Encontros: 16/05 20/06 Avaliações: A.1 (20/06) - presencial A.2 (Avaliação Formativa) E-mail Institucional: [email protected] Latin ARS – significa técnica e/ou habilidade. ARTE geralmente é entendida como atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e idéias, com o objetivo de estimular uma instância de consciência em um ou mais espectadores. O estudo da arte no Curso de Pedagogia objetiva o conhecimento das possibilidades do trabalho artístico adequado e integrado ao contexto da vida do aluno. Deve-se verificar o que pensamos sobre arte. Onde está a arte em nosso cotidiano. Quais as potencialidades de um trabalho cujo enfoque passa por parâmetros artísticos. Educar pela arte significa compreender seu valor como importante meio para estimular a sensibilidade, capaz de facilitar aprendizagens. Significa, como educador, ser capaz também de poetizar, fluir, buscar soluções criativas e aprender elementos básicos que colaborarão na prática profissional. O ensino da arte consiste em buscar da realidade ao aluno, da percepção de seus sentimentos e reflexões sobre o que conhece, o objeto de estudo que proporcionará aprendizagem A arte tem um poder expressivo de representar idéias através de linguagens particulares, como a literatura, a dança, a música, o teatro, a arquitetura, a fotografia, o desenho, a pintura entre outras formas expressivas que a arte assume em nosso dia a dia. A arte faz com que o ser humano possa conhecer um pouco da sua história, dos processos criativos de cada uma das linguagens artísticas, o significado de novas formas de utilizá-la, sempre se aprimorando no decorrer dos anos. Ensinar arte na escola torna-se importante para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, pois o conhecimento em arte amplia as possibilidades de compreensão do conhecimento em arte, amplia a possibilidade de compreensão do mundo e colabora para um melhor entendimento dos conteúdos relacionados a outras áreas do conhecimento, tais como matemática, língua, história e geografia. A arte na educação permite a tolerância a ambigüidade e a exploração de múltiplos sentidos e significações. Esta dubiedade da arte a torna valiosa na educação. Arte não tem certo e errado. Arte não tem mais ou menos adequado ou Mais ou menos significativo ou Mais ou menos inventivo. Arte na educação se contrapõe as supostas verdades da educação e as mais suspeitas ainda certezas da escola. A educação hoje é pensada de forma integrada e visando o trabalho além dos domínios dos saberes tradicionais. É destacado o seu papel em relação às questões contemporâneas sobre meio ambiente, sexualidade, saúde, questões éticas sobre igualdade de direitos, solidariedade e dignidade, conforme expresso nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN,1997). Os Parâmetros Curriculares nacionais foram desenvolvidos pelo Ministério da Educação e do desporto (MEC), com o objetivo geral de apontar metas de qualidade que ajudem o aluno a estar preparado para ser um “cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres.” A área de artes tem uma função tão importante quanto outras áreas de conhecimento; porém, parece-nos que a cultura educacional brasileira a relegou a um lugar subalterno, quando comparada a importância de outras áreas do saber tais como: matemática, história, ciências, etc. Vários são os motivos para a desvalorização do ensino de artes em nossas escolas, mas, com certeza, esta atitude é iniciada pela grade escolar que, como o próprio nome indica, aprisiona a rotina escolar em tempos fragmentados de 40 a 50 minutos. É em meio a esse aprisionamento que podemos observar a primeira grande desvalorização de determinadas disciplinas no cotidiano escolar. No Ensino Fundamental, de 5ª a 8ª série, por exemplo, a carga horária fica, em geral, com a seguinte distribuição: MATEMÁTICA: 6 tempos HISTÓRIA: 3 tempos GEOGRAFIA: 3 tempos CIÊNCIAS: 3 tempos LÍNGUA PORTUGUESA: de 4 a 6 tempos. Para as demais disciplinas: Educação Física, Educação Artística e Língua Estrangeira, de 1 a 2 tempos semanais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional (Lei nº 9.394/96), no artigo 26, inciso 2º, dispõe que “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. Os Parâmetros Curriculares (PCN,1997) dão à área de arte uma grande abrangência, propondo quatro modalidades artísticas: 1ª - Artes visuais: com maior amplitude que artes plásticas, englobando artes gráficas, vídeo, cinema, fotografia e as novas tecnologias, como arte em computador. 2º - Música 3º - Teatro 4º - Dança, que é demarcada como uma modalidade específica. O que consideramos belo é muito particular e tem relação direta com as experiências vividas por cada um de nós. Algo pode ser belo e provocar o deleite em sua apreciação; um determinado cheiro pode ser prazeroso e trazer a tona boas recordações da infância ou um momento distante. Um ruído, por exemplo, pode estar associado a uma experiência interessante ou algo que é esperado. O conceito de BELO estará sempre associado ao que é bom de alguma forma para os nossos sentidos. Belo não é algo correto ou incorreto. O que pode ser belo para mim, pode não ser para você. O belo depende do lugar, da cultura, do povo, do momento histórico, etc. Padrões de beleza variam, não somente entre as pessoas, mas principalmente entre as culturas, pois são formadas por hábitos e costumes específicos a cada uma delas. Os critérios de beleza também costumam estar associados à época determinada, ou seja, estão associados à moda vigente. Desde a década de 80, Ana Mae Barbosa, pioneira do assunto no Brasil, tentou explicar as relações de arte com a educação. Em 1982, Ana Mae sistematizou e organizou o que chamou de metodologia triangular para o ensino de arte. Essa metodologia consiste no ensino da arte a partir de três eixos: contextualização / leitura de obras / o fazer artístico Para a metodologia triangular “a produção artística é concebida como base no processo criativo, entendido como a interpretação e representação de vivências numa linguagem prática. Reflexão (contextualização) – Relação entre os dados obtidos sobre a obra observada, época, autor, material, lugar em que foi produzida. São as informações e relações feitas do que é observado. Apreciação (leitura da arte) – Está além do aprendizado de períodos e datas históricos. Consiste na observação, contato com as imagens, com a obra, com os elementos visuais que devem ser apreendidos a priori para que seja possível a percepção da relação entre tais elementos. A apreciação e a leitura da imagem é distinta entre as pessoas. Produção (o fazer artístico) – Continua a ser indispensável para o desenvolvimento de criatividade, porém associado a expressão das idéias, estabelecimento de comunicação em relação ao que o aluno apreende criticamente. O fazer artístico não está mais associado a um momento de simples “auto-expressão” e projeção de sentimentos. A aprendizagem de técnica favorece a expressão artística em diferentes tipos de abordagens. A metodologia triangular é um esquema de ensinar arte sem ter de recorrer a cópia de outras obras. Ana Mae propõe o uso da arte para ensinar a própria arte, mas de uma forma menos decoreba, estimulante para os alunos. A autora acredita que o fazer é insubstituível para a aprendizagem da arte e para o desenvolvimento do pensamento. No entanto, somente a produção de imagens não é suficiente para a compreensão, leitura e julgamento da qualidade de imagens que nos cercam.