Trabalho de MACS Bibliografia de Lewis Carroll Tudo tem uma moral: é só encontrá-la. — Lewis Carroll Charles Lutwidge Dodgson, mais conhecido pelo seu pseudónimo Lewis Carroll (cheshire, 27 de janeiro de 1832 — Guildford, 14 de Janeiro de 1898), foi um romancista, poeta e matemático britânico. Leccionava matemática no Christ College, em Oxford, e é mundialmente famoso por ser o autor do clássico livro Alice no País das Maravilhas e os poemas presentes neste livro, além de outros poemas escritos em estilo nonsense ao longo de sua carreira literária, são considerados por críticos, em função das fusões e da disposição espacial das palavras, como precursores da poesia de vanguarda. Vida Desde criança, Lewis Carrol recebeu de seu pai uma educação religiosa, pois tencionava vê-lo seguir essa carreira. Carroll desviou-se de vez da carreira sonhada pelo pai em Janeiro de 1851 quando ingressou na Universidade de Oxford. Durante o tempo em que estudou na Universidade de Oxford, ele sempre se mostrou bastante interessado e esforçado, tanto que chegou a ganhar uma medalha de honra ao mérito. Devido o seu desempenho como matemático, ao acabar o seu curso, foi convidado pela universidade para trabalhar lá como professor de matemática. Hobbies Quando criança Carroll brincava com marionetes e prestidigitação (também chamado magia ou ilusionismo), e durante a sua vida gostou de fazer passes de mágica, especialmente para as crianças. Gostava de modelar um camundongo com um lenço e em seguida fazê-lo pular misteriosamente com a mão. Ensinava as crianças a fazer barquinhos de papel e também pistolas de papel que estalavam ao serem vibradas no ar. Interessou-se pela fotografia quando esta arte mal havia surgido, especializando-se em retratos de crianças e pessoas famosas e compondo suas imagens com notável habilidade e bom gosto. Carrol era apaixonado por vários tipos de jogos, tanto que inventou um grande número de enigmas, jogos matemáticos e de lógica; gostava de teatro e era frequentador de ópera, e manteve uma amizade por toda a vida com a atriz Ellen Terry. Alice A história de Alice no País das Maravilhas originou-se em 1862, quando Carroll fazia um passeio de barco no rio Tâmisa com sua amiga Alice Pleasance Liddell (com 10 anos na época) e as suas duas irmãs, sendo as três filhas do reitor da Christ Church. Ele começou a contar uma história que deu origem à actual, sobre uma menina chamada Alice que ia parar a um mundo fantástico após cair numa toca de um coelho. A Alice da vida real gostou tanto da história que pediu que Carroll a escrevesse. Dodgson atendeu ao pedido e em 1864 surpreendeu-a com um manuscrito chamado Alice's Adventures Underground, ou As Aventuras de Alice Em baixo da Terra, em português. Mais tarde ele decidiu publicar o livro e mudou a versão original, aumentando de 18 mil palavras para 35 mil, notavelmente acrescentando as cenas do Gato de Cheshire e do Chapeleiro Louco (ou Chapeleiro Maluco). A tiragem inicial de dois mil exemplares de 1865 foi removida das prateleiras, devido a reclamações do ilustrador John Tenniel sobre a qualidade da impressão. A segunda tiragem esgotou-se nas vendas rapidamente, e a obra se tornou um grande sucesso, tendo sido lida por Oscar Wilde e pela rainha Vitória e tendo sido traduzida para mais de 50 línguas. Em 1998, a primeira impressão do livro (que fora rejeitada) foi leiloada por 1,5 milhão de dólares americanos. Enigmas Ambos os livros infantis de Carroll contêm inúmeros problemas de matemática e lógica ocultos no seu texto. Em Alice no país das maravilhas, a personagem Alice entra em uma toca atrás de um coelho falante e cai em um mundo fantástico e fantasioso. Muitos enigmas contidos em suas obras são quase que imperceptíveis para os leitores actuais, principalmente os não-anglófonos, pois continham referências da época, piadas locais e trocadilhos que só fazem sentido na língua inglesa. Polémica Uma de suas frases mais marcantes era "Gosto de crianças (excepto meninos)". Quando tinha oportunidade gostava de desenhar ou fotografar meninas seminuas, com a permissão da mãe. "Se eu tivesse a criança mais linda do mundo para desenhar e fotografar", escreveu, "e descobrisse nela um ligeiro acanhamento (por mais ligeiro e facilmente superável que fosse) de ser retratada nua, eu sentia ser um dever solene para com Deus abandonar por completo a solicitação". Por temor que estas imagens desnudas criassem embaraços para as meninas mais tarde, pediu que após a sua morte fossem destruídas ou devolvidas às crianças ou a seus pais. Quatro ou cinco fotos ainda sobrevivem. Uma delas é possível encontrar no livro "Pleasures Taken - Performances of Sexuality and Loss in Victorian Photographs" da autora Carol Mavor. Na página 12 do livro é possível encontrar a foto da menina Evelyn Hatch, 1878 (fotografada totalmente nua) como também referências ao trabalho fotográfico de Lewis Carroll. Em outro livro intitulado "Cartas às suas amiguinhas" da editora Sette Letras, o conteúdo das cartas de Lewis Carroll às meninas com quem ele se relacionou é analisado de forma fria e racional e revela uma intimidade fora do comum entre Lewis e as meninas que ele fotografou.