira de café VN. Tratar 9971-7769.Rodas de carro de boi e cangas para fins
decorativos. Tratar (35) 3265-1862.
- 2 filhotes de Labrador. Tratar na Rua Mauricio
Veloso 91, Bairro Antônio de Brito ou (35) 88285991.
- Secador D’Andrea (Baú) com máquina de
beneficiar 100 sacas D’Andrea. Tratar (35) 99895002 ou 9971-5977, com Fernando.
- Kombi ano 90. Tratar (35) 9971-7769.
- Sítio no Peão (perto do Cajuru), 5 alqueires com
cultura de café, casa, terreiro, tulha e secador.
Contato com Rosely (11) 5052-5850.
- 1 alambique 500 litros, 1 engenho nº. 3, 1 motor
de 10 CV, 2 caixas de 1.000 litros para guarapa, 1
caixa 1.000 litros com serpentina. Troca-se por
gado, café ou carro. Contato 35-3861-1453 / 84481075. Falar c/ Luciano Garcia.
- 7 alqueires de terra na região de Barbosas, município
de Três Pontas, boa topografia, área com eucalipto
plantado e bom de água. Tratar com Lucas ou Lázara,
3265-5654.
- Trator Yanmar 1030-D, 4X2, zero km. Preço
especial abaixo da tabela. Tratar 9971-6359 ou
9823-7576.
- 2 Kombis, anos 90 e 98; trator 235 reformado;
Uno 96 EP; 1 trincha; pulverizador Jacto; 1 Arbus
PH-400; adubadeira Fertinox. Tratar com Francisco,
8834-0194.
- Mourões de eucalipto. Tratar 9971-7045, ou ao
lado do laticínio da Cocatrel. Falar com Danilo.
- Soprador agrícola; aparador; roçadeira Kamak
lateral; roçadeira Yanmar central; Arbus 400 litros;
carreta para 2.500 Kg; carreta para 3.000Kg; carreta
para 4.000Kg; chegador de cisco; abanadeira VN;
tanque 2.000 litros; arruador borrachão. Tratar
9914-2183.
- Sítio denominado Charneca a 9 Km da cidade.
Tratar com Fernando, 9907-3679.
- Adubador Santa Isabel de 4 linhas novo;
ensiladeira Jumil usada. Tratar 3266-1138.
- Caminhonete Toyota Bandeirantes ano 94
segunda série, motor Toyota original, direção
hidráulica, freio à disco. Toda reformada inclusive
carroceria, câmbio e reduzida na garantia. Tratar com
Paulo,(35) 8861-2127.
- Sítio com plantação de café. Localização:
município de Santana da Vargem. Sítio do Pião ou
Capetinga, próximo ao Cajuru, cultura de café com
20 mil pés, casa, garagem, tulha, secador, água e luz
elétrica, terreiro de café cimentado, tudo cercado.
Contato Rosely (11) 6767-0463 ou (11) 5052-5850
à noite.
- Mourões tratados de eucalipto. Tratar (35) 88072658 com Danilo
- Telhas e madeiras (usadas) de um barracão; máquina
de moer café elétrica. Tratar 9907 3679 com Fernando.
- Sulcador marca Tatu, arado Santa Isabel 3 discos,
roçadeira Lavrale em bom estado de conservação. Tratar 3265-1862 ou 9914-1862.
- Mobília antiga de quarto de casal. Tratar 9952-1516.
- Sítio de 3 alqueires, ideal para cultivo de café ou
outras culturas, solo alta fertilidade, topografia mecanizada, altitude 920 metros, água de mina, localização 10 Km do município de Três Pontas ou de
Santana da Vargem. Contato: Roberto (35) 98026321.
- Propriedade rural no município de Nepomuceno,
a 12 Km da cidade, localizada às margens do Rio
Cervo, tendo água em abundância. A propriedade
possui uma área total de 187 hectares, sendo cerca
de 50 mil pés de café em produção, áreas de pastagem e plantação de grãos, e mata nativa. Como benfeitorias possui: barracão, terreiro de café de lama
asfáltica, secador de café, curral, paiol e 5 casas de
colonos. Tratar com Pedro (35) 3861-1515.
