MBA EM CONTABILIDADE DIGITAL
M2 D1 - COMUNICAÇÃO E APRESENTAÇÃO CORPORATIVA
GUIA DE ESTUDO PARTE I: A COMUNICAÇÃO CORPORATIVA E SUA
EVOLUÇÃO
PROFESSOR AUTOR: JOÃO CARLOS FIRPE PENNA
PROFESSOR TELEPRESENCIAL: JOÃO CARLOS FIRPE PENNA
COORDENADOR DE CONTEÚDO: FLÁVIO LÚCIO BRITO
COORDENADORA PEDAGÓGICA: MARIA UMBELINA CAIAFA SALGADO
OUTUBRO/2011
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO E APRESENTAÇÃO
CORPORATIVA
PARTE I: A COMUNICAÇÃO CORPORTIVA E SUA EVOLUÇÃO
Prezado (a) estudante,
Estamos
dando
início
à
disciplina
“Comunicação
e
Apresentação
Corporativa”. Nosso objetivo, a ser construído em conjunto ao longo dos trabalhos
previstos, é perceber o papel da comunicação corporativa no contexto das
organizações/instituições do Século 21.
O Guia de Estudo está organizado em três partes, que abordam os seguintes
temas:
Parte I: A Comunicação Corporativa e sua evolução
Parte II: Comunicação interna e comunicação externa – diferenciações e
papéis estratégicos
Parte III: Importância da Comunicação Integrada
Como este texto dá início à disciplina, relembramos aqui a Metodologia
Telepresencial da Escola Satélite,cuja compreensão é fundamental para seu
desempenho no curso.
A METODOLOGIA TELEPRESENCIAL
A metodologia telepresencial da Escola Satélite compõe-se de: (i) aulas
telepresenciais; (ii) estudo individual orientado (EIO); (iii) fóruns; (iv) seminários
temáticos.
As aulas telepresenciais
As aulas telepresenciais destinam-se a apresentar e discutir os temas das
disciplinas e servirão de referência para os Estudos Individuais Orientados -- EIO e
para o Fórum. Os slides usados pelo professor telepresencial são disponibilizados
para os alunos, logo após as aulas.
As aulas da disciplina “Comunicação e Apresentação Corporativa”
acontecerão às segundas-feiras, no horário de 18h30 às 20h20, durante o período
de 24 de outubro a 28 de novembro de 2011.
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O estudo individual orientado (EIO)
O estudo individual orientado baseia-se em: (i) Guia de Estudo contendo
orientação geral para a aprendizagem; (ii) textos complementares de leitura
obrigatória, sendo um para cada parte da disciplina; (iii) listas de exercícios
versando sobre todo o material lido.
O Guia de Estudo
O Guia de Estudo oferece a você um fio condutor para o desenvolvimento da
aprendizagem. Está organizado em três partes, de acordo com a distribuição das
aulas. Cada parte será disponibilizada no dia da aula telepresencial.
Note que há relação entre o Guia de Estudo e o conteúdo das aulas, mas
ambos são complementares, ou seja, assistir às aulas não dispensa a leitura dos
textos e vice-versa.
Embora não seja obrigatório, é desejável que, mesmo antes da aula, o
estudante faça uma rápida leitura do texto correspondente, de modo a aproveitar ao
máximo a apresentação do professor ou professora. Da mesma forma, os slides da
aula devem ser consultados ao longo da realização dos EIO.
Não se esqueça de que o estudo sistemático desse texto (o Guia de Estudo),
assim como dos textos complementares de leitura obrigatória, é fundamental para
sua aprendizagem.
Os textos complementares de leitura obrigatória
Os textos complementares de leitura obrigatória visam ao enriquecimento ou
à exemplificação/contextualização dos temas tratados nas aulas ou no Guia de
Estudo. Cada parte da disciplina implica a leitura de pelo menos um texto
complementar. Os endereços eletrônicos dos textos complementares constam neste
Guia de Estudo e nas Listas de Exercícios correspondentes. Se eventualmente
houver algum problema de acesso, os próprios textos serão disponibilizados no
Espaço do Aluno, no site do curso.
As Listas de Exercícios
A cada parte da disciplina corresponde uma Lista de Exercícios composta de
cinco questões de múltipla escolha. As questões se baseiam no Guia de Estudo e no
texto complementar de leitura obrigatória indicado para cada parte.
Você deverá prestar muita atenção aos prazos para a resposta das listas.
