A Guerra Patriótica Carlos Eduardo Paulino Gracy Cristina dos Santos Chijikov (Stálin) fez a URSS um país progressista, mas ao mesmo tempo difícil de viver. Foi ele, não Hitler, o criador dos campos de concentração (gulags) aos moldes dos famosos campos poloneses da II GM. Foi ele, também, que criou a “Política do Liquidificador”, tão famosa na Iugoslávia de Tito. Ivanoitch (Stálin), por ser estrangeiro, sabia da dificuldade de “sovietizar” o imenso país, eram centenas de etnias, credos, religiões, culturas, e ao longo da História, essas diferenças foram as maiores causas das guerras, tanto que das 4.000 guerras feitas pelo homem, 3.000 foram causadas por problemas religiosos. Mas o imenso esforço foi abraçado pelo “grande líder dos povos”, primeiro precisava unificar esses povos, para isso, contrata uma missão francesa com a tarefa de avaliar quanto tempo se levaria para criar uma língua padrão e alfabetizar a população. A resposta foi aterradora. 200 anos! David (Stálin) não tinha esse tempo. Impôs garganta abaixo à língua russa e seu alfabeto cirílico (modernizado) e ordenou que o povo a aprendesse. Ao seu tempo o índice de analfabetismo passou de 95% para 0,1%, obviamente, as minorias tinham medo de não satisfazer o “grande líder”, o que não quer dizer que não mantivessem suas tradições (o que de fato ocorreu, e hoje, se sente seus reflexos, por exemplo, no Cáucaso). Se houvesse sombra de resistências, Stálin mandava deportar todo o povo, e seus líderes ou eram executados ou morriam nos campos de concentração. Assim a URSS torna-se uma colcha de retalhos, mantida a força pelo governo central, a ideia era fazer conviver pessoas completamente diferentes dentro do mesmo espaço. E que convivessem, pois se não o fizessem, seus destinos seria a morte. Por isso, “Política do Liquidificador”, como se sabe o eletrodoméstico potente mistura ingredientes até formar uma massa homogênea. Ah! Não podemos nos esquecer de que embora os credos fossem mantidos em secreto, o governo era oficialmente ateu, seguindo a máxima de Karl Marx, que “a religião é o ópio do povo”. Resolvido os problemas internos, ou ao menos equacionados, o país estava de olho na política externa, pois em 1933 a Alemanha apresenta ao mundo Adolf Hitler, o führer (líder), ascende ao poder apoiado pela ala conservadora do país, principalmente, políticos, empresários e proprietários de terra que temiam, justamente, que o país de “sovietizasse”, ou seja, aderisse ao socialismo. Fatos não faltavam, pois houve essa tentativa, na República de Weimar (1919-1933), o famoso período da história alemã entre guerras. Hitler atinge índices de popularidade assombrosos. Torna-se um mito, o mito da fênix. O homem que vingaria a Alemanha da humilhação do Diktat de Versalhes (1919). A velha raposa Stálin, cheira perigo em suas fronteiras ocidentais, acostumado como era a lidar com os interesses políticos desde a época de Lênin, antevê no líder alemão, um perigo iminente, tanto que, lentamente, começa a transferir, parte das indústrias e da agropecuária do lado europeu da URSS, para o lado asiático, ao longo da Transiberiana. Isso salvou a URSS da derrota na II GM. Continuaremos com o “grande urso” na semana que vem. Até lá.