- Mourões de eucalipto e lenha de café. Tratar com
Carlos, 9137-4384.
- Carneiro abatido e reprodutores ½ sangue Dopper. Tratar com Miller Miranda (35) 9938-2500
- Burros e mulas não domados. Tratar com Miller
Miranda (35) 9938-2500
- Sítio com 3 hectares de lavoura localizado na Estalagem e outro sítio com 2,42 hectares na região de
Coqueiral e uma Chácara de 2.000 m² com 1 casa.
Tratar (35) 9942-3626 com Toninho.
- Mudas de cedro australiano. Viveiro na Rua Alvim
Anastácio 100, em Cana Verde. Tratar 9925-8447.
- Esterco de gado e varas de eucalipto para andaimes e escoras para laje. Tratar fone (35) 3865-1118,
com José Afonso, de Cana Verde.
- Mourões de eucalipto. Tratar 3265-5260.
- Guzerá P.O. Venda permanente de matrizes e
reprodutores. Mais carne, mais leite, mais peso, mais
rusticidade. Fazenda Esperanza, em Varginha, e
Fazenda Verdes Mares, em Guapé. Contatos pelos
fones (35) 9988-2646 e 9988-2063.
- Húmus de minhoca, peneirado e ensacado. Tratar
com Vicente, 9932-5208.
- Carneiros para abate. Tratar com Francisco, fone
3265-2410.
- Esterco de gado. Tratar pelo (35) 3865-1118, com
José Afonso, de Cana Verde.
COMPRA-SE
- Secador rotativo de 15.000 litros. Tratar com
Djalma (35) 9117-9997, em Cristais.
- Eucalipto para produção de cal. Tratar direto
com a fábrica, fone (35) 9979-3891.
- Ninhadas inteiras de filhotes de cães de raça
pura (todas as raças). Tratar 9971-8689.
- Máquinas e secadores de café usados. Tratar
com João Porto, pelo (35) 9962.4478 ou
3265.4478.
ALUGA-SE
- Aluguel de pasto. Tratar 9805 4278 ou 8859 8259
- Casa (meia água) no bairro Aristides Vieira. Tratar
pelo fone (35) 9832 4211.
- Barracão na Av. Caio de Brito, 1402, com área de
138m². Tratar pelos telefones (35) 9994-6668 ou
(35) 3266-1813
- Trator de aluguel e implementos , trincha, esqueletadeira, decotadeira, plantadeira, subsolador, carreta, basculante, ensiladeira, grades esparramadeiras
de calcário e bombas p/ foliar. Tratar 997- 6163
- Tratores agrícolas e cafeeiro para diversos tipos de
serviços: Arado, grade de arrasto, plantadeira de 4
linhas (Plantio direto), adubador, sulcador,
subsolador, plataforma, ensiladeira, bomba (foliar e
herbicida), roçadeira. Tratar pelos fones 8807-0781
ou 9971-5595.
- Betoneira. Tratar 9971-8560.
- Trator Valmet para aração de terra e subsolagem, e
trator cafeeiro. Tratar 3265-2977 ou 9969-6255.
- Trator de Esteira (Tratores Novos): Terraplenagem,
gradagem, subsolagem, etc; com Fernando Silva Filho ou Eduardo. Rua Américo Miari , 392 em Três
Pontas ou 35 3265 1092 ou 9989 5002 ou 9971
5977.
- Esqueletadeira e decotadeira para café. Tratar 99718560.
- Trator Valmet para vários tipos de serviços. Tratar
com José Carlos, fone 9971-8205.
- Trator cafeeiro para serviços de adubação foliar,
aplicação de herbicida, roçadeira (1,5 m de corte),
grade cafeeira, plantio de cereais, esparrama de palha
e calcário. Tratar com Zezinho Vinhas. Fone: 99498531.
- Máquina de esteira, carregadeira, caminhão basculante, Pá carregadeira e retro-escavadeira. Tratar com
Paulinho - fone: 3265-5053 ou 9953-4870.
- Trator de esteira. Tratar com Renato Sérgio Alves
Castro, pelo fone: 9988-7530.