Nunca deixe para a última hora, pois a data final de entrega só será alterada se
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ocorrer algum problema por parte da Escola Satélite/Pitágoras. Se houver algum
atraso inevitável na postagem, a data final de resposta da lista será prorrogada por
tempo igual.
O Fórum
O Fórum é uma atividade interdisciplinar vinculada a cada módulo. Portanto,
há quatro fóruns, ao longo do curso. Durante o tempo de duração de cada um
(aproximadamente três meses e meio), são postados quatro tópicos de discussão
relacionados a aspectos polêmicos ou a atualidades da prática Contabilidade Digital.
No fim da cada Módulo, são distribuídos 40 pontos, por ocasião do
encerramento do Fórum. Para efeito de nota, o total de pontos obtidos pelo
aluno é distribuído igualmente entre as quatro disciplinas do Módulo. Assim, se
você obtiver o total de 40 pontos terá 10 pontos em cada disciplina. Se obtiver 36,
serão 9 por disciplina. Se forem 32 pontos, serão 8 em cada disciplina e assim por
diante.
Você precisa postar pelo menos um comentário para cada um dos quatro
tópicos e mais quatro comentários distribuídos pelos tópicos nos quais desejar
aprofundar-se. Ou seja, esperamos que você poste oito comentários ao todo, para
obter a pontuação máxima.
Os Seminários Temáticos
Os Seminários Temáticos, com duração de quatro horas, constituem
oportunidade de enriquecimento do currículo pelo contato, em tempo real, com
grandes nomes da área de Contabilidade Digital.
Além disso, cumprem a função de provocar a interrelação das disciplinas do
módulo e de promover articulação entre teoria e prática. Ao longo do curso, estão
programados dois seminários temáticos. O primeiro deles está previsto para o dia 05
de dezembro de 2011. (confira o Calendário na Área do Aluno, ícone Cronograma).
RECOMENDAMOS!
Leia com atenção o Guia de Estudo e os textos complementares, tome notas e
organize esquemas que o (a) ajudem a compreender os temas abordados e a
pesquisar o assunto com a devida profundidade.
Procure assistir a todas as aulas telepresenciais e resolver as Listas de Exercícios
nos prazos assinalados. Não deixe para a última hora!
Lembre-se de comentar os tópicos do Fórum. Você precisa postar oito
comentários ao todo para obter a pontuação máxima.
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O quadro a seguir mostra o calendário da disciplina.
Datas
Aulas
Tele
o
Guia de
Estudo
Textos Complementares de Leitura Obrigatória
N Lista Data
ExerPoscícios tagem
Data
Final
24 e 31
out
18h30
às
20h20
KUNSCH, Maria Margarida Krohling. Comunicação
Organizacional – um exame de seu processo
histórico no Brasil. Disponível em:
http://books.google.com.br/books?hl=ptR&lr=&id=AZV
uW83F43kC&oi=fnd&pg=PA11&dq=Comunica%C3%A
Parte I
7%C3%A3o+Organizacional+Margarida+M.+Krohling+
Kunsch&ots=vUk9p7Kc5a&sig=4sSASGJMmp2Zc2rH
PyEtP6nJMq8#v=onepage&q=Comunica%C3%A7%C
3%A3o%20Organizacional%20Margarida%20M.%20Kr
ohling%20Kunsch&f=false
13
25 out. 07 nov.
7 e 14
nov.
18h30
às
20h20
Oliveira, Thiago Mainieri de. Apostar em comunicaParte II ção é estratégico?
http://www.comtexto.com.br/artigotiagomainieri.htm
14
08 nov
21 out
15
22 nov
04 dez
21 e
28nov.
18h30 Parte III
às
20h20
RIBEIRO, Emiliana Pomarico. Comunicadores como
mestres-cuca. Disponível em:
http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_ver.asp?ID_
COLUNA=624&ID_COLUNISTA=79
Prova: 13 fev. 2012
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PARTE I - A COMUNICAÇÃO CORPORATIVA E SUA EVOLUÇÃO
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
Já dissemos que os objetivos apresentados em cada parte do Guia de Estudo
norteiam o conhecimento desejado, indicando os aspectos que os responsáveis pelo
curso consideram mais relevantes para sua formação no MBA de Contabilidade
Digital. Leia cada um deles atentamente e verifique, ao longo das aulas e dos EIO,
se está apresentando o desempenho esperado. Desse modo, você poderá monitorar
seu progresso nos estudos.
