Disciplina: Mecânica dos Fluidos Escola de Engenharia de Lorena EEL – USP 1) CONCEITOS E PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS FLUIDOS; 2) ESTÁTICA DOS FLUIDOS; 3) CONCEITOS LIGADOS AO ESCOAMENTO DOS FLUIDOS; 4) ESCOAMENTO INCOMPRESSÍVEL DE FLUIDOS NÃO VISCOSOS; 5) ESCOAMENTO VISCOSO INCOMPRESSÍVEL. Profa. Dra. Daniela Helena Pelegrine Guimarães (email: [email protected]) 3. CONCEITOS LIGADOS AO ESCOAMENTO DOS FLUIDOS: CARACTERÍSTICAS E DEFINIÇÕES DOS ESCOAMENTOS; EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DE MASSA; ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO; EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA. CONCEITOS DE SISTEMA E VOLUME DE CONTROLE; INTRODUÇÃO Á ANÁLISE DIFERENCIAL DO MOVIMENTO DE FLUIDOS: EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DE MASSA; EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DE Q.M.; EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA. I. CARACTERÍSTICAS E DEFINIÇÕES DE ESCOAMENTO: DEFINIÇÃO: - É O ESTUDO DOS CONCEITOS REFERENTES AO MOVIMENTO DOS FLUIDOS DE UM LOCAL A OUTRO, NO INTERIOR DE UM SISTEMA DE TRANSPORTES, EM UMA PLANTA PROCESSADORA, ONDE OS FLUIDOS COMEÇAM A ESCOAR A PARTIR DE FORÇAS AGINDO SOBRE ELES. RESUMINDO, É UM BALANÇO DAS FORÇAS QUE CONTRIBUEM PARA O ESCOAMENTO E DAS QUE SE OPÕE A ESTE MOVIMENTO. IMPORTÂNCIA: PROJETOS DOS EQUIPAMENTOS PROCESSADORES (BOMBAS, TANQUES, TROCADORES DE CALOR, TUBULAÇÕES,...); MINIMIZA AS PERDAS DE ENERGIA NAS INDÚSTRIAS; EVITA UM SUB OU SUPER DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS. TROCADOR DE CALOR TANQUE FORÇAS DE INÉRICA FORÇAS VISCOSAS BOMBA - FLUIDO ESCOA A PARTIR DE FORÇAS AGINDO SOBRE ELE (PRESSÃO, GRAVIDADE, FRICÇÃO E EFEITOS TÉRMICOS): TANTO A MAGNITUDE QUANTO A DIREÇÃO DA FORÇA QUE AGE SOBRE O FLUIDO SÃO IMPORTANTES. UM BALANÇO DE FORÇAS EM UM ELEMENTO DE FLUIDO É ESSENCIAL PARA A DETERMINAÇÃO DAS FORÇAS QUE CONTRIBUEM PARA O ESCOAMENTO E DAS QUE SE OPÕE A ESTE MOVIMENTO. VELOCIDADE, F. INERCIAIS, F. VISCOSAS TIPOS DE ESCOAMENTOS ENERGIABOMBEAMENTO VISCOSIDADE ÁGUA VISCOSIDADEÓLEO VEGETAL ÓLEO ESCOA M AIS LENTAM ENTE POTÊNCIA PARA BOMBEAR DESCRIÇÃO QUANTITATIVA DAS CARACTERÍSTICAS DE ESCOAMENTO DOS FLUIDOS: EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE: VELOCIDADE MÉDIA DO ESCOAMENTO ESCOAMENTO LAMINAR NÚMERO DE REYNOLDS: ESCOAMENTO TURBULENTO REGIMES OU MOVIMENTOS