- Trator com esqueletadeira e despontadeira de café.
Tratar pelo 9959.2807
SERVIÇOS
- Presto serviço de administração rural, com amplo
conhecimento na área. Tenho experiência como
operador de colheitadeira de café, motorista
autônomo de caminhão, manutenção e operação de
tratores. Tratar com Jeremias, (35) 8803-1162.
- Reforma de residências, sondagem de solo, piso
polido e terreiro de café. Tratar com Danilo Gazola,
9971-5323.
- Corta-se lavoura de café com motossera. Serviços
grátis em troca de lenha. Tratar 8837-5767, com
Carlos.
- Elaboramos projetos de engenharia e executamos
obras em geral. Também prestamos serviços na área
ambiental, tais como outorga de água, regularização
e licenciamento ambiental. Falar com o engenheiro
Antônio Garcia, fone 9808-6285.
- Plantio de grama para campos, fazendas e residências, com manutenção e plantio de flores e mudas de
árvores. Tratar (35) 3223-5015 ou 9925-4794, com
Cláudio.
- Técnico agrícola oferece seus serviços para administrar fazenda ou outros serviços, tendo um amplo
conhecimento na área da cafeicultura e pecuária leiteira. Especialista em classificação e degustação de
café. Telefone para contato: (35) 9117-1973.
- Montagem, manutenção e reforma de máquinas agrícolas (secador de café, lavador de café, beneficio de
café). Contatos: Carlos M. Ferraz da Silva ou Leonardo H. Miranda. Tel. (35) 9105-6028.
- Cadastramento, CPR e custeio agrícola para o
Banco do Brasil. Pindorama Planejamento
Agropecuário. Fone: 3265-2093 / 9971-5825
- Telefonia rural, alarmes, antenas, conserto de celular.
Dixitel, rua Frei Caneca 98, fone 3265-1056.
- Viveiro Luiz do Táxi. Mudas de café em geral,
aceitam-se encomendas e pronta entrega. Tratar (35)
3265-6693 ou 9971-5245 ou à Rua Espírito Santo
1419, Santa Edwirges.
- Serviços de colheitadeiras de milho e máquinas
volantes de beneficiar café. Contatos: (35) 99641080 e 3861-1563
- Perfuração de poços artesianos. Tratar com Célio,
fone 9197-2192.
- Galpões pré-fabricados em concreto armado. Entregamos montado. Tratar com Luiz Antônio. Fone
(35) 9802-0042.
- Serviços de topografia em geral e venda de máquinas agrícolas para café e cereais. Tratar com Marco
Antônio Barbosa Miranda pelos fones 3265-6219
ou 9971-6960.
- Serviços de trator de aluguel do preparo ao plantio, um trabalho sério, com racionalidade. Exclusividade: plantio direto (c/ 4 linhas p/ milho). Adauto/Arnaldo 9913-1772.
- Serviço de motoserra, cisternas, construção civil
em geral. Tratar com Gasolina pelo 3265-5366 ou
9967-5327.
Esterco para a horta da APAE
A APAE de Três Pontas agradece o apoio e colaboração da Cocatrel e
dos empresários Siomara e César, que efetuaram a doação de esterco para
utilização na horta da Instituição. Lembramos que a APAE sempre necessita
deste tipo de doação, pois somente com a correta e constante adubação da
horta, a entidade tem a oportunidade de oferecer uma alimentação ainda mais
balanceada aos seus alunos. Os interessados para esta doação podem entrar em
contato com a APAE pelo telefone: (35)-3265-1127. Desde já agradecemos
toda a comunidade trespontana.
A repetição dos anúncios deverá ser confirmada a cada edição. Os anúncios não confirmados serão retirados.
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ABRIL/2010
INFORMATIVO COCATREL
Gente da Terra
Ana Luisa Leite
Em busca da xícara perfeita
Isabela Vilela
T
em cheiro bom de café no ar! Um
saboroso expresso feito de um
“blend” de grãos especiais, com a
água na temperatura certa de 90 graus,
compactado corretamente e tirado por quem
entende do assunto. E nada melhor que um
especialista na arte de servir um café de
qualidade, portanto, um barista, para nos
proporcionar tamanho sabor, aroma e
beleza, transformando o nosso cafezinho do
dia-a-dia em um café especial, desses de se
beber também com os olhos e com o olfato.
