UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS VI SEMINÁRIO DE PESQUISA DE PROFESSORES E VII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNUCSEH 07 E 08 DE NOVEMBRO DE 2011 ENSINO DE LITERATURA EM HIPERMÉDIA Débora Cristina Santos e Silva ([email protected])i Introdução A preocupação com o ensino de literatura tem se intensificado ante o cenário que se nos apresenta hoje com o advento das mídias digitais, o que favorece o intercâmbio intermédia e torna a tarefa pedagógica muito mais complexa e desafiadora. No contexto do ensino formal, os recursos digitais podem também ser integrados aos AVAs (Ambientes Virtuais de Aprendizagem), simulando ambientes reais de aprendizagem com o uso das TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação). Os “objetos de aprendizagem” são materiais didático-pedagógicos, viabilizados pelos meios digitais, que podem ser utilizados e reutilizados em diferentes contextos de aprendizagem. Diante de tantas possibilidades e perspectivas, muitos são os desafios que o professor enfrenta e que exigem horas de estudo e preparação. Mas como lidar com todas as questões que se levantam nessas novas condições? Revisão Bibliográfica De acordo com Burgos (2005), o uso dos AVAs como espaço de aprendizagem evidenciou novas configurações de produção e acesso a textos, resultando em inéditas e infinitas formas de ler e escrever, pensar e aprender, destacando-se nesse caso o potencial de liberdade de movimento do utente/leitor, que lhe possibilita percorrer vários caminhos num mesmo suporte e assim aprender da forma que lhe convier. Efetivamente, nesse contexto de ensino-aprendizagem autônomo por parte do sujeito aprendente, a função do professor se coloca num espaço delicado de (inter)mediação, que se configura por estimular as relações favorecidas pela web, como a interação, a dialogicidade, a investigação e a produção colaborativa de conhecimento. A esse respeito, destaca Lévy (1990) o importante papel da transmissão de informações como a primeira função da Comunicação. Para ele, esse fator condiciona mecanismos cognitivos e discursivos envolvidos no processo de ensinoaprendizagem. Esse dado deve ser considerado, sobretudo, no plano da linguagem. Segundo ao autor, “pelos seus atos, atitudes e palavras, cada pessoa que participa numa situação estabiliza e http://www.unucseh.ueg.br/anais/index.htm (ISSN 2175-2605) 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS VI SEMINÁRIO DE PESQUISA DE PROFESSORES E VII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNUCSEH 07 E 08 DE NOVEMBRO DE 2011 reorienta a representação que os outros protagonistas fazem da situação. Nesse aspecto, ação e comunicação são quase sinônimos”. (LÈVY, 1990, p. 27). Por isso, é preciso maior reflexão sobre as mudanças técnicas e linguísticas que ancoraram a construção social de diferentes tipos de cultura: a cultura oral, a escrita e a cibernética. (SILVA, 2009). Material e Métodos Diante desse cenário tão desafiador, mas também pleno de possibilidades, é que empreendemos nossa pesquisa se em nível de pós-doutoramento, cujo enfoque se deu sobre o tema: “Textualidade em mídias digitais: interfaces do discurso na cultura visual contemporânea”, vinculada à linha de pesquisa “Produção e recepção de conhecimento em meio digital”, coordenada pelo professor Doutor Rui Torres, no âmbito do CECLICO (Centro de Estudos Culturais, da Linguagem e do Comportamento) da Universidade Fernando Pessoa, em Porto, Portugal. Desta forma, elencamos aqui nossos objetivos de pesquisa: a) Investigar as possibilidades de leitura e produção em mídias digitais pelo uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); b) Otimizar o uso de ferramentas que permitam o ensino criativo da literatura, por meio da interatividade e da produção textual colaborativa, em ambientes virtuais. Para isso, nos utilizamos da pesquisa bibliográfica e da interpretação de experiências de ensino-aprendizagem num processo de imersão em ambientes virtuais. Conclusões Desta forma, encerramos nossa proposta de trabalho, destacando o fato de que, num momento tão decisivo para a UEG, no sentido de firmar-se como Universidade no cenário acadêmico brasileiro e internacional, a contribuição de cada um de nós é de suma relevância. Nosso desejo é que tanto os colegas pesquisadores da UEG, quanto os nossos alunos, bem como os professores da Escola Básica e seus alunos, encontrem nesta Universidade um ambiente propício à pesquisa, à produção e à aquisição de conhecimento. http://www.unucseh.ueg.br/anais/index.htm (ISSN 2175-2605) 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIOECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS VI SEMINÁRIO DE PESQUISA DE PROFESSORES E VII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNUCSEH 07 E 08 DE NOVEMBRO DE 2011 Referências BURGOS, T. L. O hipertexto eletrônico como instrumento de leitura: interfaces entre a linguística e as novas tecnologias. In: I Encontro Nacional sobre Hipertexto: desafios linguísticos, literários e pedagógicos: Anais..., Recife, UFPE, 2005. Disponível em: <http://www.ufpe.br/hipertexto2005>. Acesso em 24 de setembro de 2010. LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Lisboa: Instituto Piaget, 1990. SILVA, D.C.S. Do verbo ao pixel: interfaces do poético em hipermédia. Cibertextualidades, Porto, Pt, n. 3, p. 31-41, jan/dez. 2009. ISSN: 1646-4435. i Doutora em Teoria Literária (UNESP), com Estágio Pós-Doutoral em Literatura e Hipermédia na Universidade Fernando Pessoa,Porto/Portugal (Bolsista CAPES/2010). Professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e do Centro Universitário de Anápolis. Membro da Rede Goiana de Pesquisa em Leitura e Ensino de Poesia (FAPEG/2007) e pesquisadora do Projeto PO-EX 70/80 - Arquivo Digital da Literatura Experimental Portuguesa (FCT/PTDC/CLE-LLI/098270/2008). http://www.unucseh.ueg.br/anais/index.htm (ISSN 2175-2605) 3