Como resultado do estudo da Parte I, esperamos que você possa:
1) Conceituar comunicação social e descrever sua importância no mundo
de hoje;
2) Identificar seus instrumentos, sua dinâmica e sua relação com a
sociedade e as empresas;
3) Descrever, de modo mais específico, a evolução da comunicação
corporativa;
4) Explicar o papel e a relevância da comunicação nas organizações;
5) Explicar a comunicação corporativa como elemento estratégico nas
instituições;
6) Conceituar comunicação corporativa e descrever suas características;
7) Conceituar público-alvo e identificar seu papel como relevante para a
construção de um política de comunicação nas empresas;
8) Argumentar sobre a importância da formatação de um plano de
comunicação específico como um ponto estratégico para a instituição;
9) Descrever os modos e os métodos para a construção de uma
estratégia de comunicação na empresa;
10) Identificar e descrever os elementos que envolvem o conceito de
comunicação, de modo geral, e o de comunicação corporativa, de
modo específico: canais de comunicação, estrutura de texto, formas de
direcionar a comunicação corporativa.
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TEMÁTICA
Dia 24 de outubro - Panorama geral da comunicação social: conceitos,
formas, veículos
• Imprensa oficial
• Grande imprensa
• Assessoria de Imprensa
• Veículos de comunicação: evolução
• Release, sugestão de pauta
• Comunicação social hoje: Governo/poder público, empresas, grande
imprensa, ONGs, redes sociais
Dia 31 de outubro - Comunicação corporativa
• Contextualização histórica
• Conceitos básicos
• Perspectiva da sociedade globalizada: o que esse novo contexto impõe
às empresas?
• Qual o papel das organizações nesse contexto?
• Que mudanças esse cenário traz ao processo/modo de fazer da
comunicação nas instituições?
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INTRODUÇÃO
Para compreendermos a comunicação corporativa, precisamos, antes,
entender um pouco a comunicação social de maneira mais ampla e em suas várias
nuances. Como salienta Bordenave (1997),
a comunicação confunde-se, assim, com a própria vida. Temos tanta consciência de que
comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente percebemos a sua
essencial importância quando, por um acidente ou uma doença, perdemos a capacidade
de nos comunicar. A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do
homem social.
Como instrumento e ferramenta estratégica, a comunicação e seus meios
evoluem e respondem às demandas contemporâneas.
PANORAMA GERAL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
A Comunicação Social é uma das áreas de conhecimento que mais passam
por transformações na sociedade contemporânea. Por muitas décadas, no entanto,
os avanços se deram de modo lento, diante das dificuldades do homem para
dominar as tecnologias de informação. Da imprensa escrita em preto e branco e sem
uso de fotografias para o rádio, depois para a TV, seguida da imprensa escrita com
uso de policriomia (fotografias com uso das quatro cores básicas), pouco se
avançou.
A comunicação social se baseava em uma relação fria entre emissor e
receptor, ligados por meio de mensagens. Isso fica bem evidente quando fazemos
um breve histórico da comunicação.
Anos 1980
Especialmente no Brasil, até meados dos anos 1980, a chamada grande
imprensa era muito limitada e se alimentava de fatos e dados repassados por grupos
seletos que detinham o monopólio da informação.
Em outras palavras, apenas os grandes grupos econômicos tinham como
fazer veicular suas ideias, em jornais que também pertenciam a esses grupos. Nada
havia de democrático na relação entre a comunicação social e a sociedade como um
todo, incluindo todos os segmentos econômicos, sociais e políticos.
Era uma prática comum as grandes empresas – incluindo as estatais – terem
jornalistas contratados em seus quadros, como assessores de comunicação – os
mesmos que “largavam o trabalho” às 18 horas e iam complementar seus salários
como editores dos jornais, com jornadas até o início da madrugada.
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Assim, os releases (textos em formato jornalístico divulgados por uma
organização) gerados nas grandes empresas ao longo do dia eram os mesmos que
virariam notícia dos jornais no dia seguinte.
Anos 1990
O início dos anos 1990 foi marcado por três grandes acontecimentos no
contexto mundial que viriam mudar os rumos da Comunicação Social tradicional e
conservadora. Primeiro, ocorreu o fim da Guerra Fria, com o colapso do Socialismo
e a queda do Muro de Berlim. Esse acontecimento foi o precursor de outro ainda
mais significativo – o advento da globalização do mercado, como consequência da
ampliação do capitalismo e do surgimento de um maior número de economias.
