Seção B Analisando o futuro: Resumo dos principais avanços 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Os custos do tabagismo Apresentação: Dra. Hana Ross Sociedade Americana de Câncer (American Cancer Society) Rede Internacional de Evidências do Tabaco (International Tobacco Evidence Network, ITEN, na sigla em inglês) 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 2 Perspectivas para o custo Sociedade Perspectiva mais abrangente Indivíduos e residências Finanças públicas Empresas e funcionários 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 3 Classificação dos custos Custos diretos: redução em recursos existentes Custos indiretos ou de produtividade: redução em recursos potenciais causado por morbidade ou mortalidade prematura Inclui perda de salário por afastamento do trabalho e redução na qualidade de vida (pode ser interna ou externa) Custos internos (particulares): custos assumidos por fumantes plenamente informados Custos externos (externalidades): prejuízos com saúde e queda na produtividade da comunidade, devido ao tabagismo passivo 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 4 Custos de tratamentos de saúde atribuíveis ao tabagismo Calcular a fração dos custos totais atribuíveis ao tabagismo Eliminar os não fumantes Eliminar as doenças entre os fumantes não causadas pelo tabagismo Subtrair a média dos custos com saúde para a população Calcular o risco atribuível à população a partir de: O risco relativo dos fumantes em contrair doenças específicas em comparação aos não fumantes ou O risco relativo para as pessoas expostas ao tabagismo passivo (secondhand smoke, SHS, na sigla em inglês) em relação aos não expostos O relatório do Ministério da Saúde dos EUA de 2006 apresenta os riscos relativos à exposição ao tabagismo passivo 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 5 Tributação do tabaco Apresentação: Frank J. Chaloupka, PhD Universidade de Illinois em Chicago Rede Internacional de Evidências do Tabaco (International Tobacco Evidence Network, ITEN, na sigla em inglês) 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 6 Por que tributar o tabaco? Para promover a saúde pública Para induzir os usuários atuais a pararem de fumar, impedir ex-usuários de reiniciar e evitar que usuários potenciais comecem a fumar Para reduzir o consumo entre os fumantes Para gerar receitas Para recuperar os custos do tratamento de doenças relacionadas ao tabagismo e à perda de produtividade 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 7 Tipos de tributação sobre o tabaco Impostos sobre o valor da cultura do fumo Tributos aduaneiros sobre as importações e/ou exportações de fumo em folha Tributos aduaneiros sobre as importações e/ou exportações de produtos de tabaco Impostos sobre as vendas 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 8 Elasticidade da demanda Elasticidade do preço da demanda Uma medida da capacidade de resposta da quantidade demandada de um bem para haver alteração de preço. É igual à variação percentual na quantidade demandada dividida pela variação percentual no preço: ΔQ/Q ΔP/P Exemplo: -10/100 0,1/1 igual 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health -0,1 0,1 igual -1,0 9 Elasticidade da demanda Elasticidade preço da demanda cruzada Mede a extensão em que a quantidade demandada de um produto é alterada quando o preço de outro bem muda Demanda elástica Elasticidade inferior a –1,0 A quantidade demandada diminui proporcionalmente mais do que os aumentos de preço Demanda inelástica Elasticidade superior a –1,0 A quantidade demandada diminui menos do que a porcentagem de aumento no preço Está comprovado que a demanda pelo fumo é inelástica 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 10 Consumo e preço dos cigarros: China, 1990–1999 Fonte: adaptado por CTLT do estudo de Teh-wei Hu e do Departamento de Agricultura dos EUA (2002). 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 11 Consumo e preço dos cigarros: EUA, 1970–2006 Fonte: adaptado por CTLT de Carga tributária no tabaco (Tax Burden on Tobacco), Campanha Crianças Livres do Fumo (The Campaign for Tobacco Free Kids), (2007) e cálculos do autor. 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 12 Análise econômica do fornecimento de produtos de tabaco Apresentação: Teh-wei Hu, PhD Universidade da Califórnia, Berkeley 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 13 Fornecimento de tabaco A folha de tabaco é um importante cultivo comercial em vários países em desenvolvimento Mais de 125 países plantam tabaco A safra mundial de tabaco vale cerca de US$ 20 bilhões, mas representa menos de um por cento do valor do setor agrícola mundial Existem cerca de 20 milhões de fumicultores no mundo Muitos governos contam com a folha de fumo como uma importante fonte de receita fiscal local 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 14 A importância econômica do fornecimento Para muitos países que cultivam a folha de fumo e fabricam cigarros, tais como a China, Índia e Indonésia, o controle do tabaco é mais uma questão econômica do que de saúde pública Para esses países, embora o controle do tabaco possa ter um efeito econômico negativo a curto prazo, os benefícios do controle do tabagismo apresentam, a longo prazo, um grande efeito econômico positivo 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 15 Comércio ilegal: Consequências econômicas e de saúde pública Apresentação: Ayda A. Yurekli, PhD Centro Internacional de Desenvolvimento de Pesquisas (International Development Research Center) 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 16 Impactos econômicos do comércio ilegal Perda de receita fiscal Aumento do crime organizado Perda de receita e de oportunidades de investimento para os produtores legítimos Desemprego na produção legítima 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 17 O que se pode fazer para combater o comércio ilícito? Criar penalidades mais duras Acabar com as vendas duty-free Selo fiscal Licenciar exportadores, fabricantes e distribuidores de cigarros Exigir um código único de identificação em todos os maços Responsabilizar os exportadores de cigarro pelo destino final legal dos cigarros 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 18 Conclusão: Economia e o controle do tabaco Impostos que aumentam o preço dos cigarros reduzem a demanda e aumentam a receita A demanda pelo tabagismo é inelástica em relação ao preço O consumo de cigarro diminuirá, mas proporcionalmente menos do que o aumento no preço 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 19 Conclusão: Economia e o controle do tabaco Há fortes argumentos econômicos para os governos controlarem tanto a oferta quanto o consumo de tabaco, incluindo os seguintes: Custos externos de tratamentos de saúde relacionados ao tabagismo e ao tabagismo passivo Efeitos negativos à saúde e prejuízos econômicos que se acumulam não apenas para os fumantes, mas também para os não fumantes e para a sociedade em geral (externalidades negativas) 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 20 Conclusão: Economia e o controle do tabaco Argumentos econômicos para a intervenção governamental A natureza viciante do consumo de tabaco combinado com o consumo pelos menores de idade e a falta de total conhecimento por parte dos consumidores O impacto econômico desproporcional do tabagismo sobre os países relativamente pobres e sobre as populações pobres em todos os países 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health 21