Os girassóis do tchernozion Carlos Eduardo Paulino Beatriz Vitório Com a criação da NEP (Nova Política Econômica), conhecida como “um passo para trás, para dois passos adiante”, a Rússia começa a entrar nos eixos. Contando com a experiência e o conhecimento dos proprietários de atividades privadas, como o comércio, a indústria e a agropecuária, o país foi se recuperando. Acontece que com a NEP, houve nova concentração de renda, criando os “nepmen”, ou os “novos ricos”. Para Lênin tudo isso estava de acordo, mas Lênin não sobreviveu, faleceu em 1924. Sua sucessão foi um jogo de interesses incrível, e seu preferido, não alcançou o poder. Com isso a vida dos “nepmen” tornar-se-ia um filme de terror. Com o falecimento de Lênin, a URSS fica órfã, dando início a uma imensa manobra política para substituí-lo. Lênin preferia Trotski, o judeu de origem abastada, intelectualizado e a favor da internacionalização da revolução que criou a URSS, da participação mais ativa da população no governo, de melhorias na vida do povo, permitindo que os mesmos participassem da vida política, econômica e social do país. Trotski era o homem de confiança de Lênin, trazendo, sempre, para os debates, as opiniões do povo, e para Lênin essa opinião era cara, era uma forma dos líderes do PCUS (Partido Comunista da União Soviética), não se distanciarem da realidade. O PCUS possuía um núcleo de chefes, eram 22, os principais líderes da Revolução Russa, sendo os conselheiros do Secretario Geral (cargo máximo na hierarquia da URSS). Porém apesar de sua preferência entre o povo Trotski não foi eleito, pois era considerado arrogante, intelectualizado demais, judeu, e, principalmente, muito brando. O preferido da cúpula foi Josef Vissarionovich Dzugashvili, ou Stálin, aliás, este apelido foi lhe dado, em razão de sua função dentro da revolução. Stálin fazia o jogo sujo, ou seja, era o responsável pelos expurgos, mas, principalmente, pelos assassinatos durante o período mais difícil da Guerra Civil. Como matava com a frieza, com a qual um açougueiro mata um porco, começaram a chamá-lo de ‘Steel Man’, o Homem de Aço, em russo Stálin. De origem muito humilde, filho de um sapateiro com uma costureira, estudou pouco, era um homem prático, mas por isso mesmo, preservava seus outros camaradas das atividades mais incivilizadas, e fazia isso com gosto e sem traumas, era a favor da consolidação interna da revolução e da militarização, acreditava que o Estado deveria controlar, totalmente, a economia (planificação). Como, também, gozava de grande popularidade, foi o escolhido pelo Secretariado do PCUS, para suceder Lênin. Em 1924, a URSS, tinha um novo líder, Josef Stálin, que permaneceria no cargo até sua morte em 1953. A personalidade desconfiada e arredia, a violência de suas atitudes e ações, fez de seu período de governo um dos mais tirânicos da história, no entanto, houve importantes avanços, econômicos, militares, políticos e sociais, dentro deste período de governo, entre eles o fato do país ter desempenhado papel fundamental para livrar o mundo das ditaduras de extrema direita, nazifascistas, durante a II Guerra Mundial, conhecida pelos soviéticos como Guerra Patriótica (1942-1945). Continuaremos trabalhando os BRICS, no próximo artigo, desta feita trabalhando a formação da Rússia moderna. Até lá. Sucesso.