Paralelamente, o mundo vivia a revolução das tecnologias da informação,
com o avanço espetacular das mídias digitais. Esses três acontecimentos mudaram
todos os paradigmas da Comunicação Social e, por conseguinte, da Comunciação
Corporativa.
A diversidade de mídias e a possibilidade infinitamente maior de divulgar
informações e reforçar a imagem das empresas fez com que as organizações
passassem a investir pesadamente em seus setores de comunicação.
Anos 2000
O início anos 2000 marcou, portanto, um salto sem precedentes no universo
da Comunicação Social e a consolidação de uma nova perspecrtiva para a
comunicação das empresas e organizações.
A imprensa “oficial”, sempre atenta aos interesses das grandes empresas e
governos, deixa de ser hegemônica e dominante. Hoje, há um equilíbrio muito maior
– e democrático – entre os diversos agentes que influenciam o universo da
comunicação. Além dos tradicionais atores citados anteriormente, surgiram outros,
como as organizações da sociedade civil, as ONGs, as entidades de defesa
ambiental, as organizaçoes de luta pela inclusão de minorias, os sindicatos
organizados etc.
Crescem e se profissionalizam as empresas de Assessoria de Imprensa,
especializadas em “vender” bem seus clientes na grande imprensa – agora já
representada por jornais impresssos, revistas, TVs abertas e por assinatura, portais
na internet, sites, blogs, redes socais, dentre outros tipos de “veículos” (como o
celular, por exemplo).
Se no passado recente os grandes anunciantes disputavam ferozmente os
espaços comerciais nos campos de futebol e nos cantos das telas de TV, durante os
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grandes jogos, hoje eles dispõem de uma infinidade de mídias para divulgar suas
marcas.
Atualmente, temos um cenário ainda mais complexo e instigador com a
Internet. Dizer que as novas mídias mudaram os rumos da comunicação já não é
nenhuma novidade. Vejamos:
● universo de quase 50 milhões de pessoas conectadas, no trabalho ou em casa;
● 80% ligados a uma comunidade virtual;
● Brasil líder no ranking global de tempo de navegação por internauta (+ de
46h/mês);
● exigência de que o processo de comunicação seja eficaz, ágil e ético.
Além do universo publicitário, o espaço editorial (para informação) disponível
expandiu-se na mesma proporção das novas tecnologias.
Hoje, empresas de qualquer porte podem ocupar espaço de destaque na
imprensa, por meio da chamada mídia espontânea (quando a empresa, o produto, o
serviço ou a marca viram notícia naturalmente, sem ter de fazer “lobby” para ocupar
espaços).
É nessa perpectiva que vamos analisar, no curso, as possibilidades que se
abrem para as empresas de Contabilidade e áreas afins no universo da
comunicação corporativa – independentemente do porte delas, da abrangência dos
mercados que querem atingir e da natureza dos públicos com os quais pretendem
conversar.
Entre o velho emissor e o antigo receptor e a interatividade dos atores nas
mídias digitais de hoje, há um abismo de dimensões inimagináveis.
Vamos refletir, portanto, de maneira bem prática e real, sobre o que as
empresas podem fazer para utilizar de maneira eficaz as técnicas de comunicação
corporativa: o que, como, onde, quando e porque – seguindo as cinco perguntas
básicas que compõem a essência da comunicação.
COMUNICAÇÃO CORPORATIVA
Num âmbito mais específico da comunicação social, vamos situar a
comunicação corporativa e seu campo de abrangência, discutindo o seu papel nas
organizações. A evolução do conceito e da prática da comunicação corporativa está
intimamente ligada à transformação da sociedade – de uma sociedade formada por
blocos para um mundo globalizado. E é exatamente nesse contexto que devemos
pensar a comunicação nas organizações.
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No sistema globalizado, as organizações passam a ter um novo perfil
institucional, aumentando sua responsabilidade e sua maneira de comportar-se
diante das transformações mundiais. Nesse sentido, é preciso repensar a
comunicação no âmbito das instituições.
O mundo é cada vez mais dinâmico. E esse é um desafio que se impõe
também às empresas, pois os controles estão mais rígidos, exige-se ética e
transparência nos negócios e as novas mídias estão revolucionando a interação e os
processos comunicacionais Há também que se considerar a relação com a
sociedade, com as comunidades, aspecto que era bastante negligenciado. Dessa
forma, não é mais possível estruturar atuações estanques, em separado: a atuação
interna e a externa estão imbricadas, com várias nuances nesse percurso. Por isso,
não dá mais para as organizações separarem sua atuação interna da externa.
