Contextualizar
Apreciar
Práticar
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O método triangular, que mais tarde Ana Mae
Barbosa chamou de proposta triangular, consiste
em uma aula baseada em três princípios: A
História da Arte (contextualizar), O Fazer
Artístico (Prática) e A Leitura de Imagens
(Apreciar). Sob esses pontos recaem muitos
conceitos e teorias acerca do que é mais válido e
mais necessário no ensino das Artes.
O contextualizar para Ana Mae Barbosa consiste em uma certa
inserção no tempo, não aquela que explica fatos históricos e
biografias, mas sim insere o artista estudado e suas obras em um
meio social e cultural. Sempre que se analisar um determinado
objeto, far-se-á introduzido no todo.Não consiste em uma linha
reta cronológica, como costumam ser tratadas as pesquisas
tradicionais, entretanto, sempre acompanhadas de signos e
significados da realidade do aluno, pois por mais que seja um
objeto (a Arte) um tanto poético, ele não se desvincula dos
acontecimentos reais. Dessa forma, a autora propõe que se
trabalhe a contextualização nas aulas de Arte, em um contexto
próximo e relacionado com o do aluno.
Ana Mae Barbosa coloca o praticar como um fazer
artístico, como o proceder em um processo com métodos
e técnicas e que não deixa de contemplar,
preferencialmente, a criatividade. Ela coloca que esse
produzir evidencia no aluno todas as suas possibilidades e
limitações de sua linguagem plástica. Esse fazer adapta
aos alunos uma análise processual da criação de imagens
(leia-se todo objeto artístico). Isso tudo colabora para
uma construção de formas mais expressivas que
corroboram em um pensar sobre o processo, que o aluno
fará de um jeito bem mais “lúdico”.
Apreciar para Ana Mae, significa ler; contudo desse ato espera-se
desenvolver o ver, o julgar e o interpretar sobre as obras. Diria-se
que compreende um fator de análise que apreende todas as
possibilidades de significados acerca de cada símbolo, cada traço,
mancha, cor, textura, forma, etc. que a obra apresenta. É claro que
isso é particular a cada observador, todavia essa meticulosidade no
olhar aponta o subjetivo de cada um, podendo ser compartilhado
ou não com outros. Ana coloca como uma “gramática visual”.
Além disso, a apreciação traz os conceitos gestalticos,
semiológicos, iconográficos ou estéticos para a discussão comum,
respeitando-se os diversos pontos de vista, sendo que as opiniões
devem sempre ter argumentos que a validem.
Bibliografia:
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo
Horizonte: Editora C/Arte, 1998. 198 p.
BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte. 4ª
edição. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001. 136 p.
PILLAR, Analice e VIEIRA, Denyse. O vídeo e a
Metodologia Triangular no Ensino da Arte. Porto
Alegre: Fundação Iochpe, 1992. 138 p.
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OFICINA ACM