Alunos: Adriano Inácio de Oliveira Ana Paula Bueno Flores Karla Cristiane Pintar Pedro Macedo Oliveira Charles LutwidgeDodgson, britânico (pseudônimo: Lewis Carroll) >> 27 de janeiro de 1832 – 14 de janeiro de 1898 Romancista Poeta Matemático Reverendo “Carroll tinha uma aparência vistosa e assimétrica – dois fatos que podem ter contribuído para seu interesse por reflexos especulares. Um ombro era mais alto que o outro, seu sorriso era ligeiramente torto e o nível de seus olhos azuis não era exatamente o mesmo. Era de altura mediana, magro, mantinha sempre porte rigidamente ereto e tinha uma maneira abrupta e peculiar de andar. Era afligido por surdes de um ouvido e por uma gagueira que fazia seu lábio superior tremer (...) Era ortodoxo sob todos os aspectos, salvo por sua incapacidade de acreditar na danação eterna.” “Gostava de jogos de todo tipo, especialmente xadrez, croqué, gamão e bilhar. Inventou grande número de enigmas de linguagem e matemáticos, jogos, métodos de codificação e um sistema de memorização de números (em seu diário menciona o uso de seu sistema mnemônico para memorizar pi até 71 casas decimais).” “’Gosto de crianças (exceto meninos)’, escreveu certa vez.” “’Se eu tivesse a criança mais linda do mundo para desenhar ou fotografar’, escreveu, ‘e descobrisse nela um ligeiro acanhamento (por mais ligeiro e facilmente superável que fosse) de ser retratada nua, eu sentia um dever solene para com Deus abandonar por completo a solicitação’.” Uma longa procissão de menininhas encantadoras passou pela vida de Carroll, mas nenhuma jamais tomou o lugar de seu primeiro amor, Alice Liddell. “Tive um grande número de amigas crianças desde sua época”, escreveu-lhe depois que ela se casou, “mas foram algo completamente diferente.” Resumo das Maravilhas... “Alice estava começando a ficar muito cansada de estar sentada ao lado de sua irmã e não ter nada para fazer: uma vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irmã lia, mas não havia figuras ou diálogos nele e “para que serve um livro”, pensou Alice, ‘sem figuras nem diálogos?’” Era Vitoriana Inglaterra (1837-1901) –Rainha Vitória Período em que Carroll estava inserido: pai autoritário, mãe submissa Tensão entre: Tradição X moderno Religião X ciência Literatura Importância crucial: proporcionar prazer estético/função moralizante e pedagógica Autores que não escreviam uma literatura pedagógica, escreviam textos criticando a sociedade Prosa e poesia: objetivos morais Escritores, no século XIX, eram tidos como “profetas”, guias de uma sociedade que se tornava cada vez mais levada por certo dogmatismo, fruto do medo das novas tendências, do desnorteio que o novo, de um modo geral, estava criando. As novelas deveriam entreter seus leitores e, ao mesmo tempo, oferecer ensinamentos de fundo moral Carroll e o País das Maravilhas... Carroll sugere outro viés: entretenimento das crianças Crítica sobre a condição do indivíduo de sua época, sufocado por inúmeras regras e exigências sociais É influenciado pela sociedade e esta, por sua vez, sofre influência por sua obra Respeito de Carroll pela inteligência da criança Alice no País das Maravilhas: Nem pedagógico nem moralizante (critica esse tipo de leitura que queria impor regras aos indivíduos) Crítica à repressão da vontade individual Pela toca do coelho Alice: curiosa, desperta, gosto ávido pela vida, ousada Passagens de estado de Alice: Enfado >>> despertar do tédio: coelho (curiosidade/aventura) *Momento atual: estado emocionante do novo Essa atitude da menina é uma transgressão do que era esperado de uma criança da época Carroll extrai da obra os sentimentos tantos de culpa quanto de aprovação, que eram regidos, ambos, pelo medo: Alice entra em um mundo onde não há punição. “Alice pôs-se em pé e lhe passou a idéia pela mente como um relâmpago, que ela nunca vira antes um coelho com um bolso no colete e menos ainda com um relógio para tirar dele. Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de vê-lo saltar para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca.” Caindo, caindo... “Para baixo, para baixo, para baixo. Essa queda nunca chegará ao fim? ‘Eu adoraria saber quantas milhas eu caí até agora’” (...) Para baixo, para baixo, para baixo. Não havia nada mais a fazer, então Alice começou a falar novamente. (...) Alice sentiu que estava cochilando, e começou a sonhar (...) quando subitamente, thump!thump!, caiu sobre uma pilha de gravetos e folhas secas e a queda acabou.” As escolhas: Beba-me/Coma-me “(...)desta vez ela encontrou uma pequena garrafa sobre ela (“que certamente não estava sobre aqui antes”, disse Alice) e amarrada ao redor do gargalo estava uma etiqueta