As empresas, antes fechadas em si mesmas, agora têm de lidar com outro
cenário, de interface e relacionamento com outros tantos setores e grupos. Hoje, a
realidade é outra. Em um mundo globalizado, interessa a coparticipação, a troca de
informações, uma abertura maior, o diálogo com TODOS os públicos. Entram em
cena os canais de comunicação, muito relevantes nesse processo, e a consideração
de públicos estratégicos.
Alguns aspectos ajudam a refletir sobre um conceito de comunicação
corporativa:
• Ela é um conjunto de técnicas orientadas por uma estratégia e com um
objetivo: consolidar o relacionamento da empresa com seus stakeholders
• É um processo de interação humana, fundamental para a sobrevivência,
o crescimento e a duração da empresa.
• Funciona como instrumento de suporte ao entendimento comum nas
elações internas e externas, de acordo com objetivos empresariais.
Esses três aspectos ressaltados – estratégia com um objetivo, interação
humana e suporte – nos dão a base para compreender a que se refere a
comunicação corporativa/organizacional.
Nesse sentido, Kunsch (1997) aponta que a comunicação empresarial é um
setor estratégico que agrega valores e facilita os processos interativos da
organização com seus diferentes públicos, a opinião pública e a sociedade em geral.
Ela aponta ainda que a comunicação integrada – conceito que abordaremos
posteriormente – é uma filosofia que direciona a convergência das diversas áreas,
permitindo, dessa forma, que haja uma atuação sinérgica dos setores.
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Esse tema é muito significativo porque não há como pensar em comunicação
corporativa sem considerar uma perspectiva de comunicação integrada, que seja
capaz de alinhar todos os processos comunicacionais na empresa. É fundamental
pensar a comunicação de forma integrada e como uma ferramenta estratégica.
Nesse sentido, Torquato (2002) diz que a Comunicação organizacional é uma
possibilidade sistêmica que, integrada, reúne as modalidades de comunicação
cultural, administrativa, social e dos sistemas de informação.
A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) ressalta que a
comunicação organizacional compreende as várias “frentes de batalha” da
comunicação no âmbito das organizações. Dessa forma, temos que:
• essas frentes envolvem a
mercadológica, administrativa;
comunicação
institucional,
interna,
• as relações se estabelecem na medida em que o sistema organizacional
se relaciona com o ambiente externo e há trocas;
• o ingrediente dessas relações é a comunicação entre as organizações e
seus públicos estratégicos (stakeholders).
É nesse processo que se estabelece a comunicação organizacional
Nesse contexto, a comunicação organizacional adquire uma força estratégica,
tornando-se uma peça tão importante que não se restringe mais apenas ao
presidente e à diretoria – deve ser delegada a todos os funcionários da empresa.
Ferramenta e suporte para todas as atividades da organização, a comunicação tem
papel importante na leitura do ambiente social. É uma grande aliada da gestão
quando trabalha os valores da empresa e atende ao desafio de transformar
mudanças em resultados. Como processo social, ajuda as empresas a firmarem
compromissos internos – quando é franca, aberta e autêntica, aumenta as chances
de sucesso na implantação de estratégias.
Sistematizando, podemos apontar, aqui, alguns atributos da comunicação no
âmbito da empresa:
•
monitoramento do ambiente empresarial;
•
seleção de informações para decisões;
•
mapeamento dos públicos estratégicos;
•
velocidade nos relacionamentos;
•
formatação adequada das mensagens;
•
seleção de mídias;
•
habilitação de todos na empresa;
•
planejamento e avaliação.
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UM PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO
Segundo conceito estabelecido pela Aberje, a matéria-prima da comunicação
é a diversidade cultural, em que a união de profissionais oriundos de diferentes
espaços e tempos está na base do diálogo construtivo de toda iniciativa nesse
campo estratégico de uma sociedade democrática. Seu fluxo multidirecional permite
a interatividade entre os usuários da rede, estabelecendo diálogos entre as partes
conectadas – interações essas que podem ocorrer em tempo real ou de forma
assíncrona, sem prejudicar o conteúdo ou a atualidade da comunicação.
Portanto, nesse contexto, o objetivo da comunicação organizacional é
estabelecer relações fortes e duradouras da organização com seus públicos
estratégicos, por meio de processos estruturados de diálogos plurais com esses
grupos (ações personalizadas e segmentadas). O processo comunicacional utiliza
veículos e meios os mais diversos.
