Escola de Administração – UFBA - NPGA Mestrado Acadêmico em Administração Rodrigo Abreu R. Santana Teoria Contingencial da Administração Abordagem Contingencial • Contingência = algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo das circusntâncias • A T. da Contingência nasceu a partir de uma série de pesquisas realizadas na década de 60 por pesquisadores (isoladamente) que tentaram verificar quais modelos de estruturas organizacionais eram mais eficazes em determinados tipos de indústrias • Estes pesquisadores procuraram confirmar se as organizações eficazes de determinados tipos de indústrias seguiam os pressupostos de T. Clássica, (ex: divisão do trabalho, amplitude de controle, hierarquia de autoridade, etc). Os resultados entretanto conduziram a uma nova concepção de organização: a estrutura de uma organização e o seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo. • Não existe a única ou melhor forma de se organizar. Esta depende do tipo de tarefa ou do ambiente onde está localizada a organização • Não se atinge a eficácia organizacional seguindo um único caminho Abordagem Contingencial • A T. da Contingência enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. • Há uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. – As variáveis ambientais são variáveis independentes – As técnicas administrativas são as variáveis dependentes • Não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Ao invés de uma relação de causa-e-efeito entre as variáveis independentes do ambiente e as variáveis administrativas dependentes, existe uma relação funcional entre elas • São as características ambientais que condicionam as características das organizações. Os sistemas culturais, políticos, econômicos, etc afetam intensamente as organizações Abordagem Contingencial • Principal contribuição dos autores da abordagem contingencial. Identificação das variáveis que produzem impacto sobre as organizações: o ambiente e a tecnologia, para então predizer as diferenças na estrutura e no funcionamento das organizações devidas às diferenças nestas variáveis • Variações no ambiente ou na tecnologia conduzem a variações na estrutura organizacional • “A visão contingencial está dirigida acima de tudo para a recomendação de desenhos organizacionais e sistemas gerenciais mais apropriados para situações específicas” (Kast e Rosenzweig, 1972, p. 460 apud Chiavenatto, 1983, p. 550) Abordagem Contingencial • Tom Burns e G. Stalker (sociólogos industriais) pesquisaram 20 indústrias inglesas tentando verificar a relação existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias • Ficaram impressionados com os métodos e procedimentos administrativos nitidamente diferentes encontrados nestas indústrias • Classificaram as indústrias pesquisadas em 2 tipos: – enfoques “mecanicista” e “orgânico” da ADM. • Organização mecanicista: – Empresas em ambientes estáveis com tecnologia rotineira e conhecida: as situações eram conhecidas; as pessoas sabiam o que fazer, o que se esperava delas • Organização orgânica e flexível: – Empresas em condições ambientais incertos e turbulentos: Situações onde os produtos eram fabricados mediante especificações dos clientes, os sistemas de autoridade, comunicação e organização livres e abertos entre os deptos Abordagem Contingencial • Joan Woodwart (socióloga industrial inglesa) • Investigou 100 firmas do sul da Inglaterra de diferentes negócios para saber se os princípios de Administração propostos pelas várias teorias administrativas, se correlacionavam com o êxito do negócio quando postos em prática • Resultado: O desenho organizacional é profundamente afetado pela tecnologia usada pela organização Abordagem Contingencial • Síntese: a organização eficaz depende de se encontrar o equilíbrio/compatibilidade entre estratégia, estrutura, tecnologia, envolvimento e necessidade das pessoas, bem como do ambiente externo (Morgan)