com as palavras “BEBA-ME” lindamente impressa em palavras grandes.” As punições “Logo seu olho caiu sobre uma pequena caixa de vidro que jazia sob a mesa: ela abriu-a e encontrou um pequeno bolo, no qual a palavra “COMA-ME” era lindamente inscrito.” “Pobre Alice! O máximo que conseguiu, deitada de lado, foi olhar para o jardim com um olho só; chegar lá estava mais impossível que nunca: sentou-se e começou a chorar de novo. -Devia ter vergonha, disse Alice, uma menina grande como você (bem podia dizer isso), chorando dessa maneira! Pare já, já, estou mandando! Mesmo assim continuou, derramando galões de lágrimas, até que á sua volta se formou uma grande lagoa, com cerca de meio palmo de profundidade e se estendendo até metade do salão.” A lagoa de lágrimas “Exatamente nesse momento sua cabeça bateu no teto do salão: de fato, agora estava com quase três metros; agarrou imediatamente a chavezinha de ouro e foi ligeiro para a porta do jardim.” (...) O rio de lágrimas, os animais Rato, pato, dodô, periquito, filhote de águia... Rio amniótico Era eu a mesma quando levantei esta manhã? “Deixe-me ver: eu era a mesma quando acordei de manhã? Tenho a impressão de ter me sentido um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, a próxima questão é “Quem sou eu?” Ah! esta é a grande confusão!” E Alice começou a pensar em todas as crianças que ela conhecia e que tinham a mesma idade dela, para ver se tinha se transformado em alguma delas.” A aritmética de Carroll “E eu tenho certeza que não sou Mabel porque eu sei muitas coisas e ela, oh!, ela sabe tão pouco! Além disso ela é ela e eu sou eu e...puxa, que confuso isso tudo é! Vou tentar ver se ainda sei tudo que sabia. Deixe-me ver 4 vezes 5 são 12 e 4 vezes 6 são 13 e 4 vezes 7 são...nossa! Eu nunca vou chegar a vinte desse jeito!” Uma corrida em comitê e uma história comprida Darwinismo Corrida: quem ganha? Quem perde? “Não houve um, dois, três e já : começaram a correr quando bem entenderam e pararam também quando bem entenderam, de modo que não foi fácil saber quando a corrida havia terminado. Contudo, quando estavam correndo já havia uma meia hora, e completamente secos de novo, o Dodô de repente anunciou: A corrida terminou! E todos se juntaram em torno dele, perguntando esbaforidos: Mas quem ganhou?” Prêmios: doces e um dedal A história do camundongo Bill paga o pato • “Logo, logo o coelho se deu conta da presença de Alice, enquanto ela procurava por todos os lados, e chamou-a com voz irritada: Ora essa, Mary Ann, que está fazendo aqui? Corra já até em casa e me traga um par de luvas e um leque! Rápido, vá! Alice ficou tão amedrontada que correu imediatamente na direção em que ele apontou, sem nem tentar lhe explicar o engano. Ele me confundiu com a sua criada, disse consigo enquanto corria.” “Que vergonha, parece que jogam tudo em cima do Bill! Não queria estar no lugar do Bill por nada. Esta lareira é estreita, é verdade ; mas acho que consigo dar uns pontapés! Afundou o pé o mais que pôde na chaminé, e esperou até ouvir um bichinho (não consigo –É o Bill, deu um forte pontapé e esperou para ver o que iria acontecer. A primeira coisa que ouviu foi um coro geral, -Lá vai o Bill! Depois a voz do coelho se sobressaiu: Levantem-no, vocês aí perto da cerca! Depois silêncio e então outra confusão de vozes: Ergam a cabeça dele. Um gole de conhaque. Não o façam engasgar. Como foi isso companheiro? Que foi que lhe aconteceu? Conte-nos tudo.” Conselho de uma lagarta • “-Quem é você? Perguntou a lagarta. Não era um começo de conversa muito animador. Alice respondeu, meio encabulada: Eu... Eu mal sei, sir, neste exato momento... Pelo menos sei quem era quando me levantei esta manhã, mas acho que já passei por várias mudanças desde então. –Que quer dizer com isto? Esbravejou a lagarta. –Explique-se! –Receio não poder me explicar, respondeu Alice, Porque não sou eu mesma, entende? -Não entendo, disse a lagarta. –Receio não poder ser mais clara, Alice respondeu com muita polidez, -Pois eu mesma não consigo entender para começar; e ser de tantos tamanhos diferentes num dia é muito pertubador.” Porco e pimenta • “A porta dava diretamente para uma cozinha ampla, esfumaçada de ponta a ponta: a Duquesa estava sentada no meio, num tamborete de três pés, ninando um bebê; a cozinheira estava debruçada sobre o fogo mexendo um caldeirão enorme que parecia cheio de sopa! Com certeza há pimenta demais naquela sopa! Alice disse consigo, tanto quanto podia julgar por seus espirros.” • “O bebê grunhiu de novo, e Alice muito inquieta, examinou seu rosto para ver o que havia de errado com ele. Não havia a menor dúvida de que tinha um nariz muito arrebitado; além