Torquato (1986) aponta que a comunicação permite à empresa falar de si
mesma, dos seus planos e objetivos, criar ações voltadas para a comunidade, definir
o seu papel social e demonstrar capacidade para entender as necessidades ou
circunstâncias do meio em que está inserida. É, portanto, uma ferramenta mais que
estratégica, e o contexto atual leva a uma nova relação entre
empresa/mundo/sociedade, em que o mais importante, salienta Torquato, é gerar
uma humanização da empresa.
Margarida Kunsch (2003) chama atenção para um aspecto significativo da
comunicação organizacional: ela se refere a uma edificação e retificação da
imagem e da identidade corporativas. Ou seja, a imagem traduz o que a empresa
“parece ser”, enquanto que a identidade traduz o que a empresa “realmente é”.
Portanto, quando a edificação é feita de maneira eficiente, ela possibilita a formação
de uma marca forte e positiva.
Avaliando esses aspectos e refletindo um pouco sobre o contexto atual,
podemos perceber que na comunicação praticada hoje pelas empresas, de maneira
geral, falta um objetivo transversal – exatamente nesse sentido: que cruze,
atravesse, passe por todos os referentes. O que mais se observa são ações
pontuais e esparsas. Segundo Carlos Parente, professor da pós-graduação da
ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e da Aberje, trabalhar na
comunicação das empresas é como administrar tribos (devido à grande diversidade
cultural existente), sempre pensando nas estratégias, a partir do cliente. “A crise não
é tanto da quantidade da comunicação, mas da sua falta de relevância”, afirma.
É necessário, portanto, que a comunicação no âmbito das organizações seja
capaz de empregar uma linguagem adequada, distribuindo informações que
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realmente engajem os funcionários. Também é relevante entender o impacto da
marca na geração de valor para o negócio, atraindo investidores, obtendo cobertura
favorável de mídia, atraindo e retendo talentos, diminuindo o custo de capital e
elevando o moral da equipe.
Parente aponta a seletividade e a atratividade como principais demandas da
comunicação. Segundo ele, passamos hoje do simples “comunicar” para a função de
informar visando ao diálogo e ao compartilhamento – cada vez mais, as empresas
priorizam os relacionamentos.
Uma das formas de consolidar a reputação é a prática da responsabilidade
social corporativa, construída por ações que levem em consideração cada um dos
seus públicos e contribuam para o desenvolvimento do país. Em muitas empresas,
essa estratégia já está relacionada às ações de comunicação.
Em todo processo de comunicação há fatores críticos de sucesso: aderência,
interatividade, segmentação, informalidade, atratividade, logística, flexibilidade e
dinamismo. No seu planejamento, deve haver o alinhamento com os públicos
preferenciais e a definição de premissas, além de um diagnóstico permanente. “O
comunicador é o gestor do significado, que gera processos de dentro pra fora, de
maneira corajosamente simples e extraordinariamente criativa”, conclui Carlos
Parente.
CONCLUSÃO
A Comunicação é uma ferramenta estratégica e suporte de administração
para todas as atividades da organização. Ela tem hoje um papel importante na
leitura do ambiente social e é grande aliada ao trabalhar os valores da empresa e ao
atender o desafio de transformar mudanças em resultados. Como processo social,
ajuda as empresas a firmarem compromissos internos, visando a transformar
propósitos em resultados. Quando é franca, aberta e autêntica, aumenta as chances
de sucesso na implantação de estratégias.
Como a mudança é um processo constante na vida das organizações, para
atingir as metas de competitividade e resultados cada vez mais ambiciosos é preciso
inserir a comunicação no planejamento, levando em conta a análise do clima e da
cultura organizacionais. Todo esse processo precisa ser também devidamente
avaliado, para corrigir sempre que necessário os rumos das ações voltadas para o
relacionamento com os públicos preferenciais da empresa.
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Referências
BORDENAVE, Juan E. Dias. O que é comunicação? São Paulo, Editora
Braziliense, 1997. Coleção Primeiros Passos.
KUNSCH, Margarida M. K. Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional
e Relações Públicas. São Paulo: Difusão Editora, 2008.
KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de relações públicas na
comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.
NASSAR, Paulo. Conceitos e Processos de Comunicação Organizacional. In:
TORQUATO, Francisco Gaudêncio. Comunicação empresarial e comunicação
Institucional. São Paulo, Summus, 1986.
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CD M2 D1 PI Flávio João Carlos Postado