VARIADO E PERMANENTE. VARIADO: u=f(x,y,z,t) PERMANENTE: u=f(x,y,z) II. EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DE MASSA: dA2 dA1 x2 x1 X Y t : FLUIDO EM XX ,MOVE-SE ATÉ YY , X, Y , - PARA QUE A MATÉRIA SEJA CONSERVADA: MASSA EM XX , MASSA EM YY , 1 u1 A1 2 u2 A2 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE EXEMPLO: u ? COMBUSTÍVEL Q 1,8 litros 3 cm s EXEMPLO 2: u ? COMBUSTÍVEL Q 1,8 litros s 1,5 cm EXEMPLO 3: Um fluido gasoso escoa em regime permanente no trecho de tubulação da figura. Na seção (1), tem-se A1=20 cm2, 1=4 kg/m3 e U1=30 m/s . na seção (2), A2=10 cm2 e 2=12 Kg/m3. Qual é a velocidade na seção (2)? (1) (2) III. ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO: ESCOAMENTO LAMINAR: m 1 ESCOAMENTO DE TRANSIÇÃO: m m 2 1 ESCOAMENTO TURBULENTO: m 3 m1 u D 4m Re forças vis cos as D forças inerciais PARA ESCOAMENTO DE UM FLUIDO NO INTERIOR DE UM TUBO: Re 2.100 ESCOAM ENTOLAM INAR 2.100 Re 4.000 TRANSIÇÃO Re 4.000 ESCOAM ENTOTURBULENTO PARA ESCOAMENTO DE UM FLUIDO SOBRE UMA PLACA : Re 500.000 ESCOAMENTOLAMINAR Re 500.000 ESCOAMENTOTURBULENTO EXEMPLO: TANQUE 1.040Kg m3 - FLUIDO: D 1,5 m L 3,0 m 1.600106 Pa s 3 cm BOMBA 1) QUAL O TEMPO MÍNIMO PARA ENCHER TODO O TANQUE, SOB CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO LAMINAR? 2) QUAL O TEMPO MÁXIMO PARA ENCHER TODO O TANQUE, SOB CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO TURBULENTO? II. EQUAÇÃO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA: C D P2 u2 S2 P1 A B u1 Z1 Z2 S1 INICIALMENTE UMA CERTA QUANTIDADE DO FLUIDO ESTÁ ENTRE OS PONTOS A E C E, APÓS UM PEQUENO INTERVALO DE TEMPO t, A MESMA QUANTIDADE DO FLUIDO MOVE-SE PARA OUTRA LOCALIZAÇÃO, SITUADA ENTRE OS PONTOS B E D. - SUPOSIÇÕES: ESCOAMENTO CONTÍNUO E ESTACIONÁRIO, SENDO A VAZÃO MÁSSICA CONSTANTE; ENERGIAS ELÉTRICA E MAGNÉTICA SÃO DESPREZÍVEIS. PROPRIEDADES DO FLUIDO CONSTANTES; CALOR E TRABALHO DE EIXO ENTRE O FLUIDO E A VIZINHANÇA SÃO TRANSFERIDOS À TAXA CONSTANTE. C D P2 u2 S2 P1 A B u1 Z1 S1 E aumento E BD E AC E AC E AB EBC EBD EBC ECD Eaumento EC D EAB Z2 EC D E A B 2 1 m U 2 u 2 g z 2 2 2 1 m U 1 u 1 g z1 2 E aumento m U 2 U 1 1 u2 2 u g z 2 2 2 2 z1 (*) - MAS DE QUE MANEIRA OCORRE A TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA ENTRE O SISTEMA E SUAS VIZINHANÇAS ? CALOR (Q) TRABALHO (W) 1) COMO CALOR – ENERGIA TRANSFERIDA, RESULTANTE DA DIFERENÇA DE TEMPERATURA ENTRA O SISTEMA E SUAS VIZINHANÇAS. -T.AMB.