disso, os olhos era um tanto miúdos para um bebê: no todo, Alice não gostou da aparência da criatura.” Um chá maluco • “O chapeleiro arregalou os olhos ao ouvir isso; mas disse apenas: Por que um corvo se parece com uma escrivaninha? Oba vou me divertir um pouco agora! Pensou Alice. Que bom que tenham começado a propor adivinhações. E acrescentou em voz alta: Acho que posso matar esta. –Está sugerindo que pode achar a resposta? Perguntou a Lebre de Março. –Exatamente isso, declarou Alice. –Então deveria dizer o que pensa, a Lebre de Março continuou. –Eu digo, Alice respondeu apressadamente; pelo menos... pelo menos eu penso o que digo... é a mesma coisa não?” (...) • “Não desisto, Alice respondeu. Qual é a resposta? –Não tenho a menor idéia, disse o Chapeleiro. –Nem eu, disse a Lebre de Março.” O campo de croquet da rainha • “Idiota! Disse a rainha, jogando a cabeça para trás com impaciência; e voltando-se para Alice, continuou: Qual o seu nome, criança? –Meu nome é Alice, para servir à vossa majestade, disse Alice, muito polidamente, mas acrescentou com seus botões: Ora! Não passam de um baralho. Não preciso ter medo deles!” (...) •“Todos para os seus lugares! Esbravejou a Rainha, e foi um corre-corre de gente para todo lado, uns tropeçando nos outros; em um ou dois minutos, porém, estavam a postos, e o jogo começou. Alice pensou que nunca vira um campo de croqué tão curioso na sua vida; era cheio de saliências e buracos; as bolas eram ouriços vivos, os malhos flamingos vivos, e os soldados tinham de se dobrar e se equilibrar sobre as mãos e os pés para formar os arcos. A história da tartaruga falsa • Educação escolar • “-É a pura verdade, disse a duquesa, flamingos e mostarda picam. E a moral disso é... Aves da mesma plumagem voam juntas. –Só que mostarda não é ave. Alice observou. –Certo como sempre, que maneira clara você tem de expressar as coisas. Disse a Duquesa.” • “Então a Rainha parou de jogar completamente esbaforida, e perguntou a Alice: Já esteve com a tartaruga falsa? –Não, Respondeu a Alice, Nem sei o que é uma tartaruga falsa. –É aquilo de que se faz a sopa de tartaruga falsa, explicou a Rainha. – Nunca vi, nem ouvi falar disso, disse Alice. – Então venha, chamou a Rainha, e lhe contarei a história dela.” A quadrilha da lagosta • “-...Então não pode imaginar que coisa gostosa é uma Quadrilha da Lagosta! –Realmente não, disse Alice. Que espécie de dança é essa? –Ora, disse o Grifo, primeiro se forma uma fila ao longo da praia... –Duas filas! Exclamou a Tartaruga Falsa. Focas, tartarugas, salmões e assim por diante; depois, quando você tiver acabado de remover toda água-viva... –O que geralmente leva tempo, interrompeu o Grifo. ...dá dois passos à frente... Cada um de par com uma lagosta! Exclamou o Grifo. –É claro, disse a tartaruga, dois passos à frente, balancê...” • “O refrão de novo! Gritou o Grifo, e a Tartaruga falsa estava quase começando a repeti-lo, quando se ouviu um brado a distância: O julgamento está começando! – Vamos! Gritou o Grifo, e, tomando Alice pela mão, saiu correndo sem esperar pelo fim da canção.” Quem roubou as tortas • “-Arauto leia a acusação, disse o Rei. A isso o Coelho Branco deu três sopros na corneta, desenrolou o pergaminho e leu: A Rainha de Copas fez várias tortas Todas numa fornada só O Valete de Copas furtou todas as tortas E não deixou sobrar nada! -Pronunciem seu veredito, o Rei disse ao júri. –Ainda não, ainda não, interrompeu o Coelho afobado. Depois de três toques de corneta, bradou: Primeira Testemunha! A testemunha era o Chapeleiro.” Depoimento de Alice • “-O que você sabe sobre este caso? Perguntou o rei à Alice. -Nada, respondeu Alice. -Absolutamente nada? Insistiu o Rei. -Absolutamente nada, confirmou Alice. -Isto é muito importante, disse o Rei voltando-se para os jurados. Eles mal estavam começando a escrever isso em suas lousas quando o Coelho Branco interrompeu: Desimportante, Vossa Majestade quer dizer é claro, disse em tom muito respeitoso, mas franzindo o cenho e fazendo caretas para ele enquanto falava.” • “Nunca disse a Rainha, furiosa, jogando um tinteiro no lagarto enquanto falava, (O pobrezinho do Bill parara de escrever na lousa com um dedo ao descobrir que não ficava marca alguma; mas agora se apressara a começar de novo, usando a tinta, que lhe escorria pela cara abaixo, enquanto ela durou.) –Então ninguém pode lhe fazer ataque, disse o Rei, passando os olhos pelo tribunal com um sorriso. Fez-se um silêncio absoluto.” Estado final de Alice Várias Interpretações sobre o Livro • • • • • • Críticas à Inglaterra vitoriana Alucinações (Drogas) Ideia Freudiana Sonhos infantis Fábula sombria Entrada para a adolescência