BASES DA ELETROCARDIOGRAFIA
1) HISTÓRICO
- Experiência de Kölliker-Müller – a cada sístole do coração
da rã, a pata galvanoscópica contraía;
- Waller – descobriu que era possível captar a atividade
elétrica cardíaca na superfície corporal;
- Einthoven – padronizou a maneira de colocar os eletródios
– derivações
- Prêmio Nobel Fisiologia e Medicina 1924
- 1895 – primeiro artigo com ECG
- entre 1903-1928 – publicou 79 artigos
TRIÂNGULO DE EINTHOVEN
- Triângulo equilátero unindo ombros com púbis e coração
no centro do triângulo, onde todos os vetores se originam
- Considerou todos os tecidos como homogêneos para a
propagação dos potenciais
Wilson – criou a central terminal de Wilson – media o
potencial absoluto em cada ponto
Goldberg – propôs uma maneira de aumentar
artificialmente este potencial – dois membros são
comunicados através de resistências elétricas ao terminal
negativo e o terceiro ao positivo
DERIVAÇÕES UNIPOLARES
AUMENTADAS DOS MEMBROS
BIPOLARES - DI, DII, DIII
DERIVAÇÕES NO PLANO FRONTAL
UNIPOLARES –aVR, aVL, aVF
V1
V2
DERIVAÇÕES NO PLANO HORIZONTAL
V3
(PRÉ-CORDIAIS)
V4
V5
V6
No pré-córdio, os potenciais são maiores
V1 = 40. espaço intercostal direito
V2 = 40. espaço intercostal esquerdo
Normalmente negativas –
próximas da base
V3 = a meio caminho entre V2 e V4
V4 = 50 espaço intercostal esquerdo com linha hemiclavicular
V5 = 50 espaço intercostal com linha axilar
V6 = 50 espaço intercostal com linha média
Normalmente positivas –
próximas do ápice
ONDA P – despolarização atrial
 0,1 – 0,3 mV – em torno de 0,10 s
 pode ser prolonga da quer por dilatação atrial quer por retardo na
condução interatrial
 Isodifásica em DIII e V1 e negativa em aVR; positiva na maioria das
derivações
 quando não tem onda P, é provável que impulso está se originando no
nodo AV
 ondas F – fibrilação
 espaço PQ ou PR – tempo necessário para o impulso passar para os
ventrículos
COMPLEXO QRS – despolarização ventricular
 1mV – do topo de R ao fundo de S
 duração semelhante a da onda P – sistema de condução mais eficiente
 ativação ventricular em 3 fases  vetores médios do QRS
 Vetocardiograma – representa as alterações vetoriais durante as
diferentes fases do ciclo cardíaco – registrado instantaneamente no
osciloscópio de raios catódicos
 intervalo QT – tempo da contração ventricular
 segmento ST – sua duração reflete o platô; ventrículos despolarizados
 segmento TP – ventrículos plenamente repolarizados
12 ms
48 ms
60 ms
ONDA T – repolarização ventricular
 0,2 – 0,3 mV – duração mais longa que QRS
 corresponde ao final da fase 2 e à fase 3 do P.A.
 tem normalmente a mesma polaridade do QRS porque as últimas áreas
do ventrículo a se despolarizarem são as primeiras a repolarizarem
 ONDA Ta – repolarização atrial
 os átrios se repolarizam 0,15 a 0,20 s após sua despolarização
 duração maior do que a da onda P
 a repolarização começa pelas regiões próximas aos nodo SA
 fica mascarada pelo QRS
ONDA U
pequena deflexão para cima após a onda T de origem incerta
 pode estar relacionada com a repolarização da rede de Purkinje que tem
platô maior que das fibras ventriculares
PERÍODO VULNERÁVEL – 0,03 s do pico da onda T – maior
vulnerabilidade à fibrilação
 FENÔMENO DE REENTRADA - favorecido por: 1) círculo longo; 2)
velocidade de condução lenta; 3) período refratário encurtado
 feixe de His tem maior platô, funciona como “porteiro”, não deixa
estímulos reentrarem
 perigo da hipertrofia
 estímulo vai contornando zonas refratárias e vai desviando, enfraquece –
ondas f de baixa intensidade e alta freqüência
INFORMAÇÕES QUE ECG FORNECE:
1) FREQÜÊNCIA
2)
RITMO
3)
EIXO
4)
HIPERTROFIA
5) INFARTO
1. FREQÜÊNCIA
•
Se o intervalo entre 2 batimentos for 1s  60 bpm
•
1s 5 quadrados grandes
•
Bradicardia  FC < 60 bpm
•
Taquicardia  FC > 100 bpm
2. RITMO
•
Ver primeiro se o ritmo é sinusal ou nodal;
•
Arritmia sinusal  taquicardia que acompanha a inspiração
•
Flutter  (= adejo= bater das asas) ritmo com FC > 300bpm
•
Explicações para o flutter:
•
Múltiplos focos disparando;
•
Movimento circular  impulso vai girando
3. EIXO
•
Verificar se QRS é positivo
em DI e aVF  eixo estará
entre 0 e 90
•
Eixo perpendicular à
derivação onde QRS é mais
isodifásico
4. HIPERTOFIA
•
ECG não é bom para verificar presença de hipertrofia;
•
Hipertrofia e dilatação  aumenta amplitude das ondas e
tempos de despolarização e repolarização;
•
O eixo elétrico médio pode ser desviado;
5. INFARTO
•
Outros marcadores de infarto mostram alterações após
algumas horas: LDH, creatina quinase;
•
Alterações durante a fase de isquemia  ondas Q profundas
e agudas;
•
Supra ou infra-desnivelamento do ponto J  onde as fibras
ventriculares estariam completamente despolarizadas;
•
Localização da área de lesão isquêmica;
5. INFARTO
CORRENTE DE LESÃO
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Aula 14 - Angelfire