>T.S. SISTEMA RECEBE CALOR DO AMBIENTE Q0 -T.AMB.<T.S. AMBIENTE RECEBE CALOR DO SISTEMA Q0 2) COMO TRABALHO - ENERGIA TRANSFERIDA COMO RESULTADO DO MOVIMENTO MECÂNICO. SISTEMA REALIZA TRABALHO ENERGIA DO SISTEMA W 0 VIZINHANÇA REALIZA TRABALHO ENERGIA DO SISTEMA W 0 CONSIDERANDO: E Q W (**) C D P2 v2 S2 P1 A B v1 Z1 Z2 S1 TRABALHO DEVE SER REALIZADO SOBRE O FLUIDO PARA QUE ELE ENTRE NO SISTEMA; TRABALHO DEVE SER REALIZADO PELO FLUIDO, SOBRE A VIZINHANÇA, PARA QUE O FLUIDO DEIXE O SISTEMA. AMBOS OS TERMOS DEVEM SER INCLUÍDOS NA EQUAÇÃO DO BALANÇO DE ENERGIA. TRABALHOS DE FLUXO E DE EIXO: - O TRABALHO LÍQUIDO, W, REALIZADO EM UM SISTEMA ABERTO POR SUAS VIZINHANÇAS PODE SER ESCRITO COMO: W W W s W s W f TRABALHO f DE EIXO, REQUER A PRESENÇA DE DISPOSITIVO MECÂNICO (POR EXEMPLO, UMA BOMBA); UM TRABALHO DE FLUXO, OU TRABALHO FEITO PELO FLUIDO NA SAÍDA DO SISTEMA MENOS O TRABALHO FEITO SOBRE O FLUIDO NA ENTRADA DO SISTEMA. Wf F x P A x W f P V - ENTRADA DO SISTEMA: TRABALHO FEITO SOBRE ELE, PELO FLUIDO LOGO ATRÁS: W f1 P1 V 1 - SAÍDA DO SISTEMA: FLUIDO REALIZA TRABALHO SOBRE A VIZINHANÇA: W f2 P 2 V 2 O TRABALHO DE FLUXO TOTAL É: W f P 2 V 2 P1 V 1 PORTANTO: E Q WS P2 V2 P1 V1 (***) - (***)=(*): P 1 P 1 Qm 2 u22 g z2 1 u12 g z1 Ei,2 Ei,1 Wm 2 2 1 2 EQUAÇÃO GERAL DE ENERGIA - PARA UM FLUIDO IDEAL, INCOMPRESSÍVEL, EM UM PROCESSO QUE NÃO ENVOLVA TRANSFERÊNCIA DE CALOR E SEM REALIZAÇÃO DE TRABALHO E COM A ENERGIA INTERNA DE ESCOAMENTO DO FLUIDO PERMANECENDO CONSTANTE: 1 1 2 P1 u1 g z1 P2 u22 g z 2 2 2 EQUAÇÃO DE BERNOULLI EXEMPLO 1: ESCOAMENTO DE UM FLUIDO IDEAL E INCOMPRESSÍVEL ATRAVÉS DE UM BOCAL, CONFORME MOSTRADO: DETERMINAR P1-Patm P2=Patm A1=0,1 m2 1 LINHA DE CORRENTE 2 V2=50 m/s A2=0,02 m2 EXEMPLO 2: A ÁGUA ESCOA ATRAVÉS DE UM BOCAL, CONFORME MOSTRADO, ONDE A PRESSÃO MANOMÉTRICA NO PONTO 1 É IGUAL A 51 kPa E A VELOCIDADE 1,8 m/s. QUAIS SÃO AS VELOCIDADES E A PRESSÃO MANOMÉTICA NO PONTO 2? P1=51 kPa R1=12,5 mm 1 u1=1,8 m/s LINHA DE CORRENTE 2 R2=9,0 mm EXEMPLO 2: UM TUBO EM U ATUA COMO UM SIFÃO DE ÁGUA. A CURVATURA DO TUBO ESTÁ A 1 METRO ACIMA DA SUPERFÍCIE DA ÁGUA E A SAÍDA DO TUBO ESTÁ A 7 METROS ABAIXO DA SUPERFÍCIE DA ÁGUA. A ÁGUA SAI PELA EXTREMIDADE INFERIOR DO SIFÃO COMO UM JATO LIVRE PARA A ATMOSFERA. DETERMINAR A VELOCIDADE DO JATO LIVRE E A PRESSÃO ABSOLUTA MÍNIMA NA CURVATURA. (A) 1,0 m (1) 8,0 m (2)