Barista é uma palavra italiana
usada para se referir a qualquer atendente de
bar. Mas no mundo inteiro, este termo ficou
conhecido para designar os profissionais
que atingiram um nível superior de
conhecimento no preparo de produtos
diferenciados a base de café, como cremes,
drinques, entre outros. Além disso, tem que
ser conhecedor de todas as etapas, desde o
cultivo, processamento e beneficiamento do
grão, até a torra, moagem e os processos de
extração da bebida. O objetivo deste
profissional é a “xícara perfeita”. O barista
está para o café assim como o sommelier
está para o vinho.
Rosa Gabriela Mendonça Paiva é
uma trespontana de 29 anos que já tem uma
boa experiência na área. Ela trabalha como
barista há 5 anos. Mas até chegar nessa
profissão passou por várias etapas que
muitos jovens indecisos costumam
vivenciar. Foi para Belo Horizonte e
concluiu o Magistério, mas não gostou.
Decidiu então fazer Design de Interiores,
depois de dois anos, desistiu. Fez teatro, mas
também não era o que ela queria da vida. Até
que, aproveitando o dom e o gosto que
sempre teve por comidas, achou que cursar
Nutrição seria finalmente a profissão de sua
vida. Voltou para Varginha, mas como ela
explica: “eu vim fazer Nutrição, e aí eu
descobri que não tinha nada a ver com o que
eu gostava. O que eu queria mesmo era
Gastronomia”. E mais uma vez ficou
perdida, sem saber o que fazer. Só que às
vezes, mesmo que não tenhamos essa idéia,
o sangue que corre dentro da gente não nega
a nossa genética.
Rosa vem de uma família de
agricultores, o seu avô Emanoel Paiva,
juntamente com o seu tio-avô Mauro,
tinham um armazém de café, e o seu pai
Sérgio trabalhou lá por algum tempo
provando café com o seu avô. Ela conta que
a família de sua mãe, Marília Miranda,
também tem uma tradição muito forte de
cafeicultores. “Eu sempre convivi muito
com fazenda, mas nunca pensei em
Horizonte. Quando cheguei lá, vi que tudo
era muito mais complexo do que eu
imaginava, existiam muitas regras, todas as
pessoas estavam em equipes e eu fiquei
desorientada, me perguntando o que eu
estava fazendo naquele lugar. Mas como já
estava lá, participei. Fui desclassificada
porque eu passei do tempo de 15 minutos
permitidos para apresentar tudo, e por
coincidência, quem ganhou este
campeonato foi outra trespontana, a Daniela
Capuano. Só que foi ali que eu conheci
muitas pessoas importantes e influentes na
área, e a partir dali, tudo na minha vida
começou a mudar. Eu fiquei completamente
apaixonada, e queria aprender tudo muito
mais”.
No ano seguinte ela participou do
outro campeonato mineiro. Dessa vez já
conhecia melhor as regras, estava mais
preparada, mas não ganhou. Rosa explica
que aqui em Minas o nível dos baristas ainda
está muito aquém dos de São Paulo, porque
não existe muito investimento nesta área, e
por isso, aqui é muito difícil de se organizar
campeonatos. Para ela, “em Minas nós
temos os melhores cafés, mas não temos
ainda pessoas qualificadas para servir este
café”. Por conta disso, nem todos os anos
este campeonato acontece por aqui. Mas
depois desta segunda tentativa, as pessoas da
Associação Brasileira de Café e Barista
viram uma outra qualidade nela e a
convidaram para fazer um workshop para ser
juíza. E ela foi então, juíza do Campeonato
Brasileiro de Baristas. Por conta disso,
precisou ficar dois anos sem participar de
nenhuma outra competição, mas segundo ela,
agora está preparadíssima para competir no
ano que vem.
Finalmente decidida a ter esta
profissão, muitas oportunidades começa-ram
a surgir, “eu comecei a atuar mais aqui na
região, fiz alguns trabalhos em Belo
Horizonte, dei aula no SENAC de lá, e
conheci muita gente. “Uma pessoa muito
importante para mim foi a Vanúsia Nogueira,
também de Três Pontas, que é a secretária
executiva da BSCA (Associação Brasileira
de Cafés Especiais) e também trabalha como
superintendente do CEC (Centro de
Excelência do Café). Ela passou a me
convidar para participar de feiras. Depois de
fazer muitas feiras por aqui, já participou
também de convenções no Japão, na
Alemanha e a mais recente, a SCAA
(Specialty Coffee Association of America),
na Califórnia, Estados Unidos, de onde
acabou de chegar. Lá, em um coquetel, pode
apresentar um dos conhecidos drinques
brasileiros, a caipirinha, só que feita com
café, que é um sucesso. Hoje a Rosa faz parte
da equipe de baristas que representa e
apresenta os nossos cafés pelo mundo e, em
junho já tem nova viagem marcada, dessa vez
para Londres.
Além de tudo isso, para aqueles que
conhecem o programa da TV Alterosa “Café
com TV”, já devem ter visto o rosto desta
barista por lá. Ela participou por dois anos de
um quadro de receitas, onde apresentava
todos os tipos de comida e bebida a base de
café. Foram mais de 70 receitas e o quadro era
um sucesso, só que infelizmente faltou
patrocinador. “Como o meu bloco é
independente, eu preciso de patrocínio para
colocá-lo no ar, porque vontade de voltar e
receitas não me faltam”.
Rosa Gabriela, além de estar
cursando pós-graduação em Cafeicultura,
tem dedicado o seu tempo na lanchonete de
sua mãe, que abriu há pouco tempo, e onde
ela fez questão de colocar uma máquina de
expresso para atender os amantes de um bom
café. Mas seus desafios estão apenas
começando, no início do mês de maio ela
trocará Três Pontas por Belo Horizonte, onde
pretende aprimorar mais a sua arte, e buscar
novas experiências na sua área de trabalho.
Boa sorte para ela, e que suas novas
descobertas nos dêem a oportunidade de
experimentar o encontro com a sua “xícara
perfeita”.
Rosa Gabriela entre a secretária executiva,
Vanúsia Nogueira, e o presidente da BSCA,
Túlio Henrique Rennó Junqueira
Rosa participando como jurada do
Campeonato Brasileiro de Baristas,
em 2008
Rosa Gabriela em um dia de gravação do seu bloco de culinária a base de café,
no programa “Café com TV” da TV Alterosa
trabalhar com nada disso. Desde pequena
adorava fazer e tomar café. Minhas tias
sempre falam que eu estou seguindo a
profissão do meu avô, que eu estou
“puxando” para ele.”
E assim, como coisa do destino,
ela foi convidada para trabalhar com
vendas no Café Padre Vitor. E foi assim que
tudo começou. “Eu vendia o café para
instituições como hospitais e empresas da
região, só que com o tempo foi tudo ficando
muito monótono e chato”. Até que surgiu a
oportunidade de Rosa Gabriela começar a
vender cafés especiais, e aí “foi nesse
período que começou a surgir essa coisa de
barista. Então comecei a pesquisar sobre
cafés especiais, café expresso, máquinas,
fui para Belo Horizonte fazer cursos e me
apaixonei, descobri finalmente que era isso
que eu queria na vida”.
A partir daí ela não parou mais.
Em 2006, aconteceu o primeiro
Campeonato Mineiro de Baristas. Como
ela estava com muita vontade de aprender,
decidiu que iria assistir. Só que os
organizadores do evento a convenceram de
participar e, mesmo sem nenhuma
experiência e com toda coragem do mundo
ela foi. “Eles disseram que eu teria que
preparar quatro expressos, quatro
capuccinos e um drinque de assinatura sem
álcool. Então eu preparei tudo, comprei as
coisas necessárias, e fui sozinha para Belo
Isabela Vilela
Rosa competindo no primeiro
campeonato de baristas realizado
em Minas Gerais
Xícara de capuccino preparada pela
barista
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Cocatrel participa de